Carta IEDI
Os Resultados do PIB e a Dimensão Tecnológica do Crescimento Industrial
A Carta IEDI de hoje aborda dois assuntos referentes ao bom desempenho global da economia em 2007. As principais características da evolução do PIB, que alcançou 5,4%, é o primeiro deles. O segundo analisa o resultado da produção industrial brasileira, que alcançou 6% no ano passado, do ponto de vista da intensidade tecnológica. A seguir são resumidos os principais pontos de um e do outro tema.
O crescimento de 5,4% do PIB brasileiro em 2007 deve ser comemorado como um índice significativamente superior à média dos quatro anos anteriores, de 3,5%. O crescimento econômico do ano passado se acerca mais do que pode ser considerado como a taxa objetivo para um país com a força e a diversidade econômica de que o Brasil dispõe. Essa taxa é de 7% ao ano.
Na proporção do crescimento do PIB e do investimento certamente reside a característica mais relevante dos resultados anunciados pelo IBGE e que sugere continuidade do crescimento econômico. A variação real do investimento, de 13,4%, correspondente a duas vezes e meia a variação do produto, é a melhor política antiinflacionária que o país pode ter, pois dinamicamente vai resolvendo o problema do abastecimento sem pressões sobre os preços. A taxa de investimento (relação entre formação bruta de capital fixo e PIB) foi de 17,7% em 2007, com significativa expansão relativamente ao ano anterior (15,9%), mas permanece muito baixa. Políticas mais amplas e maiores incentivos tributários e financeiros às inversões e para a área de infra-estrutura podem colaborar para esse objetivo.
Dois sérios problemas revelados pelos resultados do PIB devem merecer estudos e atenção:
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A contribuição negativa do comércio exterior de bens e serviços para o crescimento, que em 2007 chegou a 1,5 pontos percentuais. A valorização cambial, é claro, está na base de explicação desse resultado. Analistas não atribuem problema a esse resultado negativo de curto prazo, alegando que o mercado interno serve de compensação. Isso de fato ocorreu em 2007, podendo se repetir em 2008, mas leva a uma sobreutilização do mercado interno, requerendo um crescimento do consumo e do crédito tão acentuados que pode esbarrar em limites. Em uma hipótese ainda não vislumbrada, mas sempre possível, de menor dinamismo do mercado interno, o Brasil sentirá falta de políticas voltadas para assegurar um balanceamento maior entre fonte externa e interna de crescimento.
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Como outra conseqüência do câmbio valorizado, pode estar ocorrendo um empobrecendo das cadeias industriais de produção em um silencioso processo que a alta performance do crescimento da produção, mormente na indústria, parece não confirmar. Para pensar e aprofundar: segundo a pesquisa de produção industrial, a indústria de transformação acusou aumento real de 6% em 2007, mas, segundo os dados do PIB, foi menor o crescimento real do valor adicionado da indústria, 4,9%. Cresce a produção, porém com menor agregação de valor.
Quanto ao tema da intensidade tecnológica da produção industrial, há aspectos relevantes a se considerar. Dos quatro segmentos por intensidade tecnológica, a saber, alta, média-alta, média-baixa e baixa, apenas a de média-alta experimentou crescimento acima do da indústria de transformação como um todo (6,0%) em 2007 frente ao ano anterior. Os principais resultados foram:
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Após obter as mais altas taxas de expansão no biênio 2005-2006, o segmento de alta tecnologia continuou crescendo, mas em menor intensidade: 4,2%, abaixo da indústria de transformação em sua totalidade.
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A faixa de média-alta intensidade tecnológica teve crescimento de dois dígitos, 12,7%, alicerçada em máquinas e equipamentos, na indústria automotiva e de equipamentos para ferrovia e outros de transporte, como motocicletas.
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Em média-baixa tecnologia o aumento foi de 5,1% em 2007, puxada pela indústria de produtos metálicos, 6,4%.
