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                          Análise IEDI

                          Balança Comercial
                          Publicado em: 01/07/2020

                          Reforço do saldo comercial, mas não para a indústria

                          Em junho de 2020, a Balança Comercial brasileira registrou seu melhor saldo mensal desde maio de 2017, apresentando superávit de US$ 7,46 bilhões. O reforço do resultado da balança já era esperado e deve prosseguir ao longo dos próximos meses, dado o intenso recuo da atividade econômica nacional provocado pela pandemia de Covid-19, o que deprime as importações do país.

                          O contexto internacional, contudo, não se mostra favorável a nossas exportações. Além da excepcional queda do PIB global, projetada por todos os grandes organismos multilaterais (-4,9% segundo o FMI), espera-se não apenas a continuidade do enfraquecimento do comércio mundial, já verificado em 2019 (apenas +0,9% em volume), devido aos conflitos entre EUA e China, mas também seu agravamento em 2020 (-11,9% ainda segundo o FMI). 

                          Países com graves problemas de competitividade, como o Brasil, terão suas vendas externas mais prejudicadas neste ambiente. A boa notícia, por ora, são os sinais de reação da economia chinesa, embora o país continue lutando contra novos focos de disseminação do coronavírus. A recuperação econômica da China, ao ter prosseguimento, será um importante canal de escoamento para a safra recorde de produtos agropecuários do Brasil em 2020.

                          Em jun/20, nossas exportações foram de US$ 17,9 bilhões, contribuindo para um total de US$ 53,7 bilhões no acumulado do 2º trim/20. Segundo a média por dia útil, isso significou uma retração de -6,5% frente ao mesmo período do ano anterior, como ilustram as variações a seguir. À exceção da virtual estabilidade no 2º trim/19, as exportações totais permanecem no vermelho desde a entrada do ano passado.

                               •  Exportações totais: -13,0% no 4º trim/19; -5,9% no 1º trim/20 e -6,5% no 2º trim/20;

                               •  Importações totais: -7,9%; +3,1% e -13,3%, respectivamente;

                               •  Superávit da balança comercial: -28,3%; -47,5% e +11,2%, respectivamente.

                          Tal desempenho exportador foi obtido a despeito da expressiva elevação das vendas externas da agropecuária, que atingiu +44,5% no 2º trim/2020, segundo a média por dia útil. O ramo extrativo perdeu 1/5 de suas exportações e a indústria teve o pior trimestre desde o final de 2014.

                          No 2º trim/20, a queda das exportações da indústria de transformação, de -19,1%, foi três vezes mais intensa do a do total geral, sendo a terceira vez que recua em velocidade de dois dígitos. Apenas no mês de jun/20, o resultado foi de -21% ante jun/19, condicionado sobretudo pelos declínios de aeronaves (-57,5%), veículos (-50,1%), celulose (-24,9%) e carnes de aves (-38,6%), entre outros.

                          Quanto às importações, somaram US$ 10,5 bilhões em jun/20 e US$ 35,4 bilhões no acumulado do 2º trim/20, representando um declínio de -13,3%, segundo a média diária em comparação com o mesmo período do ano passado. A maior queda trimestral veio do ramo extrativo, com -30,3%, devido a derivados de petróleo, carvão e gás natural. O setor agropecuário também ficou no vermelho: -6,1%.

                          As importações da indústria de transformação, por sua vez, tornaram-se 12,1% menores no 2º trim/20 em comparação com o 2º trim/19. Apesar disso, como suas exportações recuaram ainda mais no período, o déficit da balança comercial do setor, ainda de acordo com as médias diárias, avançou 41%. 

                          Ou seja, para a indústria, ainda que o patamar mais competitivo da taxa de câmbio contribua favoravelmente para suas exportações, a crise da economia mundial é quem tem pesado mais sobre seu resultado de comércio exterior. 

                          Conforme os dados divulgados pelo Ministério da Economia, no mês de maio de 2020 a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 7,463 bilhões, expansão de 25,6% ao alcançado no mesmo período do ano anterior, US$ 5,377 bilhões, tomando por base as médias diárias que consideram o número de dias úteis no mês. 

                          As exportações registraram valor de US$ 17,912 bilhões, representando decréscimo de 2,7% em relação a maio de 2019, pela média diária. As importações totalizaram US$ 10,449 bilhões, o que significou retração de 27,4% na mesma base de comparação, considerando os dias úteis do mês.

                          Para o mês de maio de 2020, as médias diárias das exportações alcançaram US$ 853,0 milhões e das importações registradas ficaram em US$ 498,0 milhões.

                          Destaques exportações. Houve aumento das exportações, principalmente, para os seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (14,62%) - China (+15,6% com aumento de US$ 38,0 milhões na média diária); Cingapura (+70,9% com aumento de US$ 7,6 milhões na média diária) ;Tailândia (+49,8% com aumento de US$ 3,1 milhões na média diária);Paquistão (+ 117,3% com aumento de US$ 2,6 milhões na média diária); Bangladesh (+41,9% com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária); Oceania (2,18%) - Kiribati (+14.018,5% com aumento de US$ 0,3 milhões na média diária); Ilhas Marshall (+15,1% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária). 

