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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 08/07/2020

                          Reação das vendas

                          Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada hoje pelo IBGE, as vendas reais do varejo registraram expressivo resultado positivo na passagem de abril para maio, já descontados os eventuais efeitos sazonais: +13,9% em seu conceito restrito e +19,6% em seu conceito ampliado, que inclui os segmentos de material de construção e veículos e autopeças. Todos os ramos do varejo ficaram no azul.

                          Este desempenho está muito provavelmente refletindo a base extraordinariamente baixa de comparação derivada das quedas de meses anteriores, em função da quase suspensão do consumo das famílias, temerosas pelo efeito da pandemia sobre seu emprego e renda, mas também pelo fechamento das lojas do setor. 

                          Assim, a alta de maio compensou apenas parcialmente o declínio do bimestre mar-abr/20, resultando ainda em um saldo negativo para todos os segmentos do varejo, à exceção das vendas de alimentos e bebidas. O nível de vendas reais em mai/20 permaneceu 7,3% abaixo daquele de fev/20, isto é, antes do choque da crise de Covid-19. Em seu conceito ampliado, esta variação é de -15,1%.

                          As vendas em níveis historicamente baixos contribuíram para ramos do varejo com os melhores resultados em maio. São os casos, notadamente, de tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos de uso pessoal e doméstico; e veículos e autopeças.

                          De acordo com o IBGE, porém, o comércio ainda vende menos do que há um ano: -7,2% no conceito restrito e -14,9% no conceito ampliado. A comparação de mai/20 com mai/19 também produz variações negativas para todos os segmentos do varejo, como mostram as variações a seguir, exceto para supermercados, alimentos e bebidas, cujas vendas foram impulsionadas pela mudança de hábitos de consumo decorrente do isolamento social.

                               •  Varejo restrito: -1,1% em mar/20; -17,1% em abr/20 e -7,2% em mai/20;

                               •  Varejo Ampliado: -6,4%; -27,4%  e -14,9%, respectivamente;

                               •  Supermercado, alimentos e bebidas: +11,0%; +4,7% e 9,4%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -39,7%; -80,8% e -62,5%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -12,2%; -35,7% e -7,1%;

                               •  Veículos e motos, partes e peças: -21,2%; -58,1% e -39,1%

                               •  Material de construção: -7,5%; -21,1% e -5,2%, respectivamente.

                          Embora no negativo, o desempenho frente a maio do ano passado também aponta para um quadro menos adverso do que o de abril. A taxa de declínio das vendas se reduziu bastante, segundo a pesquisa do IBGE. Isso ficou muito evidente em alguns ramos do setor.

                          Foi o caso de móveis de eletrodomésticos, cujas vendas apresentaram quedas de dois dígitos tanto em março como em abril e agora em maio variou -7,1%, um nível de declínio quase cinco vezes menor do que o registrado no mês anterior. Material de construção, que já acumula quatro meses consecutivos de resultados negativos, reduziu sua perda de -21,1% em abril para -5,2%.

                          Também passou por uma amenização importante, embora continue caindo muito, o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as vendas das lojas de departamento. Neste caso, a intensidade da queda saiu de -45,2% em abr/20 para -18,9% em mai/20, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior.

                          Todos os outros ramos seguiram a mesma tendência de quedas menores, ainda que reincidentes. Para alguns, entretanto, isso trouxe pouco consolo: tecidos, vestuário e calçados tiveram vendas 62,5% menores do que em mai/19 e livros, jornais e papelaria 67,1% menores. 

                          Outros resultados ainda muito ruins nesta comparação, além dos já citados, incluem: veículos e autopeças com -39,1%; equipamento de escritório e informática com -38,2% e combustíveis e lubrificantes com -21,5%.

                          A partir dos dados de maio de 2020 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional, na série com ajuste sazonal, registrou acréscimo de 13,9%. Frente ao mês de maio de 2019 houve queda de 7,2%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se estabilidade no período e para o acumulado do ano registrou-se retração de 3,9%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 19,0% em relação a abril de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de maio de 2019, houve decréscimo de 14,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses verificou-se decréscimo de 1,0% e o acumulado do ano registrou variação negativa de 8,6%.

                          A partir de dados dessazonalizados, todos os oito setores analisados registraram variações positivas em comparação ao mês imediatamente anterior: tecidos, vestuário e calçados (100,6%), móveis e eletrodomésticos (47,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (45,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (18,5%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (16,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%) e combustíveis e lubrificantes (5,9%). Para o comércio varejista ampliado se registrou incremento de 19,6%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 51,7%, enquanto material de construção obteve acréscimo de 22,2%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2019), registrou-se variação positiva somente na atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,4%). Por outro lado, houve decréscimos nos outros sete setores: livros, jornais, revista e papelaria (-67,1%), tecidos, vestuário e calçados (-62,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-38,2%), combustíveis e lubrificantes (-21,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-18,9%), móveis e eletrodomésticos (-7,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação negativa de 14,9%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 39,1% e o setor de material de construção recuou 5,2%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-maio de 2020), aferiu-se uma variação negativa de 3,9% no comércio varejista, com crescimento em dois dos oito segmentos analisados: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,9%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram retrações: tecidos, vestuário e calçados (-37,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-27,2%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-25,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,5%), combustíveis e lubrificantes (-11,6%) e móveis e eletrodomésticos (-6,2%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 8,6% no período, sendo que para veículos e motos, partes e peças e material de construção registraram-se variações negativas de -22,5% e -6,7%, respectivamente. 

                          Por fim, comparando maio de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, 4 das 27 unidades federativas apresentaram acréscimos no volume de comércio varejista: Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (5,8%), Mato Grosso do Sul (2,8%) e Paraná (2,3%). Por outro lado , as 23 das unidades federativas restantes apresentaram variações negativas, sendo as maiores quedas: Amapá (-37,0%), Ceará (-30,4%), Bahia (-20,8%), Distrito Federal (-20,3%), Piauí (-20,0%), Alagoas (-19,4%), Rondônia (-18,7%), Pernambuco (-16,3%), Pará (16,1%), Acre (-16,0%), Sergipe (-14,4%), Rio Grande do Norte (-14,3%), Maranhão (-13,6%) e, Amazonas (-12,4%).

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