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                          Carta IEDI

                          Edição 137
                          Publicado em: 07/01/2005

                          Economia Latino-Americana: Panorama em 2004 e Perspectivas para 2005

                          Sumário

                          Em seu relatório Balanço Preliminar das Economias da América Latina e Caribe em 2004 (disponível em http://www.eclac.org), a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe) examina o desempenho econômico da Região em 2004 e delineia o cenário esperado para 2005.

                          Dada a evolução favorável da economia mundial (crescimento do PIB global estimado em 4,0%), e também do comércio internacional (expansão superior a 9,0%), espera-se que as economias da América Latina cresçam, em média, 5,5% em 2004 - o melhor resultado registrado desde 1980 - e 4% em 2005, enquanto para o PIB per capita, o prognóstico é de um aumento em torno de 4,0%.

                          Pela segunda vez em 20 anos, as seis maiores economias da Região registraram uma expansão do PIB superior a 3%.

                          A Venezuela apresenta a maior taxa estimada de crescimento anual do PIB em 2004, após dois anos de forte retração: 18%. Em seguida aparecem Uruguai (12%) e Argentina (8,3%). O Chile crescerá 5,8%, enquanto no Brasil e no México, o aumento do PIB deverá ser inferior a média regional: 5,2% e 4,1%, respectivamente. Para a Colômbia, a estimativa é de uma variação de 3,3%.

                          Segundo a Cepal, nesse atual processo de recuperação econômica da América Latina, praticamente generalizada (o Haiti é a exceção), há dois aspectos distintivos:

                          • O primeiro deles é que a ampliação do PIB foi acompanhada de um saldo positivo e crescente das transações correntes, equivalente a 1,1% do PIB, associado a uma melhora nos termos de troca, em especial de insumos básicos, como petróleo e metais, e à expansão das exportações sem redução das importações, fenômeno inédito nos últimos 50 anos.

                          • Em segundo lugar, o crescimento ocorreu em um contexto de saída de capitais, fruto da forte contração dos fluxos de capitais líquidos destinados à Região em relação ao ano de 2003 (variação negativa da ordem de US$ 40 bilhões, equivalente a 2,2% do PIB). Isto ocorreu, observa a Cepal, a despeito do risco-país médio dos países da região ter atingido o nível mínimo em termos históricos.

                          A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe adverte ainda que à diferença do ciclo de crescimento do início dos anos 90, liderado pela formação bruta de capital fixo, o ciclo atual de expansão, iniciado em 2003, teve como motor o dinamismo das exportações.

                          A melhora nos termos de troca associada às condições externas favoráveis redundou no aumento do poder de compra das exportações, estimulando sua ampliação, um processo que, inicialmente, foi acompanhado de substituição de importações, com aumento da demanda por produtos nacionais.

                          Em 2004, a expressiva expansão das exportações e o aumento dos investimentos nos setores produtores de bens comercializáveis tiveram como resultado, sobretudo, na Argentina, no Brasil, no Uruguai e na Venezuela, a redução do desemprego e uma ligeira recuperação dos salários reais.

                          Quanto às políticas macroeconômicas, a reativação da atividade econômica foi auxiliada pela implementação de uma política monetária flexível, caracterizada pela redução das taxas de juros em 2003 e no primeiro semestre de 2004, viabilizada, por sua vez, pela manutenção de um nível elevado de poupança do setor público e pela inflação em queda.

                          O superávit fiscal primário dos governos centrais latino-americanos alcançou, em média, o equivalente a 2,0% do PIB em 2004 (1,8% em 2003). Considerando as economias da Argentina, Brasil, Colômbia e México, o aumento do superávit primário do setor público não-financeiro passou de 3,1% do PIB em 2003 para 3,8% do PIB em 2004.

                          A melhora nos resultados fiscais se refletiu na relação dívida pública/PIB, a qual, contudo, permaneceu em bases ainda elevadas, situando-se, em média, em torno de 50%.

                          A política cambial, com raras exceções, ajudou a manter relativamente estável o câmbio efetivo real, a despeito da elevação dos preços dos produtos básicos e do aumento do volume exportado. Porém, na América do Sul, e em particular, na Colômbia, Chile e Brasil, ocorreu na segunda metade do ano, uma apreciação do câmbio efetivo real em relação ao dólar.

