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                          Análise IEDI

                          Produção Regional
                          Publicado em: 11/08/2020

                          Três trajetórias de reação

                          A indústria vem conseguindo recompor parcialmente seu nível de produção anterior ao choque da pandemia de Covid-19. Seguindo um processo gradual, cresceu +8,9% em junho de 2020, já descontados os efeitos sazonais, de modo bastante disseminado do ponto de vista setorial e, de acordo com os dados divulgados hoje pelo IBGE, também do ponto de vista regional.

                          Na passagem de maio para junho deste ano, 14 das 15 localidades acompanhadas pelo IBGE registraram aumento de produção, isto é, uma fração de 93% do total. Apesar disso, ao menos três trajetórias distintas podem ser verificadas nestes parques, muito provavelmente devido a estágios diferentes da pandemia e ao perfil específico de cada indústria local.

                          Este desempenho favorável tem sido influenciado pelo amortecimento da retração da demanda agregada da economia devido ao auxílio emergencial, pela implementação de protocolos de segurança sanitária dentro das empresas e pela progressiva flexibilização do isolamento social promovida em diversas partes do país a partir de junho.

                          Outro fator que não pode ser esquecido é a base muito baixa de comparação depois do tombo ocorrido sobretudo em abr/20. Tanto é que a indústria na grande maioria das localidades ainda se encontra muito longe do nível anterior à crise de Covid-19. Comparando jun/20 com fev/20, o diferencial do nível de produção é de -13,5% para o total Brasil, mas chega a -30,3% no Espírito Santo, -21,3% no Nordeste e -17,3% no Rio Grande do Sul.

                          São Paulo, que possui o parque industrial mais diversificado do país, também permanece com uma defasagem superior ao total Brasil nesta comparação de jun/20 com fev/20, de -14,4%, embora não só tenha crescido na passagem de maio para junho, como também apontou um reforço de seu resultado, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Brasil: -19,2% em abr/20; +8,2% em mai/20 e +8,9% em jun/20;

                               •  São Paulo: -24,3%; +8,9% e +10,2%, respectivamente;

                               •  Rio de Janeiro: -14,8%; +4,4% e +0,7%;

                               •  Minas Gerais: -15,5%; +6,5% e +5,8%;

                               •  Rio Grande do Sul: -21,7%; +16,8% e +12,6%;

                               •  Nordeste: -28,8%; +12,8% e +8,0%;

                               •  Amazonas: -49,0%; +17,7% e +65,7%, respectivamente.

                          Poucos estados, porém, seguiram esta trajetória de aceleração que a indústria paulista apresentou. Foram apenas mais três parques: Amazonas, Santa Catarina e Ceará. Registrar ganho de ritmo é importante pois garante superar a crise de Covid-19 mais rapidamente, reduzindo a possibilidade de transformar em permanente os impactos adversos (falências de empresas, desemprego de longa duração, perda de produtividade etc.).

                          As indústrias de outros três estados, a despeito de acentuado recuo na produção no mês de abril, pouco deram continuidade à reação de mai/20 e registraram uma taxa de crescimento muito próxima da estabilidade em jun/20. Foram os casos de Espírito Santo (+0,4% ante maio com ajuste), Bahia (+0,6%) e Rio de Janeiro (+0,7%). Goiás também pouco cresceu (+0,7%).

                          O quadro em outras cinco localidades foi de expansão industrial mais substancial que este último grupo, mas registraram ritmo mais fraco. Entre elas, destacam-se o Nordeste como um todo, que saiu de +12,8% em maio para +8% em junho, Pernambuco, de +21,8% para +3,5%, e Paraná, de +24,5% para +5,2%. Completam a lista Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

                          Trajetórias mais especificas foram registradas pelo Pará e pelo Mato Grosso, cujos parques industriais são compostos basicamente pelo ramo extrativo e pela indústria agroalimentar, respectivamente. No primeiro caso houve alta de +2,8% em jun/20, depois de variar -0,3% em mai/20, e o segundo caso foi a única localidade a ficar no vermelho em jun/20 (-0,4% com ajuste). 

