Carta IEDI
PIB Brasil em 2021-2022: pouco a comemorar
O PIB do Brasil avançou +4,6% em 2021, mais do que compensando a queda em 2020, que foi de -3,9%, devido ao impacto inicial provocado pela pandemia de Covid-19. Apesar disso, não há muito o que se comemorar e por diversas razões, algumas das quais serão abordadas nesta Carta IEDI.
Em primeiro lugar, porque o país continuou empobrecendo. O PIB per capita, embora tenha se expandido em 2021 (+3,9%), não aplacou a forte perda de 2020, permanecendo abaixo do seu patamar pré-pandemia e muito aquém daquele de uma década atrás. Em termos reais, encerrou 2021 com valor 5% inferior ao de 2010. A crise de 2015-2016 e a Covid-19 se sobrepuseram e levaram a esta situação.
Em segundo lugar, os dois principais componentes da demanda agregada doméstica chegaram o final do ano passado com pouco dinamismo. No 4º trim/21, o consumo das famílias, muito prejudicado pela inflação e desemprego, cresceu (+2,1%) metade do que havia crescido no 3º trim/21 (+4,2%) ante o mesmo período do ano anterior e registrou apenas +0,7% na série com ajuste sazonal.
Já o investimento, que é dos principais motores do crescimento do PIB, deixou para trás as taxas de dois dígitos que vinha apresentando e cresceu +3,4% no 4º trim/21 ante o 4º trim/20. Frente ao 3º trim/21, já descontados os efeitos sazonais, o quadro se aproximou da mera estabilidade ao variar +0,4%, depois de declinar dois trimestres seguidamente.
Em terceiro lugar, os desempenhos foram assimétricos setorialmente. A agropecuária recuou no acumulado de 2021, enquanto serviços e indústria se recuperaram. Mas mesmo entre estes últimos, porém, há diferenças importantes. Os serviços foram o único setor a crescer no 4º trim/21 (+3,3% ante 4º trim/20), com ajuda da ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, acumulando alta de +4,7% em 2021. Também foi o único a ficar no positivo ao longo de todo o ano passado na série com ajuste sazonal.
A indústria, a seu turno, não teve um bom ano e sua trajetória declinante foi ficando cada vez mais evidente com o passar do tempo, à medida que deixou de contar com bases de comparação excepcionalmente baixas. A indústria de transformação, trimestre após trimestre, já descontados os efeitos sazonais, não registrou uma variação positiva sequer e em comparação com o 4º trim/20 foi responsável pela queda mais intensa entre os setores do PIB (-6,9%).
Em quarto lugar, mesmo tendo crescido em 2021 a economia brasileira ficou para trás no contexto mundial. Em 2020, quando nosso PIB caiu, não destoou muito da evolução do PIB global: respectivamente, -3,9% e -3,3%, segundo a média das estimativas das principais agências multilaterais do mundo (FMI, OCDE, UNCTAD e Banco Mundial). Em 2021, em contraste, crescemos 1 ponto percentual aquém do total da economia mundial: +4,6% ante +5,6%.
Em resumo, o PIB do Brasil em 2021 se expandiu, mas foi perdendo força ao longo do ano, sobretudo no binômio investimento-indústria, essencial para dar consistência ao crescimento econômico do país, não reverteu a trajetória de empobrecimento dos brasileiros e ficou aquém da retomada do restante do mundo.
Mas há ainda outra má notícia: em 2022, a discrepância da evolução do PIB brasileiro frente à economia global deve se ampliar expressivamente. As projeções mais recentes apontam para virtual estagnação econômica do Brasil, enquanto o PIB mundial deve se expandir neste ano, mesmo sob os efeitos negativos da guerra da Ucrânia.
As projeções do Boletim Focus do Banco Central apontavam, no final de fevereiro último, para uma variação de apenas +0,3% para o PIB brasileiro em 2022. Com expectativas positivas para nossas exportações de produtos primários, em decorrência do conflito entre Rússia e Ucrânia, esta variação foi revista para +0,5% na última edição do boletim, de 25/03/22.