                          Para 2005, o cenário vislumbrado pela Cepal é favorável, embora não tanto quanto em 2004, em razão do menor ritmo de expansão prevista para a economia mundial, em conseqüência da desaceleração dos Estados Unidos e China, da ampliação dos desequilíbrios da economia norte-americana, da elevação do preço do petróleo e do aumento do protecionismo. Assim, espera-se a diminuição da taxa de crescimento da América Latina e Caribe, bem como a elevação das taxas de juros domésticas e relativa queda dos termos de troca.

                          A previsão de um menor crescimento em 2005 não significa, contudo, reversão da recuperação econômica da América Latina. A principal ameaça para Região reside na possibilidade de ocorrência de ajuste abrupto dos desequilíbrios da economia mundial que se traduza em retração do PIB global.

                          Veja maiores detalhes no texto a seguir.

                          Cenário internacional. A aceleração da atividade econômica mundial influenciou de positivamente a evolução das economias latino-americanas em 2004. Estima-se que o incremento do PIB global seja da ordem de 4,0% (2,7% em 2003), enquanto a expansão real do comércio mundial deve superar 9,0% (contra 5,8% em 2003).

                          Os Estados Unidos e a China foram os motores deste processo que redundou na ampliação da demanda mundial, em particular, por produtos básicos, o que beneficiou vários países da América Latina, especialmente os sul-americanos como Argentina, Brasil, Chile e Venezuela.

                          As estimativas indicam um aumento do PIB superior a 4,0% nos Estados Unidos e, no caso da China, o PIB cresceu 9,5% nos nove primeiros meses do ano, com a manutenção do intenso processo de investimentos iniciado em 2003. A despeito das medidas anunciadas pelo governo para “desaquecer” a economia chinesa, a Cepal assinala que não se observam ainda sinais claros de desaceleração, exceto a redução expressiva das importações. As estimativas indicam que, em 2005, aumento do PIB chinês será considerável, situando-se entre 7,5% e 8,8%.

                          Ainda em relação ao ambiente externo favorável, a Cepal destaca a evolução do comércio inter-regional, o qual manteve sua tendência procíclica e registrou alto crescimento (28%). Acompanhando a expansão da economia latino-americana, o comércio inter-regional alcançou 17% das exportações totais. Os maiores aumentos no comércio inter-regional foram verificados na Comunidade Andina (36%) e no Mercosul (34%), embora as exportações do México e do Chile para a Região também tenham aumentado de forma considerável. Já o comércio dentro do Mercado Comum Centro-americano cresceu 15%.

                          Termos de troca e comércio exterior em 2004. A evolução da economia e do comércio mundiais se traduziu na continuidade da recuperação dos termos de troca da América Latina iniciada em 2003, com aumento de 1,3%. Em 2004, este processo se acentuou com uma melhora de 5,6%, em virtude da elevação dos preços dos produtos básicos, especialmente petróleo e metais. De acordo com a Cepal, a melhora nos termos de troca em 2004 representou um aumento adicional de entrada de divisas na Região equivalente a 24 bilhões de dólares.

                          Mesmo em países, como Chile e Peru, prejudicados pela elevação dos preços de petróleo, mas fortes exportadores de metais, a combinação da alta dos preços de seus produtos de exportação e do volume exportado se traduziu numa expansão, praticamente sem precedentes, no comércio internacional. Em termos sub-regionais, o Mercosul e os Países Andinos (incluído Chile e excluída Venezuela) apresentaram expressivo desempenho exportador. Estes países respondem por 55% do incremento das vendas externas latino-americanas em 2004. Para este resultado contribuíram a capacidade de oferta de um grupo de produtos básicos, agrícolas e minerais, em condições externas bastantes favoráveis, e a expansão das exportações de manufaturados, em especial, argentinas e brasileiras, mais sensíveis ao nível de câmbio real efetivo de alguns países.

