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                          Carta IEDI

                          Edição 1207
                          Publicado em: 09/06/2023

                          Menos crédito e mais juros no 1º trim/23

                          Sumário

                          No acumulado do 1º trim/23, as novas concessões de crédito bancário somaram R$ 1,4 trilhão, apresentando, em termos reais, expressivo declínio em relação ao último quarto de 2022 e desaceleração na comparação com o mesmo período do ano passado, em função dos níveis elevados de juros que têm sido praticados no país e pela perda de dinamismo do PIB.

                          Segundo os dados do Banco Central, as variações que marcam o desempenho recente das concessões creditícias foram: 

                          •-9,9% na passagem do 4º trim/22 para o 1º trim/23, já descontada a inflação, isto é, bem mais intensa do que na passagem do 4º trim/21 para o 1º trim/22 (-5,4%) 

                          •+7,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que representa menos de um quarto do resultado obtido no 1º trim/22 (+30,1%) e a variação mais baixa dos últimos oito trimestres consecutivos.

                          Foi na concessão às empresas que este esmorecimento do crédito se concentrou. Na comparação com o final do ano passado o recuo atingiu -12,6% e em relação ao mesmo período do ano anterior a variação foi de -2,2%. O crédito às famílias também perdeu força frente ao 4º trim/22, mas de modo menos pronunciado (-7,6%), e conseguiu avançar +15,4% frente ao 1º trim/22.

                          Para as empresas, a principal contribuição para o retrocesso verificado veio do crédito livre, isto é, aquela parte do mercado cujas condições de juros e prazo são livremente pactuadas entre as partes. As concessões livres responderam por 83% do declínio na passagem do 4º trim/22 para o 1º trim/23 no crédito corporativo.

                          Isso se deu não só porque as concessões livres recuaram -11,4% nesta comparação, mas também porque elas constituem no principal circuito de financiamento às empresas: 93% do total dos novos empréstimos contratados no período. O crédito direcionado não passou de 7% do total de concessões às empresas.

                          Na comparação com o mesmo período do ano anterior, as concessões livres também apareceram como o principal obstáculo para uma expansão mais intensa do financiamento das empresas, já que retraíram -4,0% enquanto o crédito direcionado avançou +30,6%, puxado pelo financiamento imobiliário (+40%) e pelos empréstimos do BNDES (+42%).

                          A evolução das operações livres não surpreende porque geralmente contam com taxas de empréstimos maiores e repassam mais rapidamente as elevações da taxa básica de juros (Selic) e, além disso, são operações que tendem a estar mais sujeitas à aversão a risco dos credores.

                          A média no 1º trim/23 da taxa real de juros das novas contratações de crédito alcançou 24,7% a.a. ante 13,9% a.a., em igual período de 2022, um aumento amplamente explicado pela forte desaceleração da inflação, de 11,3%, de acordo com o IPCA, no acumulado em doze meses até mar/22 para 4,65% em mar/23. 

                          No segmento às empresas, o aumento foi de 7,3% a.a. para 15,5% a.a. nesta mesma comparação, chegando a 18,2% a.a. para as concessões de crédito livre. O crédito corporativo direcionado também seguiu mesma trajetória, com aumento dos juros nominais sobretudo a partir da segunda metade do ano passado. Descontada a inflação (ex post), suas taxas médias chegaram a 7,8% a.a. no 1º trim/23.

                          A piora das condições de crédito também refletiu o crescimento da inadimplência, que passou de 2,5% no 1º trim/22 para 3,3% no 1º trim/23. No crédito corporativo, subiu de 1,4% para 2,0% no período, puxada pelo segmento livre: 2,4% ante 1,4% no segmento direcionado. Tal movimento esteve concentrado nas operações junto a micro, pequenas e médias empresas, cuja inadimplência chegou a 3,5% no 1º trim/23.

                          Para as famílias, a inadimplência não só é maior como continua em elevação. Passou de 3,3% para 4,1% da carteira entre o 1º trim/22 e o 1º trim/23. Juros altos, chegando a 29,6% a.a. na média de jan-mar/23, e inadimplência em crescimento formam um círculo vicioso, já que a renda das famílias fica cada vez mais comprometida com os serviços de suas dívidas. 

                          Isso é ainda mais grave em um quadro de elevada informalidade no mercado de trabalho (quase 40% da população ocupada), em que os fluxos de rendimento são mais irregulares. Qualquer imprevisto na obtenção de renda, leva a atrasos que os juros elevados transformam rapidamente em inadimplência e superendividamento.

                          Segundo o Banco Central, amortizações e pagamento de juros comprometeram 27,4% da renda das famílias neste início de 2023, um ponto percentual a mais do que em igual período do ano passado. Desde jul/22 que esta relação se encontra nos patamares mais elevados da série iniciada em mar/05.

