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                          Carta IEDI

                          Edição 485
                          Publicado em: 16/09/2011

                          A Transformação da China em Economia Orientada à Inovação - Parte 2

                          Sumário

                          Estamos dando sequência na presente edição da Carta IEDI à divulgação do estudo sobre a política de inovação na China. Desde 1978 quando iniciou sua reforma econômica, a China vem reduzindo rapidamente sua distância em relação aos países de economia avançada. O sucesso da estratégia chinesa de catching-up se expressa em diversos indicadores. Em 2010, por exemplo, a China, que em termos do produto interno bruto (PIB) em paridade do poder de compra já ocupava o segundo lugar desde 2001 atrás apenas dos Estados Unidos, tornou-se também a segunda maior economia mundial em termos do PIB em dólar corrente.

                          Em ciência, tecnologia e inovação (C, T & I), a ascensão da China tem sido especialmente impressionante. Desde 1999, os investimentos chineses em pesquisa e desenvolvimento (P&D) crescem em média 20% por ano, tendo alcançado 1,44% do PIB em 2007, convergindo rapidamente para a média de 2,1% do grupo dos principais países avançados. A meta é elevar as despesas com P&D para 2,5% do PIB em 2020. A emergência da China como potência em tecnologia e inovação é o objeto do presente estudo.

                          A China registra um notável desempenho na solicitação de patentes no exterior, indicador da aplicação do conhecimento científico. O número de patentes de invenções obtidas junto ao escritório americano de patentes e marcas (USPTO, na sigla em inglês) atingiu 2.657 em 2010 (90 em 1999). Já o número de solicitações chinesas de patentes internacionais no âmbito do Tratado de Cooperação de Patentes (PCT, na sigla em inglês), que garante proteção às invenções domésticas em 142 países, mais do que triplicou entre 2006 e 2010, levando a China da oitava para a quarta posição do ranking, ultrapassando a Coreia do Sul, a França, o Reino Unido e a Holanda e reduzindo o diferencial em relação à Alemanha, terceiro lugar do ranking, atrás dos Estados Unidos e do Japão.

                          Embora os Estados Unidos e o Japão permaneçam como os países-líderes em ciência, tecnologia e inovação (C, T & I), a China se tornou em 2008 o segundo maior produtor mundial de conhecimento científico, expresso no número de artigos publicados, após revisão crítica, em revistas científicas, atrás apenas dos Estados Unidos. Mantido na atual trajetória, o avanço chinês na produção científica mundial deverá levar o país à primeira posição em meados da presente década. Em algumas áreas do conhecimento, como química e nanotecnologia, a China já alcançou reconhecida excelência.

                          A China também não é mais um país majoritariamente produtor e exportador de produtos industriais de baixa tecnologia e/ou qualidade. Seguindo os passos de outros países asiáticos no processo de catch-up, a China avançou rapidamente na cadeia de valor. Na última década, esse país elevou sua participação no valor agregado mundial nos setores industriais de alta tecnologia, alcançando 14% do total mundial em 2007, atrás apenas dos Estados Unidos. Com uma taxa anual média de crescimento da ordem de 28% no período 2000-09, as exportações chinesas de alta tecnologia saltaram de 18,5% em 2000 para 31% das exportações industriais totais em 2009.

                          O sucesso da convergência tecnológica chinesa frente aos países avançados repousa na visão estratégica de longo prazo do governo, que vem, desde a década de 1980, elaborando sucessivos planos de desenvolvimento cientifico e tecnológico. Nesses planos, a prioridade conferida à ciência e inovação tem sido coerentemente articulada com outros aspectos da política industrial, tais como formação de recursos humanos, estratégias setoriais, propriedade intelectual, uso seletivo do investimento estrangeiro direto.

                          Além da rápida e sistemática absorção de conhecimento estrangeiro, a China investiu pesadamente em capital humano, promovendo todos os níveis educacionais do país, bem como educação e treinamento no exterior, e na construção da infraestrutura de ciência e tecnologia. Desde meados de 1990, foram criados mais de 100 laboratórios nacionais em áreas selecionadas de pesquisa básica e inúmeros parques científicos e tecnológicos.