                          A elevação dos produtos de diversos insumos básicos e, conseqüente aumento nos termos de troca tornaram possível que a ampliação das exportações fosse acompanhada de aumento significativo das importações. Todos os países latino-americanos apresentaram em 2004 taxas positivas de expansão das importações, com destaque para a Argentina (60%) e Venezuela (55%). As compras externas da Região cresceram 19,8% em termos nominais e 14,4% em termos reais. Ao mesmo tempo, as exportações expandiram às maiores taxas históricas anuais: 22,4% em termos nominais e 10,8% em temos reais.

                          Extraído de Cepal, 2004, pg. 27.

                          Transações correntes e fluxo de capitais. A América Latina obteve, pela segunda vez consecutiva, um superávit em transações correntes em 2004, da ordem de US$ 21,9 bilhões (equivalente a 1,1% do PIB). Este resultado resultou do saldo comercial e das transferências correntes (remessa de trabalhadores no exterior) que mais do que compensaram o déficit na balança de serviços e rendas.

                          A ampliação do superávit em transações correntes foi acompanhada pela saída líquida de capitais da ordem de US$ 18 bilhões (equivalente a 0,9% do PIB). Acrescentando a este valor, o saldo negativo da balança de serviços e rendas, a América Latina transferirá ao exterior o equivalente a 4,3% do PIB (recursos da ordem de US$ 84 bilhões).

                          A saída líquida de recursos verificada em 2004 se deu em contexto de redução generalizada do risco-País em toda a Região, que em novembro de 2004 alcançou 460 pontos base, patamar similar ao que prevalecia antes da eclosão da crise da Ásia.

                          A redução do risco-País também não foi suficiente para reativar o interesse dos investidores internacionais que estão dando preferência à aquisição de emissões soberanas e títulos corporativos dos países da Europa Central e Oriental e outros mercados emergentes. Até julho de 2004, a emissão de bônus da Região atingiu US$ 17,5 bilhões, o que representa uma diminuição de 15% em relação ao mesmo período de 2003. Ao mesmo tempo, observa-se uma retração nos prazos de vencimento das emissões que de 17,6 anos em janeiro de 2004 declinaram para 5,57 anos em junho de 2004.

                          Brasil e o México se destacam como os principais emissores latino-americanos nos mercados internacionais de títulos de países emergentes, com 33% cada das emissões regiões. A Venezuela em 2004 respondeu por 11% das emissões latino-americanos, com a colocação de US$ 2 bilhões em bônus.

                          Em 2004, os fluxos líquidos de Investimentos Direto Estrangeiros na América Latina aumentaram em US$ 11 bilhões em relação a 2003, após dois anos consecutivos de retração. Porém, este aumento seria na realidade bem menor, se excluída a compra de ações do Bancomer pelo BBVA no México que foi da ordem de U$ 4,6 bilhões. A despeito de certa variabilidade, sobretudo entre os blocos sub-regionais, os investimentos diretos estrangeiros mantêm-se como a principal fonte de financiamento externo para a Região.

                          Em termos individuais, cabe destacar o Chile que em 2004 recebeu mais de US$ 7,1 bilhões de investimentos diretos estrangeiros, o que equivale a 8,4% do seu PIB. Já o Brasil vem, nos anos iniciais da presente década, atraindo fluxos decrescentes de IDE: US$ 7,0 bilhões líquidos em 2004 contra US$ 24,7 bilhões em 2001.

                          Extraído de Cepal, 2004, pg. 11.

                          Extraído de Cepal, 2004, pg. 11.

                          Desempenho macroeconômico. Em 2004 as economias da América Latina e Caribe continuaram a apresentar bons resultados, dando prosseguimento à recuperação iniciada no ano anterior. O crescimento do PIB da Região de 5,5% foi, de acordo com a Cepal, a taxa mais elevada desde 1980. Já o PIB per capital regional cresceu 4,0%, registrando a elevação mais expressiva desde 1979.

                          O bom desempenho regional em 2004 foi uma característica de quase todas as economias latino-americanas, com exceção do Haiti (contração de 3,%, em contexto de grave crise econômica e política).