                           

                          Crédito ampliado ao setor privado não-financeiro

                          De acordo com as estatísticas de crédito do Banco Central do Brasil, o estoque de crédito ampliado ao setor privado não financeiro atingiu R$ 8,4 trilhões no 1º trimestre de 2023. Esse conceito de crédito inclui tanto o saldo das operações de crédito contratadas pelas empresas e pelas famílias no mercado financeiro doméstico como o saldo da dívida externa, resultante das captações de recursos junto a não residentes, mediante a contração de empréstimos e da emissão de títulos de dívida. 

                          Em porcentagem do PIB, o saldo do crédito ampliado ao setor privado não financeiro subiu 3,1 ponto percentual (p.p.) frente ao 1º trimestre do ano anterior, mas registrou queda de 1,0 p.p. em comparação com o trimestre precedente (87,5%). 

                           

                          Na comparação com igual trimestre do ano anterior, contudo, o estoque do crédito ampliado ao setor privado não financeiro registrou variação real de 23,3% no 1º trimestre do ano, quando deflacionado pelo IPCA, com incremento de 5,4 p.p. frente ao trimestre precedente. A aceleração do ritmo de crescimento na base de comparação interanual foi mais intensa nas operações de crédito com empresas (+7,6 p.p.) do que nas operações com as famílias (+1,9 p.p.).

                           

                          O mercado doméstico, responsável por 79,4% do estoque do crédito ampliado ao setor privado não financeiro, registrou expansão real da ordem de 24,3% na base de comparação interanual e de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior. 

                          Esse crescimento expressa, sobretudo, a ampliação do saldo das operações com títulos de dívida direta no mercado doméstico, que alcançou R$ 1,4 trilhão, registrando variação real de 44,6% frente ao 1º trimestre de 2022 e de 6% frente ao trimestre precedente. 

                          Em consequência dessa vigorosa expansão, a participação do saldo dos títulos domésticos no saldo total do crédito ampliado ao setor privado não financeiro se elevou a 16,9%, incremento de 2,5 p.p. na comparação com igual trimestre do ano anterior. 

                          Já a dívida externa do setor privado registrou variação real positiva de 19,6% frente ao 1º trimestre de 2022 e de 0,3% na comparação com o quatro trimestre de 2022. Esse resultado reflete o aumento real de 21,6% no estoque dos empréstimos externos, o qual, foi, em parte, contrabalançado pela retração dos saldos das operações com títulos de dívida no mercado internacional (-8,9% frente igual trimestre do ano anterior), em contexto de elevação dos juros nas principais economias desenvolvidas e da apreciação cambial de 2,5% verificada em março de 2023.

                          As operações de empréstimos e financiamentos no mercado doméstico se mantiveram no 1º trimestre de 2023 como a principal modalidade de crédito, com participação 62,4% no total do estoque de crédito ampliado ao setor privado não-financeiro. Na comparação com o 1º trimestre do ano anterior, o estoque dos empréstimos e financiamentos no mercado doméstico registrou expansão real da ordem de 19,7%. 

                          Frente ao trimestre precedente, o saldo dos empréstimos e financiamentos no mercado doméstico registrou variação real de 1,8%, ao passo que o estoque de empréstimos externo cresceu somente 0,6%, impactado pela já mencionada apreciação cambial verificada no mês de março do corrente ano.

                           

                          O saldo do crédito ampliado a empresas atingiu R$ 5 trilhões (equivalente a 51,8% do PIB) no primeiro trimestre, com alta de 23,3% frente a igual trimestre de 2022, impulsionada, principalmente, pelo aumento real de 45,1% do estoque de títulos de dívida emitidos no mercado doméstico (debêntures, notas comerciais e recebíveis imobiliários e do agronegócio) e detidos por residentes e de 13,9 % na carteira de empréstimos e financiamento do sistema financeiro. 

                          Cabe ressaltar que os títulos de dívida direta já respondem por 41,3% (ante 35,6% no 1º trimestre do ano anterior) do crédito ampliado concedido às empresas no mercado doméstico.

                          Frente ao 4º trimestre de 2022, o saldo das operações crédito ampliado a empresas registrou variação real de apenas 1,1% no período de janeiro a março de 2023, impactada pela retração do saldo dos empréstimos e financiamentos no mercado doméstico (-0,9%) e do estoque dos títulos de dívida externa (-6,2%). 

                           

                          Já o crédito ampliado às famílias alcançou R$ 3,3 trilhões, equivalente a 34,7% do PIB no 1º trimestre de 2023, com aumento real de 26,3% na comparação com igual trimestre do ano precedente, em decorrência do forte incremento nos empréstimos do SFN (24,0%), que respondem por 93% do total das operações de crédito ampliado pactuadas com as famílias.