                          Nesse país, onde muitos membros do Conselho de Estado - a mais alta instância do governo - são cientistas e engenheiros experientes, o progresso científico e tecnológico é entendido como o principal meio de obter ganhos substanciais de produtividade e de promover o desenvolvimento econômico e social, de forma coordenada e sustentável. Essa visão está claramente explicitada no Programa Nacional de Médio e Longo Prazo para o Desenvolvimento Ciência e Tecnologia (MLP, na sigla em inglês), anunciado em 2006, que pretende transformar a China em uma economia orientada à inovação até o ano de 2020, de modo a garantir a manutenção do crescimento em um patamar elevado e assegurar a coesão social interna. Os princípios norteadores dos esforços chineses nesse período de quinze anos são:

                          • Inovação nativa: fomento à inovação original própria, à inovação integrada (novos usos para tecnologias existentes) e à re-inovação (absorção e aperfeiçoamento de tecnologias importadas), em ordem de melhorar a capacidade de inovação nacional;
                             
                          • Saltos tecnológicos ("leapfrogging") em áreas prioritárias: selecionar e concentrar esforços em áreas-chave, de força e vantagem relativa, vinculadas à economia nacional e à subsistência da população, bem como à segurança nacional;
                             
                          • Promoção do desenvolvimento: viabilizar tecnologias-chave que são urgentemente necessárias para o desenvolvimento econômico e social sustentável e coordenado;
                             
                          • Liderar o futuro: utilizar pesquisas básicas e tecnologias de ponta para criar novas demandas e novas indústrias, as quais irão impulsionar o futuro crescimento econômico e desenvolvimento social.

                          Os principais objetivos do MLP são: reduzir a dependência da China de tecnologia estrangeira para menos de 30% até 2020; ampliar o gasto doméstico bruto com P&D de 2,0% do PIB em 2010 para 2,5% em 2020; elevar a contribuição das atividades de C, T & I a 60% do crescimento do PIB; posicionar a China entre os cinco principais países do mundo em número de patentes domésticos e em citação internacional de artigos científicos. São inúmeras as evidências de que China vem realizando progressos significativos em direção as metas definidas no MLP.

                          A emergência da China como potência científica e tecnológica representa um sério desafio para os países avançados, que já enfrentam a crescente concorrência chinesa em diferentes áreas, e deve servir de inspiração para outros países em desenvolvimento. Porém, é preciso ressaltar que o avanço chinês ainda está longe de implicar no declínio dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e Reino Unido e outros. Embora estejam perdendo participação em termo de investimento e desempenho na atividade global de P&D, a produção científica e tecnológica desses países segue crescendo em termos absolutos a partir de uma base já elevada.
                           

                           
                          Desempenho da Indústria e das Exportações de Alta Tecnologia. A China consolidou, na década de 2000, sua posição entre os líderes na produção industrial mundial. O peso da China no MVA mundial saltou de 6,7% em 2000 para 15,6% em 2009 (9,8% em 2005), de acordo com Anuário da Indústria Mundial de 2010, publicado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). Por essa estimativa, a China respondia em 2009 por quase da metade (46,5%) do produto industrial total do mundo em desenvolvimento ante 31,4% em 2000 (38,7% em 2005).

                          Não obstante ter se beneficiado da recessão econômica nos países industrializados em 2008-09, o avanço da participação da China no MVA mundial é resultado do seu acelerado crescimento, que superou 10% ao ano no período 2005-2009. Como a expansão da produção industrial se deu em ritmo superior ao do PIB, a contribuição da indústria para a economia chinesa se elevou de 32,1% em 2000 a 35,4% em 2008.

                          Dados da Unido para o período 2000-2008 mostram igualmente que a China avançou no ranking dos quinze maiores produtores por participação no valor agregado mundial por setores da indústria de transformação. Na comparação com 2000, a China consolidou sua presença entre os produtores líderes nos oito setores de média-alta e alta tecnologia, deslocando líderes como Estados Unidos, Japão e Alemanha. A China elevou sua participação no MVA mundial em todos os oito setores, com destaque para máquinas e equipamentos elétricos (27,8% do MVA mundial em 2008 ante 8,0% em 2000), química e produtos químicos (21,1% em 2008 e 8,2% em 2000), outros equipamentos de transporte (13,6% ante 4,6%) e instrumentos médicos, de ótica e precisão (11% em 2008 frente a 3,4% em 2000). No ranking dos quinze maiores produtores, o gigante asiático lidera nos setores de máquinas e equipamentos elétricos e de química e produtos químicos, enquanto a sua pior classificação é o 3º lugar no setor automotivo.

                          O domínio da China no setor produtor de máquinas e equipamentos se expressa no peso desse setor nas exportações. Em 2008, 43% das 43% das exportações chinesas estavam diretamente relacionadas com as máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. (VAN WYK, 2010).

                          A maior sofisticação tecnológica da produção industrial chinês também fica evidenciada pelo aumento da participação do país no valor adicionado mundial da indústria de transformação de alta tecnologia. De acordo com informações disponíveis na base de dados da National Science Foundation (NFS), a fatia da China no valor adicionado mundial de alta tecnologia subiu de 4% em 2000 (3% em 1997) para 14% em 2007, ultrapassando o Japão (11,0%), que até em tão ocupava a segunda posição. Já os Estados Unidos se manteve na liderança, respondendo por 31% do valor adicionado mundial (35% em 2000 e 33% em 1997).

