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                          Análise IEDI

                          Produção Regional
                          Publicado em: 09/08/2022

                          Melhora em São Paulo e crescimento no Nordeste

                          Os dados do IBGE mostraram na semana passada que a indústria fechou o primeiro semestre de 2022 no vermelho, interrompendo, na série com ajuste sazonal, uma sequência de resultados positivos, mesmo que muito fracos. Com a divulgação de hoje, podemos analisar o perfil regional deste desempenho.

                          Na passagem de mai/22 para jun/22, já descontados os efeitos sazonais, a produção industrial do agregado Brasil recuou -0,4% e 10 das 15 localidades acompanhadas, isto é, 67% do total, ficaram no vermelho. Já frente a jun/21, embora tenha ocorrido recuo de -0,5% do total Brasil, uma parcela minoritária, de 33% ou 5 das 15 localidades, perderam produção. Bases baixas ajudaram algumas localidades, notadamente no Nordeste, a ficar no azul nesta última comparação.

                          São Paulo, que possui o maior e mais diversificado parque industrial do país, foi uma exceção no Sudeste e voltou a crescer em jun/22, evitando um resultado mais adverso do agregado Brasil. Frente a mai/22, a produção da indústria paulista variou +0,8% e frente a jun/21, +0,3%, interrompendo uma série de resultados negativos que marcaram o período entre set/21 e mai/22.

                          Apesar disso, São Paulo e o total Brasil não conseguiram evitar o retrocesso na primeira metade do ano. A indústria paulista caiu -2,7% no acumulado jan-jun/22, enquanto a indústria brasileira registrou -2,2%. Ambos, contudo, apresentaram importante amenização das perdas no 2º trim/22, como mostram, a seguir, as variações frente ao mesmo período do ano anterior.

                               •  Brasil: -4,4% no 1º trim/22; -0,2% no 2º trim/22 e -2,2% em jan-jun/22;

                               •  São Paulo: -5,1%; -0,5% e -2,7%, respectivamente;

                               •  Minas Gerais: -2,7%; -2,4% e -2,5%;

                               •  Rio de Janeiro: +3,0%; +4,2% e +3,6%;

                               •  Nordeste: -4,5%; +5,9% e +0,3%;

                               •  Rio Grande do Sul: -2,0%; +2,7% e +0,4%, respectivamente.

                          A melhora de São Paulo, assim como o total Brasil, foi relativa, já que não deixou para trás o sinal negativo no 2º trim/22, mas seu ritmo de queda desacelerou para 1/10 do que havia sido no 1º trim/22. Ao todo, 63% de seus ramos viram alguma melhora de quadro e 44% deles chegaram a ter expansão da produção no 2º trim/22, como têxteis, confecção, produtos químicos, papel e celulose e outros equipamentos de transporte, entre outros.

                          Além de São Paulo, outros 6 parques não conseguiram crescer no 2º trim/22, somando ao todo 53% das indústrias regionais. A maioria, entretanto, também registrou importante arrefecimento em seu ritmo de queda: Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Goiás. Apenas dois não viram melhora, caso de Minas Gerais, ou tinham crescido no 1º trim/22, caso de Espírito Santo.

                          Entre os melhores resultado do 2º trim/22, estão localidades onde a produção de derivados de petróleo é importante em suas estruturas industriais. No Rio de Janeiro, este setor registrou +10,8% e o agregado de sua indústria, +4,2%. Na Bahia, derivados de petróleo avançaram +120% e sua indústria total, +19,7%.

                          Apoiada na expansão industrial da Bahia, mas também do Ceará (+3,3% ante 2º trim/21), a região Nordeste apresentou aumento da produção industrial de +5,9% no 2º trim/22, depois de três trimestres seguidos de declínio. É um resultado importante, pois o Nordeste ainda está 12,1% abaixo do pré-pandemia (fev/20). 

                          A ampliação, mesmo que provisória, do programa Auxílio Brasil, tende a ajudar o desempenho do Nordeste nos próximos meses, sobretudo, ramos importantes da indústria regional, como alimentos e vestuário, que juntos representam cerca de 1/5 do total. A produção de ambos os ramos caiu no 2º trim/22: -5,1% e -13,3%, respectivamente.

