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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 26/02/2021

                          Cinco anos de alto desemprego

                          Há cinco anos a taxa de desemprego no Brasil está na casa de dois dígitos e atingiu em 2020 o patamar médio mais elevado do período, ficando em 13,5%. A despeito dos sinais de retomada da economia no segundo semestre, a taxa de desemprego quase não caiu e encerrou o ano em 13,9% no 4º trim/20.

                          Níveis tão altos de desemprego e por tanto tempo dificultam o retorno das pessoas ao mercado de trabalho, tornam suas competências obsoletas e impõem obstáculos ao crescimento do PIB e ao avanço da produtividade do país.

                          Ao todo, são 13,9 milhões de desempregado segundo a Pnad Contínua divulgada hoje pelo IBGE, representando uma alta de +19,7% em relação ao 4º trim/19. Mas o dado que melhor ilustra a dramaticidade do quadro do emprego no país é a comparação com o final de 2014, isto é, antes da destruição massiva de postos de trabalho dos último anos. O contingente de desocupados no 4º trim/20 mais do que dobrou no período: +117% ante 4º trim/14.

                          De 2014 a 2020, o país não conseguiu criar vagas para ocupar todos os jovens que entraram no mercado de trabalho nem para manter empregados os que já estavam ocupados. Do 4º trim/14 ao 4º trim/20, a ocupação total do país recuou -7% ou 6,2 milhões de ocupados a menos.

                          A pandemia de Covid-19 contribuiu muito para isso, anulando toda a melhora relativa de 2017-2019. A ocupação média anual em 2020 ficou 7,9% abaixo da de 2019 e, embora o desempenho no 4º trim/20 não tenha sido tão negativo como dos dois trimestres anteriores, o declínio de ocupação continuou intenso, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Ocupação total: +0,4% no 1º trim/20; -10,7% no 2º trim/20; -12,1% no 3º trim/20 e -8,9% no 4º trim/20;

                               •  Emprego com carteira assinada: +0,5%; -9,2%; -11,2% e -11,2%, respectivamente;

                               •  Emprego sem carteira assinada: -0,9%; -24,9%; -23,9% e -15,8%;

                               •  Trabalhador por conta própria: +1,7%; -10,3%; -10,8% e -5,2%;

                               •  Empregador: -1,1%; -9,5%; -11,6% e -11,7%;

                               •  Trabalho doméstico: -2,2%; -24,6%; -26,5% e -22,9%;

                               •  Setor público: +2,6%; +6,0%; +1,2% e +4,5%, respectivamente.

                          Na média de 2020, as perdas mais graves vieram do trabalho doméstico, do trabalho sem carteira assinada e de empregadores, refletindo a falência de muitas empresas no período. O emprego com carteira, menos vulnerável às oscilações da atividade econômica geral e que contou com programas emergenciais de proteção durante a pandemia, caiu tanto quanto o total da ocupação. O setor público, provavelmente devido ao aumento dos serviços de saúde, foi o único tipo de emprego a crescer em 2020.

                          No 4º trim/20, a amenização da queda do emprego em comparação com igual período do ano anterior veio sobretudo do trabalho por conta própria, que representa os chamados “bicos” e do emprego sem carteira. Estas categorias tendem a ter rendimentos menores e mais instáveis, o que na ausência do auxílio emergencial pago pelo governo até o final de 2020, compromete a recomposição do consumo das famílias. 

                          Setorialmente, o número de ocupados nos serviços foram os que mais caíram na média de 2020, especialmente alojamento e alimentação (-21,3%) e serviços domésticos (-19%). Na construção o recuo também foi de dois dígitos (-12,5%) e na indústria a queda de -8% foi da mesma magnitude do recuo da ocupação total (-7,9%).

                          No 4º trim/20, sinais de atenuação da crise do emprego vieram sobretudo da agropecuária (+2,7% ante 4º trim/19) e de serviços de informação, comunicação e financeiros (-1,2%) e em menor medida da construção (de -16,6% no 3º trim/20 para -11,8%), comércio (de -13,5% para -10,9%) e indústria (de -12,2% para -10,3%).

                          Com o desemprego muito elevado e alguma melhora muito concentrada em ocupações informais e “bicos”, a massa de rendimentos efetivamente recebidos, que funciona como a base do consumo, voltou a piorar registrando -8,7% no 3º trim/20 e -10% no 4º trim/20 frente ao mesmo período o ano anterior. O rendimento real efetivo ficou no negativo (-1% no 4º trim/20), algo que não ocorria desde o final de 2016.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 13,9% no trimestre compreendido entre outubro e dezembro de 2020. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, julho de 2020 a setembro de 2020, houve retração de 0,7 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior houve variação positiva de 3,0 p.p., quando registrou 11,0%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$2.507,00, apresentando variação negativa de 4,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jul-ago-set). Já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior houve um incremento de 2,8%. 

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 210,7 bilhões no trimestre que se encerrou em dezembro, registrando expansão de 0,2% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 6,5% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 225,5 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 86,2 milhões de pessoas, apresentando variação positiva de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jul-ago-set), e retração de 8,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (94,6 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu retração de 1,2%, com 13,9 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior observou-se expansão de 19,7%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 100,1 milhões de pessoas, representando crescimento de 3,7% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 5,7% em relação ao mesmo trimestre de 2019 (106,2 milhões de pessoas).

                          Com análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, dois agrupamentos apresentaram variações positivas: Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (0,7%) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,7%). Na mesma base de comparação, os demais agrupamentos apresentaram decréscimos: Alojamento e alimentação (-27,7%), Serviços domésticos (-22,3%), Outros serviços (-18,5%), Transporte, armazenagem e correios (-12,8%), Construção (-11,8%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-10,9%), Indústria geral (-10,3%) e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-1,2%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação comparada ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se acréscimo nas categorias trabalho familiar auxiliar (0,9%) e setor público (4,5%). Em sentido oposto, as demais categorias apresentaram retrações: trabalho doméstico (-22,9%), trabalho privado sem carteira (-15,8%), empregador (-11,7%), trabalho privado com carteira (-11,2%) e, trabalhador por conta própria (-5,2%).

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                          Em fev/21, houve reação no setor de serviços, após a virtual estagnação dos meses anteriores, mas diante da piora do quadro sanitário o risco é da melhora vir a ser efêmera.

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                          Em 2021, o comércio exterior brasileiro vem ganhando tração, com ampliação das exportações e das importações de diferentes produtos.

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                          O setor de serviços voltou ao azul em jan/21, mas as perspectivas para os próximos meses não são favoráveis, dado a alta dos casos de Covid-19 e novas medidas restritivas.

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