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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 04/09/2024

                          Queda localizada

                          A segunda metade do ano teve início com recuo da produção industrial, após a retomada da atividade passado o momento mais crítico do desastre ambiental no Rio Grande do Sul. Em seu agregado, a indústria registrou -1,4% na passagem de jun/24 para jul/24, já descontados os efeitos sazonais. 

                          Este resultado, contudo, não chega a sinalizar uma reversão da boa trajetória que a produção e o PIB do setor vêm apresentando. Isso porque muito da queda está concentrada em poucos ramos (28% do total) e os casos mais graves refletem fatores que podemos considerar como “extra econômicos”. 

                          De todo modo, os desafios para a continuidade do crescimento industrial continuam existindo e não podem ser minimizados. Há grandes obstáculos, como o risco de uma nova fase de elevação da taxa básica de juros (Selic), prejudicando os mercados que precisam de crédito para se dinamizar, a exemplo de bens de capital e bens de consumo duráveis, que lideram a expansão industrial em 2024. 

                          E há também obstáculos localizados, como os incêndios no interior de São Paulo que podem prejudicar a produção de álcool e açúcar não apenas em ago/24, mas também em meses seguintes a depender da amplitude dos danos e do tempo necessário para recuperar as lavouras de cana. É um quadro que se agrava, dado que a forte estiagem já compromete o desempenho da atividade.

                          A pesquisa do IBGE divulgada hoje mostra que as indústrias alimentícias (-3,8%) e de biocombustíveis e derivados de petróleo (-3,9%) foram os que mais caíram em jul/24 na série com ajuste sazonal, sob influência da produção de açúcar e de etanol. Paradas programadas de unidades produtivas também contribuíram para declínio na indústria extrativa (-2,4%) e derivados de petróleo, assim como de papel e celulose.

                               •  Indústria geral: -1,5% em mai/24; +4,3% em jun/24 e -1,4% em jul/24;

                               •  Bens de capital: -1,9%; +0,8% e +2,5%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,6%; +2,3% e -0,3%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -6,4%; +5,9% e +9,1%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,4%; +4,5% e -3,1%, respectivamente.

                          Por esta razão, dois dos quatro macrossetores industriais registraram perda em jul/24, notadamente bens de consumo semi e não duráveis, como mostram as variações com ajuste sazonal acima. O outro sinal negativo ficou a cargo de bens intermediários. Ainda assim, em nenhum destes casos as quedas foram intensas o suficiente para anularem a alta do mês anterior.

                          A produção de bens de consumo duráveis, por sua vez, não só se manteve no azul, como ganhou robustez em jun/24. Sua alta de +9,1% já descontados os efeitos sazonais, foi puxada pela indústria automobilística, que presentou variação de +12%. No acumulado de jan-jul/24 também é o macrossetor que mais cresce, com +8,1% ante jan-jul/23, com sinais positivos em todos os seus ramos.

                          Em segundo lugar, ficou o desempenho de bens de capital, com um crescimento de +2,5% na passagem de jun/24 para jul/24, livre de efeitos sazonais, com contribuições positivas vindo, por exemplo, de máquinas e equipamentos (+4,2%), equipamentos e aparelhos elétricos (+5,1%) e outros equipamentos de transporte (+9%).

                          No acumulado do ano até jul/24, bens de capital também é um dos que mais progridem, logo após bens de consumo duráveis. Sua alta chega a +6,8% ante jan-jul/23, puxada por bens de capital de uso misto (+18,2%), de transporte (+12,6%) e para a própria indústria (+5,2%).

                          Vale observar que a produção de bens de capital para a própria indústria é sinal de investimento do setor. Este segmento da indústria de bens de capital caiu sistematicamente entre o 4º trim/21 e o 1º trim/24 na comparação interanual, mas voltou a crescer no 2º trim/24 (+8,5%), dando continuidade em jul/24, quando registrou +11,8%.

                          Bens intermediários (+2,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (+3,9%), a despeito do recuo no curto prazo, como visto acima, apresentam expansão no acumulado de jan-jul/24, de forma bastante distribuída entre seus segmentos. 

                          No primeiro caso, os resultados mais expressivos ficam por conta de intermediários de veículos (+5,8% ante jan-jul/23), celulose (+4,4%) e embalagens (+7,6%). No segundo caso, o setor de carnes (+19,1%), bebidas (+7,1%) e têxteis (+6,2%) é que se destacam.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de julho de 2024 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional caiu -1,4% frente ao mês de junho na série livre de efeitos sazonais. No acumulado em doze meses foi observado incremento de 2,2% e no acumulado no ano registrou-se aumento de 3,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (julho de 2023), aferiu-se expansão de 6,1%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (junho/2024), segundo dados dessazonalizados, o segmento de bens de capital aumentou 2,5% e o segmento de bens duráveis 9,1%. As outras três categorias analisadas apresentaram recuo: bens de consumo (-2,5%), bens intermediários (-0,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (-3,1%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano passado (julho/2023), todas as categorias apresentaram variação positiva, na seguinte ordem: bens duráveis (31,4%), bens de capital (17,3%), bens de consumo (8,7%), bens semiduráveis e não duráveis (5,5%) e bens intermediários (4,0%).

                          O resultado do acumulado no ano registrou crescimento em todas as categorias pesquisadas: bens duráveis (8,1%), bens de capital (6,8%), bens de consumo (4,5%), bens semiduráveis e não duráveis (3,9%) e bens intermediários (2,3%).

                          No índice acumulado em 12 meses, quatro segmentos assinalaram resultados positivos: bens duráveis (3,5%), bens semiduráveis e não duráveis (3,4%), bens de consumo (3,4%) e bens intermediários (2,1%). Já o segmento de bens de capital (-2,4%) caiu.

                          Setores. Na comparação de julho de 2024 frente ao mesmo mês do ano passado (julho de 2023), houve retração na produção de 4 dos 25 ramos pesquisados: produtos de fumo (-4,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-0,6) e indústrias extrativas (-0,4%). Por sua vez, as maiores variações positivas nessa base de comparação foram verificadas nos seguintes setores: fabricação de móveis (26,9%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (26,8%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,4%), fabricação de produtos diversos (19,4%) e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,0%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2024, 20 dos 25 setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: equipamentos de transporte (12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,4%), móveis (9,2%) e produtos de madeira (8,5%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,7%), produtos diversos (-1,8%), produtos do fumo (-1,5%) e máquinas e equipamentos (-0,1%) apresentaram as maiores quedas.

                          Na análise do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação negativa em 9 dos 25 ramos analisados, com destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%), produtos diversos (-5,9%), máquinas e equipamentos (-4,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%) e artigos do vestuário e acessórios (-1,4%). Já fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (8,6%), produtos de madeira (8,3%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (5,3%), fabricação de móveis (5,0%) e indústrias extrativas (4,7%) apresentaram os maiores incrementos. 

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