                          Por outro lado, caíram as exportações, principalmente, para os seguintes países: Europa (-6,76%) - Alemanha (-23,8% com queda de US$ -4,9 milhões na média diária); Reino Unido (-30,3% com queda de US$ -3,9 milhões na média diária); França (-24,9% com queda de US$ -2,6 milhões na média diária); Itália (-14,6% com queda de US$ -2,1 milhões na média diária); Bélgica (-14,0% com queda de US$ -1,7 milhões na média diária); América do Sul (-28,07%) - Argentina (-28,1% com queda de US$ -11,7 milhões na média diária); Chile (-34,5% com queda de US$ -7,2 milhões na média diária); Uruguai (-38,1% com queda de US$ -4,2 milhões na média diária); Colômbia (-30,0% com queda de US$ -3,6 milhões na média diária); Peru (-24,6% com queda de US$ -2,2 milhões na média diária); América do Norte (-26,61%), Estados Unidos (-31,6% com queda de US$ -37,9 milhões na média diária); México (-25,1% com queda de US$ -4,7 milhões na média diária); América Central e Caribe (-51,67%) - Panamá (-84,4% com queda de US$ -10,6 milhões na média diária); República Dominicana (-26,6% com queda de US$ -0,5 milhões na média diária); Trinidad e Tobago (-49,3% com queda de US$ -0,5 milhões na média diária); Cuba (-34,3% com queda de US$ -0,4 milhões na média diária); Costa Rica (-16,0% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária); Oriente Médio (-29,68%) - Irã (-74,1% com queda de US$ -7,5 milhões na média diária); Emirados Árabes Unidos (-19,8% com queda de US$ -1,7 milhões na média diária); Omã (-35,1% com queda de US$ -1,5 milhões na média diária); Catar (-38,9% com queda de US$ -0,8 milhões na média diária); Barein (-14,4% com queda de US$ -0,5 milhões na média diária); África (-3,02%) - Egito (-22,2% com queda de US$ -1,4 milhões na média diária); África do Sul (-19,5% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária); Angola (-20,4% com queda de US$ -0,4 milhões na média diária); Mauritânia (-29,4% com queda de US$ -0,2 milhões na média diária); Líbia (-6,0% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária).

                          Destaques importações. Houve variação positiva nas importações, principalmente, dos seguintes países: América Central e Caribe (42,09%) - Porto Rico (+ 50,5% com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária); Trinidad e Tobago (+ 235,0% com aumento de US$ 0,4 milhões na média diária). 

                          Em sentido oposto, retraíram as importações, principalmente, dos seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (-21,72%) - China (-15,6% com queda de US$ -20,6 milhões na média diária); Coreia do Sul (-38,6% com queda de US$ -7,8 milhões na média diária); Japão (-31,0% com queda de US$ -4,7 milhões na média diária); Vietnã (-38,4% com queda de US$ -4,3 milhões na média diária); Índia (-22,9% com queda de US$ -3,3 milhões na média diária) Europa (-26,96%) - Alemanha (-26,6% com queda de US$ -10,8 milhões na média diária); Suíça (-42,6% com queda de US$ -8,7 milhões na média diária); Itália (-36,6% com queda de US$ -6,2 milhões na média diária); Rússia (-41,3% com queda de US$ -5,9 milhões na média diária); França (-34,3% com queda de US$ -5,1 milhões na média diária); América do Sul (-37,25%) - Argentina (-45,2% com queda de US$ -19,7 milhões na média diária); Chile (-26,0% com queda de US$ -2,7 milhões na média diária); Colômbia (-37,6% com queda de US$ -2,5 milhões na média diária); Uruguai (-34,5% com queda de US$ -1,8 milhões na média diária); Bolívia (-35,9% com queda de US$ -1,5 milhões na média diária); América do Norte (-26,92%) - Estados Unidos (-28,1% com queda de US$ -30,0 milhões na média diária); México (-49,8% com queda de US$ -8,2 milhões na média diária); Oriente Médio (-31,9%) - Emirados Árabes Unidos (-85,7% com queda de US$ -5,2 milhões na média diária); Arábia Saudita (-34,5% com queda de US$ -4,8 milhões na média diária); Israel (-32,9% com queda de US$ -1,9 milhões na média diária); Irã (-85,5% com queda de US$ -0,7 milhões na média diária); Barein (-62,9% com queda de US$ -0,4 milhões na média diária); Oceania (-32,44%) - Austrália (-32,8% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária); Nova Zelândia (-30,1% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária); África (-45,22%) - Argélia (-59,4% com queda de US$ -5,6 milhões na média diária); Líbia (-100,0% com queda de US$ -3,3 milhões na média diária); Moçambique (-100,0% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária); Angola (-73,6% com queda de US$ -0,6 milhões na média diária); Nigéria (-11,3% com queda de US$ -0,5 milhões na média diária).

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