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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 02/12/2021

                          Indústria parada, economia sem forças

                          Os dados divulgados hoje pelo IBGE confirmam a perda de fôlego da economia brasileira ao longo de 2021. Pelo segundo trimestre seguido, nosso PIB não cresceu: -0,4% em abr-jun/21 e agora -0,1% em jul-set/21, já descontados os efeitos sazonais. Ao que tudo indica, virar a página da crise da Covid-19 não é tão trivial quanto alguns supunham. Não por acaso, as principais potências globais estão desenhando políticas para uma recuperação sustentável.

                          Se o PIB total dá sinais de esmorecimento, na indústria o quadro é ainda mais grave. Em 2021, o PIB da indústria de transformação não cresceu um trimestre sequer. Já são três recuos consecutivos: -0,4% no 1º trim/21, -2,5% no 2º trim/21 e -1,0% no 3º trim/21 na série com ajuste sazonal. Já a indústria geral ficou parada no 3º trim/21 (0%), depois da queda do 2º trim/21, e só não foi pior graças à construção.

                          Voltamos a lembrar um dado que muito se ignora no Brasil: R$ 1 produzido pela indústria de transformação induz um aumento de R$ 2,14 na produção total da economia. Em outras palavras, sem indústria dinâmica é pouco provável que tenhamos uma trajetória consistente de crescimento para o PIB geral do país.

                          A evolução descendente da indústria não está dissociada da recente retração do investimento, já que o setor tende a ser intensivo em capital. A despeito da persistente expansão da construção (+3,9% no 3º trim/21), a formação bruta do capital fixo registrou -0,1% em jul-set/21, após a queda de -3,0% no 2º trim/21.

                          Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, o único setor a dar sinal de aceleração foi o de serviços, que registrou +1,1% no 3º trim/21 ante o trimestre anterior. Suas principais fontes de dinamismo foram os ramos de outras atividades de serviços (+4,4%), que incluem serviços pessoais, em retomada com o avanço da vacinação, informação e comunicação (+2,4%), mais demandados em tempos de teletrabalho e digitalização, e em menor medida, transportes (+1,2%).

                               •  PIB total: +1,3% no 1º trim/21; -0,4% no 2º trim/21 e -0,1% no 3º trim/21;

                               •  PIB da agropecuária: +3,8%; -2,9% e -8,0%, respectivamente;

                               •  PIB da indústria: +0,9%; -0,5% e 0%;

                               •  PIB dos serviços: +0,9%; +0,6% e +1,1%, respectivamente.

                          O retorno ao positivo do consumo das famílias (+0,9% ante 2º trim/21) foi importante para a expansão do PIB dos serviços, embora tenha sido fraco em função da aceleração inflacionária e da pequena melhora na situação do emprego, como mostraram os dados da Pnad esta semana.

                          Com o maior controle da pandemia no país, esta expansão recente do consumo das famílias pode ter favorecido mais o setor de serviços, cuja parcela na cesta de consumo pôde ser recomposta com a flexibilização das medidas restritivas, do que a indústria, que tem sofrido elevação de preços em alguns de seus bens, em função da alta de commodities e da taxa de câmbio e dos gargalos em suas cadeias produtivas.

                          O pior desempenho, a seu turno, coube à agropecuária (-8,0% ante 2º trim/21 com ajuste), em função de questões climáticas e perda de produtividade em algumas lavouras, como café, algodão, milho etc.

                          O recuo da agropecuária, a retração da indústria extrativa (-0,4%), bem como da indústria de transformação, como visto anteriormente, refletiram no desempenho negativo de nossas exportações (-9,8%). Ao ser mais intenso do que a queda das importações (-8,3%), o setor externo contribuiu negativamente para o resultado do PIB no 3º trim/21.

                          Segundo divulgado hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou R$2,215 trilhões a preços correntes no segundo trimestre de 2021, apresentando variação negativa de 0,1% na comparação com o trimestre anterior, a partir de dados dessazonalizados. 

