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                          Análise IEDI

                          Crédito
                          Publicado em: 28/08/2020

                          Aceleração do crédito

                          Com os programas emergenciais de crédito, adotados pelo governo no combate ao choque da Covid-19, e a reativação progressiva da atividade econômica em muitas localidades do país, o volume de novos empréstimos voltou a crescer e ganhou velocidade, registrando +9,3% em julho de 2020 ante o mês anterior, com ajuste sazonal, e +3,6% frente ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação segundo o IPCA.

                          Deste modo, reverteu-se a tendência de encolhimento do crédito com relação ao PIB, que vinha restringindo o dinamismo da economia como todo nos últimos anos. Em jul/20, o estoque de crédito atingiu 51,1% do PIB, segundo o Banco Central, o que representa a maior marca desde junho de 2016. Como sabemos, muito disso deve-se também à contração do PIB face à crise do coronavirus.

                          O desempenho recente do crédito tem o seguinte perfil, que reflete a importância dos programas emergenciais: é puxado pelas operações junto às empresas, como mostram as variações reais frente ao mesmo período do ano anterior a seguir, e liderado pelo crédito oficial. 

                               •  Concessões totais: -12,6% em mai/20; +1,2% em jun/20 e +3,6% em jul/20;

                               •  Concessões às empresas: -5,7%; +4,2% e +15,2%, respectivamente;

                               •  Concessões às famílias: -18,5%; -1,6% e -5,5%, respectivamente.

                          Em jul/20, os novos empréstimos corporativos apresentaram importante aceleração, chegando a +15,2% em relação a jul/19 e a +13,1% frente a jun/20, já descontados os efeitos sazonais. Já o crédito às famílias não só permaneceu no negativo na comparação interanual, como registrou deterioração, sinalizando para um quadro ainda fraco do consumo.

                          Ajustes e novos desenhos para os programas emergenciais podem estar por trás desta evolução positiva do financiamento das empresas. É o que sugere, por exemplo, o avanço do estoque de operações a micro, pequenas e médias empresas, que, em termos reais, variou +11% em jul/20 em comparação com abr/20, isto é, o mês de maior impacto da crise. Grande parte disso obteve-se com a passagem de junho para julho: +7,7%. Finalmente, o crédito parece estar chegando a quem precisa.

                          Outro sinal de que os programas de apoio às empresas podem ter ganhado eficácia é a reação do crédito direcionado, em grande medida operado pelo conjunto de bancos públicos. Enquanto as concessões às empresas ficaram praticamente estáveis no segmento livre (+0,9% ante jul/19), no segmento direcionado mais do que triplicaram. Vale lembrar que estas operações encolheram sistematicamente entre 2015 e 2020.

                          No crédito às famílias ocorre o mesmo comportamento: -9,2% para as concessões reais no segmento livre frente a jul/19 e +26,6% no segmento direcionado, sob influência do financiamento imobiliário, o que denota uma recuperação do mercado habitacional depois de meses de interrupção devido às medidas de isolamento social.

                          Os dados de crédito divulgados pelo Banco Central hoje registraram que o saldo das operações alcançou R$3,7 trilhões em julho, apresentando variação positiva de 1,0% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo de crédito a pessoas físicas frente ao mês imediatamente anterior alcançou variação positiva de 0,9% (R$2,1 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas apresentou uma variação positiva da ordem de 1,2% na mesma comparação, alcançando R$1,6 trilhão. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (julho de 2019), o saldo total de crédito cresceu 11,3%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$2,1 trilhões, com acréscimo de 0,8% em relação ao mês anterior e expansão de 16,1% quando comparado com julho de 2019. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas alcançou R$1,1 trilhão, aferindo expansão de 1,0% em relação ao mês imediatamente anterior e crescimento de 8,3% quando comparado com o mês de julho de 2019. Para as operações junto a pessoas jurídicas aferiu-se montante da ordem de R$1,0 trilhão, crescimento de 0,5% em relação ao mês anterior e variação positiva de 26,1% na comparação com o mesmo período de 2019. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,5 trilhão para julho de 2020, em termos nominais, indicando expansão de 3,3% frente ao mesmo mês do ano anterior e variação positiva de 1,1% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo referente as pessoas físicas registrado foi de R$935,1 bilhões, incremento de 8,0% quando comparado ao mês de julho de 2019. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$574,9 bilhões, havendo decréscimo de 3,6% frente ao mesmo mês do ano anterior. 

                          Para o mês de julho de 2020, foram concedidos R$ 340,8 bilhões em novas operações de crédito, variação positiva de 3,7% frente ao montante de R$ 328,5 bilhões observado em julho de 2019. Deste volume apresentado em julho de 2020, R$175,0 bilhões foram originados de recursos livres e R$165,8 bilhões de recursos direcionados, o que representou, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, retração de 4,5% para recursos livres e incremento de 95,2% para recursos direcionados.

                          Para as concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de crédito rotativo (R$108,0 bilhões), cartão de crédito (R$100,6 bilhões), crédito não rotativo (R$42,8 bilhões), crédito pessoal (R$29,8 bilhões) e cheque especial (R$23,4 bilhões). Quanto as pessoas jurídicas, as principais modalidades ficaram para capital de giro (R$38,8 bilhões), desconto de duplicatas (R$27,0 bilhões), cheque especial (R$ 11,5 bilhões), conta garantida (R$9,2 bilhões) e cartão de crédito (R$6,1 bilhões). 

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de financiamento imobiliário (R$11,5 bilhões), crédito rural (R$11,2 bilhões), microcrédito (R$1,0 bilhão) e BNDES (R$436,0 milhões). De outra forma, para as empresas, as principais modalidades ficaram com o BNDES (R$4,9 bilhões), o crédito rural (R$4,2 bilhões) e os financiamentos imobiliários (R$950,0 milhões). 

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou valor de R$ 882,9 bilhões, acréscimo nominal de 19,0% frente a julho de 2019. As maiores expansões forma observadas em: outros serviços (34,3%), comércio atacado - bens duráveis e não duráveis (32,5%), demais serviços prestados às empresas (31,1%), varejo – bens duráveis (30,4%), demais serviços prestados às famílias (27,4%), transporte via terrestre – carga e passageiro (23,3%), comércio geral – bens de capital (21,5%), transporte (20,5%), comércio geral – bens intermediários (20,6%) e administração pública (14,6%). Para o setor da indústria aferiu-se o valor de R$ 684,3 bilhões, variação positiva de 11,4% frente ao mesmo mês do ano anterior e, por fim, o setor agropecuário registrou crédito de R$ 28,2 bilhões, variação positiva de 9,8% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de julho de 2019. 

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, verificou-se que as instituições financeiras públicas emprestaram R$1,714 trilhão, representando 46,8% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$1,299 trilhão, representando 35,4%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$652,1 bilhões, representando por sua vez 17,8% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em julho alcançou 19,1% a.a., variação negativa de 0,4 p.p. no mês e declínio de 5,6 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 15,4 p.p., o que representou variações de -0,4 p.p. e de -3,9 p.p., nas mesmas bases de comparação.   

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