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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 09/08/2023

                          Placar dividido

                          Após dois meses seguidos de declínio, as vendas reais do comércio varejista ficaram estáveis (0%) na passagem de mai/23 para jun/23, já descontados os efeitos sazonais. Considerados também os ramos de veículos, autopeças e material de construção, isto é, o varejo em seu conceito ampliado, o desempenho foi superior: +1,2%, mas não o suficiente para compensar as perdas de abri-mai/23.

                          Foi um mês de placar dividido para seus diferentes segmentos. Cinco deles conseguiram ampliar vendas, com destaque para veículos e autopeças (+8,5%), sob impulso de ações anticíclicas do governo, que reduziu suas alíquotas de IPI e PIS/Cofins, e cinco deles encolheram, sendo o pior resultado o de equipamentos de escritório, informática e comunicação (-3,7%).

                          Assim, encerrou-se a primeira metade do ano com um resultado acumulado de +1,3% para o varejo restrito e de +4,0% para o varejo ampliado, em comparação com jan-jun/22. O 2º trim/23, entretanto, sinaliza uma importante desaceleração para as vendas, como mostram as variações interanuais a seguir, exceto para veículos e autopeças e também para o atacarejo, que impulsionaram o setor em seu conceito ampliado.

                               •  Varejo restrito: +1,4% no 4º trim/22; +2,4% no 1º trim/23 e +0,2% no 2º trim/23;

                               •  Varejo ampliado: -0,6%; +3,3% e +4,6%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +2,6%; +2,6% e +2,6%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -14,0%; -4,7% e -12,2%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +0,8%; +2,3% e -0,3%;

                               •  Veículos e autopeças: -2,7%; +5,0% e +5,8%;

                               •  Material de construção: -10,4%; -3,3% e -4,0%, respectivamente.

                          No acumulado do 1º sem/23 há igualmente um equilíbrio entre taxas negativas e positivas. A metade dos ramos com expansão inclui majoritariamente bens de consumo não duráveis, como alimentos (+2,6%), inclusive com forte crescimento no atacarejo (+8,3%), onde os preços tendem a ser competitivos, combustíveis (+14,5%) e artigos farmacêuticos, ortopédicos e perfumaria (+2,2%).

                          A exceção à regra cabe notadamente a veículos e autopeças, que acumulam crescimento de +5,4% em jan-jun/23. Além de bases mais baixas de comparação, o setor também foi estimulado pela ação governamental como dito anteriormente, assegurando alta de +17,9% em jun/23 ante jun/22.

                          Na metade dos ramos em contração encontram-se ramos de bens de consumo duráveis ou semiduráveis, que normalmente demandam algum tipo de crédito pelos consumidores. São segmentos mais diretamente impactados pelos níveis ainda elevados de taxas de juros praticados no país. É o caso, por exemplo, de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,7%), que inclui as lojas de departamento e lidera as perdas.

                          O varejo de duráveis e semiduráveis também está por trás da desaceleração das vendas do varejo restrito, que como já vimos, quase não cresceram no 2º trim/23 (+0,2%). Ramos como material de construção (-4%), tecidos, vestuário e calçados (-12,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,8%), que já estavam no vermelho, recuaram ainda mais intensamente no 2º trim/23.

                          Outros, que até tinham crescido no acumulado dos três primeiros meses do ano, inverteram de sinal em abr-jun/23, tais como móveis e eletrodomésticos (-0,3% ante 2º trim/22) e equipamentos de escritório, informática e comunicação (-6,4%), além de livros, jornais e papelaria (-5,6%).

                          Para esta metade dos ramos de varejo com declínio em 2023, a recente iniciativa do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros (Selic) é bem-vinda, embora precise de alguns meses para surtir efeito. O programa Desenrola Brasil, divulgado na virada do semestre, pode ter impactos mais imediatos, restabelecendo as condições de crédito da população atendida.

                          A partir dos dados de junho de 2023 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou estabilidade frente ao mês imediatamente anterior (maio/2023), na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mês de junho de 2022, apresentou crescimento de 1,3%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se aumento de 0,9% e no acumulado no ano expansão de 1,3%.

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças, de materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou-se variação positiva de 1,2% em relação a maio de 2023, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado com o do mês de junho de 2022, houve variação de 8,3%. Para o acumulado nos últimos 12 meses verificou-se aumento de 1,1% e no acumulado no ano houve expansão de 4,0%

                          Na comparação com o mês imediatamente anterior (maio/2023), a partir de dados dessazonalizados, quatro dos oito setores analisados apresentaram expansão: tecidos, vestuário e calçados (1,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%) e móveis e eletrodomésticos (0,8%). Os quatro setores restantes caíram: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-3,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (-0,6%). Para o comércio varejista ampliado, a atividade de veículos e motos, partes e peças subiu 8,5% e a de material de construção caiu em 0,3%. O setor de atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo ainda não tem dados suficientes para o ajuste sazonal.

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (junho de 2022), houve crescimento em quatro dos oito segmentos analisados: combustíveis e lubrificantes (9,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%) e móveis e eletrodomésticos (2,6%). Em sentido oposto, os quatro setores restantes apresentaram retração: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,9%), tecidos, vestuário e calçados (-6,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,5%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou crescimento de 21,2% e o de veículos e motos, partes e peças de 17,9%. A categoria de material de construção caiu 2,7%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-junho), quatro dos oito setores pesquisados cresceram: combustíveis e lubrificantes (14,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,2%) e móveis e eletrodomésticos (1,0%). Por outro lado, os quatro setores restantes registraram queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,7%), tecidos, vestuário e calçados (-9,0%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,7%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,7%). No comércio varejista ampliado, o setor de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 8,3% e o veículos, motos, partes e peças 5,4%, enquanto a categoria de material de construção apresentou redução de 3,6%.

                          Por fim, comparando junho de 2023 com o mesmo mês do ano anterior (junho/2022), 22 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Tocantins (14,3%), Maranhão (10,5%), Acre (10,3%), Bahia (6,8%) e Ceará (6,7%). Rio de Janeiro registrou estabilidade no período. Já as quatro UFs restantes caíram: Paraíba (-3,6%), Piauí (-3,2%), Rondônia (-2,7%) e Rio Grande do Sul (-1,7%).

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