                          Evolução do estoque de crédito do SFN 

                          No 1º trimestre de 2023, o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) se manteve em trajetória de expansão, alcançando R$ 5,1 trilhões (equivalente a 52,9% do PIB), com variação real de 1,6% frente o trimestre imediatamente anterior e de 19,1% na comparação com igual trimestre de 2022. 

                          Do estoque total de crédito do SFN, 96,1% se referem aos créditos concedidos ao setor privado (R$ 4,9 trilhões, equivalente a 50,9% do PIB).

                          Em termos de percentual do PIB, contudo, observa-se um decréscimo de -0,9 p.p. do estoque total do SFN frente o trimestre precedente (53,8%). No que se refere ao saldo das operações de crédito com o setor privado, houve decréscimo de -0,8 p.p. na mesma base de comparação. 

                          Já frente ao 1º trimestre do ano anterior, observa-se ligeiro incremento tanto do estoque total em porcentagem do PIB (+ 0,1 p.p.) como do estoque de crédito ao setor privado (+0,2 p.p.).

                           

                          Na comparação interanual, observa-se, no 1º trimestre de 2023, uma ligeira aceleração do ritmo de crescimento do saldo do crédito total do sistema financeiro (+0,4 p.p.), explicado pelo aumento real de 23,9% da carteira de crédito concedido às pessoas físicas, com incremento de +1,4 p.p. frente ao quarto trimestre. 

                          Em contraste, o ritmo de expansão saldo das operações com pessoas jurídicas continuou desacelerando, registrando aumento real de 12,2% (ante variação real de +14,2% e de +13,4% no 3º e 4º trimestre de 2022, respectivamente) na mesma base de comparação.

                           

                          No que se refere à origem dos recursos, o saldo das operações com recursos livres atingiu R$ 3,0 trilhões no 1º trimestre do corrente ano, com aumento real de 17,5%, frente a igual período do ano anterior. Contudo, não obstante o expressivo crescimento, a carteira de crédito com recursos livres se manteve em trajetória de desaceleração nessa base de comparação (-1,2% frente ao quarto trimestre de 2022). 

                          Em contraste, ainda na base de comparação interanual, as operações com recursos direcionados mostraram aceleração no 1º trimestre de 2023, com aumento real de 21,4% (2,8 p.p. acima do verificado no trimestre anterior), alcançando o patamar de R$ 2,1 trilhões.

                           

                          Frente ao último trimestre de 2022, o saldo das operações de crédito com recursos livres registrou alta de 0,6% no 1º trimestre de 2023, enquanto o saldo da carteira de crédito com recursos direcionados subiu 3,0% em termos reais.

                          O saldo da carteira de crédito com recursos livres às pessoas físicas atingiu R$ 1,7 trilhão, com crescimento real de 22,7% frente ao 1º trimestre de 2022 e de 2,9% na comparação com o trimestre precedente. 

                          O crescimento das modalidades de crédito com recursos livres às pessoas físicas foi disseminado, com destaque para cartão de crédito rotativo (+52,7% ante ao igual trimestre de 2022), cartão de crédito parcelado (+45,6%), crédito pessoal não consignado (+18,5%), crédito consignado (+23,5%) e aquisição de veículos (+14,1%). Menciona-se ainda a forte elevação do saldo da modalidade cheque especial (+25,9%), não obstante sua pequena participação nessa carteira (1,8%). 

                           

                          A carteira de crédito com recursos livres às pessoas jurídicas alcançou R$ 1,3 trilhão no 1º trimestre de 2023, com variação real de +11,2% frente a igual trimestre do ano anterior, com diminuição do ritmo de crescimento (-3,4 p.p.) na comparação com o trimestre anterior. 

                          Na base de comparação interanual, entre as principais modalidades de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas, que impulsionaram essa carteira nesse 1º trimestre, destacam-se: aquisição de veículos (+29,5%), desconto de duplicatas e recebíveis (+10,0%), adiantamento de contrato de câmbio (+10,4%), financiamento de exportação (+10,3%). 

                          A modalidade de capital de giro, que detém a participação (34,4%) mais expressiva no segmento de crédito corporativo, registrou alta de 6,4% nessa base de comparação, embora o saldo da modalidade de capital giro com inferior a 365 dias tenha registrado queda real de -17,4%. 

                          Na comparação com o 4º trimestre de 2022, o saldo de crédito com recursos livres às empresas registrou retração real de -2,3%, em reflexo da maior aversão ao risco do SFN nas operações com pessoas jurídicas em razão da fraude contábil das Lojas Americanas e do aumento do número de falências. 

                          Além da diminuição do estoque de crédito para capital de giro (-2,2%), quedas expressivas foram observadas nos saldos reais das seguintes modalidades: desconto de duplicatas e recebíveis (-15,2%), antecipação de faturas de cartão (-14,2%) e financiamento de importações (-10,8%). 