                          Os demais resultados positivos do 2º trim/22 estão no Sul do país, com Rio Grande do Sul (+2,7%), compensando o recuo do 1º trim/22, e Paraná (+0,7%), assim como no Amazonas (+1,8%) e Mato Grosso (+2,2%), que já vinham crescendo desde o início do ano.

                          Em junho de 2022, quando a produção industrial nacional registrou variação negativa de -0,4% frente ao mês imediatamente anterior na série livre de influências sazonais, cinco dos quinze locais pesquisados apresentaram taxas positivas, sendo as mais expressivas: Pará (9,8%), Bahia (2,4%), Pernambuco (1,0%) e São Paulo (0,8%). Em sentido oposto, Mato Grosso (-2,8%), Rio de Janeiro (-2,4%), Espírito Santo (-2,3%) e Amazonas (-1,6%) apontaram os maiores recuos no período.

                          Analisando em relação a junho de 2021, registrou-se recuo de 0,5% da indústria nacional. Entre os quinze locais pesquisados, dez registraram expansão da produção, sendo as maiores observadas em: Mato Grosso (18,8%), Bahia (11,9%), Paraná (7,3%) e Goiás (3,5%). Os cinco locais pesquisados restantes registraram retração da produção nessa base de comparação, sendo as maiores observadas em: Rio de Janeiro (-4,0%), Minas Gerais (-3,8%), Pará (-3,6%) e Amazonas (-3,2%).

                          Analisando o acumulado no ano (jan-jun), registrou-se decréscimo de 2,2% na produção industrial brasileira. Dos quinze locais pesquisados, sete apresentaram acréscimo, sendo os mais expressivos: Mato Grosso (22,6%), Bahia (9,4%), Rio de Janeiro (3,6%) e Goiás (1,6%). Por outro lado, os oito locais restantes apresentaram queda, sendo as maiores observadas em: Pará (-10,4%), Santa Catarina (-5,4%), Ceará (-5,1%) e Pernambuco (-4,3%).

                          Por fim, analisando o acumulado nos últimos 12 meses, registrou-se variação negativa de 2,8% na produção industrial nacional. Considerando os quinze locais pesquisados, quatro apresentaram acréscimo no período, sendo os maiores registrados em: Mato Grosso (13,0%), Rio de Janeiro (3,9%) e Paraná (0,6%). Em sentido oposto, os nove outros locais pesquisados apresentaram queda, sendo que as mais expressivas foram observadas nos seguintes estados: Pará (-9,0%), Ceará (-8,2%), Região Nordeste (-6,5%) e Pernambuco (-6,2%).

                          São Paulo. Na comparação do mês de junho de 2022 com o mês de maio, a produção da indústria paulista registrou aumento de 0,8% a partir de dados dessazonalizados. Frente a junho de 2021, houve variação positiva de 0,3%, e analisando o acumulado no ano, registrou-se decréscimo de 2,7%. Os setores com maiores expansões no comparativo do acumulado no ano foram: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (19,1%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,0%) e outros produtos químicos (4,5%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores retrações nessa base de comparação foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,5%), produtos de borracha e de material plástico (-13,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,4%).

                          Pará. Em junho de 2022 frente a maio, a produção da indústria paraense apresentou expansão de 9,8% na série com ajuste sazonal. Em relação a junho de 2021, houve queda de 3,6%. No acumulado no ano verificou-se variação positiva de -10,4%. O setor que registrou expansão, na comparação do acumulado no ano, foi: produtos alimentícios (14,6%). Em sentido oposto, os maiores decréscimos foram observados nos seguintes setores: metalurgia (-39,7%), celulose, papel e produtos de papel (-14,0%) e produtos de madeira (-9,0%).

                          Mato Grosso. A partir de dados dessazonalizados, no mês junho de 2022 a produção da indústria mato-grossense apresentou queda de 2,8% frente ao mês de maio. Em relação a junho de 2021, houve variação positiva de 18,8%. No acumulado no ano registrou-se aumento de 22,6%. Os setores com maiores contribuições positivas no comparativo do acumulado no ano foram: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (50,7%), bebidas (29,0%) e produtos de minerais não-metálicos (6,4%). Por fim, os maiores decréscimos nessa base de comparação foram observados nos seguintes setores: outros produtos químicos (-27,5%) e produtos de madeira (-21,6%).

                           

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