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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 03/03/2021

                          Mais um ano de crise aguda

                          O PIB total do Brasil recuou -4,1% em 2020, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE. Foi um resultado pior do que aqueles de 2015 e 2016, quando o país passou por uma das crises mais graves de sua história recente, mas não chegou a ser tão devastador quando se previa nos meses iniciais do surto de Covid-19.

                          Cabe lembrar que o FMI chegou a prever em jun/20 que o PIB brasileiro encolheria -9,1%. Conseguimos cair a metade disso. Tamanha amenização deveu-se ao conjunto de medidas emergenciais de combate aos efeitos econômicos da pandemia adotadas pelo Brasil, mas também por outros importantes países, fazendo com que o PIB mundial e o comércio internacional também não recuassem tanto.

                          Se as ações emergenciais trouxeram algum alívio para a crise econômica brasileira em 2020, o outro lado da moeda é que o término dos programas em 2021 coloca em risco a continuidade da recuperação, especialmente diante do aumento dos casos de Covid-19, das incertezas em relação à vacinação, de medidas mais restritivas à mobilidade das pessoas e às atividades econômicas e ao desemprego em patamares recordes.

                          Nos dois últimos trimestres de 2020, o PIB assinalou crescimento de +7,7% no 3º trim/20 e de +3,2% no 4º trim/20 na série com ajuste sazonal, com contribuição importante do binômio investimento-indústria. A reação da indústria de transformação, de +24,4% e de +4,9%, respectivamente, ajudou à retomada dos serviços de transporte (+12,9% e +6,2%) e veio acompanhada, pelo lado da demanda, da reação do investimento (+10,7% e +20%).

                          A expansão recente, contudo, não foi forte o suficiente para salvar o resultado de 2020. O maior freio ao crescimento do PIB no acumulado do ano foi o consumo das famílias, a despeito da injeção de dinamismo decorrente do auxílio emergencial pago à população de menor renda e aos trabalhadores informais. O consumo recuou -5,5%, isto é, acima da queda de -4,1% do PIB total. O consumo do governo, mesmo com os gastos adicionais exigidos pela pandemia, contraiu -4,7%.

                          Do lado da oferta da economia, foram os serviços que encabeçaram as perdas, registrando -4,5%, como mostram as variações a seguir. Além do consumo deprimido, a natureza de muitos segmentos do setor, ao exigir proximidade física ou mobilidade das pessoas, também dificulta a total normalização de suas atividades no atual contexto de crise sanitária. Para os serviços, mais do que para os demais setores econômicos, a imunização de massa é precondição para sua completa retomada.

                               •  PIB total: +1,8% em 2018;  +1,4% em 2019 e -4,1% em 2020;

                               •  PIB da agropecuária: +1,3%; +0,6% e +2,0%, respectivamente;

                               •  PIB da indústria total: +0,7%; +0,4% e -3,5%;

                               •  PIB dos serviços: +2,1%; +1,7% e -4,5%, respectivamente.

                          A indústria, pela sua trajetória de recuperação recente, não contribuiu para piorar o quadro econômico geral. Em 2020, a indústria total, ao registrar -3,5%, caiu menos que o PIB Brasil, devido ao crescimento da indústria extrativa (+1,3%) e da redução das perdas do ramo de eletricidade, gás, água etc., que encerrou o ano em virtual estabilidade (-0,4%), e da indústria de transformação cujo resultado (-4,3%) ficou em linha com o da economia como um todo.

                          A agropecuária foi o único setor a ficar no positivo no ano passado (+2%), dado que suas atividades quase não foram afetadas pelo isolamento social e contaram com o efeito positivo da rápida recuperação da economia chinesa. Em boa medida devido às exportações agropecuárias, mas também às vendas externas da indústria, as exportações totais do Brasil não caíram tanto em 2020, registrando -1,8%, isto é, melhor do que em 2019 (-2,4%). 

                          Com as importações mergulhando muito além das exportações, junto com o mercado interno e devido a rupturas das cadeias de fornecimento internacionais decorrente da pandemia, o setor externo contribuiu positivamente para o resultado do PIB total em 2020: +1,2 ponto percentual. Ou seja, na ausência desta contribuição externa, o PIB brasileiro teria encolhido -5,2%.