                          A elevação da intensidade tecnológica da indústria chinesa pode ser igualmente auferida pelo maior peso dos setores de alta tecnologia nas exportações do país. Com uma taxa anual média de crescimento da ordem de 28% no período 2000-09, as exportações de alta tecnologia saltaram de 18,5% em 2000 para 31% das exportações industriais em 2009. A partir de 2002, esse país tornou-se também crescentemente superavitário em sua balança comercial de bens industriais de alta tecnologia, com largo avanço, desde 2005, sobre o Japão e a Coreia do Sul, até então os líderes mundiais nesse segmento.

                          Em consequência do forte aumento das exportações chinesas de alta tecnologia, a participação deste país nas exportações mundiais de alta tecnologia saltou de 6% em 1995 para 20% em 2008 (NFS, 2010). Segundo a NFS, impulsionado, sobretudo, pelas exportações de computadores e de produtos de tecnologia de informação, o avanço chinês alterou as posições relativas dos países desenvolvidos e em desenvolvimento no comércio global de alta tecnologia. Entre 1995 e 2008, ocorreu forte perda de participação do Japão (queda de 18% para 8%) e dos Estados Unidos (recuo de 21% para 14%), enquanto a União Europeia manteve sua participação nas exportações mundiais de alta tecnologia entre 16% e 18% no mesmo período.

                          A ampliação da participação chinesa na produção e no comércio mundial de produtos industriais de alta tecnologia evidencia o sucesso da estratégia governamental de promover a escalada das empresas domésticas na cadeia de valor. Essa estratégia combinou estímulos à inovação para empresas domésticas com a introdução de padrões trabalhistas e ambientais mais rígidos e a não renovação de incentivos fiscais, de modo a desencorajar as indústrias de baixo custo no sul do país (BARBOZA, 2008). Expressivos investimentos foram realizados em toda a cadeia de inovação, desde a ciência básica até criação de mercado para novas tecnologias, passando pelas atividades de P & D e pela produção e utilização de essas tecnologias. O governo chinês mediante a política de encomendas públicas garantiu a necessária demanda para as tecnologias novas, o que garantiu avanços consideráveis no campo da genômica, energia limpa, supercomputação, ciência espacial e tecnologia de defesa, entre outros.

                          No que se refere ao investimento direto estrangeiro, a China tem priorizado setores de alta tecnologia. Assim, continuam sendo bem-vindos investimentos, como o da Intel que instalou uma fábrica de microchips em Dalian, no norte da China, ou da Eli Lilly que construiu um laboratório de Shanghai para pesquisas e produção de medicamentos para diabetes, mas não mais de manufaturas de baixo custo.

                          O resultado dessa reorientação estratégica da política governamental em prol de zonas econômicas de alta tecnologia, de centros de P&D e de empresas com mão-de-obra qualificada com salários mais altos é que a indústria chinesa não se caracteriza mais pela baixa qualificação da mão-de-obra, baixo custo e baixas margens, nem pela produção de brinquedos, canetas, roupas e outros bens de baixo conteúdo tecnológico. Como destaca Gordon et al (2011), com produtos inovadores, tais como veículos híbridos elétricos, baterias avançadas, trem alta velocidade e sistemas de energia solar as empresas chinesas se tornaram aptas tanto para competir por negócio no exterior como dominar o seu vasto mercado doméstico.

                          Inúmeras empresas chinesas se tornam players globais, como são os casos de Haier no setor de artigos domésticos; Lenovo em computação e tecnologia de informação, ou Huawei em telecomunicação, grupo Konka em eletrônicos de consumo. Mencione-se ainda as gigantes mundiais do setor de energia: Sinopec e a CNOOC.

                          Dados recentes divulgados pelo MOST indicam que o valor das exportações chinesas de alta tecnologia atingiu US$ 490 bilhões, em 2010, mantendo o país no primeiro lugar mundial que ocupa nos últimos cinco anos. Já o valor adicionado pela indútria de alta tecnologia foi de 1,9 trilhões de iuanes (US$ 288 bilhões), mais do dobro que em 2005 (YUANKAI, 2011).
                           













                          Alguns Exemplos do Sucesso Chinês em Tecnologias Avançadas. A China já conquistou reconhecimento internacional em várias tecnologias, incluindo a energia atômica, a ciência espacial, física de alta energia, biologia, ciência da computação e tecnologia da informação. Revistas e periódicos científicos dos países desenvolvidos trazem informações sobre o rápido avanço chinês em diversas áreas pesquisas e tecnologias avançadas

                          A construção de supercomputadores é um dos vários exemplos do sucesso das iniciativas tecnológicas chinesas. A importância da corrida tecnológica pelos supercomputadores vai muito além da satisfação do orgulho nacional. A resolução de problemas cruciais em diversas áreas de interesse nacional (como defesa, energia, agricultura, ciência e finanças) depende da velocidade de cálculos matemáticos e processamento de dados e informações. Além disso, os centros de pesquisa que hospedam as máquinas funcionam como pólo de atração de talentos científicos envolvidos com pesquisa científica e tecnológica avançada (VANCE, 2010).

