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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/07/2024

                          Um cenário mais nebuloso

                          Pela segunda vez consecutiva, em mai/24, a indústria registrou declínio de sua produção, já sob influência dos impactos do desastre climático no Rio Grande do Sul: -0,8% ante abr/24, com ajuste sazonal, e -1,0% frente a mai/23. Diferentemente do mês anterior, agora todos os macrossetores e a maioria dos seus ramos ficaram no vermelho.

                          Os sinais promissores, na entrada do ano, de um desempenho mais robusto vai dando lugar a um cenário mais nebuloso, não apenas pelo bloqueio de atividades produtivas devido às chuvas no sul do país, mas também pela interrupção da fase de redução da taxa básica de juros (Selic) e mais recentemente pela maior aversão a risco dos mercados financeiros, que tem provocado movimentos bruscos de desvalorização da taxa de câmbio, renovando incertezas em relação à trajetória da inflação e elevando custos de produção de muitos setores.

                          Episódios de distensão política, sobretudo, entre Executivo e Legislativo também prejudicam o horizonte para uma adequada regulamentação da reforma tributária, de modo a assegurar a menor alíquota padrão possível com incidência ampla sobre as atividades econômicas. Corre-se o risco de a indústria continuar arcando com uma parcela desproporcional da carga tributária.

                          Em mai/24 (-0,9%), embora o resultado tenha sido muito próximo daquele registrado em abr/24 (-0,8%), na série com ajuste sazonal, há diferenças importantes. Em primeiro lugar, desta vez foi a indústria de transformação que ficou no vermelho (-2,2% ante 0% em abr/24), enquanto o ramo extrativo recuperou parte da perda anterior (+2,6% ante -3,2% em abr/24).

                          Em segundo lugar, todos os macrossetores perderam produção, como mencionado anteriormente. As quedas foras mais intensas justamente para aqueles que vinham puxando o crescimento no início do ano: -5,7% em bens de consumo duráveis e -2,7% em bens de capital, já descontados os efeitos sazonais. Ambos os setores são mais sensíveis às taxas de juros e condições de crédito.

                          Além disso, 16 dos 25 ramos industriais acompanhadas pelo IBGE apontaram recuo na produção na passagem de abr/24 para mai/24, representando 64% do total. No mês anterior esta parcela tinha sido de 32%. O pior caso ficou a cargo do setor de fumo (-28,2%), bastante concentrado na região sul, mas outros ramos de peso na indústria, como veículos (-15%) e máquinas e aparelhos elétricos (-8,5%) também recuaram.

                          Apesar destas indicações mais de curto prazo, 2024 ainda se mostra mais positivo do que o ano passado. Abaixo, os resultados interanuais do acumulado destes cinco primeiros meses já cobertos pelas pesquisas do IBGE ilustram a diferença de quadro.

                               •  Indústria geral: -0,3% em jan-mai/23 e +2,5% em jan-mai/24;

                               •  Bens de capital: -9,1% e +4,1%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -1,1% e +2,0%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +7,8% e +2,8%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +2,4% e +3,8%, respectivamente.

                          Ainda que tenha havido queda da produção industrial geral em mai/24 ante mai/23, para dois de seus macrossetores o nível de produção seguiu superior ao de um ano atrás. Foi notadamente o caso de bens de capital, que registraram +3,1% em mai/24 contribuindo para que o bimestre abr-mai/24 (+12,8%) indicasse aceleração se comparado com o resultado do primeiro trimestre do ano (-1,7%).

                          No acumulado jan-mai/24, bens de capital (+4,1%) lideram o dinamismo industrial, com ajuda de bases baixas de comparação. O segmento de bens de capital para a própria indústria está de volta ao positivo (+3,4%), ainda que sejam os bens de capital para transporte (+12,1%) e de uso misto (+11,3%) que mais tenham crescido.

