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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 02/03/2023

                          PIB em 2022: desaceleração com retrocesso industrial

                          Como outros dados já vinham apontando, o PIB brasileiro deu sequência à sua trajetória de desaceleração na segunda metade de 2022, voltando a cair no 4º trim/22: -0,2% frente ao trimestre com ajuste sazonal. E isso a despeito das várias medidas anticíclicas adotadas pelo governo no contexto da disputa eleitoral, como redução de impostos sobre combustíveis, liberação de FGTS, aumento do Auxílio Brasil etc.

                          Também não houve sinais de retomada da indústria. Na passagem do 3º trim/22 para o 4º trim/22, nenhum outro setor se saiu tão mal quanto a indústria, que em seu agregado registrou -0,3%, com ajuste sazonal, ante +0,3% da agropecuária e +0,2% dos serviços. Ainda mais grave foi o quadro da indústria de transformação, com queda de -1,4%, seguida pelo comércio, com -0,9%. Foram os piores resultados do lado da oferta, como as pesquisas mensais do IBGE já apontavam.

                               •  PIB - total: -3,3% em 2020; +5,0% em 2021 e +2,9% em 2022;

                               •  Indústria - total: -3,0%; +4,8% e +1,6%, respectivamente;

                               •  Indústria de transformação: -4,7%; +4,5% e -0,3%;

                               •  Serviços - total: -3,7%; +5,2% e +4,2%;

                               •  Agropecuária - total: +4,2%; +0,3% e -1,7%, respectivamente.

                          É sabido que o tão almejado objetivo de reindustrializar o Brasil é uma tarefa complexa, que envolve notadamente um processo de modernização e de avanço em atividades de maior intensidade tecnológica, demandando melhoria do nosso ambiente de negócios, com a redução de seus custos sistêmicos, melhor integração mundial e a adoção de estratégias industriais contemporâneas, tal como tem feito o restante do mundo. Estas transformações necessárias, contudo, serão mais rápidas em um contexto de crescimento industrial, algo que mais uma vez não vimos.

                          Em 2022 como um todo, enquanto o PIB do país cresceu +2,9%, o PIB da indústria de transformação recuou -0,3%. Este foi o sexto resultado negativo nos últimos dez anos. Com o ramo extrativo também em queda (-1,7%), a indústria total conseguiu se expandir +1,6% graças ao setor de eletricidade, gás e esgoto (+10,1%) e à construção (+6,9%), a despeito da desaceleração desta última.

                          A expansão do PIB de 2022 teve assim seu epicentro no setor de serviços, que foi o único a crescer mais intensamente: +4,2% no acumulado do ano, com base na recomposição de sua parcela na cesta de consumo das famílias, devido à retomada das atividades presenciais e da mobilidade das pessoas com o controle da pandemia de Covid-19. O consumo das famílias cresceu +4,3% em 2022.

                          Este fator de dinamismo tende, entretanto, a se esgotar, à medida que a demanda reprimida por serviços seja normalizada. E, além disso, porque o poder de compra das famílias também tem se estreitado, não apenas por causa da inflação, mas igualmente em função do aumento das taxas de juros e do seu elevado endividamento, ensejando níveis superiores de inadimplência. Tanto é que no 4º trim/22, na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias (+0,3%) e os serviços (+0,2%) ficaram praticamente estagnados.

                          Aquele que deveria ser o principal motor do crescimento do país, o investimento, que além de demanda também introduz a necessária modernização na estrutura produtiva do país, quase não cresceu. No ano como um todo, registrou variação de apenas +0,9%; muito disso, como aponta o próprio IBGE, por conta da alta na construção.

                          A parcela da formação bruta de capital fixa, isto é, do investimento, referente à aquisição de máquinas e equipamentos apresentou recuo de -7,3% em 2022. Não é um dado bom para o aumento da produtividade e da competitividade futura. É provável ainda que parte relevante deste declínio esteja na indústria, já que a produção física de bens de capital para o setor vem caindo repetidamente desde o 4º trim/21.

