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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/09/2022

                          Um quadro de contrastes

                          A segunda metade do ano começou com a indústria voltando ao positivo. A alta de +0,6% embora não seja expressiva, como tem sido a regra em 2022, foi suficiente para compensar o declínio registrado no mês anterior (-0,3%, com ajuste). O lado ruim é que esta reação não marcou a maioria de seus ramos.

                          Dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, apenas 10 ampliaram sua produção física na passagem de jun/22 para jul/22, já descontados os efeitos sazonais, o que equivale a uma parcela minoritária de 38% do total.

                          Tomados os macrossetores industriais, o desempenho positivo também foi parcial, já que metade deles ficou no vermelho. Foi o caso de bens de capital, cuja produção recuou -3,7% em jul/22, sendo que já havia caído em jun/22, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir. Foi também o caso de bens de consumo duráveis, que respondeu pelo pior desempenho deste início de semestre: -7,8%.

                               •  Indústria geral: +0,4% em mai/22; -0,3% em jun/22 e +0,6% em jul/22;

                               •  Bens de capital: +7,1%; -1,9% e -3,7%;

                               •  Bens intermediários: -1,1%; -1,1% e +2,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +0,9%; -0,9% e +1,6%, respectivamente.

                          Já bens de consumo semi e não duráveis cresceram +1,6%, puxados principalmente pela produção de alimentos (+4,3%), que exerceu uma das maiores contribuições à expansão da indústria geral em jul/22, segundo o IBGE. Já bens intermediários foram os que mais cresceram, embora a alta de +2,2% tenha vindo apenas compensar o recuo dos dois meses anteriores.

                          O quadro também é de contrastes se considerarmos o nível de produção atual vis-à-vis o pré-pandemia, já que somente metade dos macrossetores conseguiram superá-lo. Bens de capital é quem mais ultrapassou este patamar: +8,6% ante fev/20, já livre de efeitos sazonais. Bens intermediários por sua vez estavam 2,9% acima dele em jul/22. 

                          Em contraste, bens de consumo semi e não duráveis ainda se encontravam 4,9% abaixo de fev/20 e bens de consumo duráveis, 22,7% aquém deste patamar. Importante lembrar que bens de consumo são justamente aqueles mais vulneráveis aos efeitos negativos da perda de poder de compra das famílias devido à alta da inflação e dos juros e, no caso dos duráveis, também estão mais sujeitos aos gargalos nas cadeias de fornecedores.

                          Considerando o resultado acumulado nestes primeiros sete meses de 2022, por enquanto, o ano não é de crescimento. A produção da indústria geral encolheu -2,0% em comparação com igual período anterior, com 73% de seus ramos no vermelho, assim como todos os macrossetores industriais. Sendo assim, dificilmente este ano será muito promissor para a indústria. 

                          Entre os macrossetores, a maior perda cabe a bens de consumo duráveis, com -10,5% ante jan-jul/21, seguidos de longe por bens intermediários (-1,7%) e bens de capital (-1,6%), que em 2021 como um todo tinham acumulado crescimento de dois dígitos (+27,8%). Bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, têm queda de -0,8%.

                          Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou avanço de 0,6% em julho de 2022 frente junho na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses registrou-se decréscimo de 3,0% e no acumulado do ano houve retração de 2,0%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (julho de 2021), aferiu-se queda de 0,5%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês imediatamente anterior (junho/2022), para dados sem influência sazonal, três das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens intermediários (2,2%), bens semiduráveis e não duráveis (1,6%), e bens de consumo (0,9%). As categorias restantes apresentaram retração no período: bens de capital (-3,7%) e bens duráveis (-7,8%).

                          Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (julho/2021), duas das cinco categorias analisadas apresentaram variação positivas: bens semiduráveis e não duráveis (0,8%) e bens de consumo (0,5%). A categoria de bens intermediários apresentou estabilidade. As duas categorias restantes recuaram: bens duráveis (-0,8%) e bens de capital (-5,8%).

                          No acumulado no ano de 2022, todos os cinco segmentos assinalaram resultados negativos: bens duráveis (-10,8%), bens de consumo (-2,7%), bens intermediários (-1,7%), bens de capital (-1,6%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,8%).

                          No acumulado em 12 meses, houve queda em uma das cinco categorias analisadas: bens de capital (3,7%). Em sentido oposto, as demais categorias apresentaram retração: bens duráveis (-15,4%), bens de consumo (-5,7%), bens semiduráveis e não duráveis (-3,2%) e bens intermediários (-2,6%). 

                          Setores. Na comparação de julho de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (julho de 2021), houve variação positiva no nível de produção em dez dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: bebidas (12,7%), celulose, papel e produtos de papel (10,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,6%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,9%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,7%).

                          Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos têxteis (-10,0%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), produtos de madeira (-13,3%) e móveis(-14,8%). 

                          Na comparação do acumulado no ano de 2022 (janeiro-julho), a produção industrial apresentou variação positiva em oito dos 26 ramos analisados, com as maiores variações observadas em: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,0%), produtos do fumo (5,2%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (5,0%), bebidas (4,2%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (3,6%). 

                          Na mesma base de comparação, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: fabricação de móveis (-19,1%), produtos têxteis (-14,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,3%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%).

                          Por fim, na comparação dos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em seis dos 26 ramos analisados, sendo as maiores observadas em: coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (5,2%), impressão e reprodução de gravações (5,1%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (4,8%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,8%) e celulose, papel e produtos de papel (2,3%). 

                          De outra maneira, as maiores variações negativas foram:  móveis (-19,9%), fabricação de produtos têxteis (-14,1%), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,7%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,3%) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-9,2%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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