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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/09/2021

                          Em rota descendente

                          Para a indústria, a segunda metade de 2021 começou como havia terminado o semestre anterior, isto é, com grande dificuldade para crescer. Os dados do IBGE divulgados hoje apontam retração de -1,3% na produção industrial em jul/21, já descontados os efeitos sazonais.

                          Assim, dos sete meses de 2021 com dados oficiais, cinco são negativos, um mês de virtual estabilidade e apenas uma taxa positiva de crescimento na série com ajuste. O PIB divulgado ontem também pelo IBGE sinaliza igualmente para uma fase adversa, sendo que o PIB da indústria total variou -0,2% no 2º trim/21 e o PIB da indústria de transformação acumulou dois trimestres no vermelho.

                          Na comparação com o mesmo período do ano anterior, bases baixas de comparação vinham produzindo variações positivas mais expressivas, mas este efeito estatístico também tende a perder importância neste segundo semestre, tanto é que o resultado de jul/21 ante jul/20 foi de apenas +1,2%.

                          Como resultado dessas adversidades, o nível de produção da indústria em jul/21 voltou a ficar abaixo daquele do pré-pandemia: -2,1% aquém de fev/20. Bens de consumo duráveis é o macrossetor que mais distante está de recompor as perdas provocadas pela Covid-19, bens intermediários vêm apresentando recente sequência de declínios e para bens de consumo semi e não duráveis, com resultados mais voláteis, as quedas também predominam.

                               •  Indústria geral: +1,2% em mai/21; -0,2% em jun/21 e -1,3% em jul/21;

                               •  Bens de capital: +0,8%; +1,6% e +0,3%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,7%; -0,7% e -0,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -2,3%; -1,0% e -2,7%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +3,8%; -1,7% e +0,2%, respectivamente.

                          Bens de capital é o único macrossetor da indústria com resultados favoráveis em 2021. Cresceu em cinco dos sete meses na série com ajuste sazonal, embora agora em jul/21 tenha se aproximado muito da estabilidade (+0,3%). Assim, sua produção está 0,8% acima do nível em que se encontrava em dez/20. Mas mesmo neste caso sua recuperação se deve mais à segunda metade do ano passado, que explica em grande medida o fato de em jul/21 sua produção estar em um patamar 16,4% acima do pré-pandemia.

                          Para bens intermediários, que ainda se mantêm pouco acima de fev/20 (+0,7%), o ano de 2021, por ora, tem sido desfavorável. Na série com ajuste sazonal, o melhor que este macrossetor conseguiu foi variar +0,3%. Ao todo foram cinco meses de recuo, fazendo com que seu nível de produção em jul/21 fosse 3,7% inferior ao de dez/20.

                          Bens de consumo semi e não duráveis também têm encontrado obstáculos para crescer, em função do aumento dos preços de alguns de seus bens, desemprego elevado, medidas restritivas em função da pandemia etc. Em jul/21 estavam em um patamar 7,4% inferior ao de dez/20, também ficando aquém do pré-pandemia.

                          O pior caso, como mencionado anteriormente, cabe a bens de consumo duráveis, responsáveis pela maior queda na passagem de jun/21 para jul/21 (-2,7%) na série com ajuste sazonal. Este macrossetor não apresentou um mês sequer de crescimento em 2021 e seu nível de produção em jul/21 encontrava-se 23,4% abaixo daquele de dez/20. Deste modo, perdeu o que havia recuperado logo após o choque da Covid-19 em 2020, voltando a ficar 18,2% abaixo do pré-pandemia.

                          Dos 26 ramos industriais acompanhados pelo IBGE, 15 deles ou 58% do total estavam, em jul/21, abaixo do patamar de fev/20. No final do ano passado, em dez/20, apenas 9 ou 35% do total dos ramos encontravam-se nesta situação, ou seja, ainda não haviam superado o choque provocado pela pandemia. Veículos, confecção, calçados e móveis passaram pelas maiores deteriorações.

                          Segundo os resultados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de julho de 2021 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou retração de 1,3% frente ao mês de junho, para dados livres de influência sazonal. No acumulado em doze meses registrou-se acréscimo de 7,0% e considerando o acumulado no ano houve crescimento de 11,0%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (julho de 2020), aferiu-se incremento de 1,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (junho/2021), segundo dados sem influência sazonal, dois dos cinco segmentos analisados apresentaram expansão: as categorias de bens de capital (0,3%) e de bens semiduráveis e não duráveis (0,2%). De outro lado, os três segmentos restantes apresentaram retração: bens duráveis (-2,7%), bens intermediários (-0,6%) e bens de consumo (-0,4%). 

                          Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (julho/2020), dois dos cinco segmentos analisados apresentaram acréscimo: bens de capital (33,1%) e bens intermediários (-0,2%). Na mesma base de comparação, as demais categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens de consumo duráveis (-10,3%), bens de consumo (-3,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,9%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se acréscimo em todos os segmentos considerados: bens de capital (25,2%), bens duráveis (12,6%), bens intermediários (7,0%), bens de consumo (3,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,7%). Considerando o acumulado do ano (janeiro-julho) frente a igual período do ano anterior, todos os segmentos apresentaram variação positiva: bens de capital (43,2%), bens duráveis (27,8%), bens intermediários (9,0%), bens de consumo (8,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (4,5%). 

                          Setores. Na comparação com julho de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 14 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (40,9%), máquinas e equipamentos (26,2%), metalurgia (24,8%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (22,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (21,2%), couro, artigos de viagem e calçados (15,3%), produtos de minerais não-metálicos (9,0%) e produtos têxteis (3,5%). Em sentido oposto, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: bebidas (-15,2%), móveis (-14,4%), produtos alimentícios (-10,3%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-9,8%), produtos do fumo (-9,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,1%) e máquinas, aparelhos e mateiras elétricos (-4,1%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2021 (janeiro-julho) frente a igual período de 2020, a produção industrial apresentou variação positiva em 21 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: veículos automotores, reboques e carrocerias (50,3%), máquinas e equipamentos (39,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (36,2%), produtos têxteis (35,1%), produtos diversos (30,3%), couro, artigos de viagem e calçados (27,4%), produtos de minerais não-metálicos (27,3%), produtos diversos (26,9%) e metalurgia (26,0%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-6,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,1%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-0,6%).

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