                          Até o inicio da década de 2000, a China possuía apenas três computadores velozes classificados no ranking dos 500 computadores mais rápidos do mundo - elaborado desde 1993 pelo Projeto Top500 Supercomputing; (http://www.top500.org) -, ocupando uma posição bem distante do grupo de países detentores dos computadores mais potentes. Nesse grupo, os Estados Unidos detiveram domínio incontestável até 2002, quando perderam a primeira posição para o Japão, recuperando-a, contudo, em 2004. Após uma década de investimentos bilionários no desenvolvimento científico do projeto de supercomputadores ultravelozes, a China conquistar e galgar rapidamente posições no ranking do Top 500, saltando de 3 para 41 supercomputadores, superando países como Japão e Alemanha (MOORE, 2011).

                          Em outubro de 2010, com a inauguração de Tianhe-1A no Centro Nacional de Supercomputação em Tianjin, a China alcançou a primeira posição do ranking. Com tecnologia original própria, desenvolvida por pesquisadores Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT na sigla em inglês), localizada em Changsha, o supercomputador chinês tem velocidade de processamento 1,4 vezes mais rápida do que o americano que ocupava na ocasião o primeiro lugar do ranking. Para alguns analistas, a inauguração do Tianhe-1A marca o ingresso da China no mundo das potências tecnológicas (VANCE, 2010). Em novembro de 2010, com dois supercomputadores classificados entre os 10 mais rápidos, a China respondia por 13% da capacidade total de processamento, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

                          Desde o lançamento da política de inovação chinesa em 2006, a indústria doméstica produtora de núcleos eletrônicos (chips e outros dispositivos de alta tecnologia) também registrou um grande salto. Anteriormente, as empresas chinesas fabricavam, sobretudo, produtos a jusante devido à sua incapacidade para desenhar e produzir microchips avançados, atualmente indispensáveis na fabricação de automóveis, geladeiras, celulares e computadores. Com o apoio financeiro de tanto o governo central como dos governos locais e das próprias empresas, o projeto de P&D em dispositivos eletrônicos, microchips avançados (high-end) e produtos de software básico deslanchou consideravelmente.

                          A China tem realizados igualmente progressos importantes na indústria aeroespacial. Iniciado em 2002, o programa espacial chinês, denominado "plano de pequenos passos", contemplou a construção de locais de lançamento de satélites e veículos aeroespacial e a realização de vôos espaciais tripulados. Com uma série de lançamentos bem-sucedidos da nave espacial Shenzhou entre 2003 e 2008, a China tornou-se, ao lado da Rússia e dos Estados Unidos, o terceiro país do mundo a dominar a tecnologia espacial. Com o lançamento de Chang'e 1 e Chang'e 2 (sondas lunares não tripulados), respectivamente em 2007 e 2010, o país iniciou o seu ambicioso programa de exploração mineral lunar (YUANKAI, 2011).

                          Para se livrar da dependência do Sistema de Posicionamento Global (GPS) americano, a China começou, no início dos anos 2000, a construir o seu próprio sistema de navegação por satélite. Desde então, foram lançados inúmeros satélites estacionários de observação terrestre e satélite oceânico Haiyang-1. Para 2010, estava previsto o lançamento do primeiro satélite astronômico a raios-X rígido com tecnologia chinesa para pesquisa de buracos negros (CYRANOSKI, 2008). Outros projetos em curso envolvem pesquisa astrofísica, incluindo um telescópio de reflexo solar em parceria com a França e uma rede de monitoramento do espaço profundo, envolvendo a maior antena de rádio do mundo, essencial assegurar autonomia ao sistema de telemetria, rastreamento e comando das missões de exploração lunar.

                          Igualmente, o país está em vias de se tornar líder mundial tanto na produção como na instalação de tecnologia de energia renovável. Seis dos dez maiores fabricantes globais de painéis solares de células fotovoltaicas são chineses. Em 2008, responderam por 25% da produção global. A partir de dados levantados pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos, Gordon et al (2011, p. 22) afirmam que os investimentos chineses em energias renováveis foram de US$ 35 bilhões em 2009, colocando o país na primeira posição mundial. Já os investimentos em todas as formas de energia limpa são da ordem de US$ 12 bilhões mensais. Para 2012, estão previstos investimentos adicionais equivalentes a US$ 1,5 bilhões.

