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                          Análise IEDI

                          Balança Comercial
                          Publicado em: 01/10/2020

                          Balança comercial sob efeito da Covid-19

                          Para a balança comercial do Brasil, a crise internacional derivada da pandemia de Covid-19 teve o papel de aprofundar o declínio de nossas exportações e, sobretudo, de inaugurar uma fase negativa para as importações, na esteira do tombo da atividade econômica doméstica.

                          Como resultado, a corrente de comércio acumula perda de -15% entre os meses de abr/20 e set/20 em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, como as importações recuam mais intensamente do que as exportações, há um reforço no saldo da balança comercial, chegando a US$ 42,4 bilhões no acumulado dos nove meses de 2020. Isso representa uma alta de +18% ante jan-set/19.

                          Segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, as exportações totais no mês de set/20 somaram US$ 18,4 bilhões e as importações, US$ 12,3 bilhões, representando quedas de -9,1% e -25,5% ante set/19, respectivamente, segundo as médias por dias úteis.

                          No caso das exportações, este foi o pior resultado dos últimos três meses. Ainda assim, a queda do 3º trim/20, de -6,1%, foi mais amena do que no 2º trim/20 (-8,2%), considerado como o pior momento da crise da Covid-19. Nas importações, o ritmo de perda mais do que dobrou, passando de -13,3% no 2º trim/20 para -28,7% no 3º trim/20.

                          Embora tanto nossas vendas como nossas compras externas estejam no vermelho, os condicionantes deste movimento são diferentes. Nas exportações, como mostram as variações frente ao mesmo período do ano anterior a seguir, é a indústria de transformação que apresenta o maior declínio.

                               •  Exportações totais: -6,5% no 1º trim/20; -8,2% no 2º trim/20 e -6,1% no 3º trim/20;

                               •  Exportações da indústria de transformação: -10,4%; -19,1% e -13,1%, respectivamente;

                               •  Exportações da indústria extrativa: +5,0%; -20,8% e -2,0%;

                               •  Exportações da agropecuária: -3,7%; +40,7% e +11,8%, respectivamente.

                          A Covid-19 pode ter sido o principal fator do retrocesso exportador da indústria brasileira nos últimos meses, mas é importante ressaltar que o setor está no negativo desde o 3º trim/19, sob influência da desaceleração do comércio mundial, com os conflitos entre EUA e China, e também com os primeiros sinais do surto do novo coronavirus na Ásia.

                          Este movimento agravou a tendência de encolhimento da participação da indústria nas exportações totais do país, que saiu de 67% em jan/17 para 54,6% em set/20, segundo os dados acumulados em doze meses. Lembrando que sua participação até meados dos anos 2000 superava 80%. 

                          A alta nas exportações de bens agropecuários, por mais intensa que seja, por representar apenas ¼ do valor de tudo que exportamos, não conseguiu reverter a tendência negativa das vendas externas do país. Ademais, o resultado desse setor também sofreu forte acomodação do 2º trim/20 (+40,7%) para o 3º trim/20 (+11,8%). 

                          Já nas importações, o principal motor da retração é a indústria extrativa, cujas compras externas encolheram -58,1% no 3º trim/20, pela média diária. Isso foi mais do que o dobro da queda da indústria de transformação (-27,4%). Muito desse resultado deve-se a produtos energéticos, como petróleo, carvão e gás natural, pelo baixo nível de atividade econômica nacional, mas também pela queda dos seus preços internacionais. 

                          Conforme os dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, no mês de setembro de 2020 a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,164 bilhões, expansão de 62,1% ao valor alcançado no mesmo período do ano anterior, US$ 3,903 bilhões, tomando por base as médias diárias, que consideram o número de dias úteis no mês.

                          As exportações registraram valor de US$ 18,459 bilhões, representando decréscimo de 9,1% em relação a setembro de 2019, pela média diária. As importações totalizaram US$ 12,296 bilhões, o que significou retração de 25,5% na mesma base de comparação, considerando os dias úteis do mês.

                          Para o mês de setembro de 2020, as médias diárias das exportações alcançaram US$ 879,0 milhões e das importações registradas ficaram em US$ 586,0 milhões.

                          Destaques exportações. Houve aumento das exportações, principalmente, para os seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (9,07%) - China (+15,1% com aumento de US$38,0 milhões na média diária); Filipinas (+123,9% com aumento de US$3,9 milhões na média diária); Indonésia (+69,3% com aumento de US$2,8 milhões na média diária) ;Tailândia (+44,9% com aumento de US$2,8 milhões na média diária); Bangladesh (+54,3% com aumento de US$2,5 milhões na média diária); Oriente Médio (1,35%) - Emirados Árabes Unidos (+26,5% com aumento de US$2,6 milhões na média diária); Irã (+34,6% com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária); Catar (+ 8,5% com aumento de US$0,3 milhões na média diária); Iraque (+6,4% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária); Palestina (+272,6% com aumento de US$0,1 milhões na média diária); Oceania (42,93%) - Austrália (+61,1% com aumento de US$0,9 milhões na média diária); Marshall, Ilhas (+26,8% com aumento de US$0,2 milhões na média diária); África ( 3 %) - Argélia (+69,0% com aumento de US$1,6 milhões na média diária); Nigéria (+73,6% com aumento de US$ 1,5 milhões na média diária); Marrocos (+41,1% com aumento de US$1,2 milhões na média diária); Costa do Marfim (+403,1% com aumento de US$0,6 milhões na média diária); Gana (+87,4% com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária).

