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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 13/07/2022

                          Desempenho anêmico

                          O varejo, assim como a indústria, apresentou um resultado anêmico em mai/22, evitando o terreno negativo, mas também sem ter nenhum progresso. Em relação a abr/22, já descontados os efeitos sazonais, as vendas reais do varejo restrito variaram somente +0,1% e aos do varejo ampliado, que inclui veículos, autopeças e material de construção, mero +0,2%.

                          Ou seja, à exceção dos serviços, que ainda passam por uma normalização de suas atividades e que são consumidos proporcionalmente mais por famílias de maior renda, a produção e comercialização de bens ficaram estagnadas em maio último.

                          Isso porque a inflação tem prejudicado o poder de compra, sobretudo, das famílias de menor renda, cuja cesta de consumo é formada basicamente por bens, e o aumento recente das taxas de juros atinge em cheio os mercados de bens duráveis e alguns semiduráveis, cujos mercados dependem mais do crédito.

                          Sinais disso: praticamente todos os ramos do varejo de bens de consumo duráveis amargaram retração na passagem de abr/22 para mai/22 e embora as vendas de supermercados, alimentos, bebidas e fumo tenham crescido em mai/22 apenas compensaram o recuo do mês anterior, de modo que o segmento está estagnado nos últimos três meses.

                          E isto a despeito de ações terem sido tomadas no sentido de dinamizar a demanda das famílias, como a nova liberação de recursos do FGTS e a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas. Inflação, juros e incertezas podem ter corroído boa parte destes estímulos.

                          As variações com ajuste sazonal a seguir dão um panorama do comportamento recente do varejo:

                               •  Varejo restrito: +1,4% em mar/22; +0,8% em abr/22 e +0,1% em mai/22;

                               •  Varejo ampliado: -0,3%; +0,5% e +0,2%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: 0%, -0,9% e +1,0%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +0,9%; +2,2% e -3,0%;

                               •  Materiais de escritório, informática e comunicação: +14,4%; -5,7% e +2,0%;

                               •  Veículos e autopeças: +0,5%; 0% e -0,2%;

                               •  Material de construção: +1,7%; -2,3% e -1,1%, respectivamente.

                          As atividades que pior se saíram em mai/22 na série com ajuste sazonal também se encontram com os resultados mais fracos no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o que sugere que as dificuldades não são pontuais.

                          Em jan-mai/22 frente ao mesmo período do ano anterior, móveis e eletrodomésticos, com -8,2%, e material de construção, com -6,4%, respondem pelas maiores quedas. O ramo de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento, com muitas de suas vendas dependendo das condições de crédito, registraram -0,9%. Supermercados, alimentos, bebidas e fumo, por sua vez, aparecem virtualmente estagnados, com +0,2%.

                          Já entre os ramos do varejo que apresentam bons resultados no acumulado do ano até mai/22 estão aqueles que ainda estão se recuperando do choque adverso provocado pela pandemia. Ou seja, muito da evolução do ano deve ser credito a bases ainda baixas de comparação. 

                          O ramo de livros, revistas e papelaria, que está 32,5% abaixo do pré-pandemia, acumula variação de +21,3% em jan-mai/22. Tecidos, vestuário e calçados, 4,5% abaixo de fev/20, cresce +21,3% nos cinco primeiros meses de 2022. São os dois ramos com melhor desempenho.

                          Isso também vale para automóveis e autopeças, cujas vendas estão 5,2% aquém do pré-pandemia, com alta de +2,1% em jan-mai/22, e combustíveis e lubrificantes, ainda que neste caso tenham conseguido, pela primeira vez, superar o nível de vendas de fev/20 agora em mai/22 (+0,5%), acumulando no ano expansão de +4,5%.

                          A exceção à regra cabe ao ramo de produtos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, em boa medida devido à dinâmica provocada pela própria Covid-19. Neste caso, as vendas superam em 22,4% seu nível pré-pandemia (fev/20) e acumulam crescimento razoável em jan-mai/22, de +7,9%, a terceira maior entre os dez ramos do varejo acompanhados pelo IBGE. 

                          Segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio para o mês de maio de 2022, divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional, registrou aumento de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior (abril/2022) na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mês de maio de 2021, houve queda de 0,2%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se retração de 0,4%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 0,2% em relação a abril de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao do mês de maio de 2021, houve variação positiva de 0,7%. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se aumento de 0,3%.

                          A partir de dados dessazonalizados, seis dos oito setores analisados apresentaram expansões frente ao mês imediatamente anterior (abril/2022): livros, jornais, revistas e papelaria (5,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,6%), tecidos, vestuário e calçados (3,5%), combustíveis e lubrificantes (2,1%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%). Os setores com variação negativa no período foram os de móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%). Para o comércio varejista ampliado, ambas as atividades apresentaram resultados negativos nessa base de comparação: material de Construção (-2,0%) e veículos, motos, partes e peças (-0,2%). 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2021), cinco dos oito setores analisados registraram expansão do volume de vendas do comércio varejista: livros, jornais, revistas e papelaria (25,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,2%), tecidos, vestuário e calçados (8,3%), combustíveis e lubrificantes (7,1%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (2,0%). Em sentido oposto, houve queda nos três setores restantes: móveis e eletrodomésticos (-12,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou aumento de 0,8%, enquanto o setor de material de construção recuou -7,7%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-maio), houve crescimento em seis dos oito setores do varejo restrito: tecidos, vestuário e calçados (21,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (21,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,9%), combustíveis e lubrificantes (4,5%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou estabilidade (0,5%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%). Nos dois setores restantes houve queda no período: móveis e eletrodomésticos (-8,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%). No varejo ampliado, o setor veículos, motos, partes e peças cresceu 2,1%, enquanto a categoria material de construção caiu -6,4%.

                          Por fim, comparando maio de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (maio/2021), 17 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Roraima (11,0%), Alagoas (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,9%), Espírito Santo (6,7%) e Mato Grosso (6,1%). Por sua vez, as dez unidades federativas restantes apresentaram decréscimos no volume de vendas do comércio varejista nessa base de comparação, sendo as maiores observadas em: Amapá (-10,6%), Bahia (-7,4%), Pernambuco (-7,0%), Tocantins (-4,7%) e Amazonas (-4,3%).

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