Carta IEDI
Pouco crescimento na indústria global
Os dados mais recentes da UNIDO indicam baixo dinamismo da indústria mundial no 3º trim/21, negativamente afetada por surtos adicionais de Covid-19 em alguns países e pela desorganização das cadeias produtivas internacionais. A produção física do setor variou apenas +0,3% frente ao período anterior, com ajuste sazonal.
Com isso, já são dois trimestres seguidos com desempenho muito próximo da estabilidade, com presença de fortes assimetrias entre os países. Segundo a UNIDO, além da assincronia das ondas da pandemia pelo mundo, o acesso restrito às vacinas contra a Covid-19 em muitos países emergentes e em desenvolvimento tem contribuído muito para frear a retomada da indústria mundial.
No 3º trim/21, ainda em comparação com o trimestre anterior, os países industrializados registraram declínio de -0,1%, já descontados os efeitos sazonais, depois de terem crescido +0,9% no 2º trim/21. Foi a primeira variação negativa desde o tombo de -14% do 2º trim/20. Esta base de comparação muito baixa de 2020 foi quem assegurou alta de +6,1% na comparação interanual.
O retorno ao vermelho da indústria deste grupo de países deveu-se à estagnação da Europa (0%) e ao recuo acentuado da Ásia e Pacífico, que chegou a -1,7% ante o 2º trim/21. A seu turno, os países da América do Norte, especialmente devido aos EUA, conseguiram manter seu ritmo de expansão industrial: +1,2% no 2º trim/21 e +1,3% no 3º trim/21.
Já os países emergentes e em desenvolvimento, exceto China, reverteram a queda de sua produção industrial do 2º trim/21 (-1,4%) em alta de +1,4% no 3º trim/21. Todas as grandes regiões ficaram no positivo, sobretudo, o grupo de países da Ásia e Pacífico, que registrou +2,2%. Nas demais regiões a queda anterior deu lugar a uma fraca expansão, mantendo-se próxima da estabilidade: +0,3% na África e +0,7% na América Latina.
O Brasil foi um importante responsável pelo baixo crescimento latino-americano. Na comparação com o mesmo período de 2020, enquanto a indústria da América Latina cresceu +5,7% no 3º trim/21, o Brasil foi o único grande país a perder produção na região: -1,4%, com ajuste sazonal.
No caso da China, os resultados do 3º trim/21 mantiveram-se no azul, mas foram modestos para padrões chineses. Frente ao período imediatamente anterior, variou apenas +0,5%, tal como havia ocorrido no 2º trim/21. Ante o mesmo período de 2020, por sua vez, houve desaceleração de +10,8% no 2º trim/21 para +4,6% no 3º trim/21, o menor crescimento desde 2006, quando teve início a série de dados da UNIDO.
As indústrias de média-alta e alta tecnologia da China, como computadores, eletrônicos e equipamentos elétricos, registraram crescimento mais robusto (+7,2% ante 3º trim/21), assim como muitos outros dos setores industriais, mas há exceções importantes, aponta a UNIDO, como têxteis, metais básicos e veículos automotores.
Para o acumulado de 2021, o IEDI elaborou um ranking internacional de crescimento da produção industrial geral em diversos países a partir de dados dos institutos nacionais de estatísticas dos próprios países, da OCDE e da Eurostat. Como utilizamos dados mais recentes, em muitos casos até nov/21, o ranking dá um panorama mais atualizado da indústria mundial.
Dentre os 45 países da nossa amostra, cabe ressaltar a posição e evolução recente da indústria brasileira. O Brasil ocupou a 37ª colocação nesta última edição do ranking, referente a um crescimento de +5,1% frente ao mesmo período do ano anterior, com ajuste sazonal. Ficamos no grupo de 1/3 dos países com menor dinamismo industrial, à frente, por exemplo, de Holanda, Portugal e Chile. Como ao final da primeira metade de 2021 ocupávamos a 16ª posição do ranking, os resultados mais recentes indicam nítido retrocesso em relação aos demais países.