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O segmento que menos cresceu foi o de baixo conteúdo tecnológico, com incremento de somente 1,8%, sendo que nenhum de seus quatro segmentos componentes logrou sequer variação de 3%.
O que transparece de tais resultados é que o dinamismo doméstico tanto estimulou a venda de bens finais, a exemplo dos veículos automotivos e de bens de informática, quanto o investimento, como se depreende da expansão na produção de máquinas e equipamentos. Já foi observado que esse último aspecto confere um caráter de maior sustentação no atual processo de expansão. Por outro lado, as faixas de intensidade tecnológica da indústria de transformação que menos cresceram foram justamente as duas extremas, a de alta e a de baixa tecnologia, as quais o câmbio pode ter afetado negativamente. Note-se, que o menor dinamismo em setores como alimentos, têxteis, couros, calçados e madeira, que são forte demandantes de mão-de-obra, assevera haver espaço para um crescimento industrial ainda mais vigoroso.
Qualidades e Problemas da Evolução do PIB em 2007. Em si, o crescimento de 5,4% do PIB brasileiro em 2007 deve ser comemorado como um índice significativamente superior à média dos quatro anos anteriores, vale dizer de 2002 a 2006, equivalente ao primeiro período do atual governo, quando em média a variação foi de 3,5%. O crescimento econômico do ano passado se acerca mais do que pode ser considerado como a taxa objetivo para um país com a força e a diversidade econômica de que o Brasil dispõe. Essa taxa é de 7% ao ano.
Mas, além da magnitude da evolução quantitativa, talvez ainda mais importante seja sublinhar as características da qualidade desse crescimento, as quais, de uma forma geral, são positivas, mas que, em pelo menos dois aspectos, causam grande preocupação. Uma apreciável uniformidade das taxas de evolução dos macro-setores no ano passado constitui um primeiro traço distintivo a ser considerado. A agropecuária teve o maior aumento, 5,3%, mas o desempenho da indústria, 4,9%, e serviços, 4,7%, ficaram muito próximos. Crescimento mais equilibrado entre os setores é sinal de uma expansão mais espalhada pela economia e, sendo assim, com maior capacidade de se reproduzir.
Na indústria alguns temas devem ser abordados. Primeiro, a grande reativação do setor que é o coração do complexo industrial, ou seja, a indústria de transformação. Seu dinamismo muito baixo em 2006 (variação de apenas 2%) cedeu lugar a um crescimento de 5,1%. Foi essa variação o fator individual mais destacado para que o PIB global do país transitasse da taxa de 3,8% em 2006, para o já observado crescimento de 5,4% no ano seguinte. Embora o crescimento da indústria automobilística, dos setores de bens de consumo duráveis de uma forma mais geral e do segmento de bens de capital terem liderado amplamente o desempenho da indústria de transformação, ao longo de 2007 foram sendo incorporados muito outros setores ao processo, de forma que, com algumas raras exceções em geral associadas ao impacto negativo do câmbio valorizado, o ano se encerrou com o setor industrial apresentando crescimento generalizado.
Serviços industriais de utilidade pública foi um segmento com evolução próxima à indústria de transformação, 5%, mas, no caso da indústria extrativa, o crescimento foi baixo, de 3%, em razão da extração de petróleo que teve diminuta evolução. Como esse setor tem potencial elevado de expansão e como não devem ser repetidos os problemas que levaram ao baixo desempenho de extração de petróleo, 2008 deve registrar melhor resultado. A mesma perspectiva vale para a construção civil, um setor que pelo segundo ano consecutivo teve performance favorável (+4,6% em 2006 e +5% em 2007). Isto porque o boom imobiliário no país apresentou resultados apenas parciais no ano passado, reservando para 2008 reflexos ainda mais intensos sobre a atividade produtiva. O quadro, portanto, para o complexo industrial é positivo quanto à perspectiva de reprodução em 2008 de um crescimento favorável, é claro, dependendo de condições externas e de taxas de juros internas que não limitem esses setores.