                          No sentido oposto, destacam-se os aumentos reais nos saldos das modalidades de cartão de crédito parcelado (+21,4%), cheque especial (+14%) e cartão de crédito rotativo (+10,7%), cujos custos são particularmente elevados.

                          O saldo da carteira de operações de crédito com recursos direcionados a pessoas físicas continuou em expansão, atingindo R$ 1,4 trilhão no 1º trimestre de 2023. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, essa carteira cresceu 25,5% em termos reais (+2,7 p.p. frente ao 4º trimestre de 2022). 

                          Esse resultado foi impulsionado pelo expressivo aumento, sobretudo, nas modalidades de financiamento habitacional (+20,5%) e de crédito rural (+40,0%), que respondem por, respectivamente, por 65,4% e 29,7% da carteira de crédito regulamentado às pessoas físicas. Frente ao trimestre precedente, crédito direcionado a pessoas físicas registrou alta real de 4,2%.

                          Já o saldo das operações com recursos direcionados a pessoas jurídicas alcançou R$ 703 bilhões, com incremento real de 14,1% frente ao 1º trimestre de 2022 (+2,9 p.p.). Esse desempenho reflete a forte expansão do financiamento imobiliário (+40,0%) e de outras operações (+18,4%). 

                          Os créditos com recursos do BNDES, que respondem por 53,1% do estoque da carteira direcionada às pessoas jurídicas, registrou expansão real de 11,5% nessa mesma base de comparação. Na comparação com o 4º trimestre de 2022, essa carteira de crédito direcionado ao segmento empresarial teve crescimento real de 0,7%.

                          No primeiro trimestre, o estoque dos créditos concedidos ao setor privado registrou alta de 19,4% em termos reais frente a igual trimestre de 2022, impulsionada pelo expressivo crescimento do saldo da carteira de pessoas físicas (+23,9%). Na comparação com o 4º trimestre do ano anterior, o saldo real das operações de crédito do SFN com os clientes do setor privado cresceu 1,6%. 

                          Enquanto o saldo da carteira de pessoas físicas aumentou 3,4%, a carteira de pessoas jurídicas encolheu 1,5% na mesma base de comparação, se traduzindo em modificações na participação relativa, com ganho de +1,2 p.p. para as operações com as famílias e perda na mesma proporção para o saldo das operações com as empresas.

                           

                          Nas estatísticas disponibilizadas pelo BCB, o último dado disponível sobre o endividamento das famílias em relação à renda acumulada nos últimos doze meses é o do mês de fevereiro de 2023. 

                          A análise da evolução desse indicador mostra que o endividamento das famílias registra ligeira queda, não obstante a elevação das taxas de juros ativas do SFN. Depois de permanecer relativamente estabilizado no patamar de 50% entre os meses de janeiro e novembro de 2022, o indicador recuou para 48,6% em fevereiro (49% em dezembro). 

                          Quando se exclui o financiamento imobiliário, o endividamento das famílias se mantém inalterado no patamar de 31% desde fevereiro de 2022, a despeito do aumento do custo do crédito, na esteira da subida da taxa básica de juros (Selic), em 3 p.p. pelo BCB, entre março e agosto de 2022, e sua manutenção desde então em 13,75% ao ano. 

                           

                          Evolução do crédito corporativo por setor econômico e porte da empresa

                          No primeiro trimestre de 2023, na base de comparação interanual, os estoques de crédito concedidos aos três principais setores econômicos __ agropecuária, indústria e serviços __ registraram variação real positiva, porém com arrefecimento no ritmo de expansão ante o trimestre precedente. Já na comparação com o 4º trimestre de 2022, observa-se retração disseminada dos saldos de crédito do SFN no corte por setor de atividade. 

                           

                          Na comparação interanual, as empresas do setor agropecuário foram as que mais ampliaram o acesso ao crédito do SFN. O estoque de crédito contratado por esse setor cresceu 20,4% em termos reais (-1,0 p.p. frente ao trimestre anterior). Em contraposição, na comparação com o 4º trimestre de 2022, o saldo das operações de crédito com as empresas agropecuárias registrou o maior decréscimo: -2,4% em termos reais.

                          O setor de serviço, que absorve 58,7% do crédito do SFN às pessoas jurídicas, registrou a segunda maior taxa de variação (+13,2%) frente igual trimestre de 2022, com recuo de -0,6 p.p. frente ao trimestre precedente na base de comparação interanual. Frente ao 4º trimestre de 2022, o estoque da carteira de crédito ao setor recuou 0,7%.

