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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 09/02/2023

                          Vendas restringidas

                          Assim como a indústria, o comércio varejista encerrou 2022 no vermelho, também influenciado pelo mau desempenho de bens de consumo duráveis, como consequência do encarecimento do crédito e da recomposição dos serviços na cesta de consumo das famílias de maior renda, com o controle da pandemia. Fatores positivos foram pontuais, como a redução dos impostos sobre combustíveis.

                          Tomado em seu conceito amplo, que inclui os ramos de veículos, autopeças e material de construção, as vendas reais do varejo encolheram -0,6% em jan-dez/22 frente ao mesmo período do ano anterior. A sinalização de dez/22 não trouxe nenhum alento: recuo de -0,6% frente a dez/21. 

                          Na série com ajuste sazonal, o varejo ampliado registrou +0,4% ante o mês anterior, não compensando a queda de -0,5% de nov/22. Em seu conceito restrito, contudo, o último mês do ano foi ainda mais adverso: -2,6%, já descontados os efeitos sazonais. 

                          Apensar disso, as vendas do comércio restrito fecharam 2022 no azul: +1,0%, embora valha notar que este é o resultado mais fraco desde 2016, ficando inclusive aquém do desempenho de 2020 (+1,2%), o pior ano da pandemia.

                          Em jan-dez/22, quem puxou o setor para baixo foram os ramos de bens de consumo duráveis, como mencionado anteriormente, justamente aqueles cujas vendas exigem algum tipo de financiamento e cuja demanda pode ser adiada em períodos de encolhimento do poder de compra. 

                          Os piores resultados foram registrados por: móveis e eletrodomésticos, com -6,7%, outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento, com -8,4%, e material de construção, com -8,7%. Veículos e autopeças declinaram -1,7% e tecidos, vestuário e calçados, -0,5%.

                          Como mostram as variações interanuais a seguir, em praticamente nenhum deles o 4º trim/22 foi acompanhado de indicações favoráveis. Ao contrário, as perdas se aprofundaram ainda mais:

                               •  Varejo restrito: +1,0% em jan-dez/22 e +1,4% no 4º trim/22;

                               •  Varejo ampliado: -0,6% e -0,6%, respectivamente

                               •  Combustíveis: +16,6% e +28,4%;

                               •  Supermercado, alimentos, bebidas e fumo: +1,4% e +2,6%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -0,5% e -14,0%;

                               •  Moveis e eletrodomésticos: -6,7% e +0,8%;

                               •  Veículos e autopeças: -1,7% e -2,7%;

                               •  Material de construção: -8,7% e -10,4%, respectivamente.

                          Tecidos, vestuário e calçados (-14,0%) e material de construção (-10,2%) tiveram quedas de dois dígitos no 4º trim/22, sendo que o primeiro deles chegou ao final de 2022 com um nível de vendas nada menos do que 30% inferior ao pré-pandemia (fev/20). Veículos e outros artigos de uso pessoal e doméstico também apresentaram deterioração em relação ao agregado do ano.

                          À primeira vista, móveis e eletrodomésticos fugiram à regra, mas isso não foi inteiramente verdade. As vendas de móveis caíram intensamente no 4º trim/22: -11,5% ante -11,1% em jan-dez/22. Quem teve alguma melhora foi o segmento de eletrodomésticos, com alta de +6,6% no 4º trim/22, atenuando o recuo do acumulado do ano, que mesmo assim chegou a -5,1%. A influência positiva da Copa do Mundo sobre televisores e outros equipamentos pode ter sido decisiva para isso.

                          Assim, embora metade dos ramos do varejo tenha ampliado vendas em 2022, poucos tiveram contribuição positiva relevante. O destaque vai para combustíveis e lubrificantes, favorecidos pela redução de impostos realizada pelo governo na segunda metade do ano. O faturamento real de suas vendas cresceu +16,6% em jan-dez/22, assegurando uma contribuição de +1 ponto percentual o que amorteceu muito a queda do varejo ampliado (-0,6%).

                          Outros dois ramos importantes para evitar um quadro mais negativo para o setor foram produtos farmacêuticos, médicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de +6,3%, e, ajudado pela acomodação da inflação de seus produtos no segundo semestre, o ramo de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, com +1,4%.

                          A partir dos dados de dezembro de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do varejo nacional registrou queda de 2,6% frente ao mês imediatamente anterior (novembro/2022), na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mês de dezembro de 2021, houve aumento de 0,4%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se crescimento de 1,0%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 0,4% em relação a novembro de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de dezembro de 2021, houve variação de -0,6%. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se queda de -0,6%.

                          A partir de dados dessazonalizados, um dos oito setores analisados apresentou expansão frente ao mês imediatamente anterior (novembro/2022): livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%). Em sentido oposto, os sete setores restantes registraram queda: tecidos, vestuário e calçados (-6,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,6%), móveis e eletrodomésticos (-1,6%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,4%). Para o comércio varejista ampliado, a atividade de veículos e motos, partes e peças cresceu em 2,4% e a de material de construção cresceu 1,3%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (dezembro de 2021), houve crescimento em seis dos oito segmentos analisados: Combustíveis e lubrificantes (23,8%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,8%), Móveis e eletrodomésticos (0,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,1%). Houve queda nos dois setores restantes: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-11,9%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou decréscimo de -1,8% e o setor de material de construção recuou -7,1%. 

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-dezembro), houve crescimento em cinco dos oitos setores do varejo restrito: combustíveis e lubrificantes (16,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (14,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Nos três setores restantes houve queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), móveis e eletrodomésticos (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,5%). No varejo ampliado, o setor veículos, motos, partes e peças caiu 1,7% e a categoria material de construção decresceu 8,7%.

                          Por fim, comparando dezembro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (dezembro/2021), 17 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Paraíba (22,6%), Mato Grosso (11,6%), Amapá (8,0%), Alagoas (6,8%), Mato Grosso do Sul (6,3%) e Sergipe (5,6%). Por sua vez, as 10 unidades federativas restantes apresentaram decréscimo no volume de vendas do comércio varejista, sendo observados os maiores em: Rio de Janeiro (-6,2%), Piauí (-2,3%), Distrito Federal (-1,9%), Goiás (-1,7%), Pernambuco (-1,3%) e Rio Grande do Norte (-1,1%).

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