O mercado interno foi o propulsor do crescimento em 2007, como vem sendo amplamente salientado. Mas é importante observar que o consumo do governo não foi uma fonte relevante do crescimento econômico. O consumo das famílias surpreendeu pela sua aceleração, seja na comparação entre as médias de 2006 (4,6%) e 2007 (6,5%), seja na comparação trimestral. Neste último caso, taxas crescentes frente ao mesmo trimestre do ano anterior vêm sendo verificadas desde o segundo trimestre de 2006: 4,5% no primeiro trimestre, 4,6% no trimestre seguinte, 4,9% e 5,7% nos dois últimos trimestres de 2006; 5,7%, 5,8%, 6,0% e 8,6% nos quatro trimestres de 2007. Sobre uma base de evolução expressiva da massa de rendimento real da população – alimentada pelo aumento do emprego e da renda das ocupações, além da continuidade de programas sociais e da evolução do salário mínimo –, a variável que definiu esse maior ritmo do consumo foi o crédito. O financiamento dos bancos para as pessoas físicas repetiu em 2007 os últimos 4 anos, ou seja, um aumento real superior a 20%. Há limites para tamanha evolução do crédito, mas, por enquanto, o indicador de inadimplência ainda não acusa qualquer sinal de proximidade desse limite.
Na proporção do crescimento do PIB e do investimento, avaliado pela formação bruta de capital fixo, certamente reside a característica mais relevante a sugerir continuidade do crescimento econômico. A variação real do investimento, de 13,4%, correspondente a duas vezes e meia a variação do produto, é a melhor política antiinflacionária que o país pode ter, pois dinamicamente vai resolvendo o problema do abastecimento sem pressões sobre os preços. A taxa de investimento (relação entre formação bruta de capital fixo e PIB em valor) em 2007 foi de 17,7%, com significativa expansão com relação ao ano anterior, 15,9%. No entanto, permanece muito baixa, sinal que é possível, e altamente desejável, que o aumento do investimento de 2007 se repita em 2008 e anos subseqüentes. Políticas mais amplas e maiores incentivos tributários e financeiros às inversões, assim como para a área de infra-estrutura, podem colaborar para esse objetivo.
O aumento real dos impostos líquidos sobre produtos, 9,1%, é indicativo de que o melhor ajuste fiscal que o Brasil pode fazer é seguir crescendo sua economia. A estrutura tributária mostra elevada elasticidade ao crescimento, sugerindo que, em sendo preservado o crescimento, o governo pode ser mais audacioso na redução da carga tributária e em processos de desoneração tributária do investimento, folha de salários e exportação.
Dois sérios problemas revelados pelos resultados do PIB e que devem merecer estudos mais aprofundados dizem respeito:
- À contribuição negativa do comércio exterior de bens e serviços para o crescimento, que em 2007 chegou a 1,5 pontos percentuais. A valorização cambial, é claro, está na base de explicação desse resultado. Analistas não atribuem problema a esse resultado negativo de curto prazo alegando que o mercado interno serve de compensação. Isso de fato ocorreu em 2007, podendo se repetir em 2008, mas leva a uma sobreutilização do mercado interno, requerendo um crescimento do consumo e do crédito tão acentuados que pode esbarrar em limites. A observação relevante é que os países emergentes de maior industrialização do passado (Japão, Coréia, por exemplo) ou do presente (China) não abriram mão da contribuição do comércio exterior ao crescimento de curto prazo. Em uma hipótese ainda não vislumbrada, mas sempre possível de menor dinamismo do mercado interno, o Brasil sentirá falta de políticas voltadas para assegurar um balanceamento maior entre fonte externa e interna de crescimento.
- Ao efeito cambial sobre a agregação de valor. Em outra conseqüência do câmbio valorizado, pode estar ocorrendo um empobrecendo das cadeias industriais de produção em um silencioso processo que a alta performance do crescimento da produção, mormente na indústria, parece não confirmar. Para pensar e aprofundar: segundo a pesquisa de produção industrial, a indústria de transformação acusou aumento real de 6% em 2007, mas, segundo os dados do PIB, foi menor o crescimento real do valor adicionado da indústria, 4,9%. Cresce a produção, porém com menor agregação de valor.