                          Já o financiamento ao setor industrial foi o que menos cresceu frente a igual trimestre do ano anterior (+11,1%) comparativamente aos setores da agropecuária e serviços. Também foi o que apresentou maior arrefecimento no ritmo de expansão (-1,3 p.p.) vis-à-vis o resultado do 4º trimestre de 2022 na mesma base de comparação interanual. Frente ao trimestre imediatamente anterior, o estoque da carteira de crédito às empresas industriais diminuiu -0,9% em termos reais no período janeiro a março de 2023.

                           

                          Os ramos industriais que mais ampliaram seu acesso, em termos reais, aos empréstimos e financiamento na comparação interanual foram: mineração (+75,3%), construção (+29,3%), açúcar (+22,7%), SIUP (+14,6%), têxtil e vestuário (+11,8%), bens de consumo não duráveis (+11,6%), obras de infraestrutura (+11,1%), química e farmacêutica (+10,3%), petróleo e gás (+10,0%). Em contraste, nessa base de comparação, registraram queda real os estoques de crédito à indústria automobilística (-11,0%) e à indústria de alimentos (-0,3%). 

                           

                          Frente ao trimestre precedente, observa-se retração real nos saldos de crédito do SFN da maioria (doze) dos dezesseis ramos do setor industrial no período janeiro a março de 2023, com destaque para petróleo e gás (-10,3%), indústria do açúcar (-9,6%) e indústria automobilística (-7,0%). Entre os quatro ramos com variação positiva nessa base de comparação, o maior crescimento do saldo real de crédito foi verificado para as empresas de mineração (+13,8%).

                          No corte por porte das empresas, as estatísticas de crédito do BCB mostram que no primeiro trimestre de 2023, o estoque de crédito às empresas de menor porte cresceu 18,8% em termos reais, crescimento muito superior do que registrado pela carteira de crédito às grandes empresas (+7,5%) na comparação com igual trimestre de 2022. Contudo, o recuo observado no ritmo de crescimento da carteira de operações de crédito às MPME (-1,5 p.p.) foi maior do que o verificado na carteira das grandes empresas (-0,4 p.p.) na base interanual. 

                          Na comparação com o trimestre precedente, em termos reais, o saldo das operações de crédito às MPME registrou incremento de apenas 0,2%, enquanto o estoque do crédito concedido às grandes empresas apresentou queda de 1,7%. 

                          Evolução real das concessões

                          De acordo com os dados divulgados pelo BCB, no 1º trimestre de 2023, as novas concessões de crédito do SFN somaram R$ 1.401,6 bilhões (média mensal de R$ 446,7 bilhões), o que representa um incremento real de 7,0% em relação a igual trimestre de 2022. 

                          Todavia, nessa base de comparação, verifica-se uma forte atenuação no ritmo de crescimento, com recuo de -5,3 p.p. ante a variação real observada no 4º trimestre de 2022 (+12,3%), em razão da desaceleração no ritmo de crescimento das novas concessões a pessoas jurídicas (-2,2 p.p.). 

                           

                          Frente ao trimestre imediatamente anterior, o volume das novas concessões totais de crédito retraiu 9,9% em termos reais no 1º trimestre, refletindo a diminuição tanto das novas operações de crédito com pessoas jurídicas (-12,6%) como com pessoas físicas (-7,6, %). 

                          No corte por origem dos recursos, as novas contratações de crédito com recursos livres, que respondem por 90,7% das novas concessões de crédito do SFN, registraram queda de 8,0% frente ao 4º trim/22. A diminuição das novas contratações de crédito com recursos direcionados foi ainda mais acentuada: -24,7% em termos reais.

                           

                          As novas concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres totalizaram R$ 705,5 bilhões no período janeiro a março do corrente ano, com crescimento real da ordem de 15,5% na comparação interanual e retração de 5,1% frente ao período outubro a dezembro de 2022. 

                          Frente ao 1º trimestre do ano anterior, destaca-se, entre as modalidades de concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, o forte aumento real das operações de crédito consignado (+39,5%), seguido por crédito renegociado (+34%), cartão de crédito (+18,7%), cheque especial (+13,1%), e aquisição de veículo (+6,6%). No sentido oposto, as novas concessões na modalidade de crédito pessoal não consignado registraram queda de 11,0%.

                          Frente o 4º trimestre de 2022, entre as modalidades de novas concessões de crédito com recursos livres às pessoas físicas que registraram contrações mais expressivas destacam-se: desconto de cheque (-32,9%) e aquisição de outros bens (-21,4%). 

                          Refletindo a suspensão do acesso dos beneficiários do Auxílio Brasil ao crédito consignado determinada pelo novo governo, as novas concessões dessa modalidade registraram queda real de 14,3%, com destaque para a retração do consignado para trabalhadores do setor privado (-69,29%).

