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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 13/04/2021

                          Expansão sem vigor

                          Depois de três meses consecutivos de resultados desfavoráveis, o comércio varejista voltou a crescer em fev/21, embora sem grande vigor. Suas vendas reais aumentaram +0,6%, já descontados os efeitos sazonais, compensando apenas parcialmente o recuo de -6,3% entre out/20 e jan/21.

                          No conceito ampliado do varejo, que inclui as vendas de veículos, autopeças e material de construção, o desempenho recente se mostra mais significativo: +4,1% na passagem de jan/21 a fev/21, com ajuste sazonal, puxado pelo segmento de veículos, que registrou +8,8%, após a virada de ano no vermelho.

                          Assim como veículos, outros ramos também conseguiram ampliar vendas, de modo que a maior parte do varejo obteve variação positiva: 60% dos dez ramos acompanhados pelo IBGE. Em sua grande maioria, compensaram uma fração das perdas em meses anteriores. 

                          Entre os ramos no negativo, estão combustíveis, equipamentos de informática, cosméticos e medicamentos e outros artigos de uso pessoal. Em todos estes casos, as quedas foram brandas e sucederam resultados positivos, sinalizando mais um quadro de virtual estabilidade.

                          Já em comparação com fev/20, isto é, antes do choque da Covid-19 no Brasil, voltou a haver declínio, dando continuidade a uma trajetória nítida de desaceleração. Em seu conceito restrito, o varejo recuou -0,4% em jan/21 e -3,8% em fev/21 ante o mesmo período do ano anterior. Em seu conceito ampliado, as taxas foram de -3,1% e -1,9%, respectivamente. As variações a seguir mostram o resultado acumulado neste primeiro bimestre do ano.

                               •  Varejo restrito: +7,8% em set-out/20; +2,3% em nov-dez/20 e -2,1% em jan-fev/21

                               •  Varejo ampliado: +6,7%; +3,4% e -2,5%, respectivamente;

                               •  Supermercado, alimentos, bebidas e fumo: +5,9%; +1,0% e -1,7%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -4,5%; -7,0% e -19,9%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +25,2%; +9,8% e -2,5%;

                               •  Veículos e autopeças: -3,8%; +1,6% e -10,1%;

                               •  Material de construção: +25,9%; +18,0% e +14,3%, respectivamente.

                          A inflexão recente no varejo tem no segmento de supermercados, alimentos, bebidas e fumo uma de suas principais causas. Isso porque ocorreu importante elevação de preços de alimentos e é a parte do varejo que mais tende a refletir a redução e posterior extinção do auxílio emergencial pago às famílias. Suas vendas caíram -1,7% ante o 1º bim/20 e a alta de +0,8% na passagem de jan/21 para fev/21, com ajuste, pouco fez para reverter a perda de -5,1% de out/20 a jan/21.

                          Outras duas contribuições negativas importantes para o varejo como um todo vêm do ramo de veículos e autopeças, que até ensaiou reação em nov-dez/20, mas voltou a cair a uma taxa de dois dígitos no 1º bim/21, e tecidos, vestuário e calçados, cujas vendas estão no vermelho desde o 2º bim/20, na comparação interanual. Em ambos os casos pesam muito as medidas de restrição à mobilidade, que se tornaram mais duras em 2021 com a piora do quadro pandêmico.

                          O mesmo pode ser dito para as vendas de combustíveis e lubrificantes, de móveis e eletrodomésticos e de equipamentos de escritório, informática e comunicação. Todos permaneceram ou voltaram ao vermelho no 1º bim/21, inclusive móveis e eletrodomésticos que viram um bom desempenho na segunda metade de 2020 em resposta ao isolamento domiciliar.

                          Em direção contrária, conseguiram ampliar vendas no 1º bim/21 ante o mesmo período do ano anterior apenas três ramos, isto é, somente 30% do total de ramos acompanhados pelo IBGE. Foram os casos de medicamentos, cosméticos e perfumaria (+10,9%), condicionados pela natureza sanitária da crise; outros bens de artigo pessoal e doméstico (+6,2%), que reúnem um conjunto amplo de produtos, e material de construção (+14,3%), já que a construção não foi proibida de funcionar.

                          Segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio para fevereiro de 2021, divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou expansão de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior (janeiro/2021), na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de fevereiro de 2020, houve decréscimo de 3,8%. Para o acumulado dos últimos doze meses e para o acumulado do ano, aferiu-se expansão de 0,4% e retração de 2,1%, respectivamente. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 4,1% em relação a janeiro de 2021, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de fevereiro de 2020, houve variação negativa de 1,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses e para o acumulado do ano, verificou-se queda de 2,3% e 2,5%, respectivamente.

                          A partir de dados dessazonalizados, considerando a comparação com o mês imediatamente anterior (janeiro/2021), quatro dos setores analisados apresentaram expansões: livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), móveis e eletrodomésticos (9,3%), tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). Por outro lado, os quatro setores analisados restantes registraram variações negativas em comparação ao mês imediatamente anterior: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%), combustíveis e lubrificantes (-0,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,4%%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,2%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se expansão de 4,1%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 8,8%, enquanto material de construção obteve acréscimo de 2,0%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (fevereiro de 2020), registrou-se expansão em três das atividades analisadas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%). Por outro lado, houve queda nos cinco setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-41,0%), tecidos, vestuário e calçados (-18,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,8%), combustíveis e lubrificantes (-10,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,6%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação negativa de 1,9%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 3,8% e o setor de material de construção obteve incremento de 17,9%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-fevereiro de 2021), aferiu-se retração de 2,1% no comércio varejista e registraram-se crescimentos em dois dos oito segmentos analisados: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram decréscimos: livros, jornais, revista e papelaria (-48,1%), tecidos, vestuário e calçados (-19,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,2%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%), móveis e eletrodomésticos (-2,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 2,5% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou queda de 10,1% e material de construção uma expansão de 14,3%. 

                          Por fim, comparando fevereiro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, 9 das 27 unidades federativas apresentaram crescimentos no volume de vendas do comércio varejista, sendo as maiores: Piauí (14,1%), Amapá (10,1%), Pará (4,1%), Pernambuco (2,0%) e Roraima (1,3%). Por outro lado, as demais 18 unidades federativas apresentaram decréscimos, sendo as maiores: Tocantins (18,5%), Amazonas (-16,9%), Distrito Federal (-15,1%), Acre (-13,3%) e Rio Grande do Sul (-12,0%). 

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