                          A empresa estatal chinesa Shenhua Group investiu, por exemplo, em US$1,5 billhões na construção de uma usina no interior da Mongólia, com tecnologia própria para converter cerca de 3,5 milhões de toneladas de carvão em diesel e outros combustíveis de transporte, o equivalente a mais de 24 mil barris de petróleo por dia. A fábrica também vai reciclar a água e resíduos, tornando-os mais limpo do que tecnologias mais antigas de conversão do carvão em combustível líquido (TOLLEFSON, 2008).

                          A China, cuja matriz energética é fortemente dependente do carvão está pronta para liderar o mundo no desenvolvimento da primeira usina a carvão de baixa emissão de CO2, mediante o acoplamento da tecnologia de gaseificação de carvão com captura e armazenamento de carbono (IGCC, na sigla em inglês). Segundo Osnos (2009), a empresa chinesa Huaneng Group levou adiante o projeto FutureGen, que seria executado em parceria com os Estados Unidos, mas foi cancelado pelo Departamento de Energia no início de 2008, de construção de uma usina IGCC no estado de Illinois, que seria a primeira do mundo a gerar energia a partir da queima do carvão sem emissão de poluentes. No projeto chinês, rebatizado GreenGen, a usina piloto instalada em Tianjin, sul de Pequim, irá gerar, até 2014, 400 megawatt, com produção de hidrogênio, geração de eletricidade e sequestro de carbono.

                          Outro projeto de energia limpa que está sendo executado na China diz respeito à produção de energia nuclear, de 4ª geração, a partir de reator de sal fundido (MSRs, na sigla em inglês) a base de tório (MARTIN, 2011). As pesquisas sobre produção de energia nuclear a base de sal fundido de tório - combustível líquido, muito mais seguro e mais limpo do que o urânio - foram originalmente no Oak Ridge National Lab nos Estados Unidos na década de 1940, mas foram abandonadas por decisão do governo americano nos anos 1960.

                          Além de ser impossível produzir armas nucleares a partir do tório, os cientistas alegam que esse material produz mil vezes menos resíduos tóxicos do que o urânio. Ademais, o reator a sal fundido de tório opera sob pressão atmosférica, sem necessidade de uso de hidrogênio como ocorre nas usinas nucleares japonesas, à exemplo da Fukushima, onde ocorreu vazamento de radiação após o tsunami. O tório apresentaria outras vantagens em termos ambientais. É um metal relativamente abundante, que pode ser inteiramente utilizado como combustível enquanto do urânio só se utiliza 0,7%. Ademais, as usinas nucleares com reatores de sal de tório poderiam queimar o plutônio e os resíduos tóxicos provenientes de reatores antigos (EVANS-PRITCHARD, 2011).

                          No final de janeiro de 2011, o governo chinês lançou oficialmente o programa para o desenvolvimento do reator nuclear a sal fundido de tório, com tecnologia própria. Se o reator funcionar como planejado, a China poderá se tornar o líder mundial da próxima geração de tecnologia nuclear. Além da China, outros países como Índia, França e Noruega estão procurando desenvolver combustíveis nuclear a base de tório. Contudo, o novo programa chinês é a maior iniciativa nacional de MSR a base de tório já anunciada. Serão construídos dezenas de novos reatores e a implantação de mais de 50 centrais nucleares nos próximos vinte e anos para aumentar a capacidade nuclear do país dos atuais 9 gigawatts para a 400 gigawatts.

                          Outro setor que deve colaborar para acelerar os esforços de inovação do setor empresarial chinês é o automotivo. No início de 2009, o governo chinês decidiu priorizar a produção de veículos de com eficiência energética e baixa emissão de poluentes, concendendo incentivos fiscais e tarifários aos fabricantes.

                          Em 2007, a produção total de carros híbridos na China foi de apenas 2.100 unidades. O governo chines planeja aumentar a capacidade de produção doméstica, com tecnológia inovadora própria, de carros híbridos do tipo "plug-in" - que combinam motor convencinal a outro elétrico, cuja bateria pode ser carregada a partir de uma tomada -, e de carros elétricos a bateria para 500.000 unidades até 2011 e para um milhão até 2012. Para estimular a demanda por esses carros, o governo está oferecendo US$ 8.800 por veículo comprado por empresas de táxi e pelos governos locais. O governo também exigiu das empresas geradoras de eletricidade a instalação de estações de recarga para carros elétricos em Pequim, Xangai e Tianjin (Yusuf & Nabeshima, 2009 p. 40).