                          Os dados do 4º trim/20, contudo, sugerem que esta engrenagem favorável pode estar se esgotando. Frente ao período anterior, já descontados os efeitos sazonais, o setor externo contribuiu negativamente, com as importações avançando +22% e as exportações caindo -1,4%. A agropecuária também voltou a ficar no vermelho (-0,5%), assim como a indústria extrativa (-4,7%).

                          Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou R$2,003 trilhão a preços correntes no quarto trimestre de 2020, apresentando expansão de 3,2% na comparação com o trimestre anterior, a partir de dados dessazonalizados. 

                          Com relação ao quarto trimestre de 2019, houve variação negativa de 4,1%. No que se refere à oscilação do acumulado nos últimos quatro trimestres frente a igual período do ano anterior, houve decréscimo aferido de 4,1%. No acumulado do ano para 2020, o PIB em valores correntes atingiu R$7,447 trilhões.

                          Ótica da oferta. Frente ao terceiro trimestre de 2020, a partir de dados dessazonalizados, houve decréscimo de 0,5% para o setor agropecuário, para o setor da indústria registrou-se expansão de 1,9% e o setor de serviços apresentou variação positiva de 2,7%. 

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base comparação, o segmento das indústrias de transformação registrou variação positiva de 4,9%. Os demais setores analisados apresentaram retrações: indústrias extrativas (-4,7%), produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-1,2%) e construção (-0,4%).

                          Nos subsetores de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, seis setores apresentaram variações positivas: outras atividades de serviços (6,8%), transporte, armazenagem e correio (6,2%),  informação e comunicação (3,8%), comércio (2,7%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%) e, atividades imobiliárias (1,8%). Em sentido oposto, o segmento de intermediação financeira e seguros apresentou variação negativa de -0,3% na mesma base de comparação. 

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior, o setor agropecuário apresentou variação negativa de 0,4%, enquanto o setor da indústria registrou expansão de 1,2% e o setor de serviços apresentou retração de 2,2%.

                          Para os componentes do setor industrial, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve variações positivas nos seguintes setores: indústrias de transformação (5,0%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (1,5%). Os demais segmentos analisados registraram decréscimos: indústrias extrativas (-6,7%) e construção (-4,8%).

                          No setor de serviços os segmentos que apresentaram incrementos foram: atividades imobiliárias (3,5%), atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (3,1%), comércio (2,5%) e informação e comunicação (2,4%). Os demais segmentos apresentaram variações negativas: outras atividades de serviços (-9,4%), transporte, armazenagem e correio (-4,3%) e administração, saúde e educação públicas (-3,8%).

                          Para o acumulado do ano, o setor agropecuário apresentou expansão de 2,0%, enquanto observaram-se retrações no setor da indústria (-3,5%) e no setor de serviços (-4,5%). Considerando os componentes do setor industrial, a contribuição positiva deu-se por conta das indústrias extrativas (1,3%). Nessa mesma base de comparação, os demais setores apresentaram retrações: construção (-7,0%), indústrias de transformação (-4,3%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,4%).

                          Por fim, analisando o setor de serviços no acumulado do ano, apresentaram variações positivas dois segmentos analisados: atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (4,0%) e atividades imobiliárias (2,5%). Os setores analisados restantes apresentaram retrações: outras atividades de serviços (-12,1%), transporte, armazenagem e correio (-9,2%), construção (-7,0%), administração, saúde e educação públicas (-4,7%), comércio (3,1%) e informação e comunicação (-0,2%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao terceiro trimestre de 2020 e segundo dados com ajuste sazonal, houve acréscimos nas seguintes categorias: importações de bens e serviços (22,0%), formação bruta de capital fixo (20,0%), consumo das famílias (3,4%) e consumo do governo (1,1%). Por outro lado, houve decréscimo na categoria de exportações de bens e serviços (-1,4%).

                          Na comparação com o quarto trimestre de 2019, a categoria de formação bruta de capital fixo (13,5%) apresentou expansão. Os demais seguimentos registraram retrações: exportação de bens e serviços (-4,3%), consumo do governo (-4,1%), importações de bens e serviços (-3,1%) e consumo das famílias (-3,0%).

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano, todas as categorias analisadas registraram retrações: importações de bens e serviços (-10,0%), consumo das famílias (-5,5%), consumo do governo (-4,7%), exportação de bens e serviços (-1,8%) e formação bruta de capital fixo (-0,8%). 

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