                          Consideradas em seu conjunto, as modalidades de crédito rotativo (cheque especial, cartão de crédito rotativo e cartão de crédito compras à vista) da carteira de crédito livre a pessoas físicas registraram alta real de 16,8%, enquanto o total das novas concessões não rotativas aumentou 10,1% em termos reais frente ao 1º trimestre de 2022. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, as novas concessões rotativas e não rotativas registram queda real, respectivamente de 4,5% e 7.5%. 

                          As novas contratações de crédito com recursos livres no segmento de pessoas jurídicas somaram R$ 565,4 bilhões, em termos reais, no período janeiro a março de 2023, com recuo de 4,0 % na base de comparação interanual e retração de 11,4% frente ao 4º trimestre de 2022. 

                           

                          Entre as principais modalidades de crédito com recursos livres nas novas concessões a pessoas jurídicas, os recuos mais acentuados na base de comparação interanual ocorreram em: arrendamento mercantil de veículos (-44,0%), desconto de cheque (-34,8%), repasses externos (-31,1%), antecipação de fatura de cartão (-30,3%), financiamento de exportações (-29,7%), financiamento de importações (-22,5%) e operações de adiantamento de contrato de câmbio - ACC (-12,3%). 

                          Em contraposição, para as pessoas jurídicas as variações positivas mais expressivas no período janeiro a março de 2023 frente a igual trimestre do ano anterior, foram registradas nas modalidades de cartão de crédito (+48,9%), com destaque para rotativo e parcelado (+114,8%), financiamento de compras - Compror (+47,5%) e capital de giro com prazo inferior a um ano (+9,5%). 

                          Na comparação com o 4º trimestre de 2022, nas novas concessões a empresas na carteira de recursos livres foram verificados recuos, em termos reais, nas modalidades de financiamento de importações (-32,7%), repasses externos (-24,2%), antecipação de fatura de cartão (-22,5%), desconto de duplicatas (-19,0%), aquisição de veículos (-18,7%), capital de giro (-16,0%), entre outros. Em contrapartida, registraram aumento real as novas contratações nas modalidades de ACC (+22,7%) e financiamento de exportações(+11,8%).

                          Na carteira de crédito direcionado a pessoas físicas, as novas concessões somaram R$ 87,5 bilhões nos três primeiros meses do corrente ano. Na comparação interanual, ocorreu uma expansão real da ordem de 14,7% enquanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior houve uma contração real de 24,2%. 

                          Nessa carteira, as novas concessões de crédito rural, que representam 47,3% do volume de crédito concedido às pessoas físicas, registraram aumento real de 40,3% frente ao 1º trimestre de 2022 e retração também em termos reais da ordem de 32,3% na comparação com o período outubro a dezembro de 2022. 

                          Já as novas concessões de financiamento imobiliário, modalidade que responde por 45,3% do volume de novas concessões nessa carteira, registram decréscimo real de 3,7% na comparação interanual e queda de 11,8% frente ao trimestre precedente. Na modalidade de microcrédito, as novas concessões apresentaram alta real de 2,5% em base interanual e decréscimo de 3,4% em termo reais frente ao 4º trimestre de 2022. 

                          Na carteira de crédito direcionado a pessoas jurídicas, as novas concessões totalizaram R$ 43,1 bilhões no 1º trimestre de 2023, com variação real positiva da ordem de 30,6% na comparação com o 1º trimestre de 2022. 

                          Nessa base de comparação, registraram crescimento real expressivo, as operações de crédito do BNDES (+42,0%), com destaque para capital de giro (+88,9%) e investimento (+43,7%), e os financiamentos imobiliários (+39,9%). Em contraste, as novas operações de crédito rural registram queda de 35,3%. 

                          Frente ao trimestre imediatamente anterior, o volume de novas concessões com recursos direcionados a empresas, registrou decréscimo de 25,9% também em termos reais, impulsionado pela contração observada em todas as principais modalidades: BNDES (-37,7%), com destaque para magnitude da retração na modalidade de capital de giro (-51,2%), crédito rural (-28,6%) e financiamento imobiliário (-14,7%). 

                          No que se refere ao prazo médio do agregado das novas contratações de crédito, observa-se que no 1º trimestre de 2023 houve uma pequena ampliação tanto em comparação com o trimestre imediatamente anterior (+0,4 meses) como com igual trimestre de 2022 (+4,6 meses). 

                          Na comparação interanual, as maiores ampliações de prazo das operações de crédito ocorreram nas carteiras de pessoas jurídicas e de crédito direcionado. Em contraste, frente ao 4º trimestre de 2022, ocorreu encurtamento de prazo nas novas contrações com pessoas jurídicas, bem como nos segmentos de crédito direcionado e crédito com recursos livres. 

                          Juros e inadimplência 

                          No primeiro trimestre do ano em curso, a taxa média de juros reais do crédito total atingiu 25,8% ao ano (a.a.), com alta de 11,7 p.p. na comparação com igual trimestre do ano anterior e de 2,7 p.p. ante o último trimestre de 2022.