Ainda assim, ficaremos muito atrás do restante do mundo. Em jan/22, o FMI projetava uma alta de +4,4% para o PIB global em 2022 e o Banco Mundial, de +4,1%. Estas previsões devem ser revisadas para baixo com a escalada da tensão geopolítica dos últimos meses. Em mar/22, OCDE e UNCTAD avaliaram redução de 1 ponto percentual de seus cenários por este motivo: para +3,4% e +2,6%, respectivamente.
Visão geral do PIB do Brasil em 2021
A economia brasileira cresceu 4,6% em 2021, com o quarto trimestre registrando expansão frente a julho-setembro (série livre de sazonalidade). Dessa maneira, o PIB per capita do Brasil também se recuperou, 3,9%, após ter retrocedido 4,6% em 2020.
• Pela série livre de sazonalidade, no quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 0,5% em relação ao terceiro trimestre, o segundo período seguido de incremento após as contundentes retrações dos dois trimestres iniciais, quando se concentraram os efeitos da pandemia da covid-19;
• Na comparação entre outubro-dezembro último com igual período de 2020, a expansão foi de 1,6%, completando quatro trimestres consecutivos de recuperação ante o observado ao alongo de 2020;
• A expansão de 4,6% em 2021 decorreu tanto do crescimento de 4,3% no valor adicionado bruto, quanto do aumento de 6,4% nos impostos líquidos sobre produtos.
Consumo das famílias e o investimento em alta, mas com menos ímpeto
Pela série dessazonalizada, trimestre a trimestre, o Brasil encerrou 2020 com taxa positiva em outubro-dezembro, compensando as retrações no segundo e no terceiro trimestre. Essas quedas contrastaram com taxas positivas que lhe antecederam: no primeiro trimestre de 2021 e nos dois últimos de 2020, após os fortes recuos decorrentes da pandemia. O crescimento na passagem do terceiro para o quarto trimestre contou com o aumento de 0,7% no consumo das famílias, de 0,8% no consumo do governo e de 0,4% na formação bruta de capital fixo (FBCF). As exportações de bens e serviços, por outro lado, recuaram 2,4%, enquanto as importações aumentaram 0,5%.
Passando para o contraponto entre quartos trimestres do ano e do ano anterior, o PIB cresceu 1,6%, completando quatro trimestres de expansão em 2021. Atendo-se ao último quarto de 2021, o crescimento do PIB foi puxado pela expansão do consumo das famílias, 2,1%, pelo consumo do governo, 2,8%, pela FBCF, 3,4%. O setor externo arrefeceu o desempenho do produto agregado como um todo. Embora as exportações tenham crescido 3,3%, as importações avançaram ainda mais, 3,7%.
Desse modo, O PIB brasileiro cresceu 4,6% em 2021. Pelo acumulado do ano, todos os trimestres lograram expansão no produto agregado, enquanto, pelo acumulado de quatro trimestres, apenas o primeiro trimestre de 2021 registrou taxa negativa, com os subsequentes apresentando aumento. No ano como um todo, o avanço teve como grande destaque a FBCF, com variação de 17,2%. O consumo das famílias e o consumo do governo também cresceram, mas a taxas menores que a do PIB: 3,6% e 2,0%, respectivamente. As exportações avançaram 5,8%, enquanto as importações cresceram ainda mais, 12,4%.
O referido aumento da FBCF permitiu que a taxa de investimento fixo também crescesse em 2021, chegando a 19,2% do PIB. Configurou, assim, o quarto ano seguido de ampliação da taxa de FBCF. Em que pese tanto, ainda não alcançou o patamar de 2008 e de 2010 a 2014.
