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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/07/2020

                          A crise continua

                          Em maio de 2020, a indústria compensou parte das perdas que sofreu no bimestre anterior ao registrar aumento de +7% de sua produção, frente ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Depois de definir e adotar protocolos de segurança sanitária e reorganizar seus processos internos, o setor conseguiu religar unidades e linhas de produção que tinham sido paralisadas no final de março e em abril.

                          Isso, porém, não significa necessariamente que a indústria já esteja no caminho da recuperação, tanto é que o nível de produção permaneceu 21% abaixo daquele de fev/20, isto é, antes do impacto da pandemia de Covid-19 e das medidas de isolamento social. 

                          Em comparação com o pico histórico de mai/11, a perda chega a 34,1%, o que quer dizer que apenas nos últimos nove anos, ao se sobreporem dois períodos de crise aguda (2014-2016 e agora em 2020), o nível de produção da indústria encolheu pouco mais de 1/3. A situação é ainda mais dramática para bens de capital (-58% ante o pico de set/13) e para bens de consumo duráveis (-77% ante o pico de jun/13).

                          Outro sinal negativo dos dados de hoje do IBGE é a queda de -21,9% na comparação com maio do ano passado, não muito distante do desempenho registrado em abr/20 (-27,4%). A pouca amenização do quadro deve-se principalmente a bens intermediários, o que não é algo a ser ignorado, já que este macrossetor é o núcleo do sistema industrial, produzindo insumos para as demais atividades.

                          As variações interanuais a seguir mostram ainda que mesmo com resultados menos adversos, bens de capital e bens de consumo duráveis e semi e não duráveis continuam com quedas recordes em maio, só perdendo para abril.

                               •  Indústria geral: -3,9% em mar/20; -27,4% em abr/20 e -21,9% em mai/20;

                               •  Bens de capital: -4,5%; -51,9% e -39,4%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -1,5%; -17,5% e -14,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -9,9%; -84,9% e -69,7%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -7,2%; -25,2%; -19,3%, respectivamente.

                          Em relação a um ano atrás, a produção em mai/20 foi menor em 22 dos 26 ramos da indústria acompanhados pelo IBGE, isto é, em 84,6% do total. Os piores casos continuam sendo veículos e autopeças (-74,5%) e outros equipamentos de transporte (-71,2%), seguidos por vestuário e acessórios (-60,8%) e couros e calçados (-56,3%). 

                          A despeito de alguma atenuação das quedas e da mesma proporção de ramos industrial no vermelho que em abr/20, o resultado interanual de maio veio acompanhado por uma parcela ainda menor de produtos cuja produção conseguiu crescer. A difusão de altas entre os produtos pesquisados pelo IBGE foi de apenas 17,3%, inferior aos 19,1% de abr/20 e muito aquém do nível recente mais baixo para o mesmo mês, obtido em maio de 2015 (27,2%).

                          Além dos fatores internos relacionados à pandemia, como a manutenção do isolamento social e continuado aumento de casos de Covid-19 no país, muito deste quadro adverso para a indústria também está relacionado com a contração do comércio internacional. 

                          O IBGE aponta uma queda de -30,8% do volume de exportações de manufaturados em mai/20 frente ao mesmo mês de 2019 e de -19,7% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Já os dados divulgados ontem pelo Ministério da Economia mostram que a participação da indústria de transformação no valor total das exportações vem caindo há muito tempo e atingiu o patamar mais baixo em jun/20 (53,2%).

                          O recente acirramento da concorrência global tem explicitado ainda mais nossos problemas de competitividade e comprometido as exportações da indústria, que, por possuir cadeias produtivas longas, está mais exposta às distorções da economia brasileira. Por isso, é urgente avançar na reforma que simplifique o sistema tributário e implemente um IVA no país.

                          A partir da Pesquisa Industrial Mensal do mês de maio divulgados hoje pelo IBGE, verificou-se que a produção da indústria nacional registrou crescimento de 7,0% frente ao mês de abril de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado de doze meses registrou-se variação negativa de 5,4% e no acumulado do ano houve retração de 11,2%. Em comparação a maio de 2019, aferiu-se decréscimo de 21,9%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens duráveis (92,5%), bens de capital (28,7%), bens de consumo (14,5%), bens semiduráveis e não duráveis (8,4%) e bens intermediários (5,2%).

                          Em sentido oposto, no resultado observado na comparação com o mês de maio de 2019 todos os seguimentos analisados apresentaram decréscimos: bens duráveis (-69,7%), bens de capital (-39,4%), bens de consumo (-31,0%), bens semiduráveis e não duráveis (-19,3%) e bens intermediários (-14,6%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registrou-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-14,7%), bens de capital (-9,6%), bens intermediários (-4,2%), bens de consumo (-6,3%) e, bens semiduráveis e não duráveis (-4,0%).

                          Setores. Na comparação com abril de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 20 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%), bebidas (65,6%), outros equipamentos de transporte (57,9%), couro, artigos de viagem e calçados (49,7%), fabricação de móveis (49,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,0%), produtos de minerais não-metálicos (16,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%), indústrias de transformação (12,1%), metalurgia (9,5%), máquinas e equipamentos (9,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,7%). 

                          Por outro lado, os seis segmentos que apresentaram decréscimos foram: produtos diversos (-10,9%), impressão e reprodução de gravações (-6,4%), fabricação de sabões, perfumaria e higiene pessoal (-6,0%), indústrias extrativas (-5,6%), manutenção e reparação de equipamentos (-3,0%) e fabricação de outros produtos químicos (-0,6%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 4 dos 26 ramos analisados: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,7%), produtos alimentícios (2,6%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (1,3%) e celulose, papel e produtos de papel (0,4%).

                          Em sentido oposto, os demais setores apresentaram variações negativas, sendo as mais expressivas verificadas em: veículos automotores, reboques e carrocerias (-42,0%), outros equipamentos de transporte (-39,3%), impressão e reprodução de gravações (-34,6%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-34,3%), couro, artigos de viagem e calçados (-31,8%), móveis (-21,9%), produtos diversos (-21,7%), produtos têxteis (-14,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-16,8%), máquinas e equipamentos (-16,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,0%), bebidas (15,5%), produtos de minerais não-metálicos (-15,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-14,8%), metalurgia (-13,9%) e produtos de madeira (-13,6%).

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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