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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 08/10/2020

                          Perdas compensadas

                          As vendas do comércio varejista voltaram a crescer em agosto de 2020, colocando o setor em níveis superiores ao do mês de fevereiro, isto é, antes do choque da Covid-19. Esta primeira etapa da recuperação está vencida. Basta saber, agora, qual o padrão de crescimento daqui para frente, diante do desemprego muito elevado e de um quadro ainda restrito do crédito. 

                          O resultado foi de +3,4% ante a jul/20, com ajuste sazonal, e de +4,6% se consideradas também as vendas de veículos, autopeças e material de construção. Com isso, o varejo restrito superou em 8,2% o nível de vendas de fev/20 e o varejo ampliado em 2,2%.

                          Mesmo na comparação com o ano passado, o varejo já desponta em terreno positivo: +6,1% no seu conceito restrito e +3,9% em seu conceito ampliado, de modo a reduzir as perdas que ainda existem no acumulado de 2020.

                          Este desempenho do comércio, mais favorável do que os da indústria e dos serviços, se explica pela possibilidade de recorrer a vendas online como canal alternativo de vendas no período em que as lojas físicas tiveram que ficar fechadas, mas também ao progressivo relaxamento do isolamento social e reabertura dos pontos de venda. 

                          As famílias que conseguiram preservar emprego e renda, ao passarem por uma mudança compulsória de sua cesta de consumo, também podem ter substituído parte de seus gastos com serviços, como viagens, serviços pessoais e de lazer, restaurantes e etc., por consumo de bens comercializados pelo varejo.

                          Assim, os três ramos que melhor se encontram em comparação com fev/20 são móveis e eletrodomésticos, cujas vendas em ago/20 estavam 24,2% acima do pré-crise, material de construção, 19,2% acima, e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as vendas de lojas de departamento, 12,3% acima.

                          Na passagem de jul/20 para ago/20, 70% dos ramos de varejo ampliaram suas vendas reais. Tecidos, vestuário e calçados; outros artigos de uso pessoal e doméstico; e veículos e autopeças foram os que mais cresceram, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir. Para todos estes, a reabertura das lojas físicas é um aspecto fundamental já que os consumidores tendem a preferir as compras presenciais.

                               •  Varejo restrito: +8,8% em jun/20; +5,0% em jul/20 e +3,4% em ago/20;

                               •  Varejo ampliado: +11,8%; +7,1% e +4,6%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +0,7%; -0,2% e -2,2%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +53,7%; +27,9% e +30,5%;

                               •  Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +28,5%; +5,9% e +10,4%;

                               •  Veículos e autopeças: +28,5%; +12,3% e +8,8%;

                               •  Material de construção: +11,9%; +5,9% e +3,6%, respectivamente.

                          As vendas de veículos, embora tenham crescido bem em ago/20, registraram desaceleração frente aos meses anteriores. Esta é uma evolução indesejada já que é um dos ramos do varejo que mais longe se encontram do patamar pré-crise. Seu nível em ago/20 estava 12,9% abaixo daquele de fev/20, só perdendo para o ramo de livros, revistas e papelaria (-39,2%).

                          Outros segmentos que reduziram velocidade em ago/20 na série com ajuste sazonal, mas que ainda têm perdas a serem compensadas são combustíveis (-8,8% ante fev/20) e equipamentos e material de escritório, de informática e comunicação (-5,5%).

                          Já as vendas de supermercados, alimentos, bebidas e fumo e as de farmacêuticos, perfumaria e cosméticos passaram por uma acomodação, registrando queda na passagem de jul/20 para ago/20, já descontados os efeitos sazonais. No primeiro caso, vale pontuar a elevação de preços de alguns de seus itens, que fez com que o IPCA de alimentos e bebidas no acumulado de jan-ago/20 chegasse a +4,9% ante +0,7% para o IPCA geral.

                          A partir dos dados de agosto de 2020 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional, na série com ajuste sazonal, registrou um acréscimo de 3,4% frente ao mês imediatamente anterior. Frente ao mês de agosto de 2019, houve crescimento de 6,1%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se variação positiva de 0,5%, enquanto para o acumulado do ano registrou-se retração de 0,9%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 4,6% em relação a julho de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de agosto de 2019, houve acréscimo de 3,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses verificou-se decréscimo de 1,7% e o acumulado do ano registrou variação negativa de 5,0%

                          A partir de dados dessazonalizados, cinco dos oito setores analisados registraram variações positivas em comparação ao mês imediatamente anterior: tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%). Para essa base de comparação, apresentaram variações negativas os setores restantes: livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,2%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se incremento de 4,6%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 8,8%, enquanto material de construção obteve acréscimo de 3,6%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2019), registrou-se variação positiva em quatro das atividades analisadas: móveis e eletrodomésticos (35,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%). Por outro lado, houve decréscimo nos quatro setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-43,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-11,8%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e tecidos, vestuário e calçados (-6,5%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação positiva de 3,9%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 9,8% e o setor de material de construção obteve variação positiva de 24,1%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-agosto de 2020), aferiu-se variação negativa de 0,9% no comércio varejista, e registraram-se crescimentos em três dos oito segmentos analisados: móveis e eletrodomésticos (6,9%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,5%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram retrações: tecidos, vestuário e calçados (-33,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-29,9%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-19,5%), combustíveis e lubrificantes (-11,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,2%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 5,0% no período, sendo que para veículos e motos, partes e peças e material de construção registraram-se variações negativas de -20,1% e -4,9%, respectivamente. 

                          Por fim, comparando agosto de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, 25 das 27 unidades federativas apresentaram acréscimos no volume de comércio varejista, sendo as maiores: Acre (26,1%), Amapá (25,4%), Maranhão (23,5%), Rondônia (22,6%), Pará (21,7%), Amazonas (18,1%), Paraíba (16,0%), Piauí (15,3%), Minas Gerais (10,6%), Santa Catarina (12,2%), Espírito Santo (9,2%) e Pernambuco (8,6%). Na mesma base de comparação, o Distrito Federal apresentou estabilidade para o período considerado e o estado do Tocantins apresentou variação negativa de 1,1%. 

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