Embora os sinais de recuperação observados em 2017 tenham se configurado em mais investimentos no biênio subsequente, concorrendo para a as taxas positivas do PIB, a produção já se mostrava claudicante, com a recuperação lenta, mesmo antes da pandemia. O incremento da taxa de investimento fixo em 2020 e 2021 requer considerar esse aspecto. De qualquer modo, em 2021, a ampliação da taxa de investimento foi mais sólida do que a de 2020, quando tal aumento decorreu da FBCF ter se retraído menos que os demais componentes do produto. Acresça-se que, em 2021, o aumento da FBCF teve à frente o avanço dos investimentos em máquinas e equipamentos, incremento de 23,6%.
O desempenho por setor
Como antes mencionado, a expansão de 4,6% do PIB a preços de mercado foi puxada tanto pelo incremento de 4,3% no valor adicionado (VA), quanto pelo aumento de 6,4% nos impostos líquidos sobre produtos. O aumento do VA foi puxado pela indústria e pelos serviços.
Pelos dados dessazonalizados, a taxa positiva no quarto trimestre vis-à-vis o trimestre imediatamente anterior, incremento de 0,5% do PIB e de 0,6% do VA em outubro-dezembro, teve à frente a agropecuária, variação de 5,8%, após ter recuado por dois períodos seguidos. Os serviços também cresceram, 0,5%, sexto período com taxa positiva. Já a indústria, sofreu retração de 1,2%, sendo o terceiro declínio consecutivo.
No confronto entre o último trimestre de 2021 e seu equivalente do ano anterior, o valor adicionado cresceu 1,6%. Tal expansão decorreu exclusivamente dos serviços, que cresceram 3,3%. A indústria retrocedeu 1,3% após quatro trimestres de crescimento, enquanto a agropecuária teve queda de 0,8%, a segunda seguida.
Já ao se contrapor 2021 e o ano anterior, o crescimento de 4,3% do VA foi puxado pelos serviços, 4,7%, e pela indústria, 4,5%. Somente a agropecuária experimentou taxa negativa, -0,2%, tendo sido justamente o único dos três grandes setores a crescer em 2020.
A indústria em detalhe
Atendo-se à indústria, na passagem de julho-setembro para outubro-dezembro pelos dados dessazonalizados, seu valor adicionado retrocedeu 1,2%. Tal declínio decorreu principalmente do desempenho da indústria de transformação, com queda de 2,5%, e da extração mineral, recuo de 2,4%. A produção e distribuição de eletricidade, gás e água, esgoto e atividades de gestão de resíduos – os chamados serviços industriais de utilidade pública (SIUP) – também retrocederam, queda de 0,2%. A construção, a seu turno, arrefeceu tal movimento descendente, crescendo 1,5%.
Comparando último quarto de 2021 e o mesmo período do ano anterior, o VA industrial caiu 1,2%, após quatro trimestres seguidos de alta. Tal retrocesso decorreu exclusivamente da indústria de transformação, ao cair 6,9%. As três outras divisões industriais lograram incremento, mas sem conseguir contrabalançar a citada retração, até por conta do peso a indústria de transformação. A construção cresceu dois dígitos, 12,2%. Já a indústria extrativa avançou 4,5%. Os SIUP também cresceram nessa base comparativa, mas com menor ímpeto, 0,7%.
No acumulado do ano, como antes visto, o setor industrial avançou 4,5%, a mesma taxa observada pela indústria de transformação. O segmento que mais cresceu foi a construção, 9,7%. A extração mineral, a seu turno, registrou expansão de 3,0%. Em contraste, os SIUP apresentaram taxa negativa, -0,1%, ficando praticamente estável.
O Brasil frente a outras economias
Conforme as últimas estimativas do FMI, divulgadas em jan/22, a economia mundial cresceu +5,9% em 2021, no segundo ano da pandemia da Covid-19, em que parte do mundo tendo acesso a vacinas e maior conhecimento sobre a doença. O crescimento do Brasil em 2021, como visto, não chegou a tanto. Até pelo fato da economia brasileira vir crescendo muito timidamente antes mesmo da pandemia (crise de 2015-2016 e fraca recuperação até 2019). Assim, vale contrastar a performance do Brasil com a de outros países.