                          Na passagem de maio para junho de 2020, a produção industrial brasileira registrou incremento de 8,9%, a partir dos dados dessazonalizados. Entre os 15 locais pesquisados, quatorze registraram variações positivas: Amazonas (65,7%), Ceará (39,2%), Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%), Santa Catarina (9,1%), Região Nordeste (8,0%), Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco (3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro (0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%). Por outro lado, o único local pesquisado que apresentou uma variação negativa foi Mato Grosso (-0,4%). 

                          Analisando em relação a junho de 2019, registrou-se retração de 9,0% da indústria nacional. Entre 15 locais pesquisados, apenas 3 registraram variações positivas: Goiás (5,4%), Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,6%). Nos demais locais pesquisados observou-se variações negativas: Espírito Santo (-32,4%), Ceará (-22,1%), Bahia (-14,4%), Região Nordeste (-13,0%), Santa Catarina (-12,6%), Rio Grande do Sul (-12,2%), São Paulo (-11,8%), Amazonas (-10,4%), Pará (-8,0%), Paraná (-6,8%), Minas Gerais (-6,0%) e Rio de Janeiro (-0,4%).

                          No acumulado do ano houve decréscimo de 10,9%, sendo que dos 15 locais pesquisados dois apresentaram incrementos: Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%). Por outro lado, as demais regiões apresentaram decréscimos: Ceará (-22,0%), Espírito Santo (-20,8%), Amazonas (-19,6%), Rio Grande do Sul (-15,8%), Santa Catarina (-15,0%), São Paulo (-14,2%), Minas Gerais (-11,0%), Região Nordeste (-9,5%), Paraná (-8,6%), Bahia (-7,3%), Pernambuco (-3,6%), Mato Grosso (-3,3%) e Pará (0,8%).

                          São Paulo. Na comparação do mês de junho com o mês de maio de 2020, a produção da indústria paulista registrou incremento de 10,2%, a partir de dados dessazonalizados. Frente a junho de 2019 houve variação negativa de 11,8% e no acumulado do ano registrou-se decréscimo de 14,2%. Os setores com maiores expansões no acumulado do ano foram: sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene (6,1%), produtos alimentícios (5,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,1%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-49,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-44,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-38,6%), produtos têxteis (-30,6%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-19,6%). 

                          Nordeste. Na comparação de junho com o mês de maio de 2020, a produção da indústria nordestina registrou incremento de 8,0% a partir de dados dessazonalizados. Em relação a junho de 2019 houve recuo de 12,9%. No acumulado do ano aferiu-se variação negativa de 9,5%. Os setores com maiores contribuições positivas no comparativo do acumulado do ano foram: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (25,9%), celulose, papel e produtos de papel (9,5%) e produtos alimentícios (7,5%). Em sentido oposto, os seguintes segmentos apresentaram as maiores retrações: veículos automotores, reboques e carrocerias (-52,7%), preparação de couros e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-40,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-32,2%), produtos têxteis (-28,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-27,0%).

                          Minas Gerais. Na comparação de junho com o mês de maio de 2020, a produção da indústria mineira apresentou variação positiva de 5,8% a partir de dados dessazonalizados. Em relação a junho de 2019 houve decréscimo de 6,0%. No acumulado do ano houve retração de 11,0%. Os setores que registraram as maiores variações positivas, na comparação do acumulado do ano, foram: outros produtos químicos (24,5%), produtos alimentícios (11,2%), produtos do fumo (8,1%), produtos têxteis (0,9%) e celulose, papel e produtos de papel (0,2%). Por fim, os maiores decréscimos se deram nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (-42,0%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-28,0%), máquinas e equipamentos (-23,1%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-18,6%) e indústrias extrativas (-16,0%).

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