• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 06/08/2020

                          O impacto da Covid-19 no emprego

                          Os dados da PNAD Contínua divulgados hoje pelo IBGE, ao cobrir o trimestre de abril a junho de 2020, capta integralmente os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o emprego no país. A despeito de todas as ações adotadas pelo governo para amortecer o choque, o número de ocupados caiu para o patamar mais baixo da série histórica e a taxa de desemprego foi a mais alta para este período do ano.

                          O total de ocupados chegou ao nível de 83,3 milhões de pessoas no 2º trim/20, o que significa uma queda de -10,7% frente ao mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia, o pior momento do emprego devido à crise econômica de 2015/16 foi atingido no 1º trim/17, com 88,6 milhões de ocupados.

                          A taxa de desemprego, por sua vez, atingiu 13,3% neste trimestre de pandemia, um nível muito próximo daquele do 2º trim/17 (13%). Isso, porém, porque muitos daqueles que ficaram desempregados ainda não estão buscando um reposicionamento, devido ao isolamento social, à não abertura de vagas pelas empresas ou porque já tentaram e não conseguiram. Sinal disto é o desalento, que atingiu um patamar recorde: 5,7 milhões de pessoas e alta de +16,5% ante o 2º trim/19.

                          Como era de se esperar, as maiores perdas na ocupação ocorreram em posições do mercado informal de trabalho. As variações frente ao mesmo período do ano anterior, a seguir, mostram que trabalho sem carteira e trabalho doméstico, que na maioria dos casos é informal, registraram quedas duas vezes mais intensas que o total da ocupação.

                               •  Ocupação total: +2,0% no 4º trim/19; +0,4% no 1º trim/20 e -10,7% no 2º trim/20;

                               •  Ocupação com carteira: +2,2%; +0,5% e -9,2%, respectivamente;

                               •  Ocupação sem carteira: +3,2%; -0,9% e -24,9%;

                               •  Trabalho doméstico: +1,6%; -2,2% e -24,6%;

                               •  Trabalho por conta própria: +3,3%; +1,7% e -10,3%, respectivamente.

                          Aqueles que trabalham por conta própria caíram em ritmo semelhante ao total geral da ocupação e mesmo as posições mais estáveis, como o trabalho com carteira assinada, não ficaram muita atrás. No primeiro caso a variação foi de -10,3% e no segundo caso de -9,2%. A ocupação como empregador, por sua vez, caiu -9,5% ante o mesmo período do ano passado.

                          Setorialmente, as maiores perdas de ocupação foram registradas por alojamento e alimentação (-26,1%) e serviços domésticos (-24,7%), mas construção (-19,4%), comércio (-13%) e outros serviços (-17,5%) também recuaram mais que a ocupação total. Como estes postos de trabalho tendem a ser ocupados pelas parcelas de menor renda da população, a crise de Covid-19 deve apresentar consequências expressivas sobre a desigualdade de renda no país.

                          Atividades que costumam empregar com carteira assinada e pagar maiores salários caíram menos do que as anteriores. É o caso da indústria, cuja ocupação variou em linha com o total geral, registrando -10,5% frente ao 2º trim/19. Resultado pior do que este só havia sido obtido no 2º trim/16 (-10,9%). É o caso também dos serviços de informação, comunicação, financeiros, profissionais, que caíram apenas -4,2% devido sua maior adaptabilidade ao teletrabalho.

                          Nem o setor da agropecuária, que tem conseguido driblar a crise da Covid-19 em função da essencialidade de seus produtos e da obtenção de um aumento importante da safra, deixou de registrar corte de postos de trabalho. No 2º trim/20, sua ocupação caiu -7,9% ante o mesmo período do ano anterior. Este foi o quarto trimestre seguido de resultados negativos.

                          Com tamanhas reduções na ocupação, a massa de rendimentos do trabalho, que já havia dado sinais de desaceleração no primeiro trimestre do ano, encolheu em abr-jun/20 se comparado com o mesmo período do ano anterior. Tomados os rendimentos efetivamente recebidos, que melhor reflete o quadro de crise da Covid-19, o recuo da massa de rendimentos reais foi de -11,8%.

                          Cabe lembrar que esta evolução da massa de rendimentos do trabalho não considera as transferências de renda dos programas emergenciais do governo. Segundo estimativas do IPEA, a partir de dados até o trimestre findo em maio de 2020, o Auxílio Emergencial foi capaz de compensar cerca de 45% do impacto da Covid-19 sobre a massa de rendimentos, em função da perda de remuneração dos que permaneceram empregados e da queda da ocupação. 

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre compreendido entre abril e junho de 2020 registrou 13,3%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, janeiro de 2019 a março de 2020, houve expansão de 1,1 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior houve variação positiva de 1,3 p.p., quando registrou 12,0%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$2.500, apresentando acréscimo de 4,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jan-fev-mar), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior, houve uma expansão de 6,9%. 

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 203,5 bilhões no trimestre que se encerrou em junho, registrando retração de 5,6% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 4,4% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 212,9 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 83,3 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 9,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jan-fev-mar), e aferiu-se retração de 10,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (93,3 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados registrou decréscimo de 0,5%, com 12,7 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, observou-se expansão de 0,2%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 96,1 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 8,5% frente ao trimestre imediatamente anterior e queda de 9,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (106,1 milhão de pessoas).

                          Na análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, o único setor que apresentou variação positiva foi o de Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%). Por outro lado, os demais agrupamentos apresentaram decréscimos: Alojamento e alimentação (-26,1%), Serviços domésticos (-24,7%), Construção (-19,4%), Outros serviços (-17,5%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-13,0%), Transporte, armazenagem e correios (-10,7%), Indústria geral (-10,5%), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-7,9%) e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-4,2%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação frente ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se acréscimo apenas na categoria setor público (6,0%). Em sentido oposto, as categorias restantes apresentaram retrações: trabalho privado sem carteira (-24,9%), trabalho doméstico (-24,6%), trabalho familiar auxiliar (-15,5%), trabalhador por conta própria (-10,3%), empregador (-9,5%) e trabalho privado com carteira (-9,2%).

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Quedas mais difundidas
                          Publicado em: 18/03/2025

                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Sem crescimento
                          Publicado em: 11/03/2025

                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Enfraquecimento do PIB no final de 2024
                          Publicado em: 07/03/2025

                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Comércio Varejista - Comércio também em desaceleração
                          Publicado em: 13/02/2025

                          Os sinais de desaceleração marcam não apenas a indústria e os serviços, mas também o comércio varejista, de modo bastante difundido entre seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Serviços - Final de ano de desaceleração também nos serviços
                          Publicado em: 12/02/2025

                          No final do ano passado não foi apenas a indústria que apresentou sinais de desaceleração, o mesmo se verificou nos serviços, ainda que de modo mais incipiente.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Mudança de rota em 2024 para São Paulo e Nordeste
                          Publicado em: 11/02/2025

                          Quase todos os parques regionais da indústria aumentaram produção em 2024, com destaque para São Paulo e Nordeste, que há alguns anos estavam sem crescer.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - A expansão industrial de 2024
                          Publicado em: 05/02/2025

                          A indústria brasileira fechou 2024 com razoável crescimento, após a estabilidade de 2023, mas há sinais negativos de curto prazo, apontando para uma precoce desaceleração.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.