A indústria de transformação mundial no 3º trim/21
O relatório da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization), revela que, embora a um ritmo fraco, a indústria manufatureira mundial continua se recuperando dos impactos negativos provindos da pandemia de Covid-19.
No 3° trim/21, a produção industrial mundial registrou variação de +0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, já corrigidos os efeitos sazonais. Trata-se de uma acomodação no ritmo de crescimento, em linha com o que havia ocorrido no 2° trim/21 (+0,4%). Muito disso deve-se às fortes assimetrias no desempenho industrial nos diferentes países.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de +5,7% da produção da indústria mundial, o que também sinaliza para um ritmo inferior de crescimento, já que a alta havia sido de +17,7% no 2º trim/21. Um ano atrás, no 3°trim/20, a indústria mundial assinalava queda de -1,3% frente ao mesmo período de 2019.
Embora generalizada, a recuperação industrial no mundo tem se dado a um ritmo distinto entre as regiões e grupos de países, devido aos diferentes períodos de maior disseminação da Covid-19, ao aparecimento de novas variantes do vírus e à distribuição desigual das vacinas dentro e entre países. Ou seja, a pandemia continua restringindo a retomada da indústria global.
Alguns países, como os europeus, estão sofrendo com uma nova onda de contágio, enquanto outros, a exemplo do Brasil e da Índia, após grande avanço da vacinação, têm apresentado cada vez menos números de casos registrados e, consequentemente, de internações e mortes.
Segundo a UNIDO, as medidas restritivas impostas pelos governos tiveram impactos severos tanto na demanda quanto na oferta do setor industrial, por conta de incertezas provocadas por perspectivas negativas no emprego e renda. Este quadro se somou a outras tendências pré-pandemia também desafiadoras, como o ressurgimento do protecionismo e tensões comerciais entre EUA, China e União Europeia.
No 3° trim/2021 os países avançados assinalaram menor dinamismo, pois apesar de terem avançado mais na vacinação, muitos ainda apresentam frações importantes de sua população que se negam a se vacinar, tornando estes países vulneráveis a novas ondas de contágio.
Devido a aparição de novas variantes, a UNIDO continua enfatizando que, para que haja uma recuperação efetiva da indústria mundial, serão necessárias maior cobertura vacinal em cada país e uma distribuição de vacinas justa e sustentável a todos os países.
O crescimento no 3° trim/21 foi puxado pelo resultado do grupo de países emergentes (exceto China), cujo avanço foi de +1,4% ante o 2º trim/21 e de +6,7% ante o 3º trim/20. Foi o oposto do 2º trim/21, quando os países industrializados cresceram mais do que os emergentes, ao menos na comparação frente ao período imediatamente anterior.
A China, por sua vez, teve um crescimento de +0,5% no 3º trim/21 frente ao trimestre anterior e de +4,6% em comparação com o mesmo período de 2020. Embora a indústria chinesa já tenha superado patamares pré-pandemia desde o 3° trim/20, a evolução recente indica um fraco desempenho industrial.
Nas economias em desenvolvimento e emergentes, excluindo a China, a indústria de transformação, que registrou resultado positivo de +1,4% frente ao trimestre anterior, demonstra grande volatilidade. No 2º trim/21 havia registrado -1,4%.
Segundo o relatório da UNIDO, por conta das incertezas em relação as tendências futuras da pandemia de Covid-19 (surgimento de novas variantes, distribuição desigual de vacinas no mundo, parcela antivacina em algumas sociedades etc.) as perspectivas para a indústria e a economia global permanecem precárias.
O desempenho industrial dos países desenvolvidos
A indústria de transformação das economias industrializadas registrou alta de +6,1% no 3º trim/21 ante o mesmo período de 2020, a terceira variação positiva consecutiva.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, entretanto, a produção desse grupo de países tem apresentado desaceleração desde o último trimestre de 2020 (+3,6%), crescendo +1,6% no 1° trim/21, +0,9% no 2° trim/21, ficando em queda de -0,1% no período 3º trim/21.
