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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/10/2020

                          Crescimento, mas com acomodação

                          Em agosto de 2020, embora a indústria tenha obtido seu quarto mês de recuperação, registrou importante desaceleração do ritmo de crescimento, adiando a superação do choque da Covid-19 do bimestre mar-abr/20. A alta foi de apenas +3,2% frente a jul/20 na série livre de efeitos sazonais, isto é, menos da metade do resultado anterior (+8,3%). 

                          Esta acomodação reflete bases maiores de comparação, mas também vários outros fatores que continuam presentes e afetam o setor, como demanda fraca, necessidade de protocolos de segurança sanitária, dificuldade de obtenção de insumos em certos setores, incertezas elevadas com a continuidade de programas emergenciais etc. O importante é que este não seja o início de uma nova fase de baixo crescimento.

                          Convém sublinhar que o nível de produção de ago/20 permaneceu 2,6% abaixo daquele de fev/20, ou seja, a indústria ainda não voltou ao nível de produção anterior ao início do surto de coronavirus no Brasil. Dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, 16 deles (ou 61% do total) ainda não conseguiram retomar patamares anteriores à crise. Dentre os macrossetores, apenas bens intermediários estão acima do nível de fev/20. 

                          Em resumo, na grande maioria dos casos, nestes últimos quatro meses de crescimento não foi recuperada a perda dos dois meses mais graves da pandemia. Resultado é que no acumulado de jan-ago/20 frente ao mesmo período do ano anterior a queda da indústria é -8,6%. Em comparação com o pico histórico antes da crise de 2014-2016, a lacuna do setor chega a -18%.

                          Mesmo com crescimento mais modesto, o desempenho de agosto ao menos trouxe variações positivas disseminadas na indústria, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Indústria geral: +9,7% em jun/20; +8,3% em jul/20 e +3,2% em ago/20;

                               •  Bens de capital: +13,4%; +16,0% e +2,4%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +5,2%; +10,4% e +2,3%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +84,3%; +37,0% e +18,5%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +8,1%; +5,2% e +0,6%, respectivamente.

                          Todos os macrossetores industriais, porém, passaram por acomodação. Apenas um deles continuou crescendo a um ritmo de dois dígitos: bens de consumo duráveis, com +18,5% na série com ajuste. É conveniente que continue assim, pois é quem mais acumula perda em 2020: -30,1% até ago/20, seguido por bens de capital (-20,2%).

                          Bens de capital da mesma forma que bens de consumo duráveis, não só precisam de condições adequadas de financiamento e de expectativas positivas de empresas e famílias para dinamizarem seus mercados, como também reúnem setores mais integrados em cadeias internacionais de produção, demandando partes e componentes importados. O quadro de pandemia prejudicou e ainda prejudica todos estes fatores.

                          Diferentemente de bens de consumo duráveis, o macrossetor de bens de capital passou por expressiva desaceleração, de +16,0% com ajuste sazonal em jul/20 para apenas +2,4% em ago/20, em função da quase estagnação da produção de máquinas e equipamentos (+0,8% ante jul/20) e de máquinas e aparelhos elétricos (-0,5%), depois de três meses de forte crescimento em ambos os casos. 

                          A conferir se isto é sintoma de que o investimento em máquinas e equipamentos na economia brasileira, após alguns meses de recuperação, volta a ter baixo dinamismo. Se for assim, a decorrência será um crescimento menor da economia.  

                          Bens intermediários também perderam o passo e reduziram seu dinamismo de +10,4% para apenas +2,3% entre julho e agosto. Muito disso deveu-se ao mau desempenho da indústria química, que apontou declínio da produção tanto de farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) como de outros produtos químicos (-1,8%).

                          Já setor de bens de consumo semi e não duráveis, que reúne muitos produtos considerados essenciais, quase não cresceu. Registrou mera variação de +0,6% ante jul/20, com ajuste, sob influência da queda dos ramos de bebidas (-2,5%) e de produtos de limpeza, higiene pessoal e cosméticos (-9,7%) e do baixo crescimento em alimentos (+1%).

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de agosto divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 3,2% frente ao mês de julho de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Em comparação com agosto de 2019, aferiu-se decréscimo de 2,7%. Para o acumulado de doze meses registrou-se variação negativa de 5,7%, e no acumulado do ano houve retração de 8,6%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens duráveis (18,5%), bens de consumo (2,9%), bens de capital (2,4%), bens intermediários (2,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,6%). 

                          No resultado observado na comparação com o mês de agosto de 2019, o segmento de bens intermediários apresentou variação positiva de 1,9%. Nos demais seguimentos analisados houve decréscimos: bens de capital (-16,9%), bens duráveis (-7,7%), bens de consumo (-7,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (-7,0%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-18,8%), bens de capital (-14,3%), bens de consumo (-8,1%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,2%) e bens intermediários (-3,2%).

                          Setores. Na comparação com julho de 2020, segundo dados sem influências sazonais, houve variação positiva no nível de produção em 16 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (19,2%), couro, artigos de viagem e calçados (14,9%), confecção e artigos de vestuário e acessórios (11,5%), produtos têxteis (9,1%), produtos diversos (8,1%), móveis (6,0%), produtos de borracha e matéria plástico (5,8%), produtos de minerais não metálicos (4,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e bicombustível (3,9%). 

                          Em sentido oposto, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-9,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%%), impressão e reprodução de gravações (-7,0%), outros equipamentos de transporte (-4,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,1%), produtos do fumo (-2,5%), bebidas (-2,5%), outros produtos químicos (-1,8%), produtos de madeira (-1,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,5%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 6 dos 26 ramos analisados: produtos alimentícios (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%), produtos do fumo (3,6%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,4%),produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,9%) e celulose, papel e produtos de papel (0,4%). 

                          Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: veículos automotores, reboques e carrocerias (-39,9%), impressão e reprodução de gravações (-37,7%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-34,7%), outros equipamentos de transporte (-32,9%), couro, artigos de viagem e calçados (-32,2%), produtos diversos (-21,9%), produtos têxteis (-17,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-16,9%), máquinas e equipamentos (-14,5%), metalurgia (-14,2%), móveis (-11,1%), produtos de minerais não-metálicos (-9,6%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,6%).

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