Ótica da Oferta e Ótica da Demanda. A agropecuária, sob a ótica da oferta, foi o setor de maior expansão no acumulado do ano de 2007 (5,3%), seguido por indústria total (4,9%) e serviços (4,7%). Dentro do setor industrial, as maiores expansões vieram da indústria de transformação (5,1%), construção (5,0%) e produção e distribuição de gás e eletricidade (5,0%). A indústria extrativa, por sua vez, apresentou crescimento abaixo da média do setor (3,0%). Dentro da categoria serviços, as maiores altas no acumulado no ano foram verificadas em: intermediação financeira e seguros (13,0%), serviços de informação (8,0%) e comércio (7,6%), enquanto que o desempenho mais modesto foi de administração, saúde e educação públicas (0,9%).
Com relação ao trimestre imediatamente anterior, a partir de dados livres de efeito sazonal, no último trimestre de 2007 constatou-se crescimento no setor de serviços de 1,6% (a 18ª alta seguida observada, além de ser a maior alta desde o 2° trimestre de 2004, 1,6%). Já o setor industrial apresentou acréscimo de 1,4% no seu nível de atividade, após 2 elevações consecutivas (2,9% no 2° trimestre de 2007 e 1,3% no 3° trimestre). O setor agropecuário assinalou um recuo de 0,3% na passagem do 3° para o 4° trimestre.
Na comparação entre o 4° trimestre de 2007 e o mesmo trimestre de 2006, novamente o setor agropecuário apresentou a maior taxa de crescimento (8,6%, a 6ª alta consecutiva). Em seguida aparece o setor de serviços, que registrou crescimento de 5,3%, com destaque para o ramo de intermediação financeira e seguros (20,0%), serviços de informação (8,9%) e comércio (8,4%). O destaque negativo foi o ramo de administração, saúde e educação públicas, que sofreu uma pequena retração (-0,4%). O setor industrial, por sua vez, teve alta de 4,4%, com destaque para os sub-setores de produção e distribuição de eletricidade e gás (6,5%), construção (6,2%) e indústria de transformação (4,4%). A produção da indústria extrativa por sua vez, ainda em relação ao 4º trimestre de 2006, permaneceu praticamente a mesma (0,3%).
No acumulado do ano de 2007, o componente da demanda interna que registrou a mais elevada taxa de crescimento foi formação bruta de capital fixo, que cresceu 13,4%, a maior expansão desde o início da série em 1996. Outro destaque foi o consumo das famílias, com alta de 6,5%, impulsionado pela elevação da massa salarial dos trabalhadores e pelo aumento das operações de crédito. Cabe destacar que o aumento apresentado pelo consumo das famílias em 2007 foi também o maior observado desde o início da série. O consumo do governo assinalou aumento de 3,1% (7ª elevação consecutiva). As importações cresceram 20,7%, frente a 6,6% das exportações. Destaca-se ainda que as importações crescem mais que as exportações desde do 4° trimestre de 2005.
Na comparação entre o 4º trimestre de 2007 e o trimestre imediatamente anterior, com dados dessazonalizados, o destaque foi a alta de 3,7% do consumo das famílias, o 18° crescimento consecutivo dessa variável e a maior elevação desde o 2° trimestre de 1996, quando o consumo familiar aumentou 4,3%. A formação bruta de capital fixo apresentou sua 6ª alta consecutiva, ao crescer 3,4% no último trimestre de 2007. O consumo estatal permaneceu estagnado no último trimestre do ano, após apresentar o diminuto crescimento de 0,2% no 3° trimestre. Cabe evidenciar ainda que as importações apresentaram elevação de 5,6%, enquanto que as exportações de 2,6%.