Na América do Norte, a produção cresceu +5,9% em jul-set/21 ante o mesmo período do ano anterior, seguindo um avanço de +17,3% no trimestre anterior na mesma base de comparação. Esse resultado está ligado à atividade manufatureira dos Estados Unidos, que registrou variação de +6,3%, enquanto no trimestre anterior a variação foi de +17,2%. Frente ao trimestre imediatamente anterior, este grupo foi o único entre os industrializados a manter seu dinamismo: +1,2% no 2º trim/21 e +1,3% no 3º trim/21.
As economias desenvolvidas do Leste Asiático, obtiveram avanço de +6,3% no 3° trim/21 frente ao mesmo período de 2020, excedendo o patamar de produção pré-pandemia no início de 2021. Frente ao trimestre imediatamente anterior, a indústria desse grupo de países assinalou queda de -1,7%, mostrando desaceleração frente ao resultado do trimestre anterior, quando cresceu +0,7%. Foi a região que pior se saiu entre os industrializados nesta última comparação.
Frente ao mesmo trimestre de 2020, a produção da indústria japonesa cresceu +5,9%, seguida pela indústria da Malásia (+0,7%). Além disso, assinalaram crescimento a produção industrial de Taiwan, Província da China (+14,0%), Cingapura (+6,9%) e Coréia (+5,6%), devido ao desempenho positivo do setor de computadores e eletrônicos, bem como do setor produtor de produtos farmacêuticos.
Já a produção industrial das economias desenvolvidas da Europa elevou-se em +6,2% no 3º trim/21 frente ao mesmo período de 2020, após variação de +23,0% no trimestre anterior na mesma base de comparação. Os dados desagregados do 3° trim/21 mostram melhor desempenho para todos os países do bloco. Nos dois trimestres anteriores os países da Área do Euro apresentaram maior dinamismo. Dentre os países com setores industriais de maior peso o resultado também é positivo: Itália (+5,0%), França (+2,7%) e Alemanha (+2,8%).
Fora da zona do Euro, a produção industrial do Reino Unido teve uma variação de +4,4% no 3° trim/2021 ante mesmo trimestre de 2020. Entretanto, problemas logísticos e gargalos de abastecimento que afetam os produtos acabados e intermediários, bem como a escassez de mão de obra em alguns setores apontam para um desempenho futuro incerto do setor manufatureiro do país no país no pós-pandemia.
Em comparação com o trimestre anterior, a Europa desenvolvida também perdeu dinamismo, passando de +4,3% em out-dez/20, para +1,1% em jan-mar/21, +0,7% em abr-jun/21 e variação nula (0,0%) em jul-set/21.
Desempenho industrial das Economias Emergentes e em Desenvolvimento
No 3° trim/2021 ante mesmo trimestre de 2020, os dados ajustados sazonalmente do setor manufatureiro chinês apontam para o menor crescimento (+4,6%) desde 2006, quando teve início a série de dados do relatório da UNIDO, excluindo os trimestres relacionados à pandemia da primeira metade de 2020. Frente ao trimestre imediatamente anterior, a China manteve igual variação do trimestre anterior, de apenas +0,5%.
Muitos dos setores da indústria chinesa ainda apresentam altas taxas de crescimento no 3° trim/2021 na comparação interanual, com algumas exceções importantes, como têxteis, metais básicos e veículos automotores. As indústrias de média alta e alta tecnologia, como computadores, eletrônicos e equipamentos elétricos, registraram um crescimento geral de +7,2% na comparação ante 2020. No entanto, a UNIDO assinala que permanece incerto se o setor industrial chinês, voltado para a exportação mudará seu foco para o crescente mercado interno no futuro.
O grupo dos emergentes exceto a China registrou alta de +1,4% no 3° trim/21, após um decréscimo de igual magnitude (-1,4%) no 2º trim/21 ante trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo período de 2020 houve alta de +6,7%, com desempenho muito heterogêneo entre as regiões e países.
Nas economias em desenvolvimento da Ásia houve expansão da atividade industrial em +8,3% no período jul-set/21 relativamente a igual período de 2020, após alta de +33,1% no 2°trim/21. Os resultados entre esses países foi igualmente assimétrico. Filipinas quase dobrou sua produção em comparação com o baixo nível do ano anterior. Já a produção industrial nas maiores economias da região, Índia, Indonésia e Turquia, registravam avanços importantes: +7,5%, + 4,2% e + 10,8%, respectivamente. Em direção oposta, Vietnã, Tailândia e Sri Lanka tiveram cortes de produção no 3º trim/21.
