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                          Análise IEDI

                          Crédito
                          Publicado em: 25/02/2021

                          Recuo do crédito

                          O ano de 2021 se iniciou com encolhimento do crédito novo concedido a famílias e empresas. As concessões totais caíram -10,4% em jan/21 frente ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação medida segundo o IPCA, condicionadas pelo recuo das operações livremente pactuada entre as partes.

                          Este comportamento pode estar associado ao encerramento dos programas emergenciais de crédito adotados no ano passado para amortecer a crise econômica da Covid-19. As concessões livres reais declinaram -12,7%, o pior resultado desde mai/20 e a nona queda de uma sequência negativa iniciada em abr/20. 

                          O crédito oficial, por sua vez, não ficou no vermelho, mas também não cresceu como vinha crescendo nos últimos meses. Suas concessões aumentaram +23,7% ante jan/20, isto é, menos da metade do desempenho do último trimestre do ano passado (+49%).

                          Como mostram as variações interanuais a seguir, tanto o financiamento corporativo como o crédito às famílias tiveram quedas de dois dígitos. No caso das empresas, o agravante é que a perda de dinamismo vem do final de 2020 e atinge tanto as operações livres como as operações direcionadas.

                               •  Concessões reais totais: +8,6% em nov/20; -1,6% em dez/20 e -10,4% em jan/21;

                               •  Concessões reais às empresas: +8,3%; -4,2% e -10,9%, respectivamente;

                               •  Concessões reais às famílias: +8,9%; +0,9% e -10,0%, respectivamente.

                          Para as empresas, o crédito livre novo no 4º trim/20 já havia registrado recuo, de -5,8% ante o mesmo período do ano anterior, que se aprofundou para -11,5% em jan/21. Nas operações oficiais, a alta de +100,4% no 4º trim/20 foi sucedida por variação de apenas +3,7% em jan/21.

                          Para as famílias, a deterioração da virada do ano também foi intensa, com suas concessões reais passando de +0,6% no 4º trim/20 para -13,6% em jan/21. Maior resiliência foi apresentada pelo crédito direcionado: +24,8% em out-dez/20 e +31% em jan/21, devido ao financiamento imobiliário (+102,9% ante jan/20).

                          Outros dados que ilustram a piora no crédito corporativo são: a taxa média de juros de jan/21 (13,4% a.a.) atingiu o maior patamar nominal desde mar/20, principalmente devido às operações com recursos livres, cuja taxa média de juros saltou de 11,7% a.a. em dez/20 para 15,2% a.a. em jan/21; os spreads médio também subiram de volta ao patamar de abr/20, embora a inadimplência tenha recuado de 2,3% para 1,2% no período; e por fim o prazo médio das concessões às empresas recuou de 55,5 meses em dez/20 para 49,5 meses em jan/21.

                          Os dados de crédito apresentados hoje pelo Banco Central registraram que o saldo das operações alcançou R$4,0 trilhões em janeiro, apresentando estabilidade em relação ao mês imediatamente anterior. Por sua vez, o saldo de crédito a pessoas físicas em relação ao mês imediatamente anterior alcançou variação positiva de 0,6% (R$2,3 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas apresentou variação negativa da ordem de 0,8% na mesma base de comparação, alcançando R$1,8 trilhão. Frente ao mesmo mês do ano anterior (janeiro de 2020), o saldo total de crédito registrou incremento de 16,0%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$2,3 trilhões, retração de 0,3% em relação ao mês anterior e expansão de 15,8% quando comparado com janeiro de 2020. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas ficou em R$1,2 trilhão, aferindo expansão de 0,4% em relação ao mês imediatamente anterior e crescimento de 10,0% quando comparado com o mês de janeiro de 2020. Para as operações junto a pessoas jurídicas aferiu-se montante da ordem de R$1,1 trilhão, apresentando retração de 1,0% em relação ao mês anterior e variação positiva de 23,1% na comparação com o mesmo período de 2020. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,7 trilhão em janeiro de 2021, em termos nominais, indicando expansão de 16,2% frente ao mesmo mês do ano anterior e variação positiva de 0,3% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo registrado referente a pessoas físicas foi de R$1,0 trilhão, apresentando incremento de 12,1% quando comparado ao mês de janeiro de 2020. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$683,8 bilhões, acréscimo de 23,0% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.  

                          Para o mês de janeiro de 2020, foram concedidos R$289,1 bilhões em novas operações de crédito, apresentando variação negativa de 10,4% frente ao montante de R$322,5 bilhões observado em janeiro de 2020. Deste volume apresentado em dezembro de 2020, R$264,1 bilhões foram originados de recursos livres e R$25,0 bilhões de recursos direcionados, o que representou quando comparados aos mesmos meses do ano anterior, variação negativa de 12,7% e incremento de 23,8%, respectivamente.

                          Para as concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de crédito rotativo (R$110,1 bilhões), cartão de crédito (R$105,4 bilhões), crédito não rotativo (R$36,2 bilhões), cheque especial (R$25,2 bilhões) e crédito pessoal (R$24,0 bilhões). Quanto as pessoas jurídicas, as principais modalidades foram desconto de duplicatas (R$33,2 bilhões), cheque especial (R$13,3 bilhões), capital de giro (R$11,4 bilhões), conta garantida (R$8,7 bilhões) e cartão de crédito (R$8,0 bilhões). 

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de financiamento imobiliário (R$10,8 bilhões), crédito rural (R$6,6 bilhões), microcrédito (R$1,1 bilhão) e BNDES (R$790,0 milhões). De outra forma, para as empresas, as principais modalidades foram BNDES (R$1,5 bilhões), o crédito rural (R$1,5 bilhões) e os financiamentos imobiliários (R$1,5 bilhão).   

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou R$1,0 bilhão, o que significa um acréscimo nominal de 28,8% frente a janeiro de 2020, e as maiores expansões ficaram para: demais serviços prestados às empresas (53,9%), comércio atacado - bens duráveis e não duráveis (47,1%), comércio varejo – bens não-duráveis (43,1%), demais serviços prestados às famílias (42,4%), comércio geral – bens intermediários (33,1%), comércio (34,1%), outros serviços (26,3%), transporte via terrestre (25,6%) e transporte (23,1%). 

                          Para o setor da indústria aferiu-se valor de R$716,7 bilhões, variação positiva de 18,4% frente ao mesmo mês do ano anterior. O setor agropecuário registrou crédito de R$33,6 bilhões, variação positiva de 23,1% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de janeiro de 2020. 

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, temos que as instituições financeiras públicas emprestaram R$1,809 trilhão, representando 45,0% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$1,481 trilhão, representando 36,8%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$729,7 bilhões, representando por sua vez 18,2% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em janeiro alcançou 20,0% a.a., variação positiva de 1,6 p.p. no mês e declínio de 3,0 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 15,7 p.p., o que representou variações de 1,3 p.p. e de -2,6 p.p., nas mesmas bases de comparação.   

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