O contraponto frente a países membros da OCDE pela variação trimestre contra trimestre imediatamente anterior (dados dessazonalizados) salienta oscilações provavelmente associadas a impactos da covid-19, suas variantes e medidas de enfrentamento da pandemia. Diferentemente do primeiro ano de pandemia, no qual havia um padrão assemelhado de medidas de contenção, em 2021, o enfrentamento dependeu mais dos rebatimentos específicos da covid-19 em cada país, até por conta das diferenças de disponibilidade e calendário vacinal e velocidade da vacinação combinada à aderência à campanha da população.
Os desempenhos mais consistentes couberam aos EUA e à Coreia do Sul, com ambos crescendo em todos os trimestres expostos. O Chile se comportou de modo similar, mas a OCDE ainda não havia trazido números para esse país no último quarto de 2021. Canadá cresceu bem nos dois últimos trimestres do ano. O produto do México recuou no terceiro trimestre nessa base comparativa, mas sem estimativa para seu quarto trimestre.
A economia japonesa, por sua vez, oscilou nos últimos trimestres, logrando, contudo, incremento de 1,3% na passagem do terceiro para o quarto trimestre. Dentre os países da OCDE expostos no gráfico abaixo, a Austrália foi o que mais cresceu em outubro-dezembro, 3,4%, mas após declínio considerável na passagem do segundo para o quarto trimestre. Na Europa, a França vem crescendo a quatro períodos consecutivos. Itália, Holanda e Reino Unido vem crescendo a três trimestres. Já a Alemanha se retraiu após dois períodos de taxas positivas.
Passando para o investimento fixo, após reveses no segundo e no terceiro trimestre, o Brasil cresceu no último quarto de 2021. Destaque-se a forte expansão da FBCF do país no derradeiro trimestre de 2020 e no primeiro de 2021. Vale notar que, com exceção da Alemanha, cujos investimentos recuaram, além de Chile e México, sem dados disponíveis, os demais lograram expansão de suas respectivas FBCF.
Projeções para 2022 - Brasil e outras economias
As expectativas de mercado para a economia brasileira, apuradas no relatório Focus do Banco Central em 25/03/2022 e publicadas em 28/03/2022, eram de incremento de apenas 0,50% em 2022 e de 1,30% em 2023. Ou seja, esse relatório Focus coletou as expectativas dos agentes com a guerra na Ucrânia em curso.
Mesmo com suas consequências, incluindo a redução na disponibilidade internacional de produtos oriundos de Rússia e Ucrânia, como fertilizantes, petróleo e trigo, o levantamento Focus trouxe uma expectativa de mercado melhor para 2022 do que nas semanas anteriores. Vale lembrar que em 25/02/22, um mês antes, portanto, as projeções apontavam para um resultado de +0,3% no corrente ano.
Com o fortalecimento da base de comparação de 2022 em função deste aumento das projeções, a expectativa de crescimento para 2023 vem sendo diminuída. Passou de 1,5% em 25/2/22 para 1,3% em 25/3/22.
Uma possível leitura é que os agentes não preveem o prolongamento do conflito e que os seus impactos, como os da redução na oferta de fertilizantes, só vão ser sentidos pela economia brasileira mais adiante, enquanto a resposta a desabastecimentos mundiais em 2022 tendam favorecer alternativas em território brasileiro.
Vale registrar que, quanto menos recente é a projeção/ expectativa tabulada acima, mais positiva se mostrava, principalmente para 2023. A grade de projeções usada pelo Ministério da Economia em novembro do ano passado projetava expansão de 2,1% em 2022 e de 2,5% no ano seguinte, contrastando com as expectativas de levantamento Focus.