                          Com relação ao terceiro trimestre de 2020, houve variação positiva de 4,0%. No acumulado nos últimos quatro trimestres frente a igual período do ano anterior, registrou-se acréscimo de 3,9%. 

                          Ótica da oferta. Frente ao segundo trimestre de 2021, a partir de dados dessazonalizados, houve variação negativa de 8,0% para o setor agropecuário, o setor da indústria apresentou estabilidade (0,0%) e no setor de serviços observou-se crescimento de 1,1%. 

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base de comparação, o subsetor de construção apresentou variação positiva de 3,9%. Em sentido oposto, os outros três setores analisados sofreram variações negativas: segmentos da produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-1,1%), indústrias de transformação (-1,0%) e indústrias extrativas (-0,4%). 

                          Nos subsetores de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, quatro dos sete subsetores analisados apresentaram variação positiva: outras atividades de serviços (4,4%), informação e comunicação (2,4%), transporte, armazenagem e correio (1,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social apresentou estabilidade (0,8%). Por sua vez, apresentaram variação negativa os subsetores de intermediação financeira e seguros (-0,5%) e comércio (-0,4%). O segmento de atividades imobiliárias apresentou estabilidade (0,0%) na mesma base de comparação. 

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior (jul-ago-set 2020), o setor agropecuário apresentou variação negativa de 9,0%, enquanto o setor da indústria apresentou expansão de 1,3% e o setor de serviços obteve crescimento de 5,8%.

                          Para os componentes do setor industrial, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve variação positiva nos segmentos de construção (10,9%) e nas indústrias extrativas (3,5%). Por outro lado, os outros dois setores apresentaram variação negativa: produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-4,6%) e indústrias de transformação (-0,7%). 

                          No setor de serviços, os segmentos que apresentaram incrementos foram: informação e comunicação (14,8%), outras atividades de serviços (13,5%), transporte, armazenagem e correio (13,1%), administração, saúde e educação públicas (2,9%), comércio (2,8%) e atividades imobiliárias (1,7%). O segmento de atividades financeiras de seguros e serviços relacionados apresentou variação negativa (-1,4%). 

                          Para a taxa acumulada nos últimos 4 trimestres (contra os 4 trimestres imediatamente anteriores), o setor agropecuário apresentou expansão de 0,2%, o setor da indústria cresceu 5,1% e no setor de serviços houve acréscimo de 3,3%. 

                          Considerando os componentes do setor industrial, as contribuições positivas deram-se por conta das indústrias de transformação (7,8%), construção (5,6%) e as indústrias extrativas (0,2%). Ainda nessa base de comparação, o segmento de produção e distribuição de eletricidade, gás e água registrou variação negativa de -0,9%.

                          Analisando o setor de serviços no acumulado dos últimos 4 semestres, os sete segmentos analisados apresentaram variações positivas: informação e comunicação (9,6%), transporte, armazenagem e correio (8,0%), comércio (7,1%), atividades imobiliárias (3,0%), outras atividades de serviços (2,1%), atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (1,8%) e administração, saúde e educação públicas (0,1%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao segundo trimestre de 2021, para dados com ajuste sazonal, houve acréscimos nas seguintes categorias: consumo das famílias (0,9%) e consumo do governo (0,8%). Por outro lado, houve decréscimos nas categorias de exportações de bens e serviços (-9,8%), de importações de bens e serviços (-8,3%) e de formação bruta de capital fixo (-0,1%). 

                          Na comparação com o terceiro trimestre de 2020 (mesmo trimestre do ano anterior), todas as categorias apresentaram expansões: importações de bens e serviços (20,6%), formação bruta de capital fixo (18,8%), consumo das famílias (4,2%), exportações de bens e serviços (4,0%) e consumo do governo (3,5%).

                          Por fim, na comparação da taxa acumulada nos últimos quatro trimestres, as seguintes categorias apresentaram variações positivas: formação bruta de capital fixo (20,2%), exportação de bens e serviços (3,8%), consumo das famílias (2,1%) e consumo do governo (0,4%). Por sua vez, a categoria de importações de bens e serviços apresentou variação negativa de -1,7% nessa base de comparação.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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