Quanto à produção industrial da América Latina, houve crescimento de +5,7% ante 3º trim/20, após crescer +30,0% no trimestre anterior na mesma base de comparação. Todas as economias observadas registraram crescimento anual considerável no 3º trim/21, exceto Brasil, que sofreu uma redução de produção de -1,4%.
O México registrou um crescimento de produção de + 4,5%, enquanto Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru e Uruguai registraram taxas de crescimento anual de dois dígitos. O Chile, único país do grupo latino-americano classificado como economia industrializada, teve um aumento da produção manufatureira de +8,4%.
No caso das economias emergentes da África, houve variação de +1,1% no 3º trim/21, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No trimestre atual foram observadas tendências opostas em indústrias de diferentes países africanos, com variação negativa na África do Sul (-0,5%) e Tunísia (-1,7%), enquanto Senegal (+ 20,7%), Costa do Marfim (+ 8,6%), Nigéria (+ 1,8%) e Ruanda (+ 1,1%) registraram aumento da produção.
A indústria de transformação das demais economias em desenvolvimento assinalou acréscimo de +2,5% ante o 3º trim/20. Dados desagregados também revelam considerável variabilidade entre os países deste grupo. Por exemplo, a produção manufatureira na República da Moldávia, Bósnia Herzegovina, Bulgária e Grécia aumentou pelo menos +7%, enquanto a produção da Romênia caiu -1,3%.
Análise setorial
Segundo a UNIDO, além da crise sanitária devido à pandemia de Covid-19 nos últimos 2 anos, incertezas relacionadas ao aumento das restrições ao comércio internacional tiveram grande influência sobre os produtores e levaram a uma desaceleração gradual da produção a partir 2018, embora com impactos variados em diferentes ramos industriais.
Os setores de média-alta e alta intensidade tecnológica se recuperaram mais rapidamente dos efeitos iniciais da pandemia, registrando alta da produção de +7,1% no 3º trim/21 frente ao mesmo período de 2020, isto é, bem acima dos grupos de intensidade tecnológica inferior.
A produção das indústrias de média-alta e alta tecnologia vem registrando taxas de crescimento consideráveis desde o 3° trim/2020, principalmente devido à produção de computadores, produtos eletrônicos e ópticos, equipamentos elétricos, bem como produtos farmacêuticos, que aumentou pelo menos dez por cento no trimestre atual.
Em relação aos setores de baixa tecnologia, estes enfrentaram uma recuperação moderada, segundo a UNIDO, embora seu ritmo de crescimento atual esteja relativamente acima dos padrões pré-pandemia.
O desempenho das diferentes indústrias nos grupos de países experimentou crescimento variável no 3° trim/21 na comparação ano a ano. Embora a China não tenha relatado perdas de produção para nenhuma indústria nos dois primeiros trimestres do ano, no 3º trim/21 alguns setores, incluindo têxteis e veículos motorizados mergulharam em território negativo. Cabe destacar que a produção de veículos motorizados, em geral, está enfrentando a maior redução em todo o mundo devido a interrupções no sistema global de suprimentos e uma demanda ainda moderada.
A maioria dos setores mais intensivos em tecnologia atingiu níveis pré-pandêmicos, exceto veículos automotores e outros equipamentos de transporte. Diversas economias com forte setor automotivo, como Alemanha, Japão, República da Coréia ou Reino Unido, experimentaram desenvolvimentos semelhantes nos últimos trimestres devido a interrupções na cadeia de suprimentos de recursos e bens intermediários.
No caso de alguns setores classificados pela UNIDO como de baixa tecnologia, como têxteis e roupas e coque e produtos de petróleo refinado, o nível de produção permanece abaixo do existente no período pré-pandemia. Por outro lado, a fabricação de produtos alimentícios (classificados como de baixa tecnologia), seguiram uma trajetória de crescimento estável com perdas limitadas desde o início da pandemia, dado seu papel como bens de consumo básicos.
