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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 09/03/2022

                          Queda revigorada

                          A indústria começou 2022 do mesmo jeito que passou a maior parte de 2021: no vermelho. Livre dos efeitos sazonais, a produção industrial encolheu -2,4% na passagem de dez/21 para jan/22, fazendo da expansão do último mês do ano passado um breve suspiro. Foi assim para a indústria como um todo e foi assim também para a grande maioria de seus ramos.

                          Dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, 20 registraram queda em jan/22 na série com ajuste sazonal, isto é, uma parcela de 77%. Quanto a seus macrossetores, nenhum escapou do negativo. A maior perda foi em bens de consumo duráveis (-11,5%), anulando as variações positivas de nov/21 e dez/21 e registrando o patamar mais baixo desde jun/20.

                          Muito disso deveu-se à indústria automobilística, particularmente afetada por gargalos nas cadeias de fornecedores. Entre dez/21 e jan/22 caiu -17,5%, já descontados os efeitos sazonais. Outros ramos de duráveis, que viram elevação de estoques no final do ano passado, também pisaram forte no freio: -4,5% em informática e eletrônicos e -5,0% em móveis, por exemplo.

                          Como mostram abaixo as variações com ajuste, bens de capital e bens intermediários vieram em seguida com as maiores quedas em jan/22 e em ambos os casos anulou-se o crescimento de dez/21. Bens de consumo semi e não duráveis foram os que menos caíram.

                               •  Indústria geral: 0% em nov/21; +2,9% em dez/21 e -2,4% em jan/22;

                               •  Bens de capital: -3,0%; +5,4% e -5,6%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +0,1%; +1,4% e -1,9%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +2,0%; +7,5% e -11,5%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,1%; +1,5% e -0,5%, respectivamente.

                          Deste modo, para a indústria como um todo, a virada de ano mostrou-se ser de estagnação da produção, a despeito da oscilação recente. A média móvel trimestral com ajuste sazonal de jan/22 indicou variação de mero +0,1%.

                          Em relação à situação de um ano antes não há ambiguidade: o setor está em retrocesso. Desde ago/21, que a indústria registra queda na comparação interanual e isso inclui jan/22, quando recuou -7,2% ante jan/21. Dos seus 26 ramos, 18 ficaram no negativo (69% do total), assim como todos os macrossetores industriais, novamente com destaque para bens de consumo duráveis (-25,8%). 

                          Quedas particularmente intensas frente a jan/21 vieram de móveis (-33,0%), têxteis (-26,7%), veículos (-23,5%), couros e calçados (-22,6%), vestuário e acessórios (-22,1%) e farmacêuticos e farmoquímicos (-21,3%), entre outros. Ao todo, 42% dos ramos registraram variações negativas de dois dígitos.

                          A contar pela evolução da produção neste início de ano, é bem provável que a indústria tenha um ano recessivo, como indicam as projeções coletadas pelo Boletim Focus do Banco Central. Em sua última edição, o resultado esperado para o PIB da indústria em 2022 era de -0,55%.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal de janeiro de 2022 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou variação negativa de -2,4% frente ao mês de dezembro de 2021, na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses houve acréscimo de 3,1% e na comparação com o mesmo mês do ano anterior (janeiro de 2021), aferiu-se retração de 7,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (dezembro/2021), segundo dados sem influência sazonal, todas as categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens duráveis (-11,5%), bens de capital (-5,6%), bens de consumo (-2,5%), bens intermediários (-1,9%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,5%). 

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (janeiro/2021), todas as outras categorias analisadas apresentaram variações negativas: bens duráveis (-25,8%), bens de consumo (-12,0%), bens semiduráveis e não duráveis (-8,4%), bens de capital (-8,1%) e bens intermediários (-5,0%). 

                          Considerando o acumulado em 12 meses, dois dos cinco segmentos analisados apresentaram variação positiva: as categorias de bens de capitais (25,5%) e de bens intermediários (2,6%). Para essa mesma comparação, duas outras categorias apresentaram retração: bens semiduráveis e não duráveis (-1,0%) e bens de consumo (-0,8%). O segmento de bens duráveis, nessa base de comparação, apresentou estabilidade. 

                          Setores. Na comparação com janeiro de 2021, houve variação positiva no nível de produção em oito dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (17,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (10,0%), outros equipamentos de transporte (9,8%), produtos de madeira (5,2%), produtos do fumo (4,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (4,5%), celulose, papel e produtos de papel (0,9%) e produtos alimentícios (0,1%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: móveis (-33,0%), produtos têxteis (-26,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,5%), couro, artigos de viagem e calçados (-22,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-21,3%), produtos de metal (-20,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,6%). 

                          Por fim, na comparação dos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em 18 dos 26 ramos analisados, sendo as maiores variações observadas nos seguintes segmentos: máquinas e equipamentos (22,1%), outros equipamentos de transporte (21,3%), impressão e reprodução de gravações (19,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%) e metalurgia (14,0%). Em sentido oposto, foram observadas variações negativas em oito das 26 categorias analisadas, sendo as maiores: produtos alimentícios (-7,8%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,2%), móveis (-6,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,0%). 

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