                          Por outro lado, caíram as exportações, principalmente, para os seguintes países: Europa (-34,52%) - Países Baixos (Holanda) (-76,1% com queda de US$-86,9 milhões na média diária); Bélgica (-38,2% com queda de US$-6,2 milhões na média diária); França (-28,5% com queda de US$ -3,5 milhões na média diária); Portugal (-52,9% com queda de US$-3,1 milhões na média diária); Bulgária (-97,9% com queda de US$ -1,6 milhões na média diária); América do Sul (-7,01 %) - Peru (-35,9% com queda de US$-3,5 milhões na média diária); Colômbia (-26,4% com queda de US$-3,4 milhões na média diária); Equador (-34,6% com queda de US$-1,3 milhões na média diária); Uruguai (-17,2% com queda de US$-1,3 milhões na média diária); Bolívia (-22,1% com queda de US$-1,2 milhões na média diária); América do Norte (-20,59 %) - Estados Unidos ( -3,9% com queda de US$-26,1 milhões na média diária); México (-26,3% com queda de US$-6,3 milhões na média diária); América Central e Caribe ( -19,07 %) - República Dominicana (-46,4% com queda de US$-1,7 milhões na média diária); Bonaire, Saint Eustatius e Saba (-99,5% com queda de US$ -0,9 milhões na média diária); Jamaica (-55,0% com queda de US$-0,4 milhões na média diária); Nicarágua (-65,1% com queda de US$-0,4 milhões na média diária); Costa Rica (-24,9% com queda de US$-0,3 milhões na média diária)

                          Destaques importações. Houve aumento da importações, principalmente, dos seguintes países: América Central e Caribe (19,99%) - Panamá (+690,6% com aumento de US$0,3 milhões na média diária); Cayman, Ilhas (+ 9.521,6% com aumento de US$0,1 milhões na média diária); Trinidad e Tobago (+14,9% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária).

                          Por outro lado, houve variação negativa nas importações, principalmente, dos seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (-0,53 %) - Coreia do Sul (-19,5% com queda de US$-3,7 milhões na média diária); China (-2,2% com queda de US$-3,1 milhões na média diária); Japão (-18,7% com queda de US$-2,9 milhões na média diária); Tailândia (-19,3% com queda de US$-1,2 milhões na média diária); Vietnã (-9,9% com queda de US$-1,1 milhões na média diária); Europa (-20,03%) - Alemanha (-26,6% com queda de US$-11,6 milhões na média diária); Espanha (-21,7% com queda de US$-3,3 milhões na média diária); Itália (-19,1% com queda de US$-3,1 milhões na média diária); Países Baixos (Holanda) (-43,3% com queda de US$-3,1 milhões na média diária); Dinamarca (-42,6% com queda de US$-2,8 milhões na média diária); América do Sul (-2,64 %) - Argentina (-8,5% com queda de US$-3,1 milhões na média diária); Peru (-45,4% com queda de US$-2,4 milhões na média diária); Bolívia (-12,6% com queda de US$-0,6 milhões na média diária); Venezuela (-30,2% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária); América do Norte (-29,25 %) - Estados Unidos (-26,6% com queda de US$-31,2 milhões na média diária); Canadá (-58,5% com queda de US$-8,7 milhões na média diária); México (-22,6% com queda de US$-4,0 milhões na média diária); Oriente Médio (-2,68 %) - Israel (-34,3% com queda de US$-2,4 milhões na média diária) ;Arábia Saudita (-29,8% com queda de US$ -2,1 milhões na média diária); Barein (-20,1% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária); Coveite (Kuwait)  -35,8% com queda de US$ 0,1 milhões na média diária); Líbano (-96,8% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária); Oceania (-43,62 %) - Austrália ( -48,6% com queda de US$ -1,5 milhões na média diária); África (-39,77 %) - Nigéria (-99,9% com queda de US$-7,5 milhões na média diária); Argélia (-40,5% com queda de US$-1,9 milhões na média diária); África do Sul (-33,8% com queda de US$-0,9 milhões na média diária); Costa do Marfim (-89,6% com queda de US$-0,6 milhões na média diária); Guiné Equatorial (-100,0% com queda de US$-0,6 milhões na média diária).

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