Perspectivas de crescimento do valor agregado da indústria de transformação - 2021
De acordo com o relatório da UNIDO, o aumento estimado revisado do valor agregado da indústria mundial em 2021 é de +7,3%, ligeiramente abaixo do que foi projetado em abril de 2021 (+7,6%). Ademais, as estimativas revisadas para 2020 indicam uma contração menos severa (-6,5%) do que o previsto um ano atrás (-8,7%).
Os dados desagregados por grupos de países fornecem mais informações. Estima-se que o VA da indústria nas economias industrializadas cresça +7,2% em 2021 (em comparação com uma queda de -9,9% em 2020). Nos EUA, espera-se que o VA da indústria avance +9,6% em 2021, o que é ainda mais significativo após o declínio de -9,7% em 2020. No Canadá, estima-se alta de +9,2% (após queda de -16,3% em 2020) e na França, uma expansão de +8,9%, recuperando-se parcialmente do recuo de -13,8% em 2020.
Em geral, o valor agregado da manufatura nos países europeus industrializados parece estar se recuperando mais consistentemente, segundo a UNIDO, com uma taxa de crescimento esperada de +6,9% em 2021. Apesar disso, permanece muito aquém do necessário para recompor o declínio de -11,0% registrado em 2020.
No caso das economias asiáticas industrializadas, a estimativa de crescimento é de +5,4% frente ao decréscimo de -8,1% em 2020. O prognóstico da UNIDO para a indústria chinesa é de uma alta de +8,4%, indicando a capacidade desse país de se recuperar rapidamente. A indústria da América Latina, por sua vez, tem alta estimada de +6,2% em 2021, contrastando com a queda de -11,7% do ano anterior.
Ranking Indústria Mundial
A partir dos dados coletados pela OCDE, IBGE, Eurostat e pelo National Bureau of Statistics of China, o IEDI elaborou um ranking internacional de crescimento da produção da indústria geral com 45 países para o acumulado do período entre jan-set /21.
Para que o tamanho da amostra fosse o maior possível, optou-se por trabalhar apenas com as séries com ajuste sazonal, ainda que as comparações utilizadas sejam frente ao mesmo período do ano anterior. Usualmente, o IBGE calcula as comparações interanuais a partir das séries sem ajuste.
No acumulado dos três primeiros trimestres de 2021, os dados divulgados pelo IBGE com ajuste sazonal apontam para uma variação positiva de +7,9% frente ao mesmo período de 2020. Vale lembrar que em 2020 foi o retrocesso foi de -4,7%, após queda de -1,1% em 2019.
Dessa forma, o Brasil ficou na 23ª posição no ranking construído pelo IEDI para jan-set/21, superando o desempenho de importantes países industrializados como Japão (+7,0%), Alemanha (+6,3%) e EUA (+5,9%). Para igual período de 2020, o Brasil ocupava a 24ª posição.
Com a divulgação de dados mais recentes pelo IBGE, cobrindo o período de janeiro a novembro do ano passado, o desempenho da indústria brasileira foi de 5,1% na comparação com o mesmo período de 2020, já descontados os efeitos sazonais. Com isso, a posição do Brasil no ranking regrediu para a 37ª colocação.
Cabe observar que, em função da celeridade na divulgação dos dados da indústria pelos institutos de pesquisa estatística de cada país, o cômputo do resultado acumulado em 2021 para alguns casos considera um período menor do que janeiro-novembro, terminando em outubro, na maioria dos casos, ou em setembro, de forma residual. Com o avançado do ano, menos influência esse aspecto exerce sobre o ranking.
Nas primeiras colocações, considerados os dados mais recentes disponíveis, destaca-se o desempenho da Irlanda (+29,0%) e da Turquia (+18,6%), países que lideram o ranking. Ademais, também se saíram bem, ocupando as posições seguintes, Bélgica (+17,9%), Lituânia (+17,5%) e Polônia (+14,8%). A China registra variação de +10,1%, ocupando a 14ª posição.