Na relação entre o 4° trimestre de 2007 e o mesmo trimestre do ano anterior, destaca-se o salto de 16,0% da produção da formação bruta de capital fixo, seguido por consumo das famílias (8,6%) e consumo do governo (2,2%). As importações tiveram aumento de 23,4%, enquanto que as exportações registraram acréscimo de 6,3%.









A Produção Industrial Segundo a Intensidade Tecnológica. Como se sabe, em 2007 a indústria de transformação logrou seu melhor resultado desde 2004. Agrupando as atividades industriais por intensidade tecnológica segundo os critérios da OCDE, alguns aspectos relevantes podem ser considerados. Dos quatro segmentos por intensidade tecnológica, a saber, alta, média-alta, média-baixa e baixa, apenas a de média-alta experimentou crescimento acima do da indústria de transformação como um todo (6,0%) em 2007 frente ao ano anterior.
Especificamente quanto ao segmento de alta tecnologia, após obter as mais altas taxas de expansão no biênio 2005-2006, ele continuou crescendo, mas em ritmo menor, 4,2% – aquém da indústria de transformação em sua totalidade. Embora a indústria aeronáutica e a produção de material de informática tenham aumentado em dois dígitos, as demais atividades não tiveram dinamismo equivalente. A indústria de instrumentos e equipamentos médico-hospitalares, de precisão etc. cresceu 3,8%. O ramo farmacêutico, por sua vez, pouco cresceu, 2,0%, enquanto a fabricação de material eletrônico e de comunicações recuou 1,1%, por conta principalmente do declínio na produção de bens da linha marrom. Tal retração pode ser explicada, de um lado, pelo compasso de espera dos consumidores ante o desenrolar da implantação da TV digital e, de outro, pelo forte consumo desses produtos no período de 2004 a 2006, repondo a base instalada de equipamentos adquiridos no boom consumista do Plano Real, já necessitando ser trocada. De resto, a importação subsidiada pela valorização da moeda subtraiu capacidade de crescimento desses setores.
Já a faixa de média-alta intensidade tecnológica teve crescimento de dois dígitos, 12,7%, alicerçada em setores como máquinas e equipamentos, indústria automotiva e de equipamentos para ferrovia e outros de transporte. Nessa faixa, somente a indústria química obteve taxa de um dígito, 5,6%. A maior massa de rendimentos e as melhores condições de financiamento contribuíram decisivamente para a ampliação das atividades de média-alta tecnologia mais dinâmicas. Ademais, os ramos de maquinaria se beneficiaram do incremento na formação bruta de capital fixo do país.
A produção fabril da categoria média-baixa tecnologia aumentou 5,1% em 2007, puxada pela indústria de produtos metálicos, 6,4%, sendo este o único setor a crescer mais do que a indústria de transformação em sua totalidade. Em borracha e plástico, a produção aumentou 5,9%, seguida de produtos minerais não-metálicos (5,2%). Refino de petróleo, álcool etc. cresceu 3,1%. A atividade de menor variação foi a construção naval, 0,9%.
O segmento que menos cresceu foi o de baixo conteúdo tecnológico, com incremento de somente 1,8%. Nenhum de seus quatro segmentos componentes logrou sequer variação de 3% e, no caso de outros manufaturados e reciclados, houve declínio de 1,6%. A produção de têxteis, calçados e couro, por exemplo, cresceu 2,6% em 2007. Uma variação pequena, mas digna de registro, uma vez que 2005 e 2006 foram anos de quedas. A indústria de alimentos, bebidas e tabaco ampliou sua produção em 2,5%.
O menor dinamismo de indústrias relevantes na estrutura produtiva do País que compõem a faixa de baixa tecnologia, como a de alimentos, bebidas e fumo, além da de têxteis, couros e calçados, assevera haver espaço para um crescimento ainda mais vigoroso. Tanto mais caso se considere que os segmentos de baixa tecnologia são forte demandantes de mão-de-obra, além de sofrerem mais intensamente os efeitos do câmbio apreciado.