A atualização (update) do World Economic Outlook do FMI, de janeiro último, trouxe uma projeção de somente 0,30% para 2022 e de 1,6% para 2023. Ou seja, em se tratando de 2022, até inferior às expectativas constantes do Focus mais recente, o que pode denotar alguma mudança de lá até janeiro, mesmo com os efeitos da variante ômicron da covid-19 e o conflito em curso no leste europeu.
Deve-se incluir nesse tocante, a postura expansionista do governo federal em ano de eleição presidencial, o que também possivelmente tem rebatido por outro lado em projeções cada vez menores para 2023, quando ocorreria um provável ajuste nas contas públicas.
No caso da atualização de janeiro de 2022 do World Economic Outlook do FMI, estas trazem também projeções para outros países, além de estimativas para 2021. No cenário vigente, certamente tais projeções serão revisadas.
Relatórios divulgados pela OCDE e pela UNCTAD em março de 2022, contemplando efeitos da guerra na Ucrânia, apontam para perda de 1 ponto percentual em suas projeções para o dinamismo da economia global neste ano. O PIB mundial cresceria algo como +3,4% segundo a OCDE e +2,6% segundo a UNCTAD. Ou seja, em ambos os casos muito à frente do Brasil.
Considerando tais aspectos, as estimativas de PIB relativas a 2021 merecem escrutínio maior do que as projeções. Observa-se que a expansão brasileira de 4,6% em 2021 foi menos aguda que a registrada por várias economias avançadas. Tal diferença pode ser vista como reflexo de medidas mais duras no enfrentamento da pandemia em 2020 nessas economias mais fortes. Tanto que, em 2020 em sua maioria, sofreram quedas mais acentuadas que o Brasil. Por outro lado, são economias com produto per capita bem acima do brasileiro.
Este ponto também é visível no segundo gráfico a seguir: o conjunto dos países avançados cresceu 5,0% em 2021, após ter se retraído 4,5% em 2020. Na mesma figura, o grupo dos países emergentes ou em desenvolvimento, mais equiparáveis ao Brasil, avançou mais, 6,5%, após declínio de 2,0% em 2020. Dentro desse agrupamento, a performance dos asiáticos emergentes e em desenvolvimento merece destaque: expansão de 7,2% em 2021, depois de ter recuado 0,7% em 2020. Já a América Latina e Caribe passou por declínio assaz contundente em 2020, recuo de 6,9%, para, então, buscar recuperação, com crescimento de 6,5%.
No bojo dos BRICS, a China, país a partir do qual a pandemia se disseminou, logrou crescimento ainda em 2020, de 2,3%, avançando 8,1% em 2021. A Índia, por sua vez, cresceu 9,0% em 2021, mas após sofrer retração maior que a brasileira. Fora do continente asiático, a África do Sul avançou a mesma taxa que o Brasil em 2021, mas após ter enfrentado uma queda ainda mais aguda. A Rússia cresceu praticamente o equivalente a esses dois países, 4,5%, tendo sofrido menos que ambos em 2020. Já o México, cresceu 5,3% em 2021, só que depois de presenciar o maior declínio dentre os países apresentados no último gráfico.
Se, no começo do ano, a postura claudicante de autoridades brasileiras no tocante à campanha de imunização, incluindo divulgação de medidas preventivas, e a outras atitudes no enfrentamento da pandemia, concorreu para arrefecer o desempenho no início de 2021, a inflação crescente foi segurando a demanda no decorrer do ano. Passados os dois meses iniciais de 2022, quando a variante ômicron se disseminou no país, a pandemia parece arrefecer de modo mais contundente.
Todavia a guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia, incluindo as sanções a este país, tem afetado os preços internacionais do petróleo e fertilizantes em momento desfavorável para o Brasil. Tal cenário em ano de eleição presidencial vem apontado para empurrar para 2023 a busca por mudanças, avanços duradouros no país.