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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 01/10/2019

                          Reação parcial

                          Depois de três meses de retração, a indústria voltou a ficar no azul no mês de agosto de 2019 ao variar +0,8% frente a julho, sem efeitos sazonais. Embora esta taxa de crescimento seja, por ora, a mais intensa do ano na série com ajuste, foi suficiente apenas para trazer a produção de volta ao nível de maio deste ano e não chegou a se difundir pela maioria dos ramos industriais.

                          Em agosto último foi interrompida uma sequência de resultados negativos que havia gerado uma variação acumulada de -0,9% da produção industrial entre maio e junho. A alta de +0,8% compensou praticamente a integralidade desta perda. Isso, contudo, se deu em função da reação mais forte do ramo extrativo (+6,6% ante jul/19, com ajuste), cuja produção vem se normalizando depois dos efeitos adversos do desastre de Brumadinho.

                          Já a indústria de transformação, que congrega um conjunto mais diversificado de atividades industriais, também foi poupada de mais um mês no vermelho, mas neste caso o crescimento obtido foi bem mais fraco. A situação em agosto se aproximou mais de uma virtual estagnação ao registrar variação de apenas +0,2% ante o mês anterior, com ajuste sazonal.

                          Este dinamismo foi contido porque a maior parte de seus segmentos não conseguiu crescer em agosto. Dos 25 ramos da indústria de transformação acompanhados pelo IBGE, apenas 9 registraram variação positiva, enquanto 16 perderam produção. 

                          As variações com ajuste sazonal a seguir mostram o desempenho dos macrossetores industrias. Aqui também preponderou o sinal negativo. Bens de consumo duráveis recuaram mais fortemente, bens de capital ficaram pelo terceiro mês consecutivo no vermelho, e semi e não duráveis retomaram sequência adversa. Apenas bens intermediários conseguiram avançar.

                               •  Indústria geral: -0,1% em mai/19; -0,6% em jun/19; -0,2% em jul/19 e +0,8% em ago/19;

                               •  Bens de capital: +0,3%; -0,6%; -0,1% e -0,4%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +1,4%; -0,6%; 0% e +1,4%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -2,3%; -0,7%; +0,4% e -1,8%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -1,5%; -1,0%; +1,3% e -0,4%, respectivamente.

                          Deste modo, agosto de 2019 pode até ter trazido algum alento, mas pode ainda não ser o início de uma reviravolta. Em relação a um ano atrás, por exemplo, por mais que pese a existência de um dia útil a menos em ago/19 vis-à-vis ago/18, o resultado mais uma vez foi ruim: -2,3%. 

                          Com isso, 2019 vem acumulando uma queda que voltou a aumentar, de -1,5% no total do primeiro semestre do ano para -1,7% de janeiro a agosto, frente ao mesmo período do ano anterior. Na indústria de transformação, a virtual estabilidade de +0,2% em jan-jun/19 vai dando lugar a um declínio: -0,4% em jan-ago/19.

                          Mesmo que os próximos meses sejam de crescimento, dificilmente deixaremos de ter um ano frustrante para a indústria. Sua recuperação perdeu massa crítica e o ano pode terminar em mera estagnação ou até mesmo no negativo. Projeções do Boletim Focus do Banco Central já apontam para uma queda de -0,5% da produção industrial no acumulado do ano.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de agosto divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 0,8% frente ao mês de julho de 2019 para dados livres de influência sazonal. Para o acumulado de doze meses registrou-se retração de 1,7%, e para o acumulando do ano houve decréscimo de 1,7%. Em comparação a agosto de 2018, aferiu-se queda de 2,3%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, um dos cinco segmentos analisados apresentou variação positiva: bens intermediários (1,4%). Por outro lado, os demais segmentos apresentaram quedas: bens duráveis (-1,8%), bens de consumo (-0,7%), bens de capital (-0,4%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,4%).

                          O resultado observado na comparação com o mês de agosto de 2018, todos os cinco seguimentos analisados apresentaram variações negativas: bens de duráveis (-5,6%), bens de capital (-3,7%), bens intermediários (-2,1%), bens de consumo (-1,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,7%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registrou-se acréscimo em um dos cinco segmentos analisados: bens de capital (1,6%). Os segmentos restantes apresentaram variações negativas: bens intermediários (-2,6%), bens duráveis (-0,6%), bens de consumo (-0,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,3%). 

                          Setores. Na comparação com agosto de 2018, houve acréscimo no nível de produção em 3 dos 26 ramos pesquisados: impressão e reprodução de gravações (9,1%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (5,0%) e fabricação de produtos alimentícios (1,0%). Em sentido oposto, os demais segmentos apresentaram retrações, sendo as maiores em: manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,7%), fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-9,7%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-8,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,6%), fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,4%), fabricação de produtos de madeira (-6,3%) e fabricação de outros produtos químicos (-6,1%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2019, frente igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou acréscimos em 9 dos 26 ramos analisados sendo os maiores em: produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (4,7%), fabricação de bebidas (2,9%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,1%), fabricação de produtos diversos (1,9%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (1,9%) e fabricação de máquinas e equipamentos (0,8%). De outro lado, os segmentos restantes apresentaram quedas, sendo os maiores em: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-11,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,9%), produtos de madeira (-5,4%), impressão e reprodução de gravações (-5,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), celulose, papel e produtos de papel (-3,3%) e sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria (-3,3%).

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