• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 28/02/2023

                          A redução do desemprego em 2022

                          Em 2022, a taxa média de desemprego do Brasil ficou em 9,3%, depois de seis anos consecutivos de valores de dois dígitos. Começamos o ano com uma taxa de 11,1% e terminamos em 7,9%, uma redução muito influenciada pelo dinamismo do setor de serviços derivado da retomada das atividades presenciais e da mobilidade das pessoas com a vacinação contra a Covid-19. Com o esgotamento deste fator, é possível que a melhora no emprego se torne mais difícil.

                          A despeito desta boa tendência recente, é importante lembrar que sobrepusemos dois momentos de crise aguda, a de 2015-2016 e a da Covid-19, e que a média anual da taxa de desemprego de 2022 segue 1/3 superior àquela de 2014 (6,9%). Eram 6,8 milhões de desocupados e agora em 2022 foram 10 milhões de pessoas sem emprego, um contingente cerca de 46% maior.

                          No Nordeste, o quadro é mais grave. Como costuma ser a regra, sua taxa de desemprego é maior do que a média nacional, mas em 2022 (12,6%) não só foi a que ficou mais distante do patamar de 2014 (8,8%), como já soma oito anos seguidos de desemprego superior a 10%. Sua taxa combinada de subocupação, que inclui os ocupados com jornadas insuficientes de trabalho, desalentados etc., chegou a 32,5% ante 20,8% para a média nacional.

                          Já a população ocupada ganhou velocidade em 2022, crescendo +7,4% na média anual ante +5,0% em 2021, mas muito disso se deu na primeira metade do ano. No segundo semestre, quando ocorreram sinais de desaquecimento do PIB, o número de ocupados perdeu fôlego: depois de crescer acima de 9% nos dois primeiros trimestres de 2022, registrou +6,8% e +3,8% no 3º e 4º trim/22, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Ocupação total: +9,4% no 1º trim/22; +9,9% no 2º trim/22; +6,8% no 3º trim/22 e +3,8% no 4º trim/22;

                               •  Ocupação na indústria: +8,2%; +10,2%; +4,0% e +3,4%, respectivamente;

                               •  Ocupação na construção: +12,7%; +11,2%; +2,7% e -1,3%;

                               •  Ocupação em transportes: +10,4%; +10,0%; +9,2% e +10,0%;

                               •  Ocupação no comércio: +12,2%; +14,2%; +7,8% e +4,0%;

                               •  Ocupação em alojamento e alimentação: +32,5%; +23,1%; +8,5% e +3,5%, respectivamente.

                          Setorialmente, dos 10 segmentos identificados pelo IBGE, em 5 o aumento da ocupação nitidamente perdeu dinamismo no 4º trim/22 e em 2 houve contração de postos de trabalho. Os restantes, todos os 3 do setor de serviços, mais ou menos mantiveram seu ritmo de expansão. Este último grupo, em que estão transportes, serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias e profissionais e administrativas, bem como administração pública, seguridade, saúde etc., concentra cerca de 35% das pessoas ocupadas no país.

                          Dentre os que reduziram a criação de vagas está a indústria, que no 4º trim/22 teve a segunda menor taxa de crescimento (+3,4%) do número de ocupados (atrás somente de serviços domésticos). Na média anual registrou +6,3% ante 2021, abaixo portanto do desempenho total do emprego (+7,4%). Em relação a 2014, por sua vez, encontra-se com um número de ocupados 6,3% inferior. 

                          Em parte, esta evolução se deve aos obstáculos da segunda metade de 2022 e também ao fato de que a produção industrial permanece aquém dos níveis de 2014 (-10%), isto é, antes da fase recente de crises agudas. Mas há também que se levar em conta que novas tecnologias em difusão no mundo aprofundam a automação e são poupadoras de mão de obra.