                          A China já é o maior produtor de baterias de ion de lítio (LIB na sigla em inglês), respondendo por 43% da produção global. Os dois maiores produtores chineses de bateria de lítio são a BYD Auto e BAK China Bateria. No final de 2008, a BYD Auto, que havia adquirido montadora nacional chinesa, iniciou a primeira produção mundial em massa de automóveis híbridos elétricos, denominado F3DM, vendidos ao preço equivalente a US$ 22 mil (WONG & LIGHT, 2009). Outras empresas chinesas, como a Wanxiang e Tianjin Lishen Battery, também estão na corrida para desenvolver tecnologia de carro elétrico (YUSUF & NABESHIMA, 2009; OSNE, 2009).

                          De acordo com Postel-Vinay (2011), o programa chinês de automóveis não-poluentes teve forte impacto nas estratégias de investimentos dos principais construtores mundiais na França, na Alemanha e no Reino Unido e nos Estados Unidos. Outra consequência da decisão chinesa foi a intensificação de acordos de cooperação técnica, tais como o da Renault-Nissan com o Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação (MIIT na sigla em inglês) para o desenvolvimento de baterias e o da Daimler com a BYD em junho de 2010 para o desenvolvimento conjunto de tecnologia de veículos elétricos.

                          Em janeiro de 2011, em consonância com o 12º Plano Quinquenal que definiu o desenvolvimento do veículo elétrico como uma das principais prioridades nacionais, o governo chinês anunciou o Energy Saving and New Energy Vehicle Development Plan (2011-2020). Até 2020, pretende-se que a metade da fabricação chinesa de veículos seja formada por automóveis compactos não-poluentes (POSTEL-VINAY, 2011, p. 272). Na avaliação do governo, a China leva vantagem sobre os demais países na produção do carro elétrico, dado que possui importantes reservas de lítios e de terras raras, dois elementos essenciais para o desenvolvimento desse tipo de veículo.

                          A China também tem avançado em áreas de fronteira tecnológica, como biotecnologia, e em particular na disputa pela decodificação do genoma humano e sequenciamento genético, destinado a se tornar a principal ferramenta para o desenvolvimento de novos testes de diagnóstico e para o desenvolvimento de novos medicamentos contra o cancer e outras doenças. Dessa corrida participam apenas seis países. Em janeiro de 2010, o Beijing Genomics Institute investimento US$ 60 milhões na aquisição de 128 instrumentos de sequenciamento de genes, a maior aquisição já realizada por qualquer instituição ou país (Loring, 2010). Com isso, o BGI passou a ter quase o dobro (156) de equipamentos do maior instituto de pesquisa americano o Broad Institute (89) que integra o Massachusettes Institute of Techonology (MIT) e poderá realizar o sequenciamento de diversos genomas individuais em curto espaço de tempo. Isto deverá resultar rapidamente em novas descobertas e consequentemente em novas propriedades intelectuais.



                          Perspectivas e Desafios. O sucesso da estratégia chinesa de catching-up é indiscutível e se expressa em diversos indicadores. Em 2010, por exemplo, a China, que em termos do produto interno bruto (PIB) em paridade do poder de compra já ocupava o segundo lugar desde 2001 atrás apenas dos Estados Unidos, tornou-se também a segunda maior economia mundial em termo do PIB em dólar corrente. No seu relatório semestral World Economic Outlook de abril de 2011, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, em paridade de poder de compra, o PIB chinês suplantará ao PIB americano em 2016, elevando a 18,0% sua participação no PIB global (13,6% em 2010). Em contraste, a participação americana declinará dos atuais 19,7% para 17,8% em 2016.

                          A emergência da China como importante player em ciência e tecnologia tem igualmente suscitado várias previsões sobre a trajetória futura dos seus investimentos em atividades em P&D e dos resultados da pesquisa científica e tecnológica. Evidentemente, além de limitadas, tais previsões estão sempre sujeitas a equívocos. Contudo, constituem um exercício relevante para os interessados nas tendências de C, T & I e nas prováveis alterações no mapa dos poderes-líderes em ciência e tecnológica, ainda que abstraiam a capacidade de reação das nações avançadas à ascensão do gigante asiático.

                          Em relação aos gastos com P&D, alguns analistas estimam que se as atuais metas nacionais de gasto com P&D forem cumpridas, a China irá consolidar a sua posição como o segundo maior GERD mundial em paridade de poder de compra, ultrapassando o Japão: em 2011, segundo Grueber & Studt (2010) ou em 2012, segundo a Royal Society (2011). Ainda que, pelas previsões realizadas até 2015, os Estados Unidos irá manter sua supremacia atual como país com maior volume de gastos com P & D, a China reduzirá crescentemente a diferença.

