Carta IEDI
Indústria por Intensidade Tecnológica: recuos generalizados em 2020
Em 2020, a indústria de transformação acumulou retração de -4,6% em sua produção, devido aos efeitos econômicos da Covid-19. Com isso, desde 2014 foram quatro anos de perdas e três anos de variação positiva, dos quais o melhor foi 2017 (+2,2%) por contar com uma base de comparação muito deprimida.
Esta Carta IEDI avalia o desempenho industrial no ano passado agrupando os diferentes ramos da indústria em quatro faixas de intensidade tecnológica, segundo a metodologia empregada pela OCDE. São elas: alta, média-alta, média e média-baixa intensidade tecnológica, lembrando que a indústria de transformação não possui ramos de baixa tecnologia.
A primeira constatação é que nenhuma destas faixas conseguiu crescer em 2020. Ou seja, o impacto negativo da pandemia foi generalizado, embora alguns casos tenham sido piores do que outros.
As perdas mais intensas ficaram concentradas nas faixas intermediárias, com destaque para a média-alta, que acumulou -12,6% no ano como um todo, devido principalmente à produção de veículos e autopeças (-28,1%). O resultado da média-alta foi muito parecido com o de 2015 (-15,8%), o que faz com que em um intervalo de apenas cinco anos este grupo tenha sofrido duas crises extremamente agudas.
A indústria de média intensidade tecnológica apresentou o segundo pior resultado: -5,8%, sendo que já havia recuado -2,4% em 2019. Contou muito para isso o desempenho do ramo de metalurgia (-7,3%), mas também de minerais não metálicos (-2,3%) e borracha e plástico (-2,5%).
Também no vermelho, mas em uma intensidade inferior ao total da indústria de transformação ficou o grupo da alta tecnologia, que registrou -3,4% em 2020 como um todo. Neste caso, a expansão de +2% da indústria farmacêutica, em função da natureza sanitária da crise, contribuiu para amortecer a queda do grupo. Com as pessoas confinadas em suas casas, o ramo de eletrônicos (TV, som etc.) também não se saiu mal: +1,3%.
Por fim, a indústria de média-baixa intensidade tecnológica conseguiu se manter estável, variando apenas -0,1% no ano. Neste caso, produção de bens essenciais e o recurso à exportação foram atenuantes importantes da crise. Mesmo assim, entre seus ramos houve forte assimetria, com alimentos e bebidas crescendo +3,6% e vestuário e calçados retraindo -17,4%, por exemplo.
Sobre o 4º trim/20 isoladamente, o que pode ser assinalado como tendência para 2021? A contar pelo final do ano passado a sinalização é positiva, já que a indústria de transformação cresceu +4,8% frente a igual período de 2019 e todas as faixas voltaram ao azul.
A reação no 4º trim/20 foi mais forte justamente naquelas faixas que mais perderam ao longo do ano: a média-alta avançou +5,3% e a média intensidade, +8,9%. Nos grupos extremos o desempenho foi mais modesto e muito parecido, de +3,1% na alta tecnologia e +3,3% na média-baixa.
A continuidade deste crescimento, porém, na entrada de 2021 pode não ter ocorrido, dada a aceleração do número de casos de Covid-19 e a nova variante do vírus, o que tem obrigado muitas localidades a adotaram novas medidas restritivas, a lentidão da imunização da população e o fim dos programas emergenciais, que foram essenciais para amenizar o impacto econômico da pandemia até o final de 2020.
Um panorama da indústria geral e da indústria de transformação
O ano de 2020 encerrou com a indústria geral (extrativa e de transformação) sofrendo retração de 4,5% em relação ao ano anterior. O forte impacto da pandemia da covid-19 e a má condução de medidas para seu enfrentamento por parte do governo federal concorreram sobremaneira para tanto. Ainda assim a indústria geral logrou incremento de 0,9% na passagem de novembro para dezembro pela série dessazonalizada, o oitavo mês consecutivo de aumento após quedas superlativas em março e abril.
Na comparação entre meses de dezembro, o incremento foi de 8,2%, puxando a expansão de 3,4% no último trimestre de 2020 frente ao mesmo período de 2019. Contribuíram para essa recuperação o estabelecimento do auxílio emergencial a partir dos esforços do Congresso Nacional e a melhora nos números da pandemia no decorrer do segundo semestre, criando a ilusão de normalidade que culminaria no trágico começo de 2021.
Esses números foram puxados, sobretudo, pela indústria de transformação, que, em dezembro cresceu seja ante o mês imediatamente anterior pelos dados dessazonalizados, 1,5%, perfazendo oito meses seguidos de crescimento, seja frente igual mês de 2019, 10,1%. No contraste entre quartos trimestres, sua produção física aumentou 4,8%. Apesar dessas taxas, 2020 para a indústria de transformação foi de recuo, de 4,6%, tal como observado na indústria geral.
