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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 01/04/2021

                          De volta ao negativo

                          Para a indústria, a trajetória de desaceleração que vinha se desenhando nos últimos meses, na esteira da piora do quadro sanitário, da redução e posterior extinção dos programas emergenciais e do elevado desemprego, se converteu em nova queda da produção em fev/21. Registrou -0,7% ante o mês anterior, já com ajuste sazonal.

                          Desde o momento mais agudo do choque da Covid-19, em abril do ano passado, que a produção industrial não registrava variação negativa na série com ajuste. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, por ora, o setor permaneceu no azul, mas se aproximou muito da estabilidade (+0,4% ante fev/20).

                          A inflexão de fev/21 teve perfil disseminado de taxas negativas, alcançando 14 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, ou seja, 54% do total. Entre as quedas mais intensas ficaram produtos têxteis (-9,0% com ajuste), veículos (-7,2%) e couro e calçados (-5,9%). 

                          Quanto aos macrossetores, o declínio geral foi condicionado principalmente pelos bens de consumo duráveis, cuja produção recuou -4,6% ante jan/21, com ajuste sazonal, mas o sinal negativo também atingiu outros dois macrossetores, como mostram as variações a seguir. A única exceção foi bens intermediários, que vem apresentando oscilação entre altas e baixas.

                               •  Indústria geral: +0,8% em dez/20; +0,4% em jan/21 e -0,7% em fev/21;

                               •  Bens de capital: +2,7%; +4,6% e -1,5%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +1,3%; -1,0% e +0,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +1,1%; -1,0% e -4,6%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,2%; +1,7% e -0,3%, respectivamente.

                          Bens de consumo duráveis foi o macrossetor com pior resultado também na comparação com fev/20 (-8,6%), seguido por bens de consumo semi e não duráveis (-1,6%). Em ambos os casos as quedas foram reincidentes, não trazendo bons sinais para este início de 2021. 

                          Ao que parece, a perda de dinamismo recente da indústria vem sendo condicionada pelos ramos cujos mercados dependem do consumo das famílias, que tem sido freado não apenas pelo medo e isolamento decorrente diretamente da Covid-19, mas também pelo desemprego e pelo fim do auxílio pago às famílias.

                          No 1º bim/21, bens de consumo duráveis registraram -6,3%, devido a automóveis, mas também à deterioração de eletrodomésticos e outros equipamentos de transporte. Bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, caíram -1,1%, em linha com o 4º trim/20, em função de ramos de alimentos, como carnes, laticínios e bebidas, além de combustíveis.

                          Bens de capital, que cresceram +16,1% ante fev/20, ajudados por bases baixas de comparação, conseguiram manter a intensidade da alta do 4º trim/20 (+14,7%) também no 1º bim/21 (+16,6%), graças a bens de capital à agricultura e à construção. Os bens de capital para a própria indústria desaceleraram.

                          Por fim, bens intermediários podem vir a ter seu terceiro trimestre seguido de expansão da produção agora no início de 2021, mas provavelmente passarão por alguma acomodação, a contar pelo 1º bimestre: +4,9% no 4º trim/20 e +1,7% em jan-fev/21 ante o mesmo período do ano anterior. Intermediários de alimentos e de derivados de petróleo voltaram ao vermelho e os da indústria automobilística agravaram suas perdas (-12,4% ante 1º bim/20).

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de fevereiro de 2021 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou retração de 0,7% frente ao mês de janeiro, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses registrou-se decréscimo de 4,2% e no acumulado do ano houve crescimento de 1,3%. Em comparação a fevereiro de 2020, aferiu-se incremento de 0,4%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, um dos cinco segmentos analisados apresentou expansão: bens intermediários (0,6%). De outro lado, os quatro segmentos restantes apresentaram retrações : bens de consumo duráveis (-4,6%), bens de capital (-1,5%), bens de consumo (1,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,3%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de fevereiro de 2020, dois segmentos analisados apresentaram acréscimos: bens de capital (16,1%) e bens intermediários (0,5%). Em sentido oposto, os três outros segmentos apresentaram retrações: bens de consumo duráveis (-8,4%), bens de consumo (-3,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,6%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se decréscimos nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-20,1%), bens de consumo (-9,0%), bens de capital (-7,3%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,9%) e bens intermediários (-0,9%).

                          Setores. Na comparação com fevereiro de 2020, houve variação positiva no nível de produção de 17 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: máquinas e equipamentos (18,5%), produtos de metal (10,6%), impressão e reprodução de gravações (10,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,0%), produtos de minerais não metálicos (9,7%) e outros produtos químicos (8,1%). 

                          Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: outros equipamentos de transporte (-22,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), indústrias extrativas (-6,7%), bebidas (-5,0%) e produtos alimentícios (-4,4%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2021 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 17 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: máquinas e equipamentos (18,1%), produtos de metal (13,2%), produtos têxteis (13,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,8%), produtos de borracha e de material plástico (8,3%), metalurgia (6,1%) e outros produtos químicos (6,8%). 

                          Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: outros equipamentos de transporte (-30,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,9%), produtos alimentícios (-5,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%), coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-4,0%), indústrias extrativas (-3,0%) e bebidas (-2,7%). 

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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