                          Bens de consumo semi e não duráveis também não apenas se mantiveram no azul em mai/24 (+2,6%), como ganharam velocidade no último bimestre coberto por dados oficiais. Sua produção registrou alta de +3,8% no acumulado jan-mai/24, tendo sido o segundo melhor resultado, e avançou +6,8% se tomado apenas o período mais recente de abr-mai/24, sempre em comparação com o mesmo período do ano anterior.

                          Dentre seus segmentos, têxteis e vestuário deixaram o terreno negativo no último bimestre (+8% e +8,8%, respectivamente), assim como a indústria farmacêutica (+0,3%). Laticínios, carnes e combustíveis também ganharam vigor.

                          Bens de consumo duráveis, com alta de +2,8% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024 e de +5,7% no último bimestre em tela, só não se saiu melhor devido ao declínio da produção de veículos, que foi de -6,5% em abr-mai/24, o que se soma às perdas de -5,9% do 1º trim/24 e de -6,8% no 4º trim/23.

                          Bens intermediários, a seu turno, cresceram +2,0% em jan-mai/24, mas desaceleraram no último bimestre, registrando +1%, em função de derivados de petróleo, que reverteram alta de +7,3% no 1º trim/24 para -3,7% em abr-mai/24, e da siderurgia, que passou de +2,9% para 6,0%, respectivamente. 

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de maio de 2024 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou recuo de 0,9% frente ao mês de abril de 2024, na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses foi observado incremento de 1,3% e no acumulado no ano verificou-se aumento de 2,5%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (maio de 2023), aferiu-se retração de -1,0%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (abril/2024), segundo dados com ajuste sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram retração: bens de capital (-2,7%), bens duráveis (-5,7%), bens de consumo (-1,3%), bens intermediários (-0,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,1%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (maio/2023), três das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens de capital (3,1%), bens semiduráveis e não duráveis (2,6%), bens de consumo (0,7%). Em sentido oposto, as duas categorias restantes apresentaram recuo no período: bens intermediários (-2,2%) e bens duráveis (-10,6%).

                          No acumulado no ano registrou-se crescimento em todas as cinco categorias pesquisadas: bens de capital (4,1%), bens semiduráveis e não duráveis (3,8%), bens de consumo (3,7%), bens duráveis (2,8%) e bens intermediários (2,0%).

                          Para o índice acumulado em 12 meses, três dos cinco segmentos assinalaram resultados positivos: bens semiduráveis e não duráveis (2,8%), bens de consumo (2,3%) e bens intermediários (1,6%). Já os bens duráveis (-0,5%) e os bens de capital (-6,8%) caíram.

                          Setores. Na comparação de maio de 2024 com o mesmo mês do ano passado (maio de 2023), houve variação negativa no nível de produção em 13 dos 25 ramos pesquisados. As variações positivas mais expressivas foram verificadas nos seguintes setores: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,4%), outros equipamentos de transporte (9,0%), móveis (7,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,8%). Por outro lado, as maiores variações negativas foram percebidas nos seguintes setores: produtos de fumo (22,9%), produtos diversos (-11,5%), máquinas e equipamentos (-8,9%), impressão e reprodução de gravações (-8,6%) e fabricação de couro (-6,9%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2024, dezoito dos vinte e cinco setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: equipamentos de transporte (11,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,9%), produtos de madeira (9,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,6%) e produtos alimentícios (5,2%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,9%), produtos diversos (-5,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,7%), máquinas e equipamentos (-2,8%) e metalurgia (-1,1%) apresentaram as maiores quedas.

                          No acumulado no últimos doze meses a produção industrial apresentou variação positiva em 10 dos 25 ramos analisados, com destaque para: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,3%), impressão e reprodução de gravações (6,9%), produtos alimentícios (5,0%) e produtos de fumo (5,0%). Em sentido oposto, os setores que apresentaram os maiores recuos no período foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,0%), produtos diversos (-7,9%), máquinas e equipamentos (-6,5%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,8%), impressão e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,7%). 

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