A extração mineral teve retração até menor em 2020, de 3,4%. Na passagem de novembro para dezembro, pela série dessazonalizada, produziu 3,7% mais, porém após três meses seguidos de queda. Ao longo do ano passado, foram sete meses de taxas negativas nessa base de comparação. Ademais, distintamente da indústria geral e da indústria de transformação, sua produção retrocedeu nas comparações entre meses dezembro (-3,9%) e quartos trimestres (-6,4%).
A indústria geral por intensidade tecnológica
A OCDE tem utilizado há algum tempo uma taxonomia para a indústria de transformação, classificando seus distintos ramos por intensidade tecnológica, baseada em gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Esse esforço foi aprimorado por Hatzichronoglou, em estudo publicado pela própria OCDE. Este serviu de base para que o IEDI estruturasse os dados da indústria de transformação constantes da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), obtendo a produção por faixas de intensidade tecnológica, a saber, alta, média-alta, média-baixa e baixa.
Em 2016, Galindo-Rueda e Verger, ampliaram o alcance dessa classificação, ao abarcar todas as atividades sistematizadas na revisão 4 da Classificação Industrial Internacional Uniforme (CIIU). A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), adotada no Brasil e, por conseguinte, na PIM-PF, segue a CIIU. Nesse esforço e com a atualização de indicadores de P&D realizada pelos autores, foram definidas cinco faixas de intensidade tecnológica: alta, média-alta, média, média-baixa e baixa.
A PIM-PF abrange duas das quatro seções que constituem o setor industrial: a indústria extrativa e a indústria de transformação. Ambas compõem a chamada indústria geral. Pelo estudo de 2016, nenhum dos ramos cobertos pela PIM-PF faz parte da faixa de baixa intensidade tecnológica, composta pela agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; pelas duas outras atividades industriais (produção e distribuição de eletricidade, gás, água e limpeza urbana; e construção); e amplo conjunto de serviços (alguns serviços compõem as faixas de alta, de média-alta e de média-baixa intensidade tecnológica).
Assim todos os ramos da indústria de transformação estão classificados nas faixas de alta, média-alta, média e média-baixa intensidade tecnológica, enquanto toda a extração mineral está dentro do segmento de média-baixa intensidade.
A tabulação a seguir sintetiza os dados por intensidade tecnológica para o mês de dezembro, considerando seja a indústria geral, seja a de transformação por intensidade tecnológica, focando nas comparações entre mês, quarto trimestre e acumulado do ano contra seus equivalentes de 2019.
Todos os quatro segmentos da indústria geral por intensidade tecnológica lograram expansão frente a dezembro de 2019, sendo que as faixas de alta, média-alta e média intensidade registraram taxas de dois dígitos. Ainda assim, outubro-dezembro foi de queda para a indústria de alta intensidade tecnológica, enquanto as outras três cresceram. A produção maior no final do ano, no entanto, não impediu que as quatro faixas retrocedessem em 2020.
O segmento de alta intensidade logrou aumento de 17,4% em sua produção na comparação entre meses de dezembro, puxada pelo complexo eletrônico e pela indústria farmacêutica, com a fabricação de aviões em sentido contrário. Com essa taxa de dois dígitos, a faixa como um todo conseguiu crescer 3,1% no contraponto entre quartos trimestres de 2020 e 2019. Ainda assim, o ano de 2020 foi de queda para o segmento em comento (-3,4%), por conta da menor produção de aviões e de produtos eletrônicos. A indústria farmacêutica cresceu no ano, o que seria de esperar em ano de pandemia.
A faixa de média-alta intensidade produziu 18,6% mais no confronto entre meses de dezembro, puxando o crescimento de 5,3% no quarto trimestre. Apesar de tanto, o ano foi de recuo de dois dígitos: -12,6%. A indústria automotiva, embora tenha contribuído bem na expansão de dezembro, declinou no último trimestre do ano e a maior queda em 2020 dentro os ramos do segmento de média-alta intensidade tecnológica. Os ramos de máquinas e equipamentos, de material elétrico e a indústria química cresceram pelo contraponto entre meses de dezembro, propiciando suas respectivas expansões no quarto trimestre. Mas apenas a fabricação de químicos não se retraiu.
A indústria de média intensidade cresceu 19,0% em dezembro, contribuindo para a expansão de 8,9% no quarto trimestre. Mesmo assim, sua produção em 2020 retrocedeu 5,8%. A fabricação de produtos de borracha e material plástico, a de produtos de minerais não metálicos e a metalurgia apresentaram o mesmo comportamento, incremento no final do ano, mas insuficiente para se contrapor às perdas do período anterior. A fabricação de produtos diversos nem chegou a crescer em outubro-dezembro, com recuo em 2020.
