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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 29/04/2022

                          Sinais promissores, mas ainda insuficientes

                          A taxa de desemprego vem cedendo pari passu à normalização das atividades econômicas, sobretudo, dos serviços, conquistada pela ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19. No 1º trim/22, ficou em 11%, o que equivale a pouco menos de 12 milhões de pessoas sem emprego. 

                          Mesmo com o recuo recente, a taxa de desemprego entra no seu sétimo ano consecutivo em dois dígitos, o que, juntamente com a aceleração da inflação, tem restringido o consumo das famílias e a evolução dos mercados de bens e serviços no país. O emprego permanece um problema a ser equacionado.

                          Há, contudo, alguns sinais promissores. A ocupação total, por exemplo, vem mantendo ritmo robusto de expansão, agregando mais de 8 milhões de ocupados em relação a um ano atrás desde meados de 2021. No 1º trim/22, o resultado foi +9,4% ante 1º trim/21.

                          Outro aspecto favorável é que o emprego com carteira assinada, cujos rendimentos costumam ser maiores e mais regulares, facilitando o planejamento orçamentário e o acesso ao crédito pelas famílias, está crescendo e a taxas cada vez mais fortes. No 1º trim/22, superou o ritmo de aumento da ocupação total, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Ocupação total: +11,4% no 3º trim/21; +9,8% no 4º trim/21 e +9,4% no 1º trim/22;

                               •  Trabalho com carteira assinada: +8,6%; +9,2% e +10,7%, respectivamente;

                               •  Trabalho sem carteira assinada: +23,1%; +18,3% e +19,3%;

                               •  Trabalho doméstico: +21,3%; +22,1% e +19,0%;

                               •  Trabalho por conta própria: +18,4%; +13,1% e +7,3%, respectivamente.

                          A melhora do emprego formal ocorreu ao mesmo tempo em que a ocupação por conta própria, que inclui os chamados “bicos”, perdeu força, registrando +7,3% no 1º trim/22, isto é, abaixo do ritmo de expansão da ocupação total e do emprego com carteira. Esta é uma evolução desejável, porque inserções no mercado de trabalho de melhor qualidade estão substituindo as de pior qualidade, mas, como veremos, ainda é um processo parcial.

                          Graças a tal desempenho, a contribuição destes dois tipos de ocupação para a recuperação total do emprego se inverteu. No 1º trim/22, os postos com carteira assinada representaram 41% do aumento da ocupação total em relação ao 1º trim/21 e o trabalho por conta própria respondeu por 21%. No 3º trim/21, representavam respectivamente parcelas de 28% e 42% da expansão total de vagas ocupadas.

                          Mesmo assim, a informalidade segue elevada. Segundo o IBGE, chegou a 40,1% dos ocupados em jan-mar/22, em função do aumento ainda bastante expressivo do trabalho sem carteira assinada (+19,3% ante jan-mar/21) e também do empregador sem CNPJ (+19,4%) e do trabalho doméstico sem carteira (+21,7%).

                          Com o aumento da ocupação total, a massa de rendimentos reais conseguiu evitar o terreno negativo em que se encontrava desde o 3º trim/21, mas nem por isso voltou a se expandir. Ao registrar somente +0,2% frente ao 1º trim/21, o quadro da massa de rendimentos, que é a base do consumo das famílias, é de mera estabilidade.

                          A contar pela evolução do rendimento médio real, que juntamente com a ocupação total, condiciona a massa de rendimentos, ainda não podemos esperar grandes progressos. No 1º trim/22, caiu -8,6% ante o mesmo período do ano anterior, sua 12ª variação negativa consecutiva.

                          Em grande medida, o recuo do rendimento real habitualmente recebido pelos ocupados se deve à forte aceleração da inflação, cujas causas devem continuar em atuação nos próximos meses, sob efeito da guerra na Ucrânia e dos novos surtos de Covid-19 na China, mas também decorre do exíguo dinamismo do rendimento nominal (apenas +0,2% em jan-mar/22 ante jan-mar/21). A criação de empregos de melhor qualidade será importante para impulsionar o rendimento nominal.

                          Conforme os dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 11,1% no trimestre compreendido entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (out-nov-dez/2021), houve estagnação, e frente o mesmo trimestre do ano anterior houve variação negativa de 3,8 p.p., quando registrou 14,9%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 2.548 no período, apresentando variação de 1,51% em relação ao trimestre imediatamente anterior (out-nov-dez), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior houve declínio de 8,64%.

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 237,673 bilhões no trimestre que se encerrou em fevereiro/2022, registrando crescimento de 7,27% frente ao trimestre imediatamente anterior (out-nov-dez/2022) e variação positiva de 2,90% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 212,514 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada registrou 95,28 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 0,49% em relação ao trimestre imediatamente anterior e incremento de 9,41% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (87,08 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu retração de 0,52%, com 11,95 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior observou-se variação negativa de 21,68%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 107,22 milhões de pessoas, representando retração de 0,50% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 4,77% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (102,34 milhões de pessoas).

                          Com análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, os agrupamentos analisados apresentaram as seguintes variações: Alojamento e alimentação (32,48%), Outros serviços (19,54%), Serviços domésticos (19,39%), Construção (12,74%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (12,24%), Transporte, armazenagem e correios (10,4%), Indústria (8,17%), Informação, Comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,03%), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,47%) e Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (1,82%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação, registraram-se as seguintes variações frente ao mesmo trimestre do ano anterior: Trabalho privado sem carteira (19,25%), Trabalho doméstico (18,99%), Empregador (10,79%), Trabalho privado com carteira (10,66%), Trabalhador por conta própria (7,31%), Trabalho familiar auxiliar (-0,51%) e Setor público (-1,29%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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