                          • Argentina: a economia manteve elevado ritmo de expansão, crescendo à elevada taxa de 8,2%, impulsionada pela recuperação da demanda interna e dos níveis de investimento;

                          • Brasil: a reativação da demanda interna ao lado do elevado dinamismo das exportações resultou na expansão da economia em 5,2%;

                          • Chile: impulsionada pelo forte dinamismo das exportações de cobre, tanto em termos de volume como de preço, a economia chilena teve seu melhor desempenho desde 1997: crescimento de 5,8% em termos reais (3,3% em 2003);

                          • Colômbia: a atividade econômica respondeu de forma favorável à ampliação da demanda externa e dos investimentos; crescimento do PIB da ordem de 3,7%.

                          • México: beneficiando-se da expansão norte-americana, o PIB mexicano evoluiu 4,1%;

                          • Venezuela: crescimento de 18%, taxa mais elevada da Região, após dois anos de forte retração; ampliação tanto do consumo doméstico como dos investimentos.

                          Em termos das políticas macroeconômicas, a reativação da atividade econômica foi auxiliada pela implementação de uma política monetária flexível, caracterizada pela redução das taxas de juros em 2003 e no primeiro semestre de 2004, viabilizada, por sua vez, pela manutenção de um nível elevado de poupança do setor público e pela inflação em queda.

                          A taxa de inflação em 2004 manteve a trajetória descendente iniciada em 2002, alcançado 7,3% em 2004 (contra 8,5% em 2003 e 12,2% em 2002). Embora no primeiro semestre, tenha havido pressões inflacionárias oriundas da elevação dos preços do petróleo e dos alimentos, estas pressões foram se reduzindo ao longo do segundo semestre, quando se verificou uma diminuição expressiva no ritmo de elevação da inflação.

                          O superávit fiscal primário dos governos centrais latino-americanos alcançou, em média ponderada, o equivalente a 2,0% do PIB em 2004 (1,8% em 2003). Considerando as economias mais descentralizadas da região (Argentina, Brasil, Colômbia e México), o aumento do superávit primário do setor público não-financeiro passou de 3,1% do PIB em 2003 para 3,8% do PIB em 2004. O déficit global do setor público, que inclui o pagamento de juros da dívida, diminuiu para o equivalente a 1,0% do PIB em 2004 contra 1,2% em 2003.

                          De acordo com a Cepal, a melhora nos resultados fiscais da América Latina em 2004 resultou, contudo, muito mais a elevação das receitas do que a redução dos gastos. Enquanto as receitas cresceram de forma consistente com a expansão do PIB em 2004, os gastos permaneceram constantes em termos reais. Todavia, o excedente financeiro permitiu que a relação dívida total/PIB se reduzisse, embora permaneça acima de 50%.

                          As políticas cambiais praticadas pelos países da Região ajudaram, por sua vez, a manter relativamente estável o câmbio efetivo real, a despeito da elevação dos preços dos produtos básicos e do aumento do volume exportado.

                          Em 2004, a evolução cambial real na América Latina e no Caribe variou de uma sub-região a outra. Enquanto na América do Sul, registrou, em média, uma apreciação real efetiva de 2,4% e uma apreciação média de 6,8% em relação ao dólar; consideradas em conjunto, as moedas do México, dos países da América Central e Caribe se depreciaram em média, em 2004, 4,1% em termos reais efetivos e 2,7% em termos reais em relação ao dólar.

                          Segundo a Cepal, como não se apresentaram desequilíbrios macroeconômicos internos significativos na Região, a apreciação das moedas sul-americanas, e em especial na Colômbia, Argentina e Brasil foi resultado de fatores externos, como a debilidade do dólar em relação ao euro e ao iene, os altos preços dos insumos básicos e o aumento dos volumes exportados, a despeito de saídas líquidas de capitais.

                          No caso do Brasil, a política monetária de controle da inflação e a melhora das expectativas dos agentes em relação ao desempenho da política econômica contribuíram para aumentar a demanda por ativos financeiros denominados em reais. Ao lado dos fatores externos já mencionados, isto explica uma apreciação nominal de 4,9% do real frente ao dólar. Em 2004, o câmbio real efetivo do Brasil se apreciou em média 4,1% e em 8,4% em relação ao dólar.

