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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 28/01/2022

                          Pouco emprego, pouca renda

                          Os dados divulgados hoje pelo IBGE indicam redução do desemprego no final de 2021, mas apesar disso não há muitos motivos para comemoração. O lado bom é que a ocupação está subindo e a desocupação diminuindo. Do lado negativo, continuamos com uma taxa de desemprego de dois dígitos, elevadíssima subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, informalidade em níveis recordes, rendimentos em nítido retrocesso e massa salarial encolhendo.

                          A contar pela taxa de desocupação, o impacto adverso da pandemia foi dissipado ao recuar de 14,4% no trimestre findo em nov/20 para 11,6% em igual período de 2021, voltando a um patamar próximo ao de 2018-2019. O problema é que este patamar já era muito elevado. São 6 anos de desemprego de dois dígitos e vale lembrar que estudos econômicos indicam que quanto mais tempo uma pessoa fica sem emprego mais difícil é retornar ao mercado de trabalho.

                          O número total de desempregados, que ainda somam 12,4 milhões de pessoas, caiu -14,5% na comparação set-nov/21 com set-nov/20, sob influência da vacinação contra a Covid-19 que permitiu o avanço da normalização de atividades mais empregadoras, notadamente, de serviços de alojamento e alimentação, serviços domésticos e outros serviços. Estes segmentos juntos responderam por cerca de 1/3 do aumento total da ocupação, que foi de +9,7% ante set-nov/20.

                          Cabe enfatizar que a ampliação da ocupação em um contexto de elevada subutilização por insuficiência de horas trabalhadas, como o atual, traz somente uma melhora parcial da situação do emprego no país. O número de pessoas que julgam não conseguir trabalhar horas suficientes, de 7,6 milhões de pessoas em set-nov/21, ainda acusa alta expressiva em relação ao mesmo período de 2020: +11,7%.

                          Já os motores do aumento da ocupação em relação a um ano atrás, como podem ser vistos a seguir, referem-se basicamente a postos informais de trabalho, cujo rendimento tende a ser menor e mais irregular, especialmente frente ao peso do conta própria, que se refere aos chamados “bicos”.

                               •  Ocupação total: +8,36 milhões de ocupados ou +9,7% em set-nov/21;

                               •  Com carteira assinada: +2,64 milhões ou +4,0%;

                               •  Sem carteira assinada: +1,91 milhão ou +7,4%;

                               •  Conta própria: +3,23 milhões ou +2,3%;

                               •  Trabalho doméstico: +1,03 milhão ou +6,0%;

                               •  Empregador:  +10 mil ou +3,4%.

                          Só este tipo de ocupação referente aos “bicos” responde por quase 40% da melhora do emprego entre o final do ano passado e o final de 2020. Somados, bicos, trabalho doméstico e sem carteira representaram 74% do aumento da ocupação total. Não seria um aspecto tão preocupante se este movimento fosse apenas uma etapa inicial da retomada do emprego, mas não é o que parece dadas as expectativas de estagnação econômica para 2022 (+0,3% para o PIB segundo o Boletim Focus e o FMI).

                          Uma das consequências deste perfil do crescimento da ocupação, que tem feito a taxa de informalidade subir, de 38,7% em set-nov/20 para 40,6% em set-nov/21, tem sido a continuidade do declínio do rendimento e isso sem nem mesmo considerar as perdas provocadas pela inflação.

                          Em comparação com o ano anterior, o rendimento nominal habitualmente recebido recuou -2,0% em set-nov/21. Se considerada a evolução real, isto é, corrigida pela inflação no período, a queda chegou a -11,4%. São sinais de que, a despeito da melhora do emprego, a população segue empobrecendo.

                          Como resultado, a massa de rendimentos reais voltou a encolher: -2,6% ante set-nov/20, estreitando os mercados consumidores, já que a massa de rendimentos é a base dos gastos correntes das famílias. Neste processo, desestimula o crescimento econômico e compromete a continuidade da melhora do quadro do emprego em um círculo vicioso que país precisa superar o mais rapidamente.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 11,6% no trimestre compreendido entre setembro e novembro de 2021. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, junho a agosto de 2021, houve retração de 1,6 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior verificou-se variação negativa de 2,8 p.p., quando registrou 14,4%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos alcançou R$2.444,00, apresentando variação negativa de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jun-jul-ago). Já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior, houve declínio de 11,4%. 

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 227,0 bilhões no trimestre que se encerrou em novembro, registrando retração de 1,1% frente ao trimestre imediatamente anterior (jun-jul-ago) e variação negativa de 2,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 233,0 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 94,9 milhões de pessoas, apresentando variação positiva de 3,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jun-jul-ago) e incremento de 9,7% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (85,6 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados retraiu 10,6%, com 12,4 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, observou-se variação negativa de 14,5%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 107,3 milhões de pessoas, representando crescimento de 1,6% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação positiva de 6,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (101,1 milhões de pessoas).

                          Com análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, os dez agrupamentos analisados apresentaram variação positiva: Alojamento e alimentação (24,0%), Serviços domésticos (22,0%), Construção (20,0%), Outros serviços (13,9%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,4%), Transporte, armazenagem e correios (8,6%), Indústria geral (8,2%), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (8,3%), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,5%) e Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (0,9%). 

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação frente ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se acréscimo em cinco categorias analisadas: trabalho doméstico (22,5%), trabalho privado sem carteira (18,7%), trabalhador por conta própria (14,3%), trabalho privado com carteira (8,4%) e empregador (0,3%). De outro lado, apresentaram retrações as categorias do setor público (-3,7%) e do trabalho familiar auxiliar (-2,5%). 

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