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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 28/02/2023

                          A redução do desemprego em 2022

                          Em 2022, a taxa média de desemprego do Brasil ficou em 9,3%, depois de seis anos consecutivos de valores de dois dígitos. Começamos o ano com uma taxa de 11,1% e terminamos em 7,9%, uma redução muito influenciada pelo dinamismo do setor de serviços derivado da retomada das atividades presenciais e da mobilidade das pessoas com a vacinação contra a Covid-19. Com o esgotamento deste fator, é possível que a melhora no emprego se torne mais difícil.

                          A despeito desta boa tendência recente, é importante lembrar que sobrepusemos dois momentos de crise aguda, a de 2015-2016 e a da Covid-19, e que a média anual da taxa de desemprego de 2022 segue 1/3 superior àquela de 2014 (6,9%). Eram 6,8 milhões de desocupados e agora em 2022 foram 10 milhões de pessoas sem emprego, um contingente cerca de 46% maior.

                          No Nordeste, o quadro é mais grave. Como costuma ser a regra, sua taxa de desemprego é maior do que a média nacional, mas em 2022 (12,6%) não só foi a que ficou mais distante do patamar de 2014 (8,8%), como já soma oito anos seguidos de desemprego superior a 10%. Sua taxa combinada de subocupação, que inclui os ocupados com jornadas insuficientes de trabalho, desalentados etc., chegou a 32,5% ante 20,8% para a média nacional.

                          Já a população ocupada ganhou velocidade em 2022, crescendo +7,4% na média anual ante +5,0% em 2021, mas muito disso se deu na primeira metade do ano. No segundo semestre, quando ocorreram sinais de desaquecimento do PIB, o número de ocupados perdeu fôlego: depois de crescer acima de 9% nos dois primeiros trimestres de 2022, registrou +6,8% e +3,8% no 3º e 4º trim/22, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Ocupação total: +9,4% no 1º trim/22; +9,9% no 2º trim/22; +6,8% no 3º trim/22 e +3,8% no 4º trim/22;

                               •  Ocupação na indústria: +8,2%; +10,2%; +4,0% e +3,4%, respectivamente;

                               •  Ocupação na construção: +12,7%; +11,2%; +2,7% e -1,3%;

                               •  Ocupação em transportes: +10,4%; +10,0%; +9,2% e +10,0%;

                               •  Ocupação no comércio: +12,2%; +14,2%; +7,8% e +4,0%;

                               •  Ocupação em alojamento e alimentação: +32,5%; +23,1%; +8,5% e +3,5%, respectivamente.

                          Setorialmente, dos 10 segmentos identificados pelo IBGE, em 5 o aumento da ocupação nitidamente perdeu dinamismo no 4º trim/22 e em 2 houve contração de postos de trabalho. Os restantes, todos os 3 do setor de serviços, mais ou menos mantiveram seu ritmo de expansão. Este último grupo, em que estão transportes, serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias e profissionais e administrativas, bem como administração pública, seguridade, saúde etc., concentra cerca de 35% das pessoas ocupadas no país.

                          Dentre os que reduziram a criação de vagas está a indústria, que no 4º trim/22 teve a segunda menor taxa de crescimento (+3,4%) do número de ocupados (atrás somente de serviços domésticos). Na média anual registrou +6,3% ante 2021, abaixo portanto do desempenho total do emprego (+7,4%). Em relação a 2014, por sua vez, encontra-se com um número de ocupados 6,3% inferior. 

                          Em parte, esta evolução se deve aos obstáculos da segunda metade de 2022 e também ao fato de que a produção industrial permanece aquém dos níveis de 2014 (-10%), isto é, antes da fase recente de crises agudas. Mas há também que se levar em conta que novas tecnologias em difusão no mundo aprofundam a automação e são poupadoras de mão de obra.

                          Outros ramos que igualmente cresceram bem menos no final do ano estão comércio (1/3 do ritmo do 1º sem/22) e serviços domésticos, alojamento e alimentação (1/10 da taxa de crescimento do 1º sem/22). Esta evolução aponta para o esgotamento do processo de recomposição da mão de obra de setores que haviam sido muito prejudicados pela pandemia. O emprego nestes setores terá que encontrar outra alavanca de crescimento em 2023.

                          Por fim, os dois setores que cortaram postos de trabalho no último trimestre do ano foram: construção, que tinha iniciado o ano com alta de +12,4% no 1º trim/22, e agropecuária, que pouco tinha expandido sua ocupação na entrada do ano (+2,5% no 1º trim/22) e, por isso, foi o único setor a também recuar na média anual de 2022 (-1,6%) frente a 2021.

                          De acordo com dados da PNAD Contínua divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrada foi de 7,9% no trimestre compreendido entre outubro e dezembro de 2022. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (jul-ago-set/2022), houve queda de -9,2%, sendo que na comparação com mesmo trimestre do ano anterior (out-nov-dez/2021) registrou variação negativa de -28,8%. Na análise regional, apresentaram-se as seguintes taxas de desocupação: Nordeste (10,9%), Norte (8,1%), Sudeste (7,9%), Centro-Oeste (6,2%) e Sul (4,5%). 

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos foi de R$2.808,0, representando variação positiva de 1,8%, frente ao trimestre anterior sem sobreposição (R$2.757,0) e aumento de 8,2% quando comparado ao mesmo trimestre de referência do ano anterior (R$2.594,0). Na análise regional, na comparação do trimestre em relação mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se as seguintes variações: Centro-Oeste (12,3%), Sul (8,4%), Sudeste (8,0%), Norte (5,9%) e Nordeste (1,4%).

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos alcançou R$ 274,3 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, aumento de 2,1% frente ao trimestre imediatamente anterior (R$268,7 bilhões) e variação positiva de 12,8% frente ao mesmo período do ano anterior (R$243,1 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada em nível nacional alcançou 99,4 milhões de pessoas, crescimento de 0,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (99,3 milhões de pessoas). Frente ao mesmo trimestre do ano anterior registrou-se incremento de 3,8%, considerando um patamar de 95,7 milhões de pessoas. Nesta última base de comparação (mesmo trimestre do ano anterior), o número de pessoas dentro da força de trabalho aferida expandiu-se em 0,2%. No trimestre imediatamente anterior houve variação negativa de -0,7%, alcançando uma população de 107,9 milhões na força de trabalho. O número de desocupados apresentou retração de 9,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior, alcançando a marca de 8,6 milhões de pessoas.

                          Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, na visão por setor, oito das dez frentes pesquisadas apresentaram incremento: transporte, armazenagem e correios (10,0%), outros serviços (9,9%), administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (7,3%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,3%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,0%), alojamento e alimentação (3,5%), indústria (3,4%) e serviços domésticos (2,1%). Os setores de construção (-1,3%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,4%) caíram.

                          Na análise da posição na ocupação, verificou-se acréscimo em cinco das sete posições pesquisadas frente ao mesmo trimestre do ano anterior: empregador (9,7%), trabalho privado com carteira (6,9%), setor público (6,6%), trabalho privado sem carteira (6,4%) e trabalho doméstico (2,4%). Em sentido oposto, as categorias de trabalhador por conta própria (-1,8%) e trabalho familiar auxiliar (-16,8%) sofreram retração no período.

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