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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 09/11/2022

                          Recuo no varejo de duráveis

                          Após quatro meses seguidos de dificuldades, as vendas reais do comércio varejista registraram expansão na passagem de ago/22 para set/22, já descontados os efeitos sazonais: +1,1% em seu conceito restrito e +1,5% em seu conceito ampliado, que inclui os ramos de veículos, autopeças e material de construção.

                          Muito disso veio dos segmentos de combustíveis (+1,3%) e de supermercados, alimentos, bebidas e fumo (+1,2%), mais diretamente favorecidos pelas medidas adotadas recentemente pelo governo, como a mudança da cobrança de impostos sobre combustíveis, favorecendo a redução de preços, e o conjunto de transferências às famílias, com destaque para o aumento do Auxílio Brasil. A melhora no quadro do emprego é outro fator que pode ter ajudado estes ramos que envolvem bens de primeira necessidade. 

                          Em contrapartida, o encarecimento do crédito, o alto endividamento de uma parcela das famílias e a possibilidade de adiamento da compra de bens duráveis tendem a restringir o desempenho de ramos como móveis e eletrodomésticos (-0,1% em set/22 com ajuste), veículos e autopeças (-0,1%), material de construção (0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%), cujas vendas em alguma medida demandam crédito.

                          No 3º trimestre, este mesmo perfil também pode ser verificado. Em primeiro lugar, porém, cabe destacar que, diferentemente da indústria, o varejo apresentou deterioração em jul-set/22 quando comparado ao mesmo período do ano passado, movimento que foi liderado por ramos que tendem a sentir mais a piora das condições de crédito, devido à alta de juros e da inadimplência. 

                               •  Varejo restrito: +1,6% no 1º trim/22; +1,3% no 2º trim/22 e -0,3% no 3º trim/22;

                               •  Varejo ampliado: +1,4%; -0,8% e -2,3%, respectivamente;

                               •  Combustíveis e lubrificantes: +1,7%; +8,3% e +27,2%;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -0,9%; +1,9% e +1,6%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +24,1%; +12,6% e -10,6%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -6,3%; -12,1% e -9,8%;

                               •  Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,9%; -6,1% e -17,4%;

                               •  Veículos e autopeças: +3,9%; -2,7% e -4,7%, respectivamente.

                          No 3º trim/22 frente ao 3º trim/21, as vendas reais do varejo ampliado recuaram -2,3%, quase quatro vezes mais intensamente do que no trimestre anterior. Entre seus 10 ramos, metade ficou no vermelho e entre os 5 que cresceram, 2 registraram desaceleração.

                          Este resultado poderia ter sido pior não fosse a expressiva alta na venda de combustíveis, que chegou a +27,2% em jul-set/22 impulsionada, como dito acima, pela redução de preços artificialmente gerada pelo governo por meio da mudança na cobrança de seus impostos. Outro dado positivo importante foi o crescimento de +1,6% no ramo de supermercados, alimentos etc., que a despeito de certa desaceleração, mostrou-se resiliente.

                          Já os destaques negativos ficaram por conta de tecidos, vestuário e calçados (-10,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento (-17,4%), ambos com quedas de dois dígitos e, neste último caso, perdas reincidentes. No primeiro caso, por sua vez, vale notar que suas vendas nunca conseguiram voltar aos níveis pré-pandemia e agora em set/22 está 17,8% abaixo do patamar de fev/20.

                          Outros ramos com declínio pronunciado no 3º trim/22 foram material de construção (-9,6%), e móveis e eletrodomésticos (-9,8%). Em ambos os casos, houve um ciclo de consumo durante a pandemia, em que as pessoas precisaram passar mais tempo em suas residências e muitas tiveram que adaptá-las às necessidades do trabalho remoto. Por isso, as famílias conseguem, agora, adiar sua demanda por estes bens, o que, inclusive, pode amortecer o efeito positivo sobre as vendas de eletroeletrônicos que tradicionalmente acompanha a Copa do Mundo.

                          A partir dos dados de setembro de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou aumento de 1,1% frente ao mês imediatamente anterior (agosto/2022) na série com ajuste sazonal. Em comparação com setembro de 2021, houve aumento de 3,2%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se diminuição de -0,7%. No acumulado no ano a variação foi de +0,8%.

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 1,5% em relação a agosto de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente ao mês de setembro de 2021 houve variação de 1,0%. Para o acumulado nos últimos 12 meses verificou-se queda de 1,6%. No acumulado no ano a variação foi de -0,6%.

                          Na comparação com o mês imediatamente anterior (agosto/2022), a partir de dados dessazonalizados, seis dos oito setores analisados apresentaram expansão: livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,7%), combustíveis e lubrificantes (1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%), tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%). Os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%) e de móveis e eletrodomésticos (-0,1%) recuaram. Para o comércio varejista ampliado, a atividade de material de construção estabilizou (0,0%), enquanto veículos e motos, partes e peças variou negativamente (-0,1%). 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (setembro de 2021), cinco dos oito segmentos analisados registraram expansão: combustíveis e lubrificantes (34,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (31,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%). Houve queda nos três setores restantes: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,0%), tecidos, vestuário e calçados (-9,5%) e móveis e eletrodomésticos (-5,9%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou decréscimo de -1,2% e o setor de material de construção recuou -7,9%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-setembro), houve crescimento em seis dos oito setores do varejo restrito: livros, jornais, revistas e papelaria (19,0%), combustíveis e lubrificantes (12,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%), tecidos, vestuário e calçados (6,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Em sentido oposto, nos dois setores restantes houve queda: móveis e eletrodomésticos (-9,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,1%). No varejo ampliado, o setor veículos, motos, partes e peças caiu -1,4% e a categoria material de construção decresceu -8,1%.

                          Por fim, comparando setembro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (setembro/2021), 24 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Paraíba (41,6%), Amapá (13,7%), Roraima (13,2%), Mato Grosso do Sul (12,7%) e Alagoas (10,5%). Por sua vez, as três unidades federativas restantes apresentaram recuo no período: Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,5%) e Pernambuco (-2,1%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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