                          Também em termos de publicações de artigos científicos, o quadro mundial vai mudar drasticamente se as tendências atuais continuarem. Segundo a Royal Society (2011), a China, que já ultrapassou o Reino Unido como o segundo país-líder na produção científica mundial, deverá superar os Estados Unidos antes de 2020. As projeções variam. As estimativas efetuadas a partir de uma extrapolação linear simples dos dados de publicação da Elsevier sugerem que a liderança chinesa poderia ocorrer já em 2013. Já os cálculos efetuados a partir dos dados da Web Science da Thomson Reuters indicam que a ultrapassagem chinesa ocorreria em 2015 (GORDON et. al., p. 10).

                          Outra projeção, realizada por pesquisadores do World Technology Evaluation Center (WTEC), sugere que a China vai superar os Estados Unidos como superpotência científica em torno de 2018 (SHELTON & FOLAND, 2009). No modelo de previsão utilizado foram realizadas extrapolações a partir do PIB, do GERD, da participação no GERD mundial e do número de pesquisadores e dos principais indicadores de resultados da atividade de científica e tecnológica (artigos científicos indexados, citações, patentes triádicas, número de doutores em ciência e engenharia, participação na exportação mundial de alta tecnologia, entre outros) em 2005 e de suas recentes taxas crescimento para Estados Unidos, China e União Europeia.

                          Os autores encontraram tendências de que, em dez anos, a China superará os Estados Unidos em vários indicadores antecedentes de poderio científico e tecnológico. Já em 2013, o GERD chinês será maior do que o americano, com a China se tornando o líder mundial em investimentos em P&D. Em relação ao número de artigos publicados, as previsões indicam que no meio da década de 2010, a China ultrapassará os Estados Unidos e a União Europeia. No que se refere às patentes triádicas, também será apenas uma questão de tempo, mais demorado, para a China ameace a supremacia norte-americana (SHELTON & FOLAND, 2009).

                          Tal tendência também foi observada por Zhou & Stembridge (2010), que examinaram o desempenho chinês no patenteamento de invenções no período 2003-2009 para identificar e mapear as tendências de inovação na China. Utilizando a base de dados do Thomson Reuters Derwent World Patents Index, esses autores cotejaram os resultados da China com os dos Estados Unidos, Japão, Europa e Coreia do Sul nos seguintes indicadores:


                          • Volume total de patentes, medida da atividade de patenteamento em uma região, incluindo invenções patenteadas primeiro no país e/ou região (básicas) e invenções para as quais se deseja proteção para produzir, usar e vender em outras regiões (equivalentes);
                             
                          • Volume de patentes básicas, esse indicador do crescimento das inovações domésticas informa quantas invenções foram patenteadas pela primeira vez na região;
                             
                          • Proporção do volume básico no volume total, esse indicador compara o nível de inovação doméstica na região e sua atratividade como mercado tanto para a indústria nativa como para a indústria estrangeira.


                          Além de triplicar o número de patentes no período 2003-2009, com taxa média de crescimento anual de 26,1%, a China ampliou de forma consistente a participação das patentes básicas no volume total de patentes registradas, que de 33% em 2003 alcançaram 43% em 2009. Nesse mesmo período, o Japão e a Europa registraram declínio na proporção de patentes básicas no volume total enquanto a Coreia após declínio inicial logrou elevar essa proporção nos anos mais recentes. Já nos Estados Unidos, a proporção foi mantida relativamente estável, próximo da média de 45%. Projeções realizadas pelos autores, a partir da média de crescimento no período 2003-09, indicam que volume de patentes registradas pela China irá ultrapassar o do Japão e dos Estados Unidos em 2011, enquanto os Estados Unidos deverão superar o Japão em 2013.

                          Já a Royal Society (2011, 34), extrapolando as tendências recentes dos registros anuais de patentes de estrangeiros no USPTO, estima que a China vá ultrapassar a Coreia do Sul em 2018 e o Japão em 2028. De apenas 90 patentes registrados no USPTP em 1999, a China saltou para 1655 em 2009, alcançando a 9ª posição do ranking dos onze países com o maior número de patentes estrangeiras registradas nos Estados Unidos, muito atrás do Japão, que com 35.501 ocupava a 1ª posição e da Coreia do Sul (8.762 patentes registradas e ocupando a 3ª posição).

                          Vários analistas duvidam da capacidade da China em se transformar em líder mundial em ciência e tecnologia, dado que as inovações chinesas são de natureza puramente incremental. No quesito invenção e desenvolvimentos de novas tecnologias próprias, o país ainda estaria muito atrasado na comparação com as economias desenvolvidas. Por exemplo, Gordon et al.(2011) consideram que para desenvolver um verdadeiro sistema nacional de inovação, a China precisará expandir as fronteiras da ciência e tecnologia e não apenas acompanhar os desenvolvimentos alcançados pelos países avancados. Embora esteja investido consideravelmente em ciência e da educação, em pesquisa universitária e na comercialização de tecnologia nativa para construção a longo prazo de blocos de inovações domésticas próprias, o sistema nacional de inovação da China apresenta fraquezas significativas que estão sendo mascaradas pelos dados estatísticos (SEGAL, 2011).