O segmento de média-baixa intensidade cresceu 1,2% em dezembro, quase a mesma de outubro-dezembro, de 1,3%. Tais performances não impediram a retração de 0,8% em 2020, mas foi a menor retração dentre as quatro faixas da indústria geral. Como visto, a indústria extrativa retrocedeu em todas essas bases comparativas. Já a indústria de transformação de média-baixa intensidade registrou os mesmos sinais da faixa como um todo, mas ficando quase estável, recuo de 0,1%.
Dos ramos da indústria de transformação desta faixa, a fabricação de produtos de metal (exceto armas, munições e equipamentos bélicos) e a de têxteis, vestuário, calçados e artigos de couro tiveram comportamento equivalente ao desse conjunto em termos de sinais: expansão em dezembro e no quarto trimestre, queda no ano. A indústria de alimentos, bebida e fumo e produção de derivados e petróleo, biocombustíveis e afins cresceram no último trimestre e no ano, mesmo registrando taxa negativa em dezembro.
Indústria de transformação de alta intensidade tecnológica
Em dezembro último, a faixa de alta intensidade tecnológica da indústria de transformação cresceu 17,4% frente a igual mês de 2019. Tal expansão puxou o resultado do quarto trimestre, com a indústria de transformação de alta intensidade crescendo 3,1% em relação ao mesmo período de 2019. Esses resultados não foram o suficiente para se contrapor às perdas anteriores, de sorte que a produção física do segmento retrocedeu 3,4% em 2020. Para essas retrações concorreu o desempenho da fabricação de aviões, como aponta o IBGE.
A indústria farmacêutica, como seria de esperar, foi o único ramo desse segmento a crescer nas bases de comparação em questão. Nas comparações entre meses de dezembro e entre quartos trimestres de 2020 e de 2019, logrou crescimento de 17,5% e de 1,8%, respectivamente. Estes números contribuíram para sua expansão de 2,0% em 2020.
Quanto à produção do complexo eletrônico, cresceu 28,8% em dezembro, puxando a expansão de 14,1% no último quarto de 2020. Apesar dessas taxas de crescimento de dois dígitos, o complexo retrocedeu 1,6% na comparação entre o ano passado e 2019.
Dentro do complexo eletrônico, a fabricação de equipamentos de áudio, vídeo e comunicação, que abrange a produção de componentes eletrônicos, muitos dos quais utilizados noutros ramos, foi o que menos cresceu em dezembro, 18,4%, culminando no crescimento de 12,4 no quarto trimestre vis-à-vis igual período de 2019. Embora tenha sido o ramo desse complexo que menos cresceu nessas duas bases comparativas, foi o único dos três a crescer em 2020, 1,3%. Esse comportamento, distinto dos demais ramos do complexo, se deveu ao fato de estar concentrado no Polo Industrial de Manaus, cidade cujos danos pandêmicos se concentraram em abril e maio, com arrefecimento já em junho, permitindo retomada produtiva antes do restante do País. Mas a aparente normalidade em Manaus começou a cobrar o preço com violenta segunda onda da pandemia, também antes do restante do Brasil, comprometendo o início de 2021.
Os dois outros ramos do complexo eletrônico se retraíram em 2020, mesmo com forte expansão no final do ano. A fabricação de material de escritório e informática cresceu 44,9% no contraponto entre meses de dezembro, contribuindo para a expansão de 19,3% no quarto trimestre. Mesmo com tais taxas, sua produção diminuiu 6,6% em 2020. Quanto à fabricação de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e material ótico, sua produção aumentou 53,5% em dezembro e 13,1% em outubro-dezembro. Apesar dessa performance no final do ano, sua produção diminuiu 9,5% em 2020.
Indústria de transformação de média-alta intensidade tecnológica
A faixa de média-alta intensidade tecnológica sentiu bastante os efeitos da pandemia ao longo do ano passado. À medida que o ano foi passando e a pandemia parecia arrefecer, sua produção foi crescendo. Em dezembro, logrou aumento de 18,6% frente ao mesmo mês de 2019, resultado que puxou o do trimestre derradeiro, expansão de 5,3%. A despeito dessas taxas, o ano de 2020 foi de forte queda, de 12,6%.
A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias contribuiu para a expansão da indústria de transformação de média-alta intensidade em dezembro, crescendo 22,6%. Mesmo com tal expansão, outubro-dezembro registrou variação negativa, -0,2%, ficando estável. Com as paralisações nas linhas de produção em face das medidas de distanciamento social, em especial de março a maio, e o citado desempenho no último trimestre de 2020, o ano registrou retração de 28,1% na produção desses equipamentos de transporte.