                          Outros ramos que igualmente cresceram bem menos no final do ano estão comércio (1/3 do ritmo do 1º sem/22) e serviços domésticos, alojamento e alimentação (1/10 da taxa de crescimento do 1º sem/22). Esta evolução aponta para o esgotamento do processo de recomposição da mão de obra de setores que haviam sido muito prejudicados pela pandemia. O emprego nestes setores terá que encontrar outra alavanca de crescimento em 2023.

                          Por fim, os dois setores que cortaram postos de trabalho no último trimestre do ano foram: construção, que tinha iniciado o ano com alta de +12,4% no 1º trim/22, e agropecuária, que pouco tinha expandido sua ocupação na entrada do ano (+2,5% no 1º trim/22) e, por isso, foi o único setor a também recuar na média anual de 2022 (-1,6%) frente a 2021.

                          De acordo com dados da PNAD Contínua divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrada foi de 7,9% no trimestre compreendido entre outubro e dezembro de 2022. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (jul-ago-set/2022), houve queda de -9,2%, sendo que na comparação com mesmo trimestre do ano anterior (out-nov-dez/2021) registrou variação negativa de -28,8%. Na análise regional, apresentaram-se as seguintes taxas de desocupação: Nordeste (10,9%), Norte (8,1%), Sudeste (7,9%), Centro-Oeste (6,2%) e Sul (4,5%). 

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos foi de R$2.808,0, representando variação positiva de 1,8%, frente ao trimestre anterior sem sobreposição (R$2.757,0) e aumento de 8,2% quando comparado ao mesmo trimestre de referência do ano anterior (R$2.594,0). Na análise regional, na comparação do trimestre em relação mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se as seguintes variações: Centro-Oeste (12,3%), Sul (8,4%), Sudeste (8,0%), Norte (5,9%) e Nordeste (1,4%).

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos alcançou R$ 274,3 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, aumento de 2,1% frente ao trimestre imediatamente anterior (R$268,7 bilhões) e variação positiva de 12,8% frente ao mesmo período do ano anterior (R$243,1 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada em nível nacional alcançou 99,4 milhões de pessoas, crescimento de 0,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (99,3 milhões de pessoas). Frente ao mesmo trimestre do ano anterior registrou-se incremento de 3,8%, considerando um patamar de 95,7 milhões de pessoas. Nesta última base de comparação (mesmo trimestre do ano anterior), o número de pessoas dentro da força de trabalho aferida expandiu-se em 0,2%. No trimestre imediatamente anterior houve variação negativa de -0,7%, alcançando uma população de 107,9 milhões na força de trabalho. O número de desocupados apresentou retração de 9,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior, alcançando a marca de 8,6 milhões de pessoas.

                          Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, na visão por setor, oito das dez frentes pesquisadas apresentaram incremento: transporte, armazenagem e correios (10,0%), outros serviços (9,9%), administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (7,3%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,3%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,0%), alojamento e alimentação (3,5%), indústria (3,4%) e serviços domésticos (2,1%). Os setores de construção (-1,3%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,4%) caíram.

                          Na análise da posição na ocupação, verificou-se acréscimo em cinco das sete posições pesquisadas frente ao mesmo trimestre do ano anterior: empregador (9,7%), trabalho privado com carteira (6,9%), setor público (6,6%), trabalho privado sem carteira (6,4%) e trabalho doméstico (2,4%). Em sentido oposto, as categorias de trabalhador por conta própria (-1,8%) e trabalho familiar auxiliar (-16,8%) sofreram retração no período.

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - No mesmo padrão
                          Publicado em: 03/09/2025

                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Menos demanda interna
                          Publicado em: 02/09/2025

                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Freios no Nordeste e em São Paulo
                          Publicado em: 11/07/2025

                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Frenagem industrial
                          Publicado em: 02/07/2025

                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Indústria do Nordeste: exceção em abr/25
                          Publicado em: 11/06/2025

                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Dificuldades para crescer
                          Publicado em: 03/06/2025

                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Crescimento do PIB, mas perda de tração na indústria
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.