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                          Análise IEDI

                          Crédito
                          Publicado em: 29/08/2022

                          O crédito na primeira metade de 2022

                          Os dados divulgados hoje pelo Banco Central indicam que as concessões de crédito mantiveram taxas de crescimento de dois dígitos no 2º trim/22, mas perderam velocidade. Já corrigido pela inflação medida pelo IPCA, o montante total de novas operações de crédito avançou +22,0% em abr-jun/22, depois de ter registrado +30,2% em jan-mar/22.

                          A desaceleração mais intensa foi verificada nas contratações a empresas, que passaram de +35,9% para +21,9% do 1º trim/22 para o 2º trim/22. No caso das concessões às famílias, este movimento foi menos perceptível, já que no mesmo período registrou taxas de crescimento real de +25,4% e +22,2%, respectivamente.

                          Ao final da primeira metade do ano, as taxas médias de juros atingiram 28,1% ao ano, um patamar quase 40% maior do que aquele de jun/21. Muito disso aumento deveu-se a um aumento real de 50% da taxa média de juros das operações contratadas junto a empresas no segmento livre de crédito, em que os juros refletem melhor as condições de mercado.

                          A despeito de certa acomodação das concessões, sob influência do aumento dos juros, o estoque de crédito contratado pelas empresas apresentou uma alta de +12,6% em relação a jun/21 e atingiu 22,2% do PIB nacional.

                               •  Estoque de crédito à indústria: +6,9% em dez/21; +5,3% em mar/22 e +10,0% em jun/22;

                               •  Estoque de crédito à agropecuária: +20,1%; +8,6% e +17,1%, respectivamente;

                               •  Estoque de crédito aos serviços: +13,6%; +11,7% e +13,1%, respectivamente.

                          Como mostra as variações interanuais acima, a expansão do estoque real de financiamento às empresas do setor de serviços tem se mostrado mais consistente, mantendo taxas de crescimento de dois dígitos nos últimos trimestres.

                          A indústria, assim como a agropecuária, tiveram aumentos mais expressivos ao final do primeiro semestre. No caso das empresas industriais, a alta de +10,0% do estoque de crédito foi a mais intensa desde o 1º trim/21.

                          Entre os setores industriais, alguns se destacaram, sobretudo, construção (+20,7% ante jun/21) e os chamados SIUP (+10,5%), os serviços industriais de utilidade pública, que compreendem a geração e distribuição de energia, fornecimento de gás, serviços água e esgoto etc. Outros setores que tiveram importante ampliação de seus estoques de financiamento foram papel e celulose (+14,3%) e bens de capital (+11,3%).

                          Os dados de crédito apresentados hoje pelo Banco Central do Brasil registraram que o saldo das operações alcançou R$5,0 trilhões em junho, variação positiva de 1,6% em relação ao mês imediatamente anterior. Por sua vez, o saldo de crédito a pessoas físicas alcançou variação positiva de 1,3% (R$2,9 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas apresentou variação positiva de 2,1% (R$2,0 trilhões) frente ao mês imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (junho de 2021), o saldo total de crédito registrou incremento de 17,8%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$3,0 trilhões, variação positiva de 1,8% em relação ao mês anterior e expansão de 22,2% quando comparado com junho de 2021. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas ficou em R$1,7 trilhão, aferindo expansão de 1,4% em relação ao mês imediatamente anterior, e crescimento de 25,4% quando comparado com o mês de junho de 2021. Para as operações junto a pessoas jurídicas aferiu-se montante de R$1,4 trilhão, apresentando expansão de 2,3% em relação ao mês anterior e variação positiva de 18,4% na comparação com o mesmo período de 2021. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,9 trilhão em junho de 2022 em termos nominais, indicando expansão de 11,5% frente ao mesmo mês do ano anterior e variação positiva de 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo referente as pessoas físicas registrado foi de R$1,3 trilhão, incremento de 16,8% quando comparado ao mês de junho de 2021. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$685,0 bilhões, acréscimo de 3,1% quando comparado com o mesmo mês do ano passado.  

                          No mês de junho de 2022 foram concedidos R$503,9 bilhões em novas operações de crédito, apresentando variação positiva de 24,8% frente ao montante observado em junho de 2021. Deste volume apresentado em junho de 2022, R$449,0 bilhões foram originados de recursos livres e R$54,9 bilhões de recursos direcionados, o que representou, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, incremento de 19,1% para recursos livres e variação positiva de 14,4% para recursos direcionados.

                          Para as concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de cartão de crédito (R$180,4 bilhões), crédito não rotativo (R$49,3 bilhões), cheque especial (R$35,6 bilhões) e crédito pessoal (R$30,6 bilhões). Para as pessoas jurídicas, as principais modalidades ficaram para desconto de duplicatas (R$75,0 bilhões), capital de giro (R$28,5 bilhões), cheque especial (R$21,9 bilhões) e antecipação de faturas de cartão de crédito (R$20,0 bilhões).

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de crédito rural (R$19,9 bilhões), financiamento imobiliário (R$16,3 bilhões), microcrédito (R$1,9 bilhão) e BNDES (R$344,0 milhões). De outra forma, para as empresas, as principais modalidades ficaram com o crédito rural (R$7,6 bilhões), o BNDES (R$4,6 bilhões) e os financiamentos imobiliários (R$1,7 bilhão).   

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou R$1,2 trilhão, o que significa acréscimo nominal de 13,3% frente a junho de 2021, com as maiores expansões registradas em: geral – veículos automotores (40,4%), outros serviços (39,4%), geral – bens de capital (32,8%), varejo – bens não duráveis (31,8%), varejo – bens intermediários (30,6%), comércio (28,7%), e varejo – bens duráveis (27,6%).

                          Para o setor da indústria aferiu-se valor de R$807,1 bilhões, variação positiva de 10,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. O setor agropecuário registrou crédito de R$42,4 bilhões, variação positiva de 17,3% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de junho de 2021.

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, temos que as instituições financeiras públicas emprestaram R$2,102 trilhão, representando 44,6% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$2,116 trilhão, representando 44,9%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$738,4 bilhões, representando por sua vez 14,9% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em janeiro alcançou 28,1% a.a., apresentando aumento de 0,5 p.p. no mês e variação positiva de 8,1 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 17,7 p.p., aumentando no mês 0,5 p.p. e elevando-se em 3,3 p.p. em doze meses.   

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