Os ramos mais associados à indústria de bens de capital, fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; e fabricação de máquinas e equipamentos (M&E), cresceram em dezembro: 18,8% e 37,4%, respectivamente. Seus desempenhos em dezembro contribuíram para que o trimestre final de 2020 fosse de ampliação na produção: de 12,3% em aparelhos e materiais elétricos e de 19,2% em M&E. Todavia, essas expansões de dois dígitos não foram suficientes o crescimento no ano, registrando recuos de 2,6% e de 4,2% na comparação com 2019.
A indústria química cresceu 7,7% em dezembro, puxando o incremento no quarto trimestre, de 3,7%. Diferentemente dos ramos acima, porém, tais desempenhos levaram a uma taxa de 0,2%.
A fabricação de instrumentos e materiais (I&M) de uso médico e odontológico e artigos óticos retrocedeu 15,4% em dezembro e 15,1% no quarto trimestre. No ano, a produção desses instrumentos e artigos diminuiu 22,2%. Embora seja um ramo ligado ao setor de saúde, porém seu comportamento se deveu a menor produção de produtos ligados à oftalmologia e à ortopedia, dissociados da covid-19.
Indústria de transformação de média intensidade tecnológica
A produção física da faixa de média intensidade aumentou 19,0% na comparação entre meses de dezembro, puxando a expansão de 8,9% no quarto trimestre frente ao mesmo período de 2019. Esse desempenho, porém, não impediu a retração de 5,8% em 2020.
A metalurgia, até por conta de seu peso nessa faixa, contribuiu para tais resultados da indústria de média intensidade. Em dezembro, sua produção cresceu 28,9%%, puxando a expansão de 11,4% no quarto trimestre. Todavia o ano de 2020 terminou com retração de 7,2% frente a 2019.
A fabricação de produtos de minerais não-metálicos, outro ramo industrial intensivo em recursos naturais, e a fabricação de borracha e produtos plásticos tiveram comportamento similar. Quanto ao primeiro, no último mês de 2020, sua produção aumentou 17,5%, com crescimento de 12,4% em outubro-dezembro de 2020 contra igual período do ano anterior. Mas, em 2020, declinou 2,3%. Já a fabricação de borracha e produtos plásticos, em dezembro, produziu 18,6% a mais do que no mesmo mês de 2019, contribuindo para a expansão de 11,0% no quarto trimestre. Apesar dessas performances, no ano sofreu recuo de 2,5%.
A fabricação de produtos diversos (exceto I&M de uso médico e odontológico e artigos óticos) teve crescimento de 2,0% em dezembro, ficando estável no quarto trimestre, taxa de -0,2%. Em 2020, sua produção diminuiu 12,5%.
Quanto à manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, sua produção retrocedeu nas três bases de comparação. Em dezembro, retrocedeu 8,0%, com queda de 12,7% no quarto trimestre. Em 2020, sua produção caiu 16,0%.
Indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica
O conjunto de ramos da indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica cresceu 2,7% no contraponto entre meses de dezembro, com incremento de 3,3% no último trimestre de 2020. Contudo, não conseguiu crescer no ano, registrando taxa de -0,1%.
O agrupamento mais expressivo dentre os ramos dessa faixa, o das indústrias de alimentos, bebidas e de fumo, ficou estável em dezembro, reduzindo em 0,1% sua produção. Ainda assim, no quarto trimestre, logrou incremento de 1,8%. No ano como um todo, sua produção cresceu 3,6%.
A fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis se comportou de modo similar. No último mês de 2020, produziu 0,6% menos do que em dezembro de 2019. Em que pese esse resultado negativo, o quarto trimestre foi de expansão para a atividade: 3,9%. Em 2020, o crescimento foi ainda maior, de 4,4%.
O outro ramo dessa faixa relativamente intensivo em recursos naturais, a produção do conjunto dos ramos madeireiro, de papel e celulose, gráficas e afins, experimentou recuo de 1,2% em dezembro, mas com o quarto trimestre ainda mostrando incremento, de 0,5%. Porém, em 2020, sua produção sofreu retração de 4,0%.
A fabricação de produtos de metal (exceto M&E e equipamentos bélicos, armas e munições) e o conjunto dos ramos têxteis, de artigos de vestuário, de couro e calçados apresentaram o mesmo comportamento. Ambos cresceram bastante em dezembro, 19,3% e 19,9%, respectivamente. A fabricação de produtos de metal, assim, logrou expansão de 11,8% no quarto trimestre, mas com queda de 2,1% no ano. O grupamento das indústrias de têxteis, artigos de vestuário, couro e calçados obteve crescimento de 6,5% em outubro-dezembro de 2020, porém sem impedir a retração de 17,4% no ano.