                          Nas operações com pessoas físicas, o aumento dos juros médios reais foi ainda mais expressivo: 12,7 p.p., alcançando 30,8% a.a.. Nas operações com pessoas jurídicas, que se caracterizam por juros médios mais baixos, as taxas reais também subiram para 16,1% a.a., com incremento de 9,2 p.p. frente ao primeiro trimestre de 2022. 

                          Esses aumentos refletem, em parte, o impacto da elevação da taxa básica de juros, que seguiu em trajetória ascendente até o mês de agosto de 2022, quando alcançou 13,75% a.a., permanecendo inalterada nesse patamar desde então. 

                          A alta dos juros reais praticados pelo SFN também expressa a maior aversão ao risco das instituições financeiras em razão das perspectivas de baixo dinamismo da economia e de deterioração das condições financeiras das empresas e das famílias, expressa na elevação da inadimplência. 

                          O terceiro fator de influência foi a expressiva desaceleração da inflação no período. Segundo o índice IPCA, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 11,30% em mar/22 para 4,65% em mar/23, o que tem estimulado o aumento dos juros reais, dada a inalteração da taxa de juros básica (Selic) nominal.

                           

                          Na carteira de crédito livremente pactuado, em que os juros refletem mais diretamente as condições de mercado, a taxa média de juros reais atingiu 37,9% a.a. no 1º trimestre de 2023, com alta de 3,7 p.p. ante ao trimestre imediatamente anterior e de 14,5 p.p. na comparação com igual período do ano anterior. 

                          Esse resultado reflete o forte aumento dos juros cobrados nas operações com pessoas físicas, cuja taxa média de juros reais alcançou 51,3% a.a. no 1º trimestre de 2023, com incremento de 16,9 p.p. na comparação com o 1º trimestre de 2022 e de 4,1 p.p. ante o 4º trimestre de 2022. 

                          Nas operações de crédito livre com as empresas, a taxa média de juros reais subiu para 23,0% a.a., com avanço de 9,5 p.p. frente ao 1º trimestre de 2022 e de 2,2 p.p. na comparação com o trimestre imediatamente anterior. 

                           

                          Nas operações com pessoas jurídicas, as maiores altas nos juros cobrados na carteira de crédito livre na base de comparação interanual foram verificadas nas modalidades de: cheque especial (+44,7 p.p.), cartão de crédito rotativo (+23,6 p.p.), desconto de cheque (+14,6 p.p.) e conta garantida (+13,5 p.p.). 

                          Frente ao trimestre imediatamente anterior, a elevação mais expressiva da taxa média de juros reais ocorreu na modalidade cartão de crédito rotativo que subiu 45,1 p.p., alcançando 131,4% a.a.. No sentido oposto, nessa mesma base de comparação, houve diminuição nos juros reais médios nas modalidades de cartão de crédito parcelado (-3,2 p.p.), vendor (-2,3 p.p.) e repasses externos (-1,3 p.p.).

                          Na carteira de crédito livre com pessoas físicas, as modalidades de crédito que registraram as maiores altas nas taxas de juros na comparação interanual foram: cartão de crédito (+36,8 p.p.) __ com destaque para as modalidades de crédito rotativo (+94,4 p.p.) e crédito parcelado (+34,2 p.p.), cujas taxas médias de juros reais atingiram, respectivamente, 406,9% a.a. e 179,0% a.a. __, cheque especial (+14,2 p.p.) e crédito pessoal não consignado (+10,1 p.p.). 

                          Frente ao 4º trimestre de 2022, uma única modalidade registrou diminuição dos juros médios reais nessa carteira: cheque especial (-0,5 p.p.), recuando de 119,4% a.a. para 118,9% a.a. Em contraposição, nessa base de comparação, os maiores aumentos ocorreram nas modalidades de cartão de crédito rotativo (+23,0 p.p.) e parcelado (+13,0 p.p.).

                          As taxas médias de juros reais da carteira de crédito direcionado também registraram alta tanto na comparação com o 1º trimestre de 2022 (+8,1 p.p.) como frente ao trimestre precedente (+1,6 p.p.), atingindo 7,0% a.a. 

                          Na carteira de crédito direcionado às empresas, a taxa média de juros reais alcançou 9,0% a.a., com acréscimo de 8,4 p.p. na ante igual trimestre de 2022 e de 3,2 p.p. ante o 4º trimestre de 2022, com destaque para os juros reais médios das operações de crédito do BNDES, que aumentaram 8,6 p.p. e 3,6 p.p, respectivamente, nas mesmas bases de comparação.

                          Já na carteira de crédito direcionado às famílias, a taxa média de juros reais registrou incremento de 8,0 p.p. na comparação interanual e 1,2 p.p. frente ao 4º trimestre de 2022, subindo para 6,4% a.a. 

