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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/02/2021

                          Reação de sucesso

                          Em 2020, a indústria não passou ilesa à pandemia de Covid-19, mas obteve grande sucesso em reagir ao choque inicial dos meses de março-abril e preservou razoável dinamismo no final do ano mesmo com a recomposição das bases de comparação. Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram crescimento de +0,9% na passagem de nov/20 para dez/20, já descontados os efeitos sazonais.

                          Este desempenho mostra que com um mercado consumidor dinâmico como ocorreu nos últimos meses, devido a políticas compensatórias de renda, nível adequado de juros e patamar de taxa de câmbio não punitivo à competitividade, a indústria fica livre para crescer e alavancar progressivamente o restante da economia. 

                          Por isso, é importante que preservemos estas condições favoráveis sob o risco de uma acomodação do ritmo de recuperação. Por seus impactos na indústria e na economia, constituem fatores preocupantes o fim dos programas emergenciais, a aceleração da inflação e seu impacto sobre as decisões do Banco Central a respeito da taxa básica de juros (Selic), o gerenciamento da agenda fiscal etc.

                          Além de resiliente, a reação industrial também tem se mostrado relativamente disseminada. Em dez/20, 17 dos 26 ramos industriais acompanhados pelo IBGE aumentaram a produção em comparação com nov/20, já descontados os efeitos sazonais, ou seja, 65% do total. Destes mesmos 26 ramos, 16 (ou 62%) também já superaram o nível de produção de fev/20, isto é, anterior ao choque da Covid-19, sendo que 9 já estão muito acima, como têxteis, metalurgia, informática e máquinas e equipamentos.

                          Embora 2020 como um todo tenha sido negativo, acumulando perda de -4,5% em jan-dez relativamente ao mesmo período de 2019, muito disso deve-se ao 2º trim/20. Desde set/20, a indústria vem apresentando variações positivas. Agora em dez/20, registrou alta de +8,2%, ajudada por um dia útil a mais e uma base de comparação mais baixa no final de 2019.

                          Como mostram as variações interanuais a seguir, a indústria encerrou 2020 com alta de +3,4% no último trimestre, mas vários de seus ramos superaram em muito este desempenho. Levantamento do IEDI com 93 segmentos industriais mostra que houve expansão em 66 deles no 4º trim/20, ou seja, em 71% do total. Destes em alta, 60% cresceram a uma taxa de dois dígitos, com tratores e máquinas para agricultura (+33%), fiação de fibras têxteis (+32,6%), fundição (+30,3%), brinquedos (+30,1%) e máquinas-ferramenta (+29,6%) na liderança.

                               •  Indústria geral: +1,7% no 1º trim/20; -19,4% no 2º trim/20; -0,4% no 3º trim/20 e +3,4 no 4º trim/20;

                               •  Bens de capital: -2,3%; -38,5%; -10,3% e +14,8%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,1%; -12,6%; +3,2% e +4,9%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -6,5%; -64,8%; -8,2% e +1,3%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -3,2%; -16,6%; -3,1% e -1,1%, respectivamente.

                          O resultado positivo no 4º trim/20 foi puxado sobretudo pela produção de bens de capital. Como sugere a liderança do ranking realizado pelo IEDI, o destaque coube aos bens de capital para da agricultura (+36,4% ante 4º trim/19), mas não ficaram muito atrás aqueles para a construção (+26,5%) e para a própria indústria (+14,9%). 

                          Bens de consumo duráveis também cresceram, em função de móveis e eletrodomésticos. A produção de automóveis, contudo, continuou em queda no último trimestre do ano (-8,4%), acumulando em jan-dez/20 perda de -28,1%. Foi o terceiro ramo com o pior resultado no ano passado, ficando atrás apenas de outros equipamentos de transporte e impressão e reprodução de gravações.

                          Bens intermediários, que ficaram estagnados em out-nov/20, voltaram a crescer na passagem de nov/20 para dez/20:  +1,6%, com ajuste sazonal, e ficaram 8,2% acima da produção de dez/19. Com isso, a alta no 4º trim/20 foi de +4,9%, puxada por intermediários de têxteis, de metalurgia básica e insumos para construção civil.

                          Bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, foram o único macrossetor a registrar queda em dez/20 na série com ajuste sazonal (-0,5%) e no 4º trim/20 (-1,1%) frente ao mesmo período do ano anterior, devido a combustíveis, laticínios e vestuário e têxteis. Esta fração da indústria é quem tende a estar mais exposta aos efeitos adversos da redução do auxílio emergencial às famílias e à aceleração da inflação, muito concentrada em alimentos e também em combustíveis na segunda metade do ano.

                          A partir dos resultados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de dezembro divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou incremento de 0,9% frente ao mês de novembro de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses e para o acumulado no ano registrou-se decréscimo de 4,5%. Em comparação a dezembro de 2019, aferiu-se incremento de 8,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, quatro dos cinco segmentos analisados apresentaram expansões: bens de capital (2,4%), bens de consumo duráveis (2,4%), bens intermediários (1,6%) e bens de consumo (0,4%). De outro lado, bens semiduráveis e não duráveis apresentou retração (-0,5%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de dezembro de 2019, todos os segmentos apresentaram acréscimos: bens de capital (35,4%), bens de consumo duráveis (14,1%), bens intermediários (8,2%), bens de consumo (4,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,8%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se decréscimos nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-19,8%), bens de capital (-9,8%), bens de consumo (-8,9%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,9%) e bens intermediários (-1,1%).

                          Setores. Na comparação com dezembro de 2019, houve variação positiva no nível de produção em 19 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: produtos de fumo (48,4%), máquinas e equipamentos (37,4%), produtos têxteis (29,7%), metalurgia (28,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (28,8%), produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (23,6%) e couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (21,5%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (-49,8%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-12,6%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,0%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 6 dos 26 ramos analisados: produtos do fumo (10,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,4%), produtos alimentícios (4,2%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,0%) e celulose, papel e produtos de papel (1,3%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: impressão e reprodução de gravações (-38,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,1%), outros equipamentos de transporte (-29,1%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-23,7%), couro, artigos de viagem e calçados (-18,8%) e produtos diversos (-16,7%). 

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

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                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

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