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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 02/09/2025

                          Menos demanda interna

                          A economia brasileira pisou no freio no 2º trim/25, como muitos sinais conjunturais antecedentes já vinham apontando. Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram variação de +0,4% do PIB, já descontados os efeitos sazonais, um pouco mais do que alguns analistas estimavam, mas ainda assim quase 1/3 do ritmo de expansão do 1º trim/25.

                          Fator decisivo para esta evolução foi o patamar elevado de taxas de juros no país, restringindo a demanda interna: as decisões de investimento e o consumo das famílias de bens duráveis foram negativamente impactados, o que fez nossas importações recuarem. Outro fator a ser mencionado foi o declínio do consumo do governo (-0,6% ante o 1º trim/25, com ajuste).

                          Nos componentes da demanda interna, apenas o consumo das famílias manteve-se em expansão, mas seu ímpeto caiu pela metade entre o 1º trim/25 e o 2º trim/25, de +1,0% para +0,5%, já corrigidos os efeitos sazonais. A formação bruta de capital fixo, por sua vez, registrou contração de -2,2%, algo que não ocorria desde meados de 2023.

                          •  PIB total: +1,3% no 1º trim/25 e +0,4% no 2º trim/25;

                          •  Consumo das famílias: +1,0% e +0,5%, respectivamente;

                          •  Consumo do governo: 0% e -0,6%;

                          •  Formação bruta de capital fixo: +3,2% e -2,2%;

                          •  Exportações: +3,1% e +0,7%;

                          •  Importações: +5,5% e -2,9%, respectivamente.

                          Do lado da oferta, isso se refletiu em piora dos setores mais sensíveis ao nível de juros, sobretudo na indústria. Embora o setor como um todo tenha progredido de 0% no 1º trim/25 para +0,5% no 2º trim/25, isso se deveu exclusivamente ao ramo extrativo, que avançou +5,4%, com base no petróleo e ferro. Foi a atividade que melhor se saiu.

                          Os demais componentes da indústria encolheram. O destaque vai para a indústria de transformação, que reincidiu no sinal negativo: -1,0% em jan-mar/25 e -0,5% em abr-jun/25. O mesmo vale para a construção: -0,6% e -0,2%, respectivamente. Estas foram as únicas atividades econômicas a terem perdas seguidas. Eletricidade, gás e saneamento, por sua vez, caíram -2,7% e anularam a alta de +1,8% no 1º trim/25.

                          Cabe notar ainda a estabilidade (0%) do PIB do comércio, cujo desempenho também depende, ao menos parcialmente, das condições de crédito e juros da economia. Este setor faz parte dos serviços nas estatísticas do IBGE, que em seu agregado vem demonstrando resiliência: +0,4% no 1º trim/25 e +0,6% no 2º trim/25. Entre os grandes setores foi quem mais cresceu.

                          Para os serviços, porém, somente alguns de seus ramos têm assegurado este dinamismo. Foram os casos de transporte (+1,0% com ajuste), atividades financeiras (+2,1%) e outros serviços (+0,7%), que incluem os serviços pessoais. Todos estes obtiveram, no 2º trim/25, um resultado melhor do que no trimestre anterior. O ramo de informação e comunicação desacelerou, mas manteve certa robustez (+1,2%, também com ajuste).

                          A moderação da inflação ao consumidor e a manutenção do emprego em patamares elevados têm ajudado, pelo menos por enquanto, a evolução favorável destes segmentos dos serviços. 

                          A agropecuária, como esperado, apresentou retração, mas apenas de -0,1%, já descontados os efeitos sazonais, muito em função da base elevada de comparação do trimestre anterior, quando avançou +12,3%, condicionado pela supersafra de grãos.

                          Com o enfraquecimento da demanda interna, nossas importações recuaram -2,9% na passagem do 1º para o 2º trimestre do ano. É o primeiro sinal negativo desde o 1º trim/23 e não deixa de indicar o quão forte pisamos no freio. Já o ritmo das exportações refluiu um pouco, devido ao menor escoamento da agropecuária, mas manteve-se em alta, com ajuda da indústria extrativa.

                          Deste modo, a despeito do protecionismo dos EUA e da consequente desorganização do comércio mundial, o setor externo contribuiu positivamente para o resultado do PIB brasileiro no 2º trim/25. A antecipação de importações americanas, frente às incertezas da política tarifária do país, pode inclusive ter favorecido este resultado. Outro fator positivo tem sido a expansão da economia argentina.

                          Por fim, em comparação com igual período do ano anterior, o resultado do PIB no 1º semestre de 2025, de +2,5%, também mostra enfraquecimento em relação ao desempenho do semestre anterior, de +3,8%. 

                          Três atividades econômicas concentraram muito desta perda de fôlego, as mesmas mencionadas na análise acima, mais de curto prazo, a partir dos dados com ajuste sazonal. Duas estão na indústria: construção, que passou de +5,4% no 2º sem/24 para +1,8% no 1º sem/25, e indústria de transformação, de +4,8% para +1,3%. E uma em serviços: comércio, cujo PIB saiu de +4,3% para +1,5%, respectivamente.

                          Na origem disso, está a desaceleração do consumo das famílias (de +4,6% para +2,2%), do governo (de +1,2% para +0,7%) e do investimento (de +10,1% para +6,6%). A seu turno, a melhora nas exportações (de +0,8% para +1,6%) está associada ao reforço da agropecuária (de -1,1% para +10,1%) e da indústria extrativa (de -2,3% para +4,5%).

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                          Na conjuntura atual de elevadas taxas de juros, os avanços industriais tendem a ser pontuais, como indica o resultado de set/25, que anulou maior parte da expansão de ago/25.

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                          Em ago/25, a produção industrial voltou a crescer, mas este resultado pode vir a ser pontual, como foi o de mar/25; por isso deve ser visto com cautela.

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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