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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 12/03/2021

                          Queda continuada

                          Pela terceira vez consecutiva, as vendas reais do comércio varejista ficaram no vermelho segundo o IBGE, registrando -0,2% na passagem de dez/20 para jan/21, já corrigidos os efeitos sazonais. Em seu conceito ampliado, que inclui os ramos de veículos, autopeças e material de construção, a queda chegou a -2,1%. Ao que tudo indica, no varejo a deterioração do quadro sanitário, o alto desemprego e o fim dos programas emergenciais já estão cobrando seu preço.

                          O resultado negativo neste início de ano vem, no varejo restrito, depois do maior tombo já registrado em um mês dezembro na série com ajuste sazonal, de -6,2% em dez/20, e, no seu conceito ampliado, depois da primeira queda desde o choque da Covid-19 em mar-abr/20. Isso sugere que este momento adverso pode não ser um mero acidente de percurso.

                          Como resultado, o varejo, que liderava a retomada da economia, perdeu tudo o que conquistou a partir de maio último. O nível de vendas de jan/21 voltou a ficar abaixo do nível de fev/20: -2,1% no caso do varejo ampliado e -0,4% no caso do varejo restrito. Dado que, a partir de mar/21 houve endurecimento das medidas restritivas, o varejo pode estar diante de um novo momento de crise.

                          Além de reincidente, o recuo em jan/21 também foi disseminado entre os diferentes ramos do varejo. Atingiu 60% deles, com destaque para móveis e eletrodomésticos e supermercados e alimentos, pela longa sequência de variações negativas, e para livros, jornais e papelaria e também vestuário e calçados, pela intensidade das suas perdas. As variações com ajuste sazonal a seguir mostram a evolução na virada do ano.

                               •  Varejo restrito: -0,1% em nov/20; -6,2% em dez/20 e -0,2% em jan/21;

                               •  Varejo ampliado: +0,5%; -3,1% e -2,1%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos e bebidas: -2,9%; -0,3% e -1,6%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +4,6%; -13,2% e -8,2%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -2,4%; -3,6% e -5,9%;

                               •  Veículos e autopeças: +3,2%; -3,3% e -3,6%;

                               •  Material de construção: -2,1%; -1,6% e +0,3%, respectivamente. 

                          Responsável por 1/3 do varejo ampliado total, o ramo de supermercados, alimentos, bebidas e fumo caiu em sete dos oito meses desde jun/20. Assim, suas vendas, que chegaram a superar em 7,8% o nível anterior ao choque da Covid-19 em meados do ano passado, perderam este ganho e voltaram ao patamar de fev/20 (+0,1%). Além da redução e posterior extinção do auxílio emergencial pago às famílias, a evolução deste ramo também reflete a elevação dos preços de muitos de seus itens, sobretudo alimentos.

                          Móveis e eletrodomésticos, por sua vez, acumulam cinco meses consecutivos de resultados negativos na série com ajuste sazonal. Com isso, seu nível de vendas que estava, em ago/20, 18,5% acima do pré-crise, agora está 3% abaixo deste patamar. Seu desempenho em jan/21, de -5,9%, foi a terceira maior queda entre os ramos do varejo.

                          Os recuos mais intensos neste início de ano ficaram por conta de livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%), que além das dificuldades impostas pela pandemia também lidam com transformações importantes de seu mercado com o avanço da digitalização, e do ramo de vestuário e calçados (-8,2%), cujo mercado é influenciado pela sociabilidade e sua experiência de compra ainda demanda muito presença física.

                          Estes dois ramos nunca chegaram a compensar as perdas de mar-abr/20 e nos últimos meses voltaram a se distanciar dos níveis de vendas pré-crise. Em jan/21, o ramo de livros, jornais e papelaria estava 51,6% abaixo de fev/20 e o de vestuário e calçado, 20,8% abaixo. Também nesta situação encontra-se o ramo de veículos e autopeças: 10,6% aquém do nível de vendas de fev/20 e queda de -3,6% na passagem de dez/20 para jan/21, com ajuste sazonal.

                          Em contrapartida, os ramos que conseguiram crescer nesta entrada de ano valeram-se de bases deprimidas de comparação. Foram os casos de outros artigos de uso pessoal e doméstico, cujas vendas encolheram -13,4% em dez/20 e agora subiram +8,2% em jan/21, e de material de construção, que após três meses seguidos de declínio, registrou +0,3% em jan/21. 

                          Ambos os casos permanecem acima do patamar de vendas de fev/20: +7,9% para outros artigos de uso pessoal e doméstico e +17,7% para material de construção. O único outro caso com um diferencial positivo nesta comparação cabe ao ramo de artigos farmacêuticos, médicos e perfumaria: 14% acima de fev/20 e +2,6% em jan/21, sob estímulo do caráter sanitário da crise.

                          A partir dos dados de janeiro de 2021 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou retração de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior (dezembro/2020) , na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de janeiro de 2020, houve decréscimo de 0,3% e no acumulado dos últimos doze meses aferiu-se expansão de 1,0%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 2,1% em relação a dezembro de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de janeiro de 2020, houve variação negativa de 2,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses verificou-se queda de 1,9%.

                          A partir de dados dessazonalizados, três dos oito setores analisados apresentaram expansões em comparação ao mês imediatamente anterior: outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,6%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,2%). Por outro lado, os cinco setores analisados restantes registraram variações negativas: livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%), tecidos, vestuário e calçados (-8,2%), móveis e eletrodomésticos (-5,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,6%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se retração de 2,1%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 3,6%, enquanto material de construção obteve acréscimo de 0,3%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (janeiro de 2020), registrou-se expansão em três das oito atividades analisadas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Por outro lado, houve queda nos cinco setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-53,1%), tecidos, vestuário e calçados (-21,1%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,9%), combustíveis e lubrificantes (-8,2%) e móveis e eletrodomésticos (-5,4%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação negativa de 2,9%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 15,3% e o setor de material de construção obteve incremento de 12,3%.

                          Por fim, comparando janeiro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, 13 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo as maiores: Amapá (13,4%), Minas Gerais (7,5%) e Roraima (7,5%). Por outro lado, as 14 unidades federativas restantes apresentaram decréscimos, sendo as maiores: Amazonas (-26,9%), Distrito Federal (-10,9%) e Rio Grande do Sul (-9,2%). 

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