                          No caso mexicano, a depreciação real do peso em 3,6% em relação ao dólar foi resultado, dentre outros, dos efeitos da elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, dos altos preços do petróleo, da maior entrada de recursos externos (investimento direto, investimento de carteira e transferências).

                          Em relação ao mercado de trabalho, a Cepal destaca a aceleração da geração de emprego em contexto de ampliação da demanda de trabalho. O aumento na criação de emprego se traduziu em uma pequena redução da taxa de desemprego: de 10,6% em 2003 para 10,5% em 2004. Essa modesta redução acompanhada de uma ligeira recuperação dos salários reais se traduziu em um aumento da massa salarial, com impactos positivos para a diminuição, ainda que bastante moderada, nos níveis de pobreza da região, que, segundo as estimativas, passou de 44,3% em 2003 para 42,9% em 2004.

                          Extraído de Cepal (2004), pg. 15.

                          Extraído de Cepal (2004), pg. 10.

                          Perspectivas para 2005. Embora permaneça positivo, a perspectiva da Cepal é que o cenário internacional em 2005 será menos favorável para as economias da América Latina, já que o aumento do PIB global deverá ficar em torno de 3,2%. Assim, ainda que a um ritmo menor, estima-se que a Região cresça 4,0%, acima, portanto, da média global.

                          Também se espera uma elevação das taxas de juros domésticas e uma relativa queda dos termos de troca. Porém, de acordo com a Cepal, o atual processo de crescimento da Região é sustentável, destacando as políticas macroeconômicas domésticas em curso; a sustentação de uma paridade cambial real elevada; a existência de uma demanda interna reprimida pelo desemprego ainda elevado e pelos baixos salários reais, que tenderia se liberar em 2005, conduzindo a um terceiro ano consecutivo de crescimento; o expressivo superávit em transações correntes.

                          Os principais desafios de curto prazo para as economias da região referem-se à direção da política monetária e à preservação da situação fiscal. No longo prazo, permanecem os desafios estruturais relacionados à necessidade de modificar o padrão de inserção externa, à ampliação da produtividade e ao aumento dos investimentos produtivos.

                          A modificação do padrão de inserção internacional seria facilitada pelo atual ambiente externo favorável. Porém, exigiria reduzir a médio prazo a excessiva dependência de exportações de produtos primários com baixo valor agregado, sobretudo na América do Sul, e a melhora no perfil das exportações baseadas em baixos salários na América Central e no México.

                          A principal ameaça para Região reside no âmbito externo, ou seja, na possibilidade de ocorrência de ajuste abrupto dos desequilíbrios da economia mundial, que se traduza em retração abrupta do PIB global. Com os déficits fiscal e externo dos Estados Unidos em trajetória ascendente, os riscos de um ajustamento são significativos, sobretudo para os países latino-americanos mais dependentes da dinâmica da economia norte-americana.

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                          Publicado em: 28/04/2025

                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1309 - Brasil e Mundo: divergência do desempenho industrial no final de 2024
                          Publicado em: 17/04/2025

                          No 4º trim/24, enquanto a indústria brasileira se desacelerava, o dinamismo da indústria global ganhou força, apesar do aumento de tensões e incertezas.

                           

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                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1308 - Brasil no Panorama Global da Indústria
                          Publicado em: 07/04/2025

                          O Brasil melhora sua posição no ranking global da manufatura, mas sem ampliar sua participação no valor adicionado total do setor.

                           

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                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1307 - Indústria estável, mas com poucos freios na entrada de 2025
                          Publicado em: 28/03/2025

                          Embora a produção industrial tenha ficado estagnada em janeiro de 2025, foram poucos os ramos e os parques regionais a registrarem declínio.

                           

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                          Carta IEDI n. 1306 - A Indústria por Intensidade Tecnológica: especificidades de 2024
                          Publicado em: 14/03/2025

                          A indústria de transformação ampliou sua produção em 2024, apresentando especificidades em relação à última década, o que também inclui a distribuição deste dinamismo entre suas diferentes faixas de intensidade tecnológica.

                           

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