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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/08/2024

                          Mês de forte retomada

                          A primeira metade do ano se encerrou com um avanço expressivo da produção industrial brasileira: +4,1% na passagem de mai/24 para jun/24, já descontados os efeitos sazonais. Foi o melhor resultado da série desde jul/20 e mais do que compensou o declínio acumulado dos dois meses anteriores.

                          Muito disso deve-se à retomada da produção no sul do país, após o choque inicial das enchentes no Rio Grande Sul, impulsionando a produção de fumo (+19,8%), químicos (+6,5%) e metalurgia (+5,0%), por exemplo. Estes foram os ramos que melhor se saíram na série com ajuste sazonal.

                          A produção de derivados de petróleo e biocombustíveis, por sua vez, foi quem deu a maior contribuição ao crescimento de jun/24, segundo o IBGE. Em meses anteriores, Petrobras noticiou paradas técnicas em algumas de suas refinarias, reduzindo as bases de comparação, e ajudando na obtenção de variação positiva agora em jun/24. A produção de etanol também se destacou.

                          Cabe observar, porém, que diferentemente do agregado da indústria, os macrossetores de bens de capital e de bens de consumo duráveis, cujos mercados são mais sensíveis aos níveis de taxas de juros, não chegaram a compensar suas perdas de mai/24. No primeiro caso, a produção cresceu +0,5%, mas havia caído -2,2% em mai/24, e no segundo caso, registrou +4,4% após queda de -5,6%.

                          A despeito das oscilações de curto prazo e da perspectiva de arrefecimento com a interrupção da fase de declínio da taxa básica de juros (Selic), o desempenho da indústria continua favorável em comparação com o ano passado. No agregado do setor, a alta que já se apresentava no 4º trim/23 vem ganhando robustez em 2024, ao menos por ora.

                               •  Indústria geral: +1,1% no 4º trim/23; +1,9% no 1º trim/24 e +3,3% no 2º trim/24;

                               •  Bens de capital: -14,1%; -1,7% e +11,7% respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +2,4%; +2,7% e +1,0%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -4,3%; +0,8% e +7,7%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +2,8%; +1,7% e +6,4%, respectivamente.

                          Todos os macrossetores industriais apontaram aumento de produção no 2º trim/24 frente ao 2º trim/23. A liderança coube a bens de capital, cujas bases de comparação permanecem muito deprimidas. Sua alta foi de +11,7% e foi o primeiro trimestre positivo desde abr-jun/22.

                          Três grupos de bens de capital cresceram no período: aqueles para a própria indústria, com +8,5%, algo que não ocorria desde o 3º trim/21, bens de capital de uso misto, com +18,2%, e para transporte, cuja expansão de +18,8% foi a mais forte.

                          Os bens de consumo também se saíram bem, refletindo a melhora do emprego e da renda da população, mas também bases mais modestas de comparação no caso de duráveis. A produção de semi e não duráveis aumentou +6,4%, o melhor resultado desde o 2º trim/21, e a de bens duráveis, +7,7% apoiada pelos ramos de eletrodomésticos (+27,3%) e móveis (+9,0%). A produção de veículos e autopeças recuou -1,4%.

                          Bens intermediários, a seu turno, foram o único macrossetor a perder dinamismo no 2º trim/24, registrando +1%, depois de ter avançado em torno de +2,5% nos dois trimestres anteriores. Dois ramos explicam esta perda de dinamismo: derivados de petróleo (-2,6% ante o 2º trim/23) e siderurgia (-1,8%), neste último caso sob influência não apenas das enchentes do RS, mas também da pesada pressão concorrencial do aço chinês a preços muito baixos no mercado global.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de junho de 2024 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou avanço de 4,1% frente a maio, na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses foi observado incremento de 1,5% e no acumulado no ano registrou-se aumento de 2,6%. Em comparação com o mesmo mês do ano passado (junho/2023), aferiu-se variação positiva de 3,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (maio/2024), com ajuste sazonal, todos os cinco segmentos analisados apresentaram expansão: bens de consumo (6,8%), bens de consumo duráveis (4,4%), bens semiduráveis e não duráveis (4,1%), bens intermediários (2,6%) e bens de capital (0,5%)

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano passado (junho/2023), as cinco categorias pesquisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (12,0%), bens de capital (9,0%), bens de consumo (6,6%), bens semiduráveis e não duráveis (5,8%) e bens intermediários (1,1%).

                          O resultado para o acumulado no ano registrou crescimento em todas as categorias: bens de capital (5,0%), bens duráveis (4,3%), bens de consumo (4,2%), bens semiduráveis e não duráveis (4,1%) e bens intermediários (1,8%).

                          No índice acumulado em 12 meses, quatro dos cinco segmentos assinalaram resultados positivos: bens semiduráveis e não duráveis (3,2%), bens de consumo (2,9%), bens intermediários (1,6%) e bens duráveis (0,7%). Já o segmento de bens de capital (-5,1%) retrocedeu no período.

                          Setores. Na comparação de junho de 2024 com o mesmo mês do ano passado (junho/2023), houve expansão do nível de produção em 18 dos 25 ramos pesquisados, sendo as maiores verificadas em: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,5%), móveis (13,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,1%) e outros equipamentos de transporte (9,8%). Em sentido oposto, os sete ramos restantes apresentaram retração, com destaque para: impressão e reprodução de gravações (-22,8%), produtos de fumo (-10%), produtos diversos (-6,9%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,0%). 

                          Na análise do acumulado no ano de 2024, 18 dos 25 setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: equipamentos de transporte (11,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,4%), produtos de madeira (8,3%) e móveis (5,7%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,9%), produtos diversos (-5,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,5%), máquinas e equipamentos (-2,0%) e impressão e reprodução de gravações (-1,1%) apresentaram as maiores quedas.

                          No acumulado nos últimos 12 meses, 14 dos 25 ramos analisados apresentaram aumento da produção, sendo os mais expressivos: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (8,0%), produtos de madeira (6,5%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (5,8%). Indústrias extrativas (5,2%) e produtos alimentícios (4,8%). Os 11 ramos restantes registraram recuo, com destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), produtos diversos (-8,4%), máquinas e equipamentos (-5,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%), artigos do vestuário e acessórios (-3,6%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,5%). 

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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