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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 29/09/2023

                          Emprego, rendimento e crédito

                          Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, a massa de rendimentos reais, que é a base do consumo das famílias, somou R$ 289 bilhões no trimestre findo em ago/23, implicando uma alta de +5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. É o maior valor da série histórica da Pnad contínua, iniciada em 2012.

                          Esta é uma boa notícia para a dinamização do mercado interno brasileiro, mas que não apresenta todos os efeitos positivos que poderia ter, devido ao grave quadro de endividamento das famílias. 

                          O crédito costuma complementar a renda da população, ampliando seu poder de compra e viabilizando a expansão de mercados cujos produtos têm valor unitário elevado, como os bens de consumo duráveis.

                          Na atual situação, porém, esta função do crédito está obstruída pelas altas taxas de juros praticadas no país (em média, 57,7% ao ano para as pessoas físicas em ago/23), pela inadimplência (alta de +11% entre ago/22 e ago/23) e pelo endividamento resultante do período da pandemia. 

                          Os dados do Banco Central, que vão até jul/23, mostram um endividamento das famílias de 47,8% da sua renda acumulada nos últimos doze meses, isto é, não muito distante do pico de 50,9% atingido em jul/22. Isso compromete, na forma de juros e amortização, cerca de 28% dos rendimentos obtidos. 

                          Cabe observar, ainda, que a expansão da massa de rendimentos reais, embora se mantenha em ritmo considerável, vem perdendo força, como mostram as variações interanuais a seguir. O principal motivo para isto é que o aumento da população ocupada já não é mais o mesmo. Em compensação, a melhora qualitativa do emprego tem ajudado a manter uma trajetória de aumento dos rendimentos, mesmo descontada a inflação.

                               •  Massa de rendimentos reais: +11,4% em dez/22-fev/23; +7,9% em mar-mai/23 e +5,5% em jun-ago/23;

                               •  População ocupada total: +3,0%; +0,9% e +0,6%, respectivamente;

                               •  Rendimento real médio: +7,5%; +6,5% e +4,6%, respectivamente.

                          O enfraquecimento da ocupação em 2023 está associado ao desempenho adverso de alguns setores econômicos, notadamente aqueles mais restringidos pelo quadro de juros elevados, à difusão de tecnologias poupadoras de mão de obra e à recomposição das bases de comparação, embora as atividades de serviços ainda produzam impactos positivos.

                          Setorialmente, a indústria e o comércio varejista, que possuem muitos mercados dependentes do crédito, não estão se saindo bem, como mostram as Cartas IEDI n. 1220 e 1224, e seu número de ocupados recuou -0,9% e -1,3%, respectivamente, frente ao trimestre móvel findo em ago/22. Na construção, a queda chegou a -3,6%.

                          Na agropecuária, o avanço da mecanização tem tornado o setor cada vez menos empregador. Já são quinze meses consecutivos de encolhimento e agora em ago/23 seu número de ocupados ficou 5,1% menor do que em igual período do ano anterior.

                          Apesar da fraca evolução da ocupação total, tem havido melhora no perfil do emprego, como o IEDI já sinalizou em Análises anteriores. É o que sugere, por exemplo, a expansão bem mais acentuada dos postos com carteira assinada: +3,5% em ago/23, isto é, quase seis vezes mais forte do que o número agregado de ocupados. Também vai nesta direção a retração de -2,0% dos conta própria, que incluem os chamados “bicos”.

                          A taxa de informalidade calculada pelo IBGE declinou, assim, de 40,6% no trimestre móvel findo em ago/21 para 39,7% em ago/22 e então para 39,1% em ago/23. O movimento vai na direção correta, mas o patamar da informalidade segue expressivo. Esta realidade poderia ser diferente se a indústria estivesse em expansão, já que suas relações de trabalho são majoritariamente formais.

                          Seja como for, os postos com carteira assinada, ao avançarem mais, ajudam a manter o aumento do rendimento médio da população ocupada, já que tendem a contar com uma remuneração mais elevada. Frente a ago/22, o rendimento subiu +8,6% em termos nominais e +4,6% descontada a inflação.

                          Além disso, o emprego formal também favorece a renegociação de dívidas e redução do endividamento, já que tende a proporcionar melhores avaliações de risco por parte dos credores e a dar acesso a modalidades mais baratas de crédito, a exemplo, do consignado. Este processo de desalavancagem das famílias pode ser acelerado se o programa Desenrola ganhar amplitude.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 7,8% no trimestre compreendido entre junho e agosto de 2023. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (mar-abr-mai/2023), houve retração de 0,5 p.p., e para o mesmo trimestre do ano passado verificou-se variação negativa de 1,1 p.p., quando registrou 8,9%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 2.947,00, apresentando variação de 1,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (mar-abr-mai/2023), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano passado houve aumento de 4,6%.

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 291,9 bilhões no trimestre que se encerrou em agosto, registrando crescimento de 2,3% frente ao trimestre imediatamente anterior (mar-abr-mai/2023) e variação positiva de 5,6% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 276,4 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 99,7 milhões de pessoas, apresentando variação positiva de 1,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, e -se um incremento de 0,6% frente ao mesmo trimestre do ano passado (99,0 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu retração de 5,9%, com 8,4 milhões de pessoas. Já frente ao mesmo trimestre do ano passado, observou-se variação negativa de 13,2%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 108,1 milhões de pessoas, representando crescimento de 0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (108,7 milhões de pessoas).

                          Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, dos dez agrupamentos analisados, cinco apresentaram expansão: informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,1%), transporte, armazenagem e correios (4,4%), alojamento e alimentação (4,0%), administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0%), serviços domésticos (0,6%). Os cinco agrupamentos restantes registraram retração no período: indústria (-0,9%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,3%), outros serviços (-1,3%), construção (-3,6%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,1%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação frente ao mesmo trimestre do ano anterior, registraram-se as seguintes mudanças percentuais nas categorias analisadas: trabalho privado com carteira (3,5%), setor público (1,2%), trabalho doméstico (0,7%), trabalho privado sem carteira (0,3%), trabalhador por conta própria (-2,0%), empregador (-2,2%) e trabalho familiar auxiliar (-14,4%).

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