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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/06/2023

                          Quedas difundidas

                          No mês de abr/23, a indústria devolveu pouco mais da metade do avanço que havia obtido no mês de mar/23. Sua produção caiu -0,6%, já descontados os efeitos sazonais, depois da alta de +1% do mês anterior. Deste modo, dos quatro meses do ano já cobertos pelas estatísticas oficiais, três ficaram no vermelho.

                          Além do recuo ter sido mais intenso em abr/23 do que em jan/23 (-0,3%) e fev/23 (-0,2%), o sinal negativo também se mostrou mais espalhado entre seus diferentes ramos. Em jan/23, 44% dos ramos industriais registraram perda, em fev/23 foram 32%, subindo para 64% agora em abr/23.

                          Ou seja, a situação parece estar se complicando para um conjunto maior de atividades industriais.

                          Bens de capital foram o macrossetor com o pior resultado: -11,5% ante mar/23, com ajuste sazonal. Desde abr/20, em plena pandemia, que esta parcela da indústria não caia tanto. A produção de máquinas e equipamentos (-9,9%) registrou a queda mais intensa em abr/23.

                          Outro macrossetor com forte recuo (-6,9%) foi bens de consumo duráveis, bastante influenciado pelo ramo de veículos, com variação de -4,6%, e equipamentos eletrônicos e de informática, com -9,4%.

                          Entre os macrossetores em expansão, bens intermediários ficaram muito próximos da mera estabilidade (+0,4%) e bens de consumo semi e não duráveis registraram alta de +1,1%, mas após dois meses seguidos de queda.

                          Frente ao mesmo período do ano anterior, a indústria como um todo vem apresentando uma evolução marcada por meses de baixo ritmo de crescimento intercalados por quedas mais acentuadas, como agora em abr/23: -2,7% ante abr/22, como mostram as variações a seguir. Como resultado, a indústria acumula retração de -1,0% em jan-abr/23.

                               •  Indústria geral: +0,3% em jan/23; -2,4% em fev/23; +0,9% em mar/23 e -2,7% em abr/23;

                               •  Bens de capital: -6,6%; -12,4%; -0,5% e -14,2%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -1,7%; -2,8%; -1,1% e -2,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +13,9%; +2,1%; +11,1% e -3,5%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +4,6%; +0,2%; +4,7% e -0,2%, respectivamente. 

                          Todos os macrossetores perderam produção frente a abr/22, sendo bens de capital novamente o pior caso. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, em comparação com igual período de 2022, a produção de bens de capital acumula variação de -8,3%, muito influenciada pela evolução de bens de capital para energia (-18,1%) e para a própria indústria (-10,2%).

                          Este desempenho converge com os dados do PIB divulgados ontem, que mostraram um quadro muito fraco para os investimentos no país, que recuaram -3,4% no 1º trim/23 frente ao 4º trim/22 e variaram apenas +0,8% em relação ao 1º trim/22. As taxas reais de juros em elevação no país explicam muito disso.

                          Outro macrossetor em declínio é o de bens intermediários, que funciona como o núcleo duro do sistema industrial. Caiu -2,0% em jan-abr/23, puxado por intermediários do setor automotivo (-6,2%), siderurgia (-9,8%) e defensivos agrícolas (-21%).

                          Já bens de consumo conseguiram se expandir. No caso de bens de consumo duráveis, a alta foi de +5,8% ante jan-abr/22, em função de eletrodomésticos (+14,4%) e outros equipamentos de transporte (+19,5%). Vale notar que esta é a fração da indústria que está mais longe dos níveis de produção pré-pandemia (23% aquém de fev/20).

                          No caso de bens de consumo semi e não duráveis, houve crescimento de +2,3% no acumulado do ano até abr/23. A produção de combustíveis e de produtos farmacêuticos e farmoquímicos deu contribuição importante para este resultado, bem como o setor de carnes de aves e suínos.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de abril de 2023 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou queda de 0,6% frente ao mês anterior na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses registrou-se variação de -0,2% e no acumulado no ano houve diminuição de -1,0%. Em comparação ao mesmo mês do ano passado (abril de 2022), aferiu-se variação negativa de -2,7%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (março/2023), na série com ajuste sazonal, três das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens semiduráveis e não duráveis (1,1%), bens de consumo (1,1%) e bens intermediários (0,4%). Nas duas categorias restantes queda: bens duráveis (-6,9%) e bens de capital (-11,5%).

                          Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (abril/2022), todas as cinco categorias analisdas apresentaram variação negativa: bens semiduráveis e não duráveis (-0,2%), bens de consumo (-0,7%), bens intermediários (-2,6%), bens duráveis (-3,5%) e bens de capital (-14,2%).

                          No acumulado no ano três das cinco categorias cresceram: bens duráveis (5,8%), bens de consumo (2,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (2,3%). Em sentido oposta, das duas categorias restantes apresentaram queda: bens intermediários (-2,0%) e bens de capital (-8,3%).

                          No acumulado em 12 meses três dos cinco segmentos analisados assinalaram resultados positivos: bens duráveis (4,8%), bens de consumo (2,6%) e bens semiduráveis e não duráveis (-2,2%). DE outra forma, os outros dois segmentos caíram no período: bens intermediários (-1,3%) e bens de capital (-3,2%).

                          Setores. Na comparação de abril de 2023 com o mesmo mês do ano anterior (abril de 2022), houve variação positiva no nível de produção de sete dos 25 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (19,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,1%), impressão e reprodução de gravações (13,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,2%) e produtos alimentícios (2,0%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%), produtos químicos (-12,2%), máquinas e equipamentos (-14,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,7%) e produtos de madeira (-15,9%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2023, dez dos 25 setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,4%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (15,8%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,4%), produtos de borracha e de material plástico (3,2%), e indústrias extrativas (2,9%). Já as maiores quedas foram registradas nos seguintes ramos: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,5%), artigos do vestuário e acessórios (-9,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,5%), produtos de minerais não-metálicos (-9,6%) e produtos de madeira (-17,5%).

                          Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação positiva em oito dos 25 ramos analisados, com destaque para os itens de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (13,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,9%), produtos do fumo (5,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,3%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas no período foram: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%), móveis (-7,4%), artigos do vestuário e acessórios (-8,3%) e produtos de madeira (-17,6%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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