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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/08/2022

                          Ainda distante de uma fase de expansão

                          Para a indústria, jun/22 foi um mês de “devolução”, em que tudo o que havia crescido no mês antecedente foi anulado por novas retrações. Na série com ajuste sazonal, o recuo de -0,4% neste final de semestre sobrepujou a variação anterior de +0,3%. Na comparação com o ano passado, a alta de +0,5% em mai/22 foi seguida de queda de -0,5% agora em jun/22.

                          Ou seja, os sinais favoráveis da produção industrial continuam se mostrando fracos e descontinuados, longe do que sinalizaria uma nova fase de expansão do setor. O desempenho no acumulado da primeira metade do ano não deixa dúvida: -2,2% frente ao mesmo período de 2021, com todos os macrossetores no vermelho bem como cerca de 70% dos ramos industriais (18 dos 26 identificados pelo IBGE).

                          A tendência mais de longo prazo, revelada pelo acumulado em doze meses frente ao mesmo período do ano passado, também mostra que a reação após os efeitos iniciais da pandemia de Covid-19 foi interrompida, não dando início a um processo consistente de crescimento. Nos últimos três meses, as variações são negativas nesta comparação: -0,3% em abr/22; -1,9% em mai/22 e -2,8% em jun/22.

                          Apesar disso, vale observar que o 2º trim/22 aponta para um quadro menos grave, mesmo não tendo sido suficiente para reverter o sinal negativo. O resultado foi de -0,2% frente ao mesmo período do ano anterior, ante uma queda de -4,4% no 1º trim/22.

                          Entre os macrossetores, a produção de bens de capital, que chegou a liderar a reação da indústria meses atrás, vem se mostrando sem fôlego. Na passagem de mai/22 para jun/22 recuou -1,5%, já descontados os efeitos sazonais. Em relação a jun/21, ficou virtualmente estagnada (+0,2%) e no acumulado de jan-jun/22 declina -0,9%. Ainda assim, como mostram as variações interanuais a seguir, não está entre os piores casos.

                               •  Indústria geral: +13,0% no 1º sem/21; -3,4% no 2º sem/21 e -2,2% no 1º sem/22;

                               •  Bens de capital: +44,4%; +15,4% e -0,9%;

                               •  Bens intermediários: +10,9%; -3,2% e -2,1%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +36,7%; -19,7%; -11,7%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +5,8%; -5,4% e -1,0%, respectivamente.

                          Como o IEDI já apontou anteriormente, o principal fator para o enfraquecimento de bens de capital como um todo tem sido a produção de bens de capital para a própria indústria, que já havia ficado no vermelho no 2º sem/21 (-1,9%), mas que agora na primeira metade de 2022 encolheu -10,5%. 

                          Este é um dado que preocupa, pois a produção interna de bens de capital para a indústria compõe o investimento do setor. Vale enfatizar que é urgente a retomada de suas inversões para modernizá-la, depois dos desincentivos provocados pelo período de grandes adversidades a partir de 2014 e que, a rigor, ainda não foi superado.

                          Bens de consumo semi e não duráveis, cuja produção caiu -0,7% ante mai/22, com ajuste, ficaram próximos de bens de capital no acumulado do 1º sem/22 ao registrarem -1,0%. A produção de combustíveis (+4,2%) e principalmente o setor de carnes, exceto suínos e aves (+11,8%), ajudado por suas exportações, foram os destaques positivos, enquanto têxteis (-18,0%) e farmacêutica (-10,2%) foram os destaques negativos.

                          Em linha com o resultado da  indústria geral ficou a produção de bens intermediários, com -2,1% ante jan-jun/21. De mai/22 para jun/22 registrou -0,8%, com ajuste. A queda foi bastante disseminada entre suas atividades no primeiro semestre, mas houve exceções importantes, como celulose (+8,8%), refino de petróleo e produção de álcool (+12,2%) e defensivos agrícolas (+24,6%), cuja oferta internacional, como sabemos, foi bastante atingida pela guerra na Ucrânia e as sanções econômicas à Rússia.

                          O maior obstáculo a uma performance industrial superior na primeira metade de 2022 foi a produção de bens de consumo durável, que registrou -11,7%, a despeito do crescimento recente na série com ajuste (+6,4%). 

                          Suas atividades estão entre as mais atingidas pela desorganização das cadeias de fornecedores, já que empregam inúmeras partes e componentes em suas linhas de produção, muitos deles importados. Além disso, sua demanda final também tende a ser adiada em situações de queda do poder de compra dos consumidores e de incerteza, como tem sido o caso dada a alta da inflação e a aproximação das eleições.

                          Em bens de consumo duráveis, as maiores quedas ficaram por conta de móveis, com -24,2% ante jan-jun/21, eletrodomésticos, com -21,3%, e automóveis, cuja produção recuou -7,0%, mas não sem apresentar importante amenização do quadro em relação à segunda metade do ano passado (-22,9%).

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de junho de 2022 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria industrial nacional registrou retração de -0,4% frente ao mês anterior na série livre de influência sazonal. No acumulado em doze meses registrou-se decréscimo de 2,8% no acumulado no ano houve retração de 2,2%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (junho de 2021), aferiu-se queda de 0,5%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (maio/2022), para dados sem influência sazonal, duas das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (6,4%) e bens de consumo (0,4%). As três categorias restantes apresentaram variação negativa no período: bens semiduráveis e não duráveis (-0,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de capital (-1,5%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (junho/2021), quatro das cinco categorias analisadas apresentaram expansão: bens duráveis (2,3%), bens de consumo (1,5%), bens semiduráveis e não duráveis (1,3%) e bens de capital (0,2%). Em sentido oposto, a categoria de bens intermediários registrou recuo de -1,8%.

                          No acumulado no ano de 2022, todos os segmentos assinalaram resultados negativos: bens duráveis (-11,7%), bens de consumo (-3,3%), bens intermediários (-2,1%), bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1,0%) e bens de capital (-0,9%).

                          No acumulado em 12 meses, a variação positiva foi de bens de capital (7,0%). Para essa mesma base de comparação, as demais categorias apresentaram variação negativa: bens duráveis (-16,0%), bens de consumo (-6,0%), bens semiduráveis e não duráveis (-3,4%) e bens intermediários (-2,6%). 

                          Setores. Na comparação de junho de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (junho de 2021), houve variação positiva no nível de produção em 13 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (18,5%), couro, artigos de viagem e calçados (15,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (8,6%), celulose, papel e produtos de papel (7,5%), e veículos automotores, reboques e carrocerias (5,9%).

                          Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-19,6%), móveis (-9,3%), produtos de madeira (-8,4%), produtos têxteis (-8,3%) e metalurgia (-8,3%). 

                          Na comparação do acumulado do ano de 2022 (janeiro-junho), a produção industrial apresentou variação positiva em 8 dos 26 ramos analisados, com as maiores variações observadas em: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,3%), produtos do fumo (6,1%), e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,9%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (4,5%) e bebidas (2,9%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: fabricação de móveis (-19,8%), produtos têxteis (-15,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,6%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-12,1%) e produtos de borracha e de material plástico (-10,0%).

                          Por fim, na comparação nos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em sete dos 26 ramos analisados, sendo as maiores observadas nos seguintes segmentos: impressão e reprodução de gravações (8,0%), máquinas e equipamentos (4,7%), coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,5%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (4,1%), e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (3,5%). De outra maneira, as maiores variações negativas foram:  móveis (-19,9%), fabricação de produtos têxteis (-13,1%), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,8%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-10,7%) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-9,3%).

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