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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 29/05/2020

                          Preâmbulo da crise

                          Os dados do PIB do primeiro trimestre de 2020, divulgados hoje pelo IBGE, trazem os sinais iniciais da crise econômica provocada pela covid-19 no Brasil, que deve chegar a níveis recordes para o total do ano. 

                          Já descontados os efeitos sazonais, a queda foi de -1,5%, refletindo apenas um breve período sob a crise do coronavírus. Ou seja, o que os dados de hoje trazem é apenas um preâmbulo do que vem pela frente. Mesmo assim, a retração do PIB total no 1º trim/20 foi a mais forte desde os piores momentos da última crise econômica do país (-2,1% no 2º trim/15, com ajuste), interrompendo a fase de recuperação que, apesar de muito fraca, vinha ocorrendo desde 2017. Projeções mais recente do Boletim Focus/BCB apontam para uma queda da ordem de -6% em 2020 como um todo.

                          Neste primeiro trimestre, o fator de maior peso para o resultado negativo veio do consumo das famílias que, depois de doze trimestres seguidos no azul, impulsionando a recuperação recente do PIB, declinou -2% na passagem do 4º trim/19 para o 1º trim/20, com ajuste sazonal. 

                          Na origem desta queda do consumo está o necessário isolamento social para combater a pandemia, mas não apenas. O desemprego  aumentou rapidamente, como mostraram esta semana as pesquisas do CAGED e da PNAD Contínua, a despeito dos programas governamentais. Há ainda a queda da renda dos autônomos e daqueles que preservaram seus empregos com redução de jornada e salários. A contração das concessões de crédito às famílias e o forte aumento da incerteza são fatores adicionais. 

                          Todos estes aspectos devem continuar prejudicando o consumo nos próximos meses e, do lado da oferta, comprometem o desempenho da maioria das atividades econômicas. Setores mais intensivos em mão de obra ou que não puderam abrir suas portas devido à quarentena estão entre os mais afetados.

                          É o caso da construção, de alguns ramos de serviços, transportes e comércio, mas também da indústria de transformação que, ademais, também encontra dificuldades devido a rupturas nas cadeias de fornecimento de insumos, partes e peças. As variações com ajuste sazonal a seguir indicam a magnitude das perdas no 1º trim/20.

                               •  PIB total: +0,5% no 3º trim/19; +0,4% no 4º trim/19 e -1,5% no 1º trim/20;

                               •  Indústria de transformação: -0,9%; +0,1% e -1,4%, respectivamente;

                               •  Construção: +0,9%; -2,3% e -2,4%;

                               •  Comércio: +0,8%; -0,2% e -0,8%;

                               •  Serviços de transporte: -0,4%; +1,5% e -2,4%;

                               •  Outras atividades de serviços: +0,1%; +0,8% e -4,6%, respectivamente.

                          Puxados por estes ramos, os resultados da indústria total e dos serviços como um todo foram de -1,4% e -1,6%, respectivamente, tornando improvável a manutenção no próximo trimestre do ritmo positivo de crescimento da formação bruta de capital fixo. 

                          No 1º trim/20 houve alta dos investimentos de +3,1% na série com ajuste, compensando boa parte do declínio do 4º trim/19 (-2,7%), sob influência do aumento das importações de bens de capital. Formação bruta de capital fixo no azul e PIB no vermelho resultou em melhora relativa da taxa de investimento de 15% no 1º trim/19 para 15,8% no 1º trim/20. Note-se que este é um patamar inferior ao de 2016, um ano de aguda recessão.

                          Por fim, o setor externo também contribuiu para o encolhimento do PIB neste início de ano, com as exportações declinando -0,9% frente ao último trimestre do ano passado, com ajuste sazonal, condicionada pelo menor dinamismo do comércio mundial. Já nossas importações cresceram +2,8% no mesmo período.

                          Segundo divulgado hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou, no primeiro trimestre de 2020, R$ 1,803 trilhão a preços correntes, apresentando retração de 1,5% na comparação com o trimestre anterior, a partir de dados dessazonalizados. 

                          Com relação ao primeiro trimestre de 2019, houve variação negativa de 0,3%. No que se refere à oscilação do acumulado nos últimos quatro trimestres frente a igual período do ano anterior houve acréscimo de 0,9%.

                          Ótica da oferta. Frente ao quarto trimestre de 2019, a partir de dados dessazonalizados, houve decréscimo de 0,6% para o setor agropecuário, para o setor da indústria registrou-se queda de 1,4% e para serviços houve uma variação negativa de 1,6%. 

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base de comparação, tivemos retrações nos seguintes segmentos: indústrias extrativas (-3,2%), construção (-2,4%), indústrias de transformação (-1,4%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,1%). 

                          Nos subsetores de serviços, ainda frente ao trimestre anterior e com ajuste sazonal, o único setor que apresentou variação positiva foi o de atividades imobiliárias (0,4%). Os demais setores apresentaram retrações: outras atividades de serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,5%) e intermediação financeira e seguros (-0,1%). 

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior, o setor agropecuário apresentou variação positiva de 1,9%, enquanto o setor da indústria apresentou retração de 0,1% e, o setor de serviços um decrescimento de 0,5%.

                          Para os componentes do setor industrial, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, o setor de indústrias extrativas apresentou variação positiva de 4,8%. Os demais segmentos analisados registraram decréscimos: produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-1,8%), construção (-1,0%) e indústria de transformação (-0,8%).

                          No setor de serviços os segmentos que apresentaram incrementos foram: atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (2,0%), atividades imobiliárias (1,6%), serviços de informação (1,3%) e comércio (0,4%). Os segmentos restantes apresentaram variações negativas: outras atividades de serviços (-3,4%), transporte, armazenagem e correio (-1,6%) e administração, saúde e educação públicas (-0,4%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao quarto trimestre de 2019, para dados com ajuste sazonal, houve acréscimo em: formação bruta de capital fixo (3,1%), importação (2,8%) e consumo do governo (0,2%). Por outro lado, houve decréscimo em consumo das famílias (-2,0%) e exportação (-0,9%). 

                          Por fim, na comparação com o primeiro trimestre de 2019, apresentaram expansões os segmentos de importação (5,1%) e formação bruta de capital fixo (4,3%). Em sentido oposto, os seguimentos de exportação (-2,2%) e consumo das famílias (-0,7) registraram retrações. O segmento de consumo do governo apresentou estabilidade no período. 

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