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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 07/10/2022

                          O varejo patina na virada do semestre

                          A despeito de todas as ações que o governo vem tomando para estimular o consumo das famílias em 2022, como liberação extraordinária do FGTS, antecipação de 13º salário de aposentados e pensionistas, e mais recentemente, aumento para até R$ 600 reais do valor do Auxílio Brasil, vale gás, vale caminhoneiro e vale taxista, bem como os cortes no ICMS, as vendas do comércio varejista, por ora, seguem no vermelho.

                          O setor já conta três meses seguidos de resultados negativos na série com ajuste sazonal, sendo de -0,6% em ago/22, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, e de -0,1%, se considerado em seu conceito restrito, que exclui as vendas de veículos, autopeças e material de construção.

                          O segmento de supermercado, alimentos, bebidas e fumo, diretamente favorecido pelas ações anticíclicas do governo, mas também sujeito à inflação em muitos de seus produtos, conseguiu estancar o encolhimento de suas vendas reais, mas nem por isso cresceu. Registrou variação de apenas +0,2% em ago/22 ante jul/22, já descontados os efeitos sazonais.

                          As vendas reais de combustíveis, por sua vez, se saíram melhor, dada a redução de preços decorrente das mudanças na cobrança de ICMS. A alta foi de +3,6% em ago/22, já corrigidos os efeitos sazonais. No acumulado de jan-ago/22 é responsável por um dos avanços mais intensos (+10%).

                          De todo modo, ainda que o varejo como um todo esteja patinando, uma parcela majoritária (60%) dos seus segmentos conseguiu evitar a região negativa na passagem de jul/22 para ago/22, descontados os efeitos sazonais, como ilustram as variações a seguir.

                               •  Varejo ampliado: -2,0% em jun/22; -0,8% em jul/22 e -0,6% em ago/22;

                               •  Varejo restrito: -1,9%; -0,5% e -0,1%, respectivamente;

                               •  Combustíveis e lubrificantes: 0,6%; +12,6% e +3,6%;

                               •  Supermercado, alimentos, bebidas e fumo: -0,1%; -0,7% e +0,2%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -1,0%; -3,3% e +1,0%;

                               •  Eq. para escritório, informática e comunicação: -1,8%; -1,4% e -1,4%;

                               •  Veículos e autopeças: -4,5%; -2,7% e +4,8%;

                               •  Material de construção: -1,5%; -2,0% e -0,8%, respectivamente.

                          Entretanto, os 6 ramos em crescimento em ago/22, à exceção de combustíveis, compensaram apenas parcialmente as perdas imediatamente anteriores, inclusive o de tecidos, vestuário e calçados, que foi responsável pelo melhor resultado no mês. Suas vendas reais cresceram +13%, com ajuste sazonal, mas tinham caído -13% em jul/22 e -11,4% em jun/22.

                          Veículos e autopeças apresentaram o segundo melhor resultado: +4,8%, mas também neste caso suas vendas contaram com bases baixas de comparação, já que nos quatro meses antecedentes o segmento ficou no vermelho. O mesmo ocorreu com móveis e eletrodomésticos (+1% em ago/22), após as quedas de mai-jul/22.

                          Os demais bens de consumo duráveis nem conseguiram voltar a crescer, como equipamentos de escritório, informática e comunicação, assim como material de construção e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento. 

                          A dependência em maior ou menor grau, das vendas destes ramos de bens de consumo duráveis e semi duráveis em relação ao crédito tende a ser uma fragilidade no atual contexto de elevação das taxas de juros no país, para além dos efeitos da inflação e da recomposição da participação dos serviços nas cestas de consumo da população de maior renda. 

                          A maioria destes ramos concentra as variações negativas no acumulado jan-ago/22 e puxa para baixo o desempenho do varejo ampliado, que é de -0,8% frente ao mesmo período do ano anterior. As perdas nesta comparação cabem a móveis e eletrodomésticos (-9,9%), material de construção (-8,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%) e veículos e autopeças (-1,4%).

                          A partir dos dados de agosto de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou diminuição de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior (julho/2022) na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mês de agosto de 2021 houve aumento de 1,6%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se diminuição de 1,4%. 

                          O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou variação negativa de 0,6% em relação a julho de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Na comparação com o mês de agosto de 2021 houve variação de -0,7%. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se queda de 2,0%.

                          A partir de dados dessazonalizados, cinco dos oito setores analisados apresentou expansão na comparação com o mês imediatamente anterior (julho/2022): tecidos, vestuário e calçados (13,0%), combustíveis e lubrificantes (3,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%), móveis e eletrodomésticos (1,0%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%). Os setores com variação negativa foram: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%). No comércio varejista ampliado, a atividade de material de construção caiu (-0,8%), enquanto veículos e motos, partes e peças variou positivamente (4,8%). 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2021), cinco dos oito segmentos apresentaram crescimento: combustíveis e lubrificantes (30,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (19,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Houve queda nos três setores restantes: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%), móveis e eletrodomésticos (-8,5%), e tecidos, vestuário e calçados (-5,6%). No comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou decréscimo de 4,1% e o setor de material de construção recuou 7,1%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-agosto), houve crescimento em seis dos oito setores do varejo restrito: livros, jornais, revistas e papelaria (17,6%), combustíveis e lubrificantes (10,0%), tecidos, vestuário e calçados (8,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%). Nos dois setores restantes houve queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%) e móveis e eletrodomésticos (-9,9%). No varejo ampliado, o setor veículos, motos, partes e peças caiu 1,4% e a categoria material de construção decresceu 8,2%.

                          Por fim, comparando agosto de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (agosto/2021), 20 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Paraíba (35,6%), Roraima (16,5%), Mato Grosso (16,3%), Alagoas (11,1%) e Rio Grande do Sul (10,9%). Goiás ficou estável no período e as seis unidades federativas restantes apresentaram decréscimo no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores observados em: Rio de Janeiro (-6,7%), Pernambuco (-5,0%), Rondônia (-3,8%), Bahia (-3,8%) e Tocantins (2,7%).

                           

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

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                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

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