                          A China teria apenas alguns bolsões de excelência tecnológica, mas não se tornou inovadora tal como pretende para adquirir soberania tecnológica. O país precisaria, portanto, enfrentar alguns sérios desafios e superar obstáculos como ausência de cultura de inovação (garage-innovation culture), fraude acadêmica, ineficiência burocrática, corrupção e falta de liberdade intelectual (OSNE, 2009).

                          Outros analistas são ainda mais céticos sobre a possibilidade de transformação da China em uma superpotência tecnológica. Como relata Cheng (2011), alguns consideram que políticas científico-tecnológicas centralmente dirigidas jamais resultarão em economias verdadeiramente impulsionadas por inovações domésticas próprias originais.

                          Essa descrença não é, todavia, compartilhada pelos pesquisadores de 38 países, entrevistados pela Battelle em 2010. Na pesquisa realizada, via internet, com 378 pesquisadores envolvidos em projetos colaborativos de P&D, tanto de empresas do setor privado como de laboratórios nacionais e de institutos de pesquisa, foi solicitado aos participantes que indicassem três países que estavam realizando P&D de ponta em cada uma de nove áreas tecnológicas (GRUEBER & STUDT, 2010). Em cinco dessas nove áreas, a China foi indicada como um dos três países líderes pelos pesquisadores entrevistados: agricultura e produção de alimentos; tecnologia militar e de defesa, instrumentos, eletrônicos e computação, software e gestão de informação e aeroespacial, ferrovias e outros tipos de transporte. Nas demais áreas, a China não obteve maioria nas indicações, ficando classificada entre os cinco principais países. A maioria dos entrevistados apontou a China como o país tecnologicamente mais forte do mundo em 2015. Os Estados Unidos considerado o mais forte em 2010 cairá para a 3ª posição, ficando atrás também do Japão.














                           


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                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1314 - Desempenho modesto na indústria de menor intensidade tecnológica
                          Publicado em: 23/05/2025

                          No 1º trim/2025, o déficit da balança de bens da indústria de transformação voltou a aumentar, devido a um desempenho inferior dos ramos de menor intensidade tecnológica.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1313 - Perda de tração industrial
                          Publicado em: 13/05/2025

                          No 1º trim/25, a indústria cresceu menos do que vinha crescendo na segunda metade de 2024, sendo que bens de capital e intermediários ficaram entre os que mais perderam dinamismo.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1312 - Indústria em 2024: mais produção, mais emprego
                          Publicado em: 09/05/2025

                          Em 2024, devido ao crescimento robusto e difundido entre os diferentes ramos da indústria, o emprego industrial se expandiu, superando o aumento do emprego do agregado do setor privado.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1311 - Um começo de ano fraco e incerto
                          Publicado em: 30/04/2025

                          Em fev/25, a indústria brasileira somou cinco meses consecutivos sem crescimento, um quadro que se agrava com o aumento das incertezas mundiais.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1310 - Destaques do comércio exterior do Brasil
                          Publicado em: 28/04/2025

                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1309 - Brasil e Mundo: divergência do desempenho industrial no final de 2024
                          Publicado em: 17/04/2025

                          No 4º trim/24, enquanto a indústria brasileira se desacelerava, o dinamismo da indústria global ganhou força, apesar do aumento de tensões e incertezas.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1308 - Brasil no Panorama Global da Indústria
                          Publicado em: 07/04/2025

                          O Brasil melhora sua posição no ranking global da manufatura, mas sem ampliar sua participação no valor adicionado total do setor.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1307 - Indústria estável, mas com poucos freios na entrada de 2025
                          Publicado em: 28/03/2025

                          Embora a produção industrial tenha ficado estagnada em janeiro de 2025, foram poucos os ramos e os parques regionais a registrarem declínio.

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                          Carta IEDI n. 1306 - A Indústria por Intensidade Tecnológica: especificidades de 2024
                          Publicado em: 14/03/2025

                          A indústria de transformação ampliou sua produção em 2024, apresentando especificidades em relação à última década, o que também inclui a distribuição deste dinamismo entre suas diferentes faixas de intensidade tecnológica.

                           

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                          Carta IEDI n. 1305 - O Brasil e a guerra comercial entre EUA e China
                          Publicado em: 10/03/2025

                          Há muitos produtos coincidentes que Brasil e China exportam para os EUA e nossos embarques poderiam ser favorecidos com a imposição de alíquotas sobre as exportações chinesas.

                           

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