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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 04/08/2020

                          Recomposição parcial

                          Em junho de 2020, a indústria voltou a crescer sob influência da adoção de protocolos de segurança sanitária pelas empresas e da progressiva flexibilização do isolamento social por governos de muitas localidades. Registrou +8,9% frente ao mês anterior, com ajuste sazonal, isto é, em ritmo semelhante ao do mês de maio, revisado pelo IBGE para +8,2%.

                          Depois da paralisação de muitas linhas e unidades produtivas em abril, já era esperada alguma reação do setor nos meses subsequentes. A questão é saber qual o perfil da recuperação, se será consistente e forte o suficiente para recolocar rapidamente a indústria em uma situação equivalente àquela anterior à crise de Covid-19. 

                          Isso vai depender de muitos fatores, como o controle da pandemia, a reação da economia mundial e o modo com que serão retiradas as medidas emergenciais adotadas pelo governo no combate à crise. Por ora, o sinal ainda relativamente fraco de aceleração da passagem de maio para junho e o padrão de baixíssimo dinamismo industrial antes mesmo do coronavírus justificam certa preocupação.

                          Vale notar que o nível de produção industrial em jun/20 foi 13,5% abaixo daquele de fev/20, isto é, antes da Covid-19 atingir o Brasil, e 27,7% inferior ao nível de mai/11, quando o setor estava no ponto mais elevado de produção de sua série histórica, já corrigidos os efeitos sazonais. Ou seja, há muito o que compensar para virarmos a página das duas últimas crises.

                          Agrava o quadro o fato de que a indústria pouco poderá contar com o setor externo para ganhar tração nos próximos meses. Como a pandemia atingiu, em maior ou menor grau, todos os países, o comércio internacional, sujeito a recentes tensões protecionistas, está travado. Segundo o IBGE, o quantum de nossas exportações de manufaturados declinou -13,1% em junho e -19% no acumulado do 1º semestre de 2020, ante o mesmo período do ano passado.

                          As variações com ajuste sazonal a seguir mostram que todos os macrossetores industriais tiveram aumento de produção em jun/20, com reação mais forte naqueles que tinham liderado as perdas em meses anteriores. Quanto aos diferentes ramos da indústria, 92% deles ficaram no azul (24 dos 26 acompanhados pelo IBGE).

                               •  Indústria geral: -9,1% em mar/20; -19,2% em abr/20; +8,2% em mai/20 e +8,9% em jun/20;

                               •  Bens de capital: -15,6%; -41,4%; +30,2% e +13,1%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -3,9%; -15,1%; +5,5% e +4,9%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -23,7%; -79,7%; +112,6% e +82,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -12,0%; -12,5%; +10,7% e +6,5%, respectivamente.

                          A produção de bens de consumo duráveis, que mais cresceu em jun/20, sob influência positiva do religamento de plantas da indústria automobilística (+70%), entre outros setores, manteve-se em um nível 40% inferior àquele de fev/20.

                          Bens de capital, por sua vez, com a segunda maior variação em junho na série com ajuste sazonal, também ficaram muito aquém do patamar de produção anterior à crise de Covid-19. A comparação jun/20 com fev/20 aponta uma defasagem de 27%. Na passagem de maio para junho, máquinas e aparelhos elétricos cresceram +24,4% e máquinas e equipamentos, +10,6% com ajuste sazonal.

                          Bens de consumo semi e não duráveis receberam contribuição positiva importante dos ramos de bebidas (+19,3%), couros e calçados (+16,1%) e vestuário e acessórios (+10,7%). A produção de combustíveis e alimentos refreou reação mais forte. Frente a fev/20, o nível de produção deste macrossetor foi 9,4% inferior.

                          Por fim, bens intermediários, cuja produção tende a ser menos cíclica, registraram a menor taxa de crescimento em junho (+4,9%). Com isso, ainda estão 9,7% abaixo do nível de produção anterior à pandemia.

                          Para a indústria geral, o quadro em jun/20 foi negativo em -9% ante jun/19, com especial contribuição de bens de consumo duráveis (-35,1%). Este foi o oitavo mês consecutivo no vermelho nesta comparação, isto é, desde nov/19 a indústria brasileira declina.

                          A partir dos resultados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de junho divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional apresentou crescimento de 8,9% frente ao mês de maio de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses registrou-se variação negativa de 5,6% e no acumulado do ano houve retração de 10,9%. Em comparação a junho de 2019, aferiu-se decréscimo de 9,0%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens duráveis (82,2%), bens de consumo (15,9%), bens de capital (13,1%), bens semiduráveis e não duráveis (6,4%) e bens intermediários (4,9%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de junho de 2019, todos os seguimentos analisados apresentaram decréscimos: bens duráveis (-35,1%), bens de capital (-22,2%), bens de consumo (-11,6%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,6%) e bens intermediários (-5,9%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registrou-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-16,9%), bens de capital (-11,0%), bens de consumo (-6,8%), bens intermediários (-4,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (-4,0%).

                          Setores. Na comparação com maio de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 24 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: outros equipamentos de transporte (141,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (70,0%), impressão e reprodução de gravações (63,4%), produtos têxteis (34,2%), móveis (28,5%), produtos diversos (26,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,4%), produtos de madeira (19,4%), bebidas (19,3%), produtos de borracha e matéria plástico (17,3%), produtos de minerais não metálicos (16,6%), couro, artigos de viagem e calçados (16,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,1%), produtos de metal (13,1%), máquinas e equipamentos (10,6%), outros produtos químicos (7,1%) e indústrias extrativas (5,5%). 

                          Por outro, os dois segmentos que apresentaram decréscimos foram: produtos alimentícios (-1,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 5 dos 26 ramos analisados: produtos alimentícios (3,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,7%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,0%) e celulose, papel e produtos de papel (0,3%). 

                          Em sentido oposto, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: veículos automotores, reboques e carrocerias (-43,6%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-36,6%), outros equipamentos de transporte (-36,1%), couro, artigos de viagem e calçados (-33,7%), impressão e reprodução de gravações (-31,5%), produtos diversos (-22,9%), produtos têxteis (-22,0%), móveis (-19,0%), máquinas e equipamentos (-16,7%), metalurgia (-15,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-15,3%), produtos de minerais não-metálicos (-13,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,6%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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