                          Nessa carteira, as altas mais expressivas foram observadas nas modalidades de microcrédito (+14,4 p.p.) e crédito rural (+8,6 p.p.) na base de comparação interanual. Frente ao último trimestre de 2022, as modalidades de microcrédito (+1,8 p.p.) e de financiamento imobiliário (+1,4 p.p.) registraram os maiores incrementos.

                          Nas novas contratações de crédito, a média real de juros no período janeiro a março de 2023 atingiu 24,7% a.a., com elevação de 1,7 p.p. ante ao trimestre anterior e de 10,8 p.p. frente ao quarto trimestre de 2022. 

                          Nas novas contratações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas, a média real de juros no período janeiro a março atingiu 15,5% a.a., com alta de 8.0 p.p. na comparação com o 1º trimestre de 2022 e de 2,2 p.p. ante o último trimestre de 2022. 

                          Já nas novas concessões para pessoas físicas, a média trimestral real de juros subiu em um ritmo mais forte, atingindo 29,6% a.a. (+11,8 p.p. frente ao 1º trimestre de 2022 e +1,3 p.p. ante o trimestre precedente).

                          No contexto de juros em elevação e dinamismo da atividade econômica em desaceleração, parte das empresas e das famílias tiveram dificuldade para honrar seus compromissos financeiros. 

                          Em consequência, a inadimplência do crédito total do SFN, que considera os atrasos superiores a noventa dia, registrou alta de 0,3 p.p. no 1º trimestre ante o trimestre anterior e de 0,7 p.p. frente a igual período do ano anterior, alcançando 3,3%. 

                          Esse aumento observado na comparação interanual reflete a elevação dos atrasos superiores a 90 dias tanto nas operações de crédito com pessoas físicas (+0,7 p.p.) como na carteira de crédito para pessoas jurídicas (+0,6 p.p.). Na comparação com o trimestre precedente, a taxa de inadimplência das famílias registrou menor incremento (+0,2 p.p.) do que a das empresas (+0,4 p.p.). 

                          No período de janeiro a março de 2023, o nível de inadimplência das instituições financeiras privadas nacionais subiu 1,1 p.p. na comparação interanual, atingindo 4,1%. Em contraste, a taxa de inadimplência nas carteiras de crédito das instituições financeiras públicas e das instituições financeiras estrangeiras aumentou 0,4 p.p. para, respectivamente, 2,6% e 3,1%. 

                          Frente ao 4º trimestre de 2022, a menor elevação da inadimplência foi observada instituições financeiras estrangeiras (+0,1 p.p.), enquanto a maior alta ocorreu na carteira das instituições financeiras privadas nacionais (+0,4 p.p.).

                           

                          Na carteira de crédito com juros livremente pactuado, a inadimplência média total no primeiro trimestre de 2023 atingiu 4,6%, impulsionada pela alta da inadimplência das pessoas físicas, que subiu 1,3 p.p. frente a igual trimestre de 2022, se elevando a 6,2%. Na carteira de crédito às famílias, destaca-se a inadimplência na modalidade de cartão de crédito rotativo que chegou a 48% (+10,4 p.p. na comparação interanual e +3,1 p.p. frente ao último trimestre de 2022). 

                          Nas operações de crédito direcionado, a taxa de inadimplência registrou um pequeno aumento (+0,1 p.p. na base de comparação anual e +0,3 p.p. ante o trimestre precedente), atingindo 1,5%, puxado pela elevação da inadimplência das pessoas jurídicas (+0,4 p.p. e de +0,5 p.p., respectivamente, nas mesmas bases de comparação). 

                          Nas operações de crédito direcionado com as famílias, a taxa média de inadimplência ficou estabilizada em 1,5%, a despeito do forte aumento dos atrasos acima de 90 dias na modalidade de microcrédito, que atingiu 21% (+16,5 p.p. na comparação interanual e +2,6 p.p. frente ao último trimestre de 2022).

                          No corte por porte de empresas, a inadimplência média das MPME alcançou 3,6% no 1º trimestre de 2023, com alta de 1,1 p.p. frente a igual trimestre do ano anterior e de 0,4 p.p. ante o trimestre imediatamente anterior. Já a inadimplência média das grandes empresas subiu para o patamar de 0,5%, registrando acréscimo de 0,4 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2022 e de 0,2 p.p. frente ao 1º trimestre de 2022.

                           
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                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1302 - Melhora do saldo comercial em 2024 apenas na indústria de média-baixa tecnologia
                          Publicado em: 12/02/2025

                          Em 2024, embora as exportações de bens industriais de alta tecnologia e de média-baixa tenham aumentado, apenas este último grupo melhorou seu saldo de balança.

                           

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