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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 05/06/2024

                          Sem reversão dos bons sinais

                          Embora os dados divulgados hoje pelo IBGE indiquem retração de -0,5% do agregado da produção industrial na passagem de mar/24 para abr/24, a análise da composição deste resultado mostra um quadro mais favorável do que à primeira vista. 

                          Com isso, não parece haver uma interrupção dos progressos obtidos no primeiro trimestre de 2024, do ponto de vista tanto da produção como do valor adicionado, como mostraram os dados do PIB divulgados ontem para a indústria de transformação: +0,7% com ajuste sazonal.

                          Por trás desta avaliação está o fato de que a maior parte da indústria conseguiu ampliar produção em abr/24. A queda do agregado industrial deveu-se apenas ao ramo extrativo, que registrou -3,4%, já descontados os efeitos sazonais, em função da extração de ferro e de petróleo, segundo o IBGE.

                          Vale lembrar que a indústria extrativa se saiu bem em 2023, acumulando alta de +7,1% ante virtual estabilidade da produção industrial como um todo (+0,1%), e agora dá indicação de acomodação. Como discutido na Carta IEDI 1266, o cenário internacional é de desaceleração da economia chinesa e de preços mais fracos para as commodities, o que tende a moderar a expansão das atividades extrativas.

                          Em boa medida devido à extrativa, o único macrossetor industrial a perder produção entre mar/24 e abr/24 foi o de bens intermediários, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Indústria geral: +0,1% em fev/24; +0,9% em mar/24 e -0,5% em abr/24;

                               •  Bens de capital: +2,2%; -0,4% e +3,5%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,8%; +1,1% e -1,2%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +3,7%; -3,4% e +5,6%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +0,6%; +0,9% e +0,1%, respectivamente.

                          Já a indústria de transformação ficou mais uma vez no positivo, registrando +0,3% na série livre de efeitos sazonais. Foi um resultado mais fraco do que o de mar/24 (+0,8%), mas esta parcela da indústria vem conseguindo evitar perdas há sete meses consecutivos, o que é uma mudança de padrão em comparação ao que vimos no ano passado.

                          Ademais, dentre os seus 24 ramos acompanhados pelo IBGE, 18 conseguiram crescer em abr/24, o que representa uma parcela largamente majoritária de 75% deles. Altas expressivas foram registradas na produção de veículos (+13,2%, com ajuste), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (+10,8%) e máquinas e aparelhos elétricos (+9,0%), entre outros.

                          No conjunto de ramos no vermelho encontram-se alimentos e derivados de petróleo, ambos com queda de -0,6% ante mar/24, com ajuste sazonal, e bebidas, com -0,8% na mesma comparação. Este comportamento explica muito do resultado do macrossetor de bens de consumo semi e não duráveis, que após dois meses de alta, ficou virtualmente estável em abr/24 (+0,1%).

                          Por sua vez, bens de capital (+3,5% com ajuste) e bens de consumo duráveis (+5,6%), cujos mercados demandam financiamento, foram os que mais cresceram, indicando a importância da fase de redução das taxas de juros para esses macrossetores.

                          No acumulado de jan-abr/24, bens de capital e de consumo duráveis também lideram a expansão industrial, sendo aqueles que mais progrediram em relação ao desempenho da segunda metade do ano passado. Bens de capital reverteram a queda de -13,9% no 2º sem/23 em alta de +4,7% em jan-abr/24 e bens de consumo duráveis, de -2,6% para +6,7%, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior.

                          Vale mencionar ainda que o macrossetor de bens de consumo semi e não duráveis (+4,1%) também registra resultado superior ao total da indústria (+3,5%) em jan-abr/24 e que bens intermediários (+3,2%) não ficam muito atrás, indicando uma composição relativamente equilibrada do dinamismo industrial neste início de 2024.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de abril de 2024 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou recuo de 0,5% frente ao mês de março na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses foi observado incremento de 1,5% e no acumulado no ano registrou expansão de 3,5%. Em comparação ao mesmo mês do ano passado (abril de 2023), aferiu-se  variação positiva de 8,4%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (março/2024), segundo dados dessazonalizados, quatro dos cinco segmentos analisados apresentaram aumento: bens duráveis (5,6%), bens de capital (3,5%), bens de consumo (0,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,1%). Em sentido oposto, o segmento de bens intermediários recuou -1,2%. 

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano passado (abril/2023), todas as categorias apresentaram variação positiva, na seguinte ordem: bens duráveis (25,8%), bens capital (25,5%), bens de consumo (13,5%), bens semiduráveis e não duráveis (11,5%) e bens intermediários (4,6%)

                          O resultado do acumulado no ano registrou crescimento em quatro das cinco as categorias: bens intermediários (2,7%), bens semiduráveis e não duráveis (1,6%), bens de consumo (1,5%), e bens duráveis (0,8%). A categoria de bens capital retraiu -1,6%.

                          Para o índice acumulado em 12 meses, quatro dos cinco segmentos assinalaram resultados positivos: bens duráveis (1,4%), bens intermediários (2,1%), bens de consumo (2,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (2,6%). Os bens de capital (-7,8%) caíram.

                          Setores. Na comparação de abril de 2024 com o mesmo mês do ano anterior (abril de 2023), houve variação positiva no nível de produção de 18 dos 25 ramos pesquisados. Algumas variações positivas importantes foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (13,2%), produtos diversos (25,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%), de máquinas e equipamentos (5,1%), de produtos químicos (2,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), de impressão e reprodução de gravações (12,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%), de outros equipamentos de transporte (5,3%), de metalurgia (1,4%) e de produtos de minerais não metálicos (2,4%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: indústrias extrativas (-3,4%), produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2024, 20 dos 25 setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: produtos alimentícios (6,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (8,0%) e indústrias extrativas (3,0%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,3%), produtos diversos (-3,2%) e máquinas e equipamentos (-1,1%) apresentaram as maiores quedas.

                          Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação positiva em 12 dos 25 ramos analisados, com destaque para impressão e reprodução de gravações (9,2%), produtos de fumo (8,8%), fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,7%), indústrias extrativas (6,8%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,2%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,2%), fabricação de produtos diversos (-6,8%) apresentaram as maiores quedas.

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