                          Ao lado do consumo das famílias, o setor externo também foi uma fonte importante de dinamismo, apesar do enfraquecimento da economia mundial. Nossas exportações cresceram +5,5% em 2022, graças ao aumento dos embarques de alimentos e derivados de petróleo, favorecidos pela guerra na Ucrânia, da indústria automobilística e de papel e celulose. 

                          Já nossas importações registraram alta bem menos expressiva, de +0,8% no acumulado de 2022, fazendo com que o setor externo contribuísse positivamente, com quase 1/3 da expansão do PIB no ano: 0,9 p.p. da alta de 2,9%, isto é, o oposto de 2021, quando havia retirado -0,9 p.p. do crescimento do PIB do país. 

                          Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no ano de 2022. No quarto trimestre do ano passado, o PIB registrou R$ 2,584 trilhões a preços correntes, apresentando variação negativa de -0,2% na comparação com o trimestre anterior, na série livre de influências sazonais. Frente ao quarto trimestre de 2021, houve variação positiva de 1,9%. 

                          Ótica da oferta. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (terceiro trimestre de 2022), a partir de dados dessazonalizados, houve crescimento de 0,3% no setor agropecuário, aumento de 0,2% no setor de serviços e queda de -0,3% no setor da indústria.

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base de comparação, houve variação positivas nas indústrias extrativas, com 0,1%. Já os subsetores de indústrias de transformação (-1,4%), construção (-0,7%) e eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,4%) retrocederam no período.

                          No setor de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, cinco dos sete subsetores apresentaram variação positiva: informação e comunicação (1,8%), outras atividades de serviços (0,9%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,9%), atividades imobiliárias (0,7%) e transporte, armazenagem e correio (0,2%). Por sua vez, comércio (-0,9%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,5%) variaram negativamente.

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior (out-nov-dez de 2021), o setor agropecuário apresentou retração de -2,9%, enquanto o setor da indústria apresentou avanço de 2,6% e o setor de serviços cresceu 3,3%.

                          Para os componentes do setor industrial, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão nos quatro subsetores: eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (10,8%), construção (3,2%), indústrias extrativas (1,4%) e indústrias de transformação (1,0%). 

                          No setor de serviços, seis dos sete segmentos apresentaram incrementos: outras atividades de serviços (8,3%), transporte, armazenagem e correio (5,3%), informação e comunicação (4,9%), atividades imobiliárias (3,2%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,4%) e comércio (2,1%). A atividade de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social recuou -0,3%.

                          No acumulado nos últimos quatro trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior), o setor agropecuário apresentou retração de 1,7%, enquanto observou-se expansão no setor de serviços (4,2%) e no setor da indústria (1,6%).

                          Considerando os componentes do setor industrial, duas contribuições foram positivas: eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (10,1%) e construção (6,9%). As indústrias extrativas caíram -1,7% e as indústrias de transformação -0,3%.

                          Analisando o setor de serviços nessa mesma métrica, todos os segmentos apresentaram variação positiva: outras atividades de serviços (11,1%), transporte, armazenagem e correio (8,4%), informação e comunicação (5,4%), atividades imobiliárias (2,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%), comércio (0,8%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%).

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao trimestre imediatamente anterior (terceiro trimestre de 2022), para dados com ajuste sazonal, apresentaram expansão as categorias de exportações de bens e serviços (3,5%), consumo do governo (0,3%) e consumo das famílias (0,3%). Já formação bruta de capital fixo (-1,1%) e importação de bens e serviços (-1,9%) caíram no período.

                          Na comparação com o quarto trimestre de 2021 (mesmo trimestre do ano anterior), perceberam-se acréscimos em todas as categorias: exportações de bens e serviços (11,7%), importações de bens e serviços (4,6%), consumo das famílias (4,3%), formação bruta de capital fixo (3,5%) e consumo do governo (0,5%). 

                          Por fim, na comparação da taxa acumulada nos quatro últimos trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior), todas as categorias apresentaram variações positivas: exportações de bens e serviços (5,5%), consumo das famílias (4,3%), consumo do governo (1,5%), formação bruta de capital fixo (0,9%) e importações de bens e serviços (0,8%). 

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