• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 12/08/2020

                          Superando o choque da Covid-19

                          Assim como a indústria, o comércio varejista voltou a crescer em junho de 2020, como mostram os dados divulgados hoje pelo IBGE. Embora no caso do varejo tenha havido importante perda de ritmo em relação ao resultado de maio, o último bimestre foi capaz de compensar quase integralmente o choque negativo da Covid-19.

                          Na passagem de maio para junho, já descontados os efeitos sazonais, as vendas reais do varejo registraram +8,0%, abaixo da alta de +14,4% do mês anterior. Em seu conceito ampliado, que considera também as vendas de veículos, autopeças e material de construção, o resultado de jun/20 foi de +12,6% ante +19,2% de mai/20.

                          Embora mais fraco, a expansão recente foi suficiente para levar o nível de vendas de volta ao patamar anterior à disseminação do coronavírus no Brasil, ao menos no conceito restrito do varejo. É o que indica a comparação de jun/20 com fev/20, que resulta em variação de +0,1%, livre de efeitos sazonais. No varejo ampliado, ainda há defasagem, mas de apenas -4,7%.

                          Este desempenho bastante favorável, sobretudo se comparado ao diferencial de -13,5% entre jun/20 e fev/20 no caso da indústria, deve-se à concessão do auxílio emergencial pelo governo e à flexibilização das regras de isolamento social em muitas localidades, mas também à possibilidade de se manter parte das vendas do varejo pela internet e à redução dos juros de algumas modalidades de crédito às famílias, ainda que em ritmo inferior à redução da taxa básica de juros (Selic).

                          Famílias não atingidas pelo desemprego nem por perda considerável de renda devido à pandemia também podem ter compensado sua redução de consumo de serviços pessoais devido ao isolamento social com a compra de bens no varejo. Este aspecto, que tende a ocorrer em famílias de maior renda, associado a juros menores, ajudam a explicar o desempenho positivo de ramos de bens duráveis e semiduráveis do comércio.

                          Como mostram as variações a seguir com ajuste sazonal, segmentos cujo mercado implica algum financiamento por parte do consumidor, como móveis, eletrodomésticos, informática, material de construção, veículos e, em alguma medida, também roupas e calçados, estiveram entre os ramos com maior alta em junho.

                               •  Varejo restrito: -17,0% em abr/20; +14,4% em mai/20 e +8,0% em jun/20;

                               •  Varejo ampliado: -17,4%; +19,2% e +12,6%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -11,6%; +7,2% e +0,7%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -68,8%; +96,3% e +53,2%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -20,7%; +47,4% e +31,0%;

                               •  Veículos e autopeças: -35,9%; +38,6% e +35,2%;

                               •  Material de construção: -1,9%; +22,3% e +16,6%,respectivamente.

                          Em três ramos do varejo as vendas reais já superaram em jun/20 o nível de fev/20, isto é, aquele anterior ao choque de Covid-19. Um deles é o de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, para quem praticamente não houve crise, devido à natureza essencial de seus bens e ao aumento da demanda para consumo em domicílio: +8,9% nesta comparação.

                          Os outros dois foram: móveis e eletrodomésticos, com alta de +12,9%, e material de construção, com +15,6%, que tendem a responder ao quadro de juros e crédito e cujos planos de consumo interrompidos pelo fechamento do comércio e isolamento social podem estar sendo retomados agora.

                          Já os segmentos que mais cresceram em jun/20, ainda têm muito a recuperar para voltar ao patamar pré pandemia. Foram os casos de tecidos, vestuário e calçados, que ainda estão 45,8% abaixo do nível de vendas de fev/20; livros, jornais, revistas e papelaria, com uma defasagem de -42,2%; e veículos, motos e autopeças, cujas vendas estão 24,8% abaixo das de fev/20.

                          Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento, e o segmento de material de escritório, informática e comunicação também tiveram taxas robustas de crescimento das vendas na passagem de maio para junho, com ajuste sazonal, mas ainda estão aquém do patamar anterior à pandemia (-5,3% e -10,8%, respectivamente).

                          No mês de junho, dois segmentos refrearam o desempenho do varejo, contribuindo para a desaceleração frente à alta de mai/20: supermercados, alimentos, bebidas e fumo, cujas vendas reais variaram apenas +0,7%, e combustíveis e lubrificantes, que registraram o segundo menor crescimento na série com ajuste (+5,6%). Em ambos os casos, houve aumento de preços neste mês.

                          A partir dos dados de junho de 2020 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou acréscimo de 8,0% na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo mês do anterior houve crescimento de 0,5%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se variação positiva de 0,1%, enquanto que o acumulado do ano registrou retração de 3,1%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 12,6% em relação a maio de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de junho de 2019, houve queda de 0,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses houve decréscimo de 1,3% e o acumulado do ano registrou variação negativa de 7,4%

                          A partir de dados dessazonalizados, sete dos oito setores analisados registraram variações positivas em comparação ao mês imediatamente anterior: tecidos, vestuário e calçados (53,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (69,1%), móveis e eletrodomésticos (31,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (22,7%), combustíveis e lubrificantes (5,6%) e, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%). Para essa comparação, apenar o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou variação negativa (-2,7%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se incremento de 12,6%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 35,2%, enquanto material de construção obteve um acréscimo de 16,6%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (junho de 2019), registrou-se variação positiva em quatro das atividades analisadas: móveis e eletrodomésticos (25,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,4%). Por outro lado, houve decréscimos aferidos nos quatro setores restantes: tecidos, vestuário e calçados (-44,5%), livros, jornais, revista e papelaria (-39,5%), combustíveis e lubrificantes (-16,3%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,0%). No comércio varejista ampliado houve variação negativa de 0,9%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 13,7% e o setor de material de construção caiu 22,8%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-junho de 2020) aferiu-se variação negativa de 3,1% no comércio varejista, com crescimento em dois dos oito segmentos analisados: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,3%). Por outro lado, os demais segmentos analisados apresentaram retrações: tecidos, vestuário e calçados (-38,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-28,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-22,9%), combustíveis e lubrificantes (-12,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,6%) e, móveis e eletrodomésticos (-1,3%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 7,4% no período, sendo que para veículos e motos, partes e peças e material de construção registraram-se variações negativas de -21,8% e -1,9%, respectivamente. 

                          Por fim, comparando junho de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, 12 das 27 unidades federativas apresentaram acréscimos no volume de comércio varejista, sendo a maiores: Pará (17,9%), Piauí (16,5%), Tocantins (15,3%), Maranhão (14,3%), Santa Catarina (12,7%), Amazonas (12,1%) e Mato grosso do Sul (8,8%). Por outro lado, as 15 unidades federativas reastantes apresentaram variações negativas, sendo as maiores quedas: Amapá (-14,8%), Bahia (-12,6%), Distrito Federal (-10,6%), Alagoas (-10,4%), Rio Grande do Norte (-10,2%), Ceará (-8,3%) e Paraíba (-8,2%). 

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - No mesmo padrão
                          Publicado em: 03/09/2025

                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Menos demanda interna
                          Publicado em: 02/09/2025

                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Freios no Nordeste e em São Paulo
                          Publicado em: 11/07/2025

                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Frenagem industrial
                          Publicado em: 02/07/2025

                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Indústria do Nordeste: exceção em abr/25
                          Publicado em: 11/06/2025

                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Dificuldades para crescer
                          Publicado em: 03/06/2025

                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